Bolsas europeias fecham em alta forte com alívio das tensões comerciais

As bolsas europeias fecharam em alta firme com os sinais de alívio nas tensões comerciais, além do acordo anunciado com a China, a diminuição nas tensões no Oriente Médio e a melhora nas expectativas de cortes de juros pelo Fed.

Líderes da UE discutiram novas propostas dos EUA ontem e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, afirmou que “todas as opções permanecem sobre a mesa”.

O acordo entre EUA e UE pode sair antes mesmo do prazo final de 9 de julho, quando os EUA deveriam impor +50% sobre quase todos os produtos da UE.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, expressou otimismo, citando o ritmo acelerado das negociações.

A UE busca um acordo mutuamente benéfico, mas também está preparando contramedidas caso as negociações fracassem, incluindo tarifas sobre US$ 21 bilhões e US$ 95 bilhões em produtos dos EUA, bem como outras medidas além das tarifas.

No fechamento: Frankfurt +1,78%; Londres +0,73%; Paris +1,78%; Madri +1,05%; Stoxx 600 +1,09 (543,32).

Ibovespa cai limitado por Vale e exterior positivo em meio a apostas de corte de juros

O Ibovespa devolveu ganhos do começo do pregão, quando bateu máxima de 137.156,52 pontos, e agora cai 0,17% (136.887,46), de olho em falas de Haddad e Guillen.

O BC enfatizou a desancoragem da inflação para curto, médio e longo prazos, demandando Selic alta por mais tempo. Vale, que segue minério, limita perdas, enquanto Petrobras pega a contramão do petróleo.

Mais cedo, desemprego mais baixo (6,20%) que o esperado (6,50%) reforçou aquecimento do mercado de trabalho. IGP-M mostrou deflação ainda maior, -1,67% em junho, de -0,49% em maio.

NY (Dow Jones +0,85%; S&P 500 +0,54% e Nasdaq +0,41%) reflete alívio sobre a guerra, acordo comercial com a China e com outros países e o cenário de desaceleração que renova chances de corte de juros, em setembro, em meio a falas mais moderadas dos membros do Fed sobre o impacto das tarifas.

O aguardado PCE apontou gastos e renda pessoais em contração, mas o núcleo da inflação subiu na margem e na base anual.

No câmbio, o dólar reduziu perdas e cai 0,26%, a R$ 5,4842, enquanto no exterior a moeda é mista ante pares e emergentes.

O DXY sobe a 97,275 pontos (+0,13%), assim como os rendimento dos Treasuries, após cinco sessões consecutivas de queda.

Dólar e juros curtos caem após dados; mercados aguardam PCE

O dólar agora cai a R$ 5,4900 (-0,16%) e os juros cedem na ponta curta após IGP-M menor que o esperado, cedendo 1,67% em junho, ante queda de 0,49% em maio. O índice acumula queda de 0,94% no ano e alta de 4,39% nos últimos 12 meses. O saldo de empréstimos no Brasil cresceu 0,6% em maio de 2025, atingindo R$ 6,7 trilhões, marcando o 17º mês consecutivo de expansão. Já a taxa de desemprego (6,2%) ficou abaixo do esperado (6,6%).  A sessão é de commodities valorizadas em meio a notícias de estímulo na China e alívio no conflito do Oriente Médio. No exterior, o dólar é misto, subindo principalmente contra divisas pares, o que eleva levemente o DXY a 97,206 pontos (+0,06%). Os rendimentos dos Treasuries também sobem. Os mercados aguardam os dados do PCE logo mais em busca de confirmações sobre a tendência de queda na inflação e mais espaço para corte de juros pelo Fed este ano após dados mais fracos e uma série de falas moderadas dos membros do BC americano sobre o impacto das tarifas nos preços. O investidor doméstico também acompanha falas de membros do BCB e do ministro Fernando Haddad. (Ana Katia)