Bolsas europeias fecham em alta, avaliando lucros e taxação

As bolsas europeias fecharam em alta, acompanhando lucros corporativos e avaliando as consequências do novo acordo comercial assinado entre Washington e Bruxelas.

Espera-se que as empresas europeias relatem um crescimento de 1,8% nos lucros do segundo trimestre, em média, de acordo com dados da LSEG I/B/E/S, uma grande melhora em relação à queda de 0,3% que os analistas esperavam há uma semana.

As ações de luxo (LVMH -2,94%; Pernod Ricard -2,15%; Kering -1,60%) caíram por não estarem isentas da tarifa.

Já a Novo Nordisk (-23,44%) eliminou mais de 80 bilhões de euros (US$ 92,34 bilhões) em valor de mercado ao reduzir sua previsão de crescimento das vendas em 2025 para entre 8% e 14%, ante 13% e 21% anteriormente.

Fechamento: Frankfurt +1,17%; Londres +0,60%; Paris +0,72%: Madri +0,93%; Stoxx 600 +0,23% (550,00).

Giro das 12h: De olho no tarifaço, Ibovespa corrige perdas, dólar se estabiliza e juros caem

O Ibovespa sobe 0,51%, para 132.808,24 pontos, corrigindo parte das perdas recentes, em meio ao impasse nas negociações comerciais com os EUA à medida em que 1º/8 se aproxima.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o vice Geraldo Alckmin conversou pela terceira vez com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Este, por sua vez, reafirmou o prazo para definição das taxas para 6ªF. 

Dólar e juros oscilaram pela manhã e há pouco a moeda subia a R$ 5,5928 (+0,05%), enquanto os juros longos caiam cerca de 10 pontos.

O DXY por sua vez sobe 0,45%, aos 99,080 pontos, enquanto os rendimentos dos Treasuries recuam.

Os investidores voltam suas atenções nesta semana à política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos EUA, na Super Quarta.

A expectativa é de manutenção das taxas e alguma pista sobre a trajetória dos juros no ano.

NY opera sem direção única (Dow Jones -0,33%; S&P 500 -0,04% e Nasdaq +0,06%) antes dos relatórios de lucros de gigantes da tecnologia entre 4ªF e 5ªF.

Mais cedo, o JOLTS apontou para queda abaixo das previsões no número de vagas nos EUA e o Conference Board, para alta na confiança do consumidor.

Dólar sobe e juros caem de olho nas tarifas antes do Copom

Dólar e juros rondaram a estabilidade na abertura, no aguardo da decisão, e comunicado, sobre os juros pelo Copom, em sessão fraca de indicadores, com a questão da tarifa americana contra o Brasil ainda indefinida.

O ministro Fernando Haddad sinalizou que há interesse (dos EUA) em conversar.

Há pouco a moeda estava cotada a R$ 5,6008 (+0,19%) e os juros exibiam leve queda na ponta longa, antes do leilão de linha de até US$ 1 bi para rolagem. 

No exterior, a moeda tem novo avanço, assim como as ações, beneficiando-se da melhora do apetite ao risco após o acordo comercial EUA-UE do fim de semana.

O DXY sobe aos 99,079 pontos (+0,45%).  O prazo final de 1º de agosto para a extensão das tarifas recíprocas e alguns países se aproxima.

O investidor aguarda dados dos EUA e o importante índice de confiança do consumidor. (Ana Katia)