NY sobe com ausência de escalada no conflito Israel-Hamas; ativos domésticos avançam
Os principais índices de ações seguem em alta em NY (Dow +1,03%, S&P 500 +1,14%, Nasdaq +1,22%) diante dos poucos sinais de escalada do conflito Israel-Hamas e expansão para outras áreas do Oriente Médio.
A notícia de que o presidente dos EUA, Joe Biden, pode viajar a Israel na tentativa de limitar a guerra deu suporte ao mercado, segundo agências. Embora o conflito esteja sendo acompanhado de perto, a ausência de uma incursão de Israel em Gaza, como era esperado no fim de semana, abriu espaço para o avanço dos preços dos ativos.
Dólar (DXY -0,35%) e petróleo (Brent/dez -1,12%) caem, e investidores saem de ativos de segurança como ouro e Treasuries. “A ação dos preços não reflete uma melhoria na perspectiva dos investidores para o conflito, mas sim a ausência de uma escalada significativa”, disse ao MarketWatch Ian Lyngen, chefe de estratégia de taxas dos EUA na BMO Capital Markets.
Além da geopolítica, os traders também estarão focados nos resultados corporativos esta semana. No mercado doméstico, os ativos acompanham o exterior, com exceção dos juros. O Ibovespa sobe 0,73%, a 116.603,84 pontos, com destaque para as metálicas, em dia de forte alta do minério de ferro na Ásia. #VALE3 sobe 1,37%. A China anunciou mais medidas de estímulo hoje.
O dólar segue o exterior e cai 0,80% no mercado à vista, a R$ 5,0480. As taxas dos DIs recuam, acompanhando a moeda. O DI Jan27 cede a 10,895%, de 10,997% na 6ªF. (Ana Conceição)
Ajuste ao CPI e cautela com guerra elevam juros futuros
As taxas dos DIs fecharam com alta na volta do feriado, ajustando-se ao CPI de setembro dos EUA um pouco acima do esperado e com investidores cautelosos com os desdobramentos do conflito Israel-Gaza no fim de semana.
O CPI elevou os juros dos Treasuries, ontem, com a T-note de 2 anos novamente acima de 5%. Os rendimentos caíram hoje, diante do movimento global de fuga do risco, ainda assim permaneceram acima daquela marca. A disparada de quase 6% do petróleo hoje também inspirou cuidado.
Israel prepara uma ação militar por terra no norte de Gaza, e o temor é que a escalada de violência se espalhe para outros países. Na semana, as taxas dos DIs recuaram, e com mais ênfase nos contratos mais longos. O DI Jan27 e o Jan29 cederam mais de 0,13pp.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 subiu a 12,214% (de 12,211%, na 4ªF); o jan/25, a 11,000% (de 10,879%); o jan/26, a 10,810% (de 10,655%). O jan/27, a 10,995% (de 10,847%); jan/29, a 11,450% (de 11,307%); e o jan/31, a 11,710% (de 11,596%). (Ana Conceição)
Petróleo dispara quase 6% com cautela geopolítica
As cotações do petróleo subiram quase 6% nesta 6ªF, pressionadas pela possibilidade de uma incursão terrestre de Israel no norte da Faixa de Gaza. A escalada aumenta o risco de expansão regional da guerra e isso ativou uma onda de cobertura de posições vendidas na Nymex e na ICE.
Os mercados de opções, que registraram oscilações muito fortes ao longo da semana, tiveram um salto nas opções de compra, algo incomum e que mostra que os traders correram para proteger posições. Embora o mercado físico não tem sido afetado até agora, a forte alta dos preços hoje indica que os investidores eliminaram apostas pessimistas antes do fim de semana.
“Parece que os traders de energia estão convencidos de que veremos algumas interrupções no fornecimento relacionadas ao conflito num futuro próximo”, afirmou Edward Moya, da Oanda, à Bloomberg.
No fechamento, o contrato Brent para dezembro subiu 5,69%, a US$ 90,89 por barril. O WTI para novembro teve alta de 5,77%, a US$ 87,69 por barril. Na semana, o Brent avançou 7,46%, o WTI teve alta de 5,92%. (BDM Online + agências)