Dólar avança globalmente por aversão ao risco com guerra no Oriente Médio

Aqui, a moeda sobe a R$ 5,5370 (+0,22%), em sessão de agenda esvaziada, com o fiscal no radar, após derrota do governo no projeto do IOF.

Autoridades iranianas prometeram vingança e cogitam bloquear o Estreito de Ormuz, o que eleva o petróleo e aciona o medo da inflação em um cenário de fraqueza nos dados americanos e políticas comerciais erráticas de Trump.

Assim, o DXY salta 0,61%, acima das máximas da semana passada, mas abaixo de 100 (99,311). Os rendimentos dos Treasuries sobem e os juros futuros acompanham.

Mais cedo, o Focus revisou para baixo a inflação do ano e para cima as projeções de crescimento e da Selic em 2025, após Copom elevar a taxa a 15%, indicando que pode interromper o ciclo na próxima reunião, mas que não hesitará em elevar os juros caso necessário.

Maioria das bolsas europeias se recupera no fechamento em meio a negociações com Irã

A Casa Branca informou que o presidente Donald Trump decidirá nas próximas duas semanas sobre entrada dos EUA na guerra, ajudando a melhorar o sentimento e despertando algum interesse em ativos de risco, que foram vendidos no início da semana devido à incerteza sobre a duração do conflito.

Londres foi exceção, após dados mostrarem que as vendas no varejo do Reino Unido caíram 2,7% em maio em relação ao mês anterior.

Fechamento: Frankfurt +1,37%; Londres -0,20%; Paris +0,48%; Madri +0,71%; Stoxx 600 +0,10% (536,42).

Ibovespa acentua perdas pós Copom com volatilidade em NY

O aumento da Selic para 15%, com sinalização de estabilidade nesse nível por bastante tempo, surpreendeu e também eleva os juros mais curtos.

Em sessão de exercício de opções sobre ações, o índice perdeu os 138 mil pontos e agora cai 1,32% (136.887,07), acentuando perdas com NY volátil com US$ 6,5 trilhões em opções expirando (Dow Jones +0,25%; S&P -0,07%; Nasdaq -0,40%).

Após Fed mostrar cautela sobre a flexibilização da política monetária, Wall Street chegou a se firmar em alta reagindo à defesa do Fed boy Chistopher Waller à CNBC sobre cortes de juros em julho, observando que os efeitos das tarifas devem ser pontuais.

Relatório do Fed diz que as condições continuam sensíveis às notícias sobre política comercial e que a política atual do BC está bem posicionada para o que está por vir.

Trump adiou decisão sobre entrada militar dos EUA na guerra Israel-Irã, vendo chances de negociação sobre acordo nuclear, enquanto autoridades iranianas e europeias se preparam para conversar hoje em Genebra. No câmbio, o dólar testa alta a R$ 5,5095 (+0,16%), após mínima de R$ 5,4696.

O índice DXY cai 0,19% (98,720). (Ana Katia)