Petróleo salta em cenário de oferta restrita
Os preços do petróleo sobem hoje, recuperando parte das perdas da semana passada, com os comerciantes encorajados pela perspectiva de uma oferta mais restrita. Há pouco o Brent para janeiro subia a US$ 86,24 (+1,59%) e o WTI para dezembro a US$ 81,91 (+1,74%).
Os principais fornecedores de óleo, Arábia Saudita e Rússia, confirmaram no fim de semana que manterão as reduções de oferta até ao final do ano, o que anuncia mercados petrolíferos mais restritivos. A posição de US$ 80 do WTI pode ser testada.
A guerra do Oriente Médio segue no radar e as questões sobre a demanda chinesa tornam o petróleo vulnerável. (Ana Katia + agências)
Juros futuros têm queda forte, seguindo os Treasuries
Os juros futuros fecharam com queda expressiva na B3, acompanhando o mesmo movimento nos Treasuries, que caíram ontem, feriado no Brasil, e hoje. O cenário externo se sobrepôs à piora do risco fiscal e, assim, as taxas devolveram mais de 0,20pp do miolo da curva para frente. Na semana, os juros caíram entre 0,14pp e 0,23pp do vencimento 2025 para frente.
Nos EUA, o payroll mais fraco que o esperado e a desaceleração no setor de serviços, medida pelo PMI do ISM, reforçou a percepção de que o ciclo de aperto monetário do Fed terminou.
Por aqui, o Copom citou as incertezas fiscais, mas continuou a contratar novos cortes de 0,50pp na Selic no comunicado de 4ªF à noite. A curva dos DIs indicava 100% de possibilidade de queda de 0,50pp na reunião de dezembro, mas com Selic terminal ainda em 2 dígitos, pouco acima de 10%, ainda um pouco longe da mediana do Focus, de 9,25%.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 recuou a 12,016% (de 12,018%, na 4ªF); o jan/25 cedeu a 10,835% (de 11,957%); o jan/26, a 10,600% (de 11,842%). O jan/27, a 10,775% (de 11,024%); o jan/29, a 11,160% (de 11,392%). O jan/31 caiu a 11,350% (de 11,585%). (Ana Conceição)
Petróleo fecha em forte queda, com demanda voltando ao foco
[03/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado
As cotações do petróleo fecharam em queda pela segunda semana consecutiva. A diminuição do prêmio de risco do conflito Israel-Hamas jogou o foco dos investidores para a demanda, que tem dado sinais de fraqueza. Os preços chegaram a subir hoje, mas devolveram os ganhos depois que o líder do Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse, em sua primeira declaração oficial, que nada sabia sobre o ataque de 7 de outubro, reforçando a visão de que a guerra não deve se espalhar para outros países da região.
O payroll abaixo do esperado derreteu o dólar, o que sempre é bom para as commodities, mas desta vez esse suporte ficou em segundo plano. No front da demanda, os estoques de petróleo dos EUA aumentaram na semana passada, e a atividade fabril na China, o maior importador global de petróleo bruto, voltou a contrair no mês passado, levantando mais dúvidas sobre a economia do país.
Enquanto isso, os investidores esperam para ver se a Arábia Saudita vai manter seus preços estáveis nas próximas semanas e se vai confirmar a redução na oferta de 1milhão de bpd para dezembro. No fechamento, o contrato Brent para janeiro caiu 2,25%, a US$ 84,89 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 2,36%, a US$ 80,51 por barril, na Nymex. Na semana, o Brent recuou 4,83%, o WTI cedeu 5,88%. (BDM Online + agências)