Sem sinais de ampliação do conflito Israel-Hamas, petróleo fecha em forte baixa
As cotações do petróleo fecharam em baixa, com sinais de que o impacto do conflito Israel-Hamas continua limitado à região. Segundo a Bloomberg, a queda dos preços foi intensificada depois de o New York Times ter informado que a inteligência dos EUA confirmou que o Irã foi surpreendido pelo ataque do Hamas a Israel.
Isso pode reduzir as possibilidades de sanções adicionais ao petróleo iraniano e ajudar a evitar que a nação e os seus representantes em todo o Médio Oriente sejam arrastados para o conflito. Além disso, a Arábia Saudita, líder da Opep+, reiterou o apoio aos esforços do grupo para equilibrar os mercados de petróleo. Segundo analistas, questões técnicas também pressionaram as cotações. Depois da forte alta da 2ªF, os contratos ficaram sobrecomprados e sujeitos a uma correção.
No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 2,08%, a US$ 85,82 por barril, na ICE. O WTI para novembro recuou 2,88%, a US$ 83,49 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)
Bolsas interrompem recuperação à espera da ata do Fed
As bolsas em NY viraram para o negativo desde o meio-dia, interrompendo o tom mais positivo visto pela manhã, com investidores cautelosos com a mensagem que vai trazer a ata do Fed, logo mais, às 15h. Há pouco, o Dow Jones tinha queda de 0,29%, o S&P 500 caía 0,24% e o Nasdaq recuava 0,06%. O índice dólar virou e há pouco subia 0,15%, a 105,981 pontos. Os juros dos Treasuries curtos sobem. O da T-note de 2 anos avança 0,05pp, a 5,024%.
Os ativos domésticos seguem o movimento de NY, apesar do IPCA de setembro abaixo do esperado. O Ibovespa cai 0,34%, a 116.344,60 pontos e o dólar à vista sobe 0,21%, a R$ 5,0664. A taxa do DI Jan27 avança a 10,885%, de 10,779% ontem.
Os mercados estarão atentos a quaisquer indicações mais dovish na ata da última reunião do Fed, de setembro, que sugiram que o BC americano terminou o ciclo de aperto monetário. Nos últimos dias, vários dirigentes do Fed apontaram que a forte alta das taxas dos Treasuries longos teria o efeito de um aumento de juro adicional. (Ana Conceição)
Juros futuros fecham em queda, acompanhando os Treasuries
As taxas dos DIs fecharam com queda, acompanhando a baixa nos retornos dos Treasuries. Declarações dovish de dirigentes do Fed apontando que, talvez, o ciclo de aperto monetário tenha terminado, aliviaram os juros futuros nos EUA.
Ontem, o vice do Fed, Phillip Jefferson, e Lorie Logan (Dallas) adotaram essa postura; hoje, foi a vez de Raphael Bostic (Atlanta) e Neel Kashkari (Minneapolis) servirem como bombeiros, no que pareceu um movimento coordenado para acalmar o mercado. Deu certo. O juro da note de 2 anos ficou abaixo de 5% e os de longo prazo (10 e 30 anos) tiveram queda de mais de 0,10pp na volta do feriado de Columbus Day.
A percepção de que o conflito Israel-Hamas deve ficar circunscrito à região e a notícia de que a China prepara um pacote de estímulos à economia ajudaram a aliviar a pressão sobre os ativos. Amanhã, sai o IPCA de setembro. A mediana das expectativas (Broadcast) é de 0,32%, de 0,23% em agosto, e de 5,25% em 12 meses, de 4,61% na medição anterior.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou estável em 12,214% (de 12,212%, ontem); o jan/25 caiu a 10,760% (de 10,833%); o jan/26, a 10,560% (de 10,661%). O jan/27, a 10,770% (de 10,898%); jan/29, a 11,250% (de 11,384%); e o jan/31, a 11,560% (de 11,665%). (Ana Conceição)