Serviços em junho
O setor de serviços avançou 0,3% na passagem de maio para junho, registrando expansão de 2,8% na comparação anual — o décimo quinto mês consecutivo de crescimento. No geral, o resultado veio um pouco acima do esperado e reforça a resiliência do principal setor da economia brasileira no segundo trimestre. Nos últimos cinco meses, o setor acumula alta de 2% e se encontra no pico da série histórica.

Por Igor Cadilhac
O setor de serviços avançou 0,3% na passagem de maio para junho, registrando expansão de 2,8% na comparação anual — o décimo quinto mês consecutivo de crescimento. No geral, o resultado veio um pouco acima do esperado e reforça a resiliência do principal setor da economia brasileira no segundo trimestre. Nos últimos cinco meses, o setor acumula alta de 2% e se encontra no pico da série histórica.
Entre as cinco atividades pesquisadas, apenas os transportes apresentaram avanço na margem, de 1,5%. Em contrapartida, os destaques negativos ficaram com outros serviços (-1,3%) e serviços prestados às famílias (-1,4%). Em seguida, serviços de informação e comunicação (-0,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,1%) tiveram resultados próximos à estabilidade.
Para 2025, projetamos crescimento de 2,1% no setor de serviços. Nossa avaliação indica que a atividade econômica brasileira mantém bom desempenho, sustentada por um mercado de trabalho em pleno emprego e pela massa salarial, ambos nos melhores níveis da história. A economia segue aquecida, mas desacelerando gradualmente. Para os próximos trimestres, esperamos que a combinação de inflação persistente, juros elevados e deterioração das condições financeiras resulte em uma desaceleração mais nítida.
Com os dados de atividade de junho consolidados, estimamos que a alta nos serviços mais que compense as quedas no varejo e na indústria. Dessa forma, projetamos um crescimento de 0,4% para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).