Ibovespa sobe, dólar e juros caem após IPCA-15 e votação do IOF
O Ibovespa sobe a 137.108,66 pontos (+0,99%), enquanto dólar (R$ 5,5077, em -0,85%) e juros recuam após aprovação do PDL do IOF.
A inflação até o meio de junho desacelerou para 5,27% ano a ano, de 5,31%; na margem, +0,26%, de +0,30% esperados, por moderação em alimentos e educação.
No exterior, as bolsas também sobem (Dow Jones +0,63%; S&P 500 +0,58% e Nasdaq +0,53%) e o dólar recua ante pares (DXY 97,173, -0,52%) e emergentes, em meio a dados mistos e falas moderadas dos Fed boys sobre cortes de juros e impacto das tarifas na inflação, enquanto a geopolítica é deixada de lado por ora.
A economia americana contraiu 0,5% e os pedidos iniciais de auxílio-desemprego ficaram abaixo das previsões.
Às vésperas do PCE, que tem potencial de calibrar as apostas, Mary Daly (Fed São Francisco) afirmou que tarifas vão impulsionar a inflação, mas que ela deve dissipar-se, vendo, assim, setembro como apropriado ao corte de juros.
Já Barkin (Richmond) defendeu esperar por mais clareza. Notícia de que Trump considera nomear o substituto do presidente do Fed, Jerome Powell, entre setembro e outubro, mostra nova pressão para o Fed cortar juros, o que pesou sobre os rendimentos dos Treasuries.
Dólar e juros recuam com inflação e exterior prevalecendo sobre fiscal
Dólar e juros recuam após IPCA-15 de junho (+0,26%) abaixo do previsto (+0,30%), com núcleos em +0,31%, de +0,40% em maio e alimentos caindo pela primeira vez em nove meses.
A moeda cede à mínima de R$ 5,5307 (-0,44%), a despeito das preocupações com o fiscal, após derrota do governo na votação do projeto do IOF.
O exterior também ajuda. O DXY cai 0,37% (97,318) junto com os rendimentos dos Treasuries, em meio a novas críticas de Trump a Jerome Powell, que reiterou cautela no Congresso com os cortes de juros, defendendo aguardar que o impacto inflacionário das tarifas seja esclarecido.
Trump considera anunciar o substituto do presidente do Fed em setembro ou outubro, o que enfraqueceria Powell, cujo mandato termina em maio de 2026.
O investidor acompanhou ainda uma bateria de dados americanos; O PIB dos EUA no 1TRI (final) apontou contração de 0,5%, de 2,4%, ante consenso de -0,2%.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego somaram 236 mil, de 245 mil no consenso. Aqui, Galípolo e Guillen devem falar logo mais.
Ibovespa cai por cautela com o fiscal
O Ibovespa recua 0,79%, para menos de 137 mil pontos (136.087,64), enquanto o dólar e os juros sobem por cautela com o cenário fiscal.
O presidente da Câmara Hugo Motta anunciou votação do PDL sobre o IOF, contrariando acordo de esperar as festas de junho acabarem.
Petrobras oscila e agora sobe com menos força que o petróleo (mais de 1%), enquanto Vale e o setor perdem com minério.
Em NY, as techs lideram, deixando Nasdaq (+0,46%) melhor que seus pares (Dow Jones -0,15%; S&P 500 +0,13%). O DXY sobe 0,12% (97,979) e os rendimentos dos Treasuries estão em alta.
Aqui, a moeda avança a R$ 5,5501 (+0,57%). Powell depõe desta vez no Senado, repetindo falas da véspera, consideradas dovish, reforçando expectativas de dois cortes de juros em 2025.
A trégua no Oriente Médio segue no radar dos investidores, com Trump dizendo que conflito chegou ao fim e que acordo nuclear deve ser assinado em uma semana.