Juros futuros fecham em alta, com Treasuries e cenário fiscal crítico

[06/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

A forte alta nos juros dos Treasuries, especialmente os longos, e as incertezas sobre a meta de resultado primário em 2024 mantiveram as taxas dos DIs em alta, com esse mercado se descolando dos demais ativos domésticos.

Além do ajuste técnico depois de duas sessões de fortes quedas, os retornos dos títulos americanos foram pressionados por vendas de dívida corporativa e pela expectativa em torno da série de leilões do Tesouro dos EUA que se inicia amanhã. O relatório do Fed sobre empréstimos bancários – mostrando padrões mais rígidos de concessão e demanda mais fraca – também pesou.

Na arena fiscal, segue o debate sobre se o governo vai de fato rever a meta de 2024. A pressão foi aliviada temporariamente no meio da manhã depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizer que Fernando Haddad (Fazenda) confirmou que vai continuar a perseguir a meta de déficit zero. Mas não há consenso no governo. O vice Geraldo Alckmin afirmou agora à tarde que “se é zero, se é 0,5%, é questão ainda a ser discutida”.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou em 12,010% (de 12,013%, na 6ªF); o jan/25 subiu a 10,870% (de 11,822%); o jan/26, a 10,720% (de 10,603%). O jan/27, a 10,905% (de 10,774%); o jan/29, a 11,280% (de 11,169%). O jan/31 caiu a 11,480% (de 11,362%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha em alta após Arábia Saudita e Rússia confirmarem corte de produção

As cotações do petróleo fecharam com alta, depois que dois principais produtores de petróleo, Arábia Saudita e Rússia, confirmaram que vão manter os cortes extras na produção de óleo cru até o fim do ano, mantendo a oferta mais apertada. Os preços, contudo, fecharam longe das máximas do dia à medida que o dólar ganhava força ante moedas pares.

A Arábia Saudita confirmou uma prorrogação do seu corte voluntário adicional de 1 milhão de bpd, enquanto a Rússia seguirá produzindo 300 mil bpd a menos. Na 6ªF, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei para aumentar as sanções ao petróleo do Irã. As sanções teriam como alvo portos estrangeiros e refinarias que processam o petróleo exportado pelo país. Enquanto isso, investidores continuam a monitorar conflito Israel-Hamas, que pode se espalhar para outras regiões do Oriente Médio.

No fechamento, o Brent para janeiro subiu 0,34%, a US$ 85,18 por barril, na ICE. O WTI para dezembro avançou 0,38%, a US$ 80,82 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)

NY mantém alta discreta com avanço dos Treasuries; commodities sustentam Ibovespa

[06/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas de NY (Dow +0,05%, S&P 500 +0,02%, Nasdaq +0,11%) continuam a ter uma sessão volátil e neste momento registram pequena alta. Os índices se afastam das máximas do dia com o avanço dos juros dos Treasuries. A T-note de 2 anos bateu em 4,9156%, de 4,8657%, enquanto os demais vencimentos sobem cerca de 0,10pp. O índice dólar (DXY) sobe 0,05%, a 105.071.

Analistas atribuem a alta dos yields dos Treasuries a uma recomposição após a forte queda da semana passada. Embora a maior parte do mercado veja o ciclo de alta de juros pelo Fed encerrado, a economia americana ainda tem que mostrar mais sinais de fraqueza – além do payroll de outubro – para chancelar de vez o fim desse ciclo.

Por aqui, os mercados seguem o exterior e estão atentos ao fator fiscal. Declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, aliviaram a pressão no meio da manhã. Segundo ele, Fernando Haddad (Fazenda), confirmou em reunião que vai continuar a perseguir a meta de déficit primário zero em 2024. Ainda assim, os juros futuros sobem com o DI Jan27 em 10,865%, de 10,774%. O dólar à vista oscila em torno da estabilidade e há pouco caía 0,01%, a R$ 4,8956.

O Ibovespa avança 0,20% (a 118.8441,78), sustentado pelas metálicas, entre elas Vale, e Petrobras, mas com um volume muito baixo. Até agora, foram R$ 9,32 bilhões e o giro projetado para o dia é de apenas R$ 15,9 bilhões. (Ana Conceição)