Dólar sobe e juros caem com tarifas indefinidas e projeção menor de inflação
Ainda sem definição sobre a taxação do Brasil pelos EUA, o dólar oscilou entre R$ 5,5936 e R$ 5,5686, subindo há pouco 0,25%, a R$ 5,5756.
A moeda se fortalece ante pares e emergentes após EUA e UE chegarem a um acordo comercial.
O DXY ganha 0,58%, a 98,214 pontos, com Trump e von der Leyen fechando tarifa de importação de 15%, metade da taxa que foi ameaçada, em um pacto semelhante ao firmado com Tóquio.
Os rendimentos dos Treasuries também sobem, mas as taxas recuam aqui em toda a curva após o Focus apontar leve queda nas projeções de inflação em 2025 e 2026, além do câmbio do ano, o que não deve mudar a perspectiva de manutenção da Selic no atual patamar de 15% pelo Copom na 4ªF.
Os dados americanos da semana incluem mercado de trabalho, provável recuperação do PIB na 4ªF e inflação mais estável na 5ªF, deixando o Fed confortável sobre os juros.
Petróleo sobe enquanto investidores avaliam acordo EUA-UE
O petróleo sobe apoiado pelo acordo comercial entre os EUA e UE e possível extensão da pausa tarifária entre EUA e China, em um cenário de dólar americano mais forte e menores importações pela Índia. Do lado da oferta, é improvável que a OPEP+ altere os planos para aumentar a produção quando se reunir hoje.
Também a estatal venezuelana PDVSA está se preparando para retomar o trabalho, assim que Trump restabelecer as autorizações para seus parceiros operarem e exportarem.
No Oriente Médio, os Houthis do Iêmen disseram no domingo que teriam como alvo navios de empresas que fazem negócios com portos israelenses, independentemente da nacionalidade. Há pouco o brent/set subia a US$ 69,10 (+0,96%) e o WTI/set a US$ 65,79 (+0,97%).
As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda, devolvendo os ganhos da sessão anterior.
Investidores avaliavam os lucros mistos das empresas e aguardavam atualizações sobre as discussões comerciais.
Puma caiu 15,83%, a maior queda no índice Stoxx 600, depois que a marca cortou sua previsão para o ano inteiro e relatou resultados trimestrais mais fracos do que o esperado.
Por outro lado, Carrefour subiu 5,54% com resultados semestrais.
Volkswagen ganhou 2,52% após o CEO afirmar que os cortes de custos precisam ser acelerados em resposta às tarifas.
No início da sessão, as ações caíram devido à revisão das perspectivas da empresa.
Fechamento: Frankfurt -0,43%; Londres -0,21%; Paris +0,21%: Madri -0,25%; Stoxx 600 -0,24% (550,22).