Giro das 12h: Mercado crava corte de juros, elevando bolsas e derrubando dólar e juros
Expectativa é de que o Fed reduza em 25 pb, mas aumentam apostas de um corte maior

As bolsas globais engatam alta, enquanto dólar e juros recuam, após dados americanos desta manhã praticamente eliminarem dúvidas sobre o movimento do Fed na reunião da próxima semana.
Para 90% (CME), o BC dos EUA deve cortar os juros em 25pb e crescem apostas de que o corte pode ser ainda maior (a 11,3%, de 8,9% ontem), com uma sequência de reduções no ano.
E foi o mercado de trabalho que cravou a dica.
Após o payroll e outras leituras recentes terem refletido a fraqueza americana nessa área, o que levou até mesmo a demissões no BSL, hoje foi a vez dos pedidos de auxílio desemprego indicarem que as demissões estão subindo.
Isso acontece em um cenário de cautela de contratações, resultado das políticas de Trump. Em 263 mil na semana encerrada até 6 /9, foi maior número desde outubro de 2021.
Já a inflação nos EUA fica em segundo plano, moderada e acima da meta, com a medida cheia acima do esperado (+0,4%, de +0,2% em julho, ante consenso de +0,3%) e os outros números no consenso.
A manhã também trouxe decisão do BCE, que, como previsto, manteve juros onde estão e a expectativa é de fim de ciclo de cortes. Aqui, varejo caiu na margem e subiu na base anual.
O julgamento de Bolsonaro será retomado à tarde, a partir das 14h.
O Ibovespa sobe 1,13% (143.957,85), após máxima de 144.012,50. Dow Jones ganha +1,21%; o S&P 500 +0,64% e Nasdaq +0,55%.
O DXY cai 0,23% (97,552), e o dólar cede ante o real a R$ 5,3804 (-0,49%).
Os juros futuros cedem em toda a curva, apoiando alta das ações cíclicas, acompanhando a moeda e a baixa dos rendimentos dos Treasuries.