Giro das 12h: Ibovespa cede com Petrobras e incerteza tarifária
O Ibovespa caiu abaixo de 136 mil pontos (136.135,26), em -0,29% com um olho na temporada de balanço e outro na questão das tarifas, no aguardo do plano de contingência, previsto para sair até terça-feira.
Vale (+1,26%) e bancos sobem, mas Petrobras (ON -5,14%; PN -3,78%) aprofunda queda com petróleo virando para o terreno negativo diante da possibilidade de fim da guerra na Ucrânia.
A estatal reportou balanço ontem e o mercado avalia as perspectivas para a empresa em um cenário incerto nas relações com os EUA.
Em NY, as bolsas sobem (Dow Jones +0,52%; S&P 500 +0,73% e Nasdaq +0,84%), monitorando lucros corporativos, o tarifaço e o Fed. Tarifas sobre barras de ouro derrubaram expectativas da indústria.
Sobre o Fed, Trump nomeou seu conselheiro Stephen Miran para substituir Adriana Kugler no BC, de forma temporária, ganhando tempo para decidir um nome para o BC.
No câmbio, o dólar sobe ante o real, a R$ 5,4268 (+0,08%), operando misto ante pares e emergentes, com o DXY cedendo 0,18% (98,224). Os juros futuros recuam do miolo em diante enquanto a ponta curta é estável.
Petróleo se recupera com deadline para Índia e estoques americanos
O petróleo sobe com as ameaças de Trump à Índia e os estoques americanos. Recuperando-se da mínima de cinco semanas do dia anterior, o brent/out sobe a US$ 68,78 (+1,69%) e o WTI/set, a US$ 66,30 (+1,75%). Os investidores aguardam a resposta da Índia e também da China à ameaça de sanções secundárias.
Há expectativas de que a Índia possa reduzir suas compras, mas não é certo porque eles têm obtido muitos lucros comprando petróleo bruto russo barato.
O enviado dos EUA, Steve Witkoff, chegou a Moscou hoje em missão de última hora para buscar avanço na guerra na Ucrânia. O prazo de Trump para a Rússia concordar com a paz termina nesta 6ªF. O mercado recebe ainda apoio da queda nos estoques dos EUA na semana passada em 4,2 milhões de barris (API).
Bolsas europeias não seguem direção única, entre lucros e incerteza política
As bolsas europeias fecharam mistas, com as ações britânicas impulsionadas pelos resultados otimistas da Diageo (+4,90%) e da Smith+Nephew (+15,34%).
Expectativas de um corte na taxa de juros do BoE, esta semana, adicionaram mais suporte.
A incerteza política e a fraca demanda pesaram sobre o sentimento empresarial, levando o setor de serviços da França à contração em ritmo mais rápido em julho.
O PMI de Serviços do país caiu de 49,6 em junho para 48,5 em julho, destacando redução significativa na admissão de novos empregos.
No fechamento, Frankfurt +0,33%; Londres +0,10%; Paris -0,14%; Madri +0,15%; Stoxx 600 +0,13% (541,30).