Dólar oscila com exterior e juros cedem na ponta longa no dia seguinte à aprovação da reforma tributária

[09/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar oscila na abertura e os juros cedem em alívio no dia seguinte à aprovação da reforma tributária no Senado, mesmo com placar apertado, o que parece prevalecer nesta manhã sobre a expectativa por dicas de política monetária nos discursos de uma série de banqueiros centrais, incluindo Jerome Powell à tarde.

Há pouco o dólar testava alta ante o real, a R$ 4,9092 (+0,04%), puxada pela força da moeda no exterior, em meio à incerteza sobre o início da redução na taxa básica de juros nos EUA.

Em sessão de agenda fraca, o investidor aguarda falas de RCN e Haddad nesta tarde e noite. Os rendimentos dos Treasuries seguem o dólar, com o da Note de 10 anos na máxima de 4,53630%, de 4,49450%. Na curva de juros, Jan/27 reduziu queda a 10,685%, de 10,699%; Jan/29 a 11,050%, de 11,067%; Jan/31 11,250%, de 11,26%. (Ana Katia)

Juros futuros caem em linha com Treasuries, ata e avanço de pauta no Congresso

Os juros futuros fecharam com queda nesta 3ªF, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries e a perspectiva trazida pela ata do Copom de pelo menos mais dois cortes de 0,50pp na Selic. Perspectiva que foi confirmada por Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo em declarações feitas hoje.

Para analistas, a ata veio mais hawkish, como o BC dizendo que incertezas com o cenário externo, o hiato do produto e o risco fiscal podem limitar a Selic terminal. O economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, aumentou a projeção de Selic terminal de 8,5% a 9,5%, enquanto algumas casas, como Ativa e XP veem a taxa em dois dígitos.

Diante dessa linha mais dura é que a sinalização de cortes em dezembro e janeiro foi considerada positiva. O avanço da reforma tributária e manutenção de meta fiscal zero no relatório preliminar da LDO, já no fim da tarde, ajudaram o mercado a manter os descontos nos prêmios.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou em 12,008% (de 12,010%, ontem); o jan/25 caiu a 10,820% (de 10,861%); o jan/26, a 10,620% (de 10,716%). O jan/27, a 10,765% (de 10,915%); o jan/29, a 11,130% (de 11,309%). O jan/31 caiu a 11,320% (de 11,509%). (Ana Conceição)

Alta de techs sustenta bolsas em NY; Ibovespa avança sob efeito do recuo dos juros

As bolsas oscilaram entre perdas e ganhos pela manhã em NY, mas firmaram alta moderada nesta tarde, com destaque para as techs, que sobem na esteira do recuo dos juros dos Treasuries. Destaque para Microsoft (1,4%), cuja ação se aproxima de um valor recorde. O Nasdaq lidera os ganhos, com alta de 0,92%. O Dow sobe 0,22%, o S&P 500 avança 0,32%.

O DXY sobe 0,47%, a 105,705. Na cesta do índice, chama atenção a queda da libra (-0,62%), depois que o economista-chefe do BoE, Huw Pill, sugeriu cortes nos juros em 2024. A declaração também influencia o recuo nos juros dos Treasuries de médio e longo prazo. A forte queda do petróleo (-4%) prejudica papéis relacionadas à commodity, mas tem o benefício de tirar pressão da inflação.

Por aqui, o Ibovespa também tem alta moderada (+0,62%, a 119.163,73). Varejo, consumo e construção civil se beneficiam da queda dos juros futuros. Os bancos reagem em alta ao bom balanço do Itaú. Na outra ponta, Vale e Petrobras têm forte queda e freiam um avanço maior do Ibovespa, pressionadas por suas respectivas commodities depois dos dados ruins da balança comercial da China.

O mercado doméstico também é influenciado pela ata do Copom, que apesar da linguagem mais dura garantiu mais dois cortes de 0,50pp na Selic. Com isso, os juros médios e longos recuam em torno de 0,15pp na B3. Há pouco, o DI Jan27 descia a 10,765%, de 10,915%, ontem. O dólar recua 0,33%, a R$ 4,8719. (Ana Conceição)