Giro das 12h: Ibovespa avança, dólar e juros caem com tarifas no radar e exterior apostando em corte de juros
O Ibovespa se mantém acima dos 133 mil pontos (133.514,41), em alta de 0,81%, com apoio de bancos, siderurgia e ações cíclicas.
As tarifas seguem no radar, com o mercado acompanhando os desdobramentos das negociações.
Haddad pode falar com Bessent e Lula, com Trump, que disse que o presidente poderia chamá-lo a qualquer momento.
NY avança (Dow Jones +1,05%; S&P 500 +1,13% e Nasdaq +1,46%) em meio a renovadas apostas em cortes de juros pelo Fed.
A redução deve começar com 25pb em setembro após o payroll e as revisões para baixo dos meses anteriores escancararem o impacto das tarifas e desmentirem a robustez do mercado de trabalho americano.
Trump acusou fraude nos dados e demitiu a comissária do BLS, Erika McEntarfer.
Isso, somado à saída antecipada de Adriana Kugler do Fed, aumentou as preocupações sobre ingerência nas instituições.
O dólar enfraquece globalmente e aqui perde 0,70%, a R$ 5,5067, sendo acompanhado pelos juros futuros.
Mais cedo, o Focus revisou para baixo as projeções de inflação e PIB à frente.
O DXY cai 0,32%, a 98,822, e os rendimentos dos títulos de 10 anos dos Treasuries atingem a mínima de três meses, de 4,22%.
Dólar e juros aguardam Caged em queda, acompanhando exterior; Ibovespa avança
Dólar e juros recuam em linha com exterior enquanto o investidor aguarda os dados do Caged, à tarde, após a taxa de desemprego atingir níveis históricos (5,80%) na 5ªF.
Há pouco a moeda cedia a R$ 5,5068 (-0,70%) e os juros longos caem perto dos 10 pontos.
O Ibovespa opera na máxima, mesmo com Petrobras recuando com petróleo. Menos de dez ações estão em queda.
Mais cedo, o Focus reduziu projeção para inflação deste e do próximo ano, além das expectativas para o PIB de 2026 e 2027.
As respostas do governo ao tarifaço também seguem no radar. O índice DXY cede a 98,616 pontos (-0,53%), após testar brevemente a marca dos 100 na semana passada.
Dados apontando arrefecimento da economia americana e ruído político elevam as apostas de mais cortes de juros este ano, a começar por -25pb em setembro após o payroll fraco.
A renúncia da dirigente do Fed, Adriana Kugler, aumentou as preocupações com a politização de instituições-chave dos EUA. (Ana Katia)
MERCADOS: Bolsas europeias aprofundam perdas no fechamento, em linha com NY
As ações europeias fecharam em queda firme, atingindo mínimas de quatro semanas, com balanços, tarifas e fraqueza nos mercados americanos após o payroll.
Trump continuou sua campanha tarifária, anunciando altas taxas sobre exportações de dezenas de parceiros comerciais, taxando a Suíça em 39%.
Ações de saúde perderam com as cartas de Trump aos líderes de 17 grandes farmacêuticas, nas quais o presidente americano descreve como eles deveriam reduzir os preços dos medicamentos prescritos nos EUA.
A Novo Nordisk (-1,81%), listada na Dinamarca, chegou a bater seu menor nível em quase quatro anos.
O payroll hoje mostrou um panorama do mercado de trabalho diferente daquele mencionado por Jerome Powell nesta semana, aumentando a probabilidade de uma ação antecipada do Fed.
Fechamento: Frankfurt -2,71%; Londres -0,70%; Paris -2,91%: Madri -1,92%; Stoxx 600 -1,81% (536,20).