Giro das 12h: Pós decisões de juros, Ibovespa perde com incerteza sobre o tarifaço

O Ibovespa cede abaixo dos 133 mil pontos, a 132.954,12 (-0,77%), na contramão de NY.

Isso acontece em meio à incerteza sobre as tarifas americanas de 50%, que passam a valer na próxima semana, com lista trazendo cerca de 700 isenções.

Em dia de disputa da Ptax, o dólar oscila e chegou a zerar ganhos ante o real, há pouco em R$ 5,5929 (+0,07%).

Os juros futuros sobem, um dia após o Copom interromper o ciclo de aperto monetário, mantendo a Selic em 15%, como esperado.

A decisão sinaliza que a taxa se manterá em nível alto por tempo prolongado, diante do cenário incerto.

Pesa também o um mercado de trabalho robusto, com taxa de desemprego em mínima histórica de 5,8% e salários reais em alta.

No exterior, o dólar é misto ante pares e emergentes e o DXY voltou a cair abaixo do patamar dos 100 pontos (99,808), em -0,01%.

Ontem, o Fed manteve as taxas entre 4,25% e 4,50%, com Powell deixando tudo em aberto à frente.

Hoje os preços do PCE levaram os mercados a reduzir apostas de corte de juros em setembro, mas em NY prevalece o otimismo com os primeiros lucros das big techs (Microsoft, que entrou no clube dos US$ 4 tri, e Meta Platforms).

Dow Jones cai -0,11%, o S&P 500 sobe +0,36% e Nasdaq +0,71%.

Giro dos Mercados: Dólar oscila com disputa da Ptax e juros sobem pós Copom

O dólar oscilou entre R$ 5,6243 e R$ 5,5633, e agora sobe a R$ 5,6153 (+0,47%), em dia volátil de formação da Ptax do mês.

Os juros futuros sobem em toda a curva, acompanhando a moeda e após o Copom, como esperado, manter a Selic em 15% e reforçar o aperto por mais tempo em comunicado considerado duro.

Taxa de desemprego (5,80%), mais cedo, veio na mínima histórica, ante consenso de 6%.

O DXY sobe (0,24%) ao nível dos 100 pontos (100,058) e o rendimento de 10 anos cai para 4,36% em meio a sinais mistos de inflação e dados de crescimento nos EUA.

O payroll, que sai amanhã, pode dar pistas sobre o próximo movimento.

Trump voltou hoje a criticar Powell por não cortar as taxas de juros do país, e anunciou tarifas de 15% sobre as importações da Coreia do Sul e de 25% sobre as da Índia.

Aqui, taxa de 50% contra o Brasil veio com longa lista de isenções, de quase 700 produtos, o que deve reduzir o impacto negativo sobre o crescimento.

Bolsas europeias fecham mistas de olho nos balanços e dados

As bolsas europeias fecharam mistas em meio a uma nova onda de lucros corporativos e dados econômicos.

A economia da zona do euro cresceu 0,1% no 2TRI, liderada pelas expansões na França e na Espanha, enquanto o PIB na Alemanha e na Itália contraíram 0,1%.

Kering sobe 1,62%, apesar de relatar uma queda na receita. A BASF ganhou 0,31%, mesmo após divulgar recuos das vendas.

Por outro lado, a Hermès caiu 4,54% após seus resultados decepcionarem e o HSBC, também 4,54%, apesar de relatar crescimento na receita e anunciar uma recompra de ações de US$ 3 bilhões.

A Adidas caiu 11,31% após registrar crescimento de receita menor do que o esperado e alertar que as tarifas aumentariam os preços nos EUA.

Fechamento: Frankfurt +0,28%; Londres -0,02%; Paris +0,06%: Madri +0,32%; Stoxx 600 -0,01% (550,28).