Giro das 12h: Ibovespa futuro sobe após payroll fraco estimular apostas em corte de juros nos EUA
O Ibovespa enfrenta problemas técnicos nesta manhã e o índice futuro aponta para alta, na contramão dos mercados europeu e americano.
O dólar recua a R$ 5,5479 (-0,94%) e os juros acompanham a moeda e os rendimentos dos Treasuries.
Há pouco o índice futuro estava em alta de 0,18% (133.905), sendo beneficiado pela fraqueza do payroll.
Os dados do mercado de trabalho estimularam apostas em dois cortes de juros pelo Fed no ano, o que deve favorecer os mercados emergentes.
O payroll de julho (73 mil, ante consenso de 110 mil) somado às revisões para baixo de quase 260 mil em maio e junho, contraria a visão do Fed.
Isso derruba as bolsas (Dow Jones -1,31%; S&P 500 -1,57% e Nasdaq -2,08%) e dólar globalmente (DXY aos 98,961 pontos; -1,01%).
Rendimentos dos Treasuries (o da note de 10 a 4,25%) também são afetados, ao reforçar esfriamento rápido e fora do previsto no mercado de trabalho americano.
O desemprego aumentou e está mais difícil encontrar trabalho nos EUA.
Os dados elevam a pressão sobre o Fed, cuja decisão não foi unânime.
Hoje, os membros do BC indicados por Trump, Christopher Waller e Michelle Bowman, que votaram por um corte de 25pb esta semana, justificaram a discordância e criticaram a cautela excessiva.
Trump voltou a atacar Jerome Powell por não cortar os juros.
Giro dos Mercados: Dólar e juros despencam após payroll apontar fraqueza no mercado de trabalho americano
O dólar cai a R$ 5,5489 (-0,93%) e os juros futuros cedem em toda a curva, mais de 10 pontos, a partir de Jan/27.
Isso acontece após o payroll (73 mil, de 110 mil esperados) apontar para um mercado de trabalho fraco e as revisões mostrarem um quadro muito diferente do que se pensava.
Antes, a média trimestral de aumento na folha era de 150 mil, agora é de 35 mil. Maio e junho foram revisados para baixo em quase 260 mil.
Já a taxa de desemprego, subiu levemente. A principal conclusão é que a demanda por mão de obra parece cair mais rápido do que a oferta.
O mercado de trabalho não está ‘sólido’, como Powell disse.
O movimento aqui está totalmente alinhado ao exterior, onde o DXY cai 1,10%, aos 98,870 pontos e os rendimentos dos Treasuries aprofundam baixa.
Mais cedo, os votos dissidentes do FOMC, Christopher Waller e Michelle Bowman, expressaram preocupações de que a hesitação do BC em reduzir as taxas de juros poderia causar danos desnecessários ao mercado de trabalho.
Bolsas europeias perdem força no fechamento entre balanços e dados
Resultados corporativos otimistas da Safran (+3,10%) e da Rolls-Royce (+8,50%), que atingiram máximas históricas, não impediram que as bolsas europeias perdessem força no fechamento, com os investidores de olho em acordos comerciais de última hora.
Analistas veem a perspectiva da maioria dos participantes do mercado europeu agora mais voltada para 2026, quando se verá o impacto do estímulo fiscal na Alemanha e mais medidas relacionadas à soberania europeia.
Antes do prazo de 1º de agosto, Trump liberou novos impostos.
Sobre dados, a inflação na Alemanha caiu de 2,0% para 1,8%, abaixo das expectativas de 1,9%.
Na França, dado ficou inalterado em 0,9% e saltou de 2,3% para 2,7% na Espanha.
Isso sinaliza que o número da zona do euro, previsto para 6ªF, deve ficar em torno de 1,9% ou 2,0%, o que não mudará a visão do BCE de que não há pressa em mover as taxas.
Fechamento: Frankfurt -0,82%; Londres 0,00%; Paris -1,14%: Madri +0,22%; Stoxx 600 -0,71% (546,34).