As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda, devolvendo os ganhos da sessão anterior.
Investidores avaliavam os lucros mistos das empresas e aguardavam atualizações sobre as discussões comerciais.
Puma caiu 15,83%, a maior queda no índice Stoxx 600, depois que a marca cortou sua previsão para o ano inteiro e relatou resultados trimestrais mais fracos do que o esperado.
Por outro lado, Carrefour subiu 5,54% com resultados semestrais.
Volkswagen ganhou 2,52% após o CEO afirmar que os cortes de custos precisam ser acelerados em resposta às tarifas.
No início da sessão, as ações caíram devido à revisão das perspectivas da empresa.
Fechamento: Frankfurt -0,43%; Londres -0,21%; Paris +0,21%: Madri -0,25%; Stoxx 600 -0,24% (550,22).
Giro das 12h: Ibovespa aprofunda perdas com impasse nas tarifas
O Ibovespa é fraco nesta manhã, a 133.545,08 pontos (-0,20%), sob o peso de mineração/siderurgia, com minério derrubando Vale (-1,88%) e queda de 62% no lucro do 2TRI afeta Usiminas (-1,87%).
O impasse nas tarifas, às vésperas de reuniões de política monetária no Brasil e EUA, segue na pauta, já se aproximando a data de 1º/8 estipulada por Trump.
O vice-presidente Geraldo Alckmin disse que conversou com Howard Lutnick (Comércio) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que a medida poderia impactar mais de 10 mil empresas brasileiras.
Um plano de contingência está previsto para ser apresentado a Lula na próxima semana.
Mais cedo, a inflação quinzenal de julho subiu 0,33%, de 0,26%, com Habitação (+0,98%) e Transportes na liderança, e queda nos preços de alimentos e bebidas (-0,06%).
O déficit em conta corrente subiu a US$ 5,1 bi em junho, de US$ 3,4 bilhões no ano anterior.
NY sobe moderadamente (Dow Jones +0,22%; S&P 500 +0,22% e Nasdaq +0,17%), em meio a lucros positivos, economia resiliente e alívio após encontro entre Trump e Powell não ter provocado maiores danos.
Acordo comercial com a Europa, visto com otimismo pela diplomacia do bloco, tem chance de 50% de acontecer nas contas do presidente americano.
Alta do dólar é generalizada ante pares e emergentes.
O DXY sobe aos 97,748 pontos (+0,38%), e aqui a moeda ganha 0,39%, a R$ 5,5415, enquanto os juros futuros sobem levemente.
Dólar e juros sobem de olho nas tarifas e com IPCA-15 acelerando às vésperas do Copom
Dólar e juros abriram em alta, com a moeda agora a R$ 5,5320 (+0,22%), ainda sem solução nas negociações de tarifas com os EUA, que mostraram interesse nos minerais críticos do País.
Alckmin informou ontem que abriu um canal de diálogo com o secretário de Comércio Howard Lutnick que pode evitar a tarifa de 50%.
Às vésperas do Copom, o IPCA-15 (+0,30%) apontou alta ante junho (+0,26%), dentro do consenso, com aceleração principalmente em transportes (de 0,06% para 0,67%). Brasil teve déficit em conta corrente de US$ 5,131 bi em junho, acima do déficit de junho de 2024, de US$ 3,368 bi.
O IDP acumulado atingiu US$ 67,0 bi (3,14% do PIB). A sessão é de alta generalizada do dólar no cenário de acordos em andamento e reuniões de BCs na próxima semana. Espera-se que tanto o Fed quanto o BoJ mantenham as taxas estáveis e o foco estará nos comentários.
Ontem, Trump voltou a pressionar Powell, mas disse que não pretendia demiti-lo.
O DX sobe 0,48%, no nível dos 97,844 pontos, mas caminha para queda de 0,75% na semana, seu desempenho mais fraco em um mês.