Dólar cai e juros curtos sobem após Selic a 15%; no exterior, ambiente instável derruba moeda americana

O BCB encerra o ciclo de aperto, mas avisa que pode agir de novo, se necessário. Os juros longos recuam com a moeda e, nos Treasuries, a ponta mais longa tem viés de alta.

O mercado renova posições vendidas em dólar em meio ao adiamento por duas semanas na escalada guerra no Oriente Médio, que segue “limitada” a Israel e Irã.

O índice DXY deve encerrar a semana em alta, mas agora cai 0,17% (98,735), reduzindo a baixa com a leve virada do dólar ante o iene (+0,15%, a 145,627/US$) enquanto a libra sobe +0,26% com o BoE dividido na decisão de manter juros estáveis e dados fracos no Reino Unido. (Ana Katia)

Petróleo oscila após Trump adiar decisão sobre ataque ao Irã

Há pouco o brent/ago caía a US$ 76,99 (-2,36%) e o WTI/ago subia a US$ 75,68 (+0,72%). A commodity caminha para sua terceira semana consecutiva de ganhos (entre +3,5% e +4%) diante dos poucos sinais de desescalada no conflito do Oriente Médio, mantendo o alerta sobre possíveis interrupções no fornecimento. O avanço semanal é impulsionado também por dados que mostraram uma grande redução nos estoques dos EUA, indicando aperto na oferta em um cenário de maior demanda por causa da temporada de viagens no verão.

Bolsas europeias sobem com Trump adiando decisão sobre Irã

A esperança é que Teerã, nesse ínterim, seja pressionado a ir à mesa de negociações. A China manteve suas taxas de empréstimo de referência inalteradas, como esperado, e bancos europeus enviaram sinais dovish, com o da Noruega, que fez seu 1º corte de taxa desde 2020, o Banco Nacional Suíço, que reduziu taxas para zero e não descartou taxas negativas, enquanto o BoE manteve a política estável, mas viu necessidade de mais flexibilização após vendas no varejo britânico registrarem sua queda mais acentuada desde dezembro de 2023. Frankfurt sbe 0,87%; Londres +0,42%; Paris +0,48%; Stoxx 600 +0,47%.