Fed deve continuar no escuro após fim do shutdown
… A Câmara dos Representantes aprovou, ontem à noite, o projeto que encerra 43 dias de shutdown nos Estados Unidos e o presidente Trump já assinou. A expectativa do mercado agora é pela publicação dos dados atrasados, que deixaram o Fed no escuro para decidir novos cortes de juros. No Brasil, os investidores ainda absorvem as declarações de Galípolo, que desautorizou a leitura mais dovish da ata do Copom, esfriando as apostas de queda da Selic em janeiro. Na agenda, novo recorte da pesquisa Quaest com cenários para a eleição presidencial abre o dia, seguido por vendas do varejo em setembro e teleconferência do BB (9h), que caiu 0,45% no after hours após o balanço.
FIM DO SHUTDOWN – A paralisação governamental mais longa da história dos Estados Unidos chegou ao fim, mas pode levar dias — e em alguns casos uma semana ou mais — para que as operações normais sejam retomadas, segundo a Bloomberg.
… Há atualização de folhas para pagamento de salários atrasados, desembolsos de subsídios, solicitações de empréstimos e muitas atividades que se acumularam em diversas agências federais, e que não serão resolvidas de uma hora para outra.
… As restrições de voos, por exemplo, só devem ser suspensas em uma semana, mas antes dos feriados do Dia de Ação de Graças.
… O apagão dos dados econômicos preocupa porque nenhuma nova estatística sobre preços e empregos foi coletada e, segundo a Casa Branca admitiu nesta quarta-feira, os relatórios de outubro “provavelmente nunca serão divulgados”.
… Economistas apontaram o CPI e o payroll como os indicadores com maior probabilidade de não serem conhecidos.
… O BLS, responsável por tomar decisões sobre o cronograma de seus relatórios, ainda não divulgou um calendário atualizado com os dados e as datas de publicação. É possível que a agência opte por consolidar os dados de dois meses em uma única publicação.
… “Disseram-me que algumas das pesquisas nunca foram concluídas, então talvez nunca saibamos o que aconteceu naquele mês”, disse Kevin Hassett, diretor econômico nacional da Casa Branca, à CNBC. “Vamos ficar um pouco no escuro por um tempo.”
… O risco é de que o Fed não receba os dados até a próxima reunião de política monetária, nos dias 9 e 10 de dezembro.
… No CME Group, as chances de um novo corte de 25pbs do juro no último Fomc do ano ainda são majoritárias, projetadas em 60%, contra 40% que apostam em manutenção das taxas no intervalo entre 3,75% e 4%.
… Além disso, o colegiado segue claramente dividido sobre as decisões de política monetária, o que confunde o mercado.
… Nesta quarta, enquanto Stephen Miran voltou a defender queda do juro, afirmando que a inflação está perto da meta, Raphael Bostic/Fed de Atlanta falou a favor da manutenção “até que haja evidências claras de que a inflação está se movendo em direção à meta de 2%”.
GALÍPOLO – No Brasil, não há divisão: o Copom está fechado no mesmo propósito de manter os juros elevados para levar a inflação à meta. Não em direção à meta, nem ao redor da meta, ou à banda superior da meta, mas ao centro da meta de 3%.
… Nesta quarta-feira, o presidente do Banco Central usou as duas agendas públicas para corrigir a leitura dovish que o mercado fez da ata do Copom, e não podia ser mais direto: “Se você entendeu algum sinal na comunicação sobre o futuro, entendeu errado.”
… A ata, disse ele, reflete a leitura atual do colegiado, em uma postura “humilde e modesta perante a incerteza”.
… Galípolo disse que entende ser normal o debate sobre o que será e o que não será feito nos próximos passos do Banco Central e reforçou a atuação da instituição. “Esse é um BC que tem calcado a sua comunicação em fatos e dependência de dados.”
… Fez as afirmações na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, em São Paulo, ao lado do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen. Depois, repetiu tudo de novo no evento da Bradesco Asset.
… Para Galípolo, talvez o BC tenha o objetivo “mais claro de todos”, que é perseguir a meta de inflação. “Está bem claro porque estamos com juros em patamar restritivo”, admitindo o “desconforto” com a desancoragem das expectativas de inflação em todos os horizontes.
… Comentando sobre a incorporação do efeito da reforma do IR às projeções do BC, que levou boa parte do mercado a antecipar as apostas de corte da Selic para janeiro, enfatizou que o impacto é preliminar, como foi no caso dos precatórios e do crédito consignado privado.
… “Vamos continuar acompanhando para entender qual é o desdobramento e qual é o impacto efetivo de uma medida como essa.”
… Galípolo foi questionado na coletiva sobre as críticas de Haddad, para quem já existe espaço para cortar a Selic. Antes de responder, elogiou o “amigo” e “pessoa querida”, emendando que “todo mundo pode brigar com o BC, mas o BC não pode brigar com os dados”.
VENDAS NO VAREJO – Em mais um dado para compor o cenário dos juros, serão divulgadas hoje (9h) as vendas do varejo em setembro, que devem subir 0,3% na margem (conceito restrito), após alta de 0,2% em agosto, segundo a mediana em pesquisa Broadcast.
… O crescimento, mais uma vez, deve ser impulsionado pelo desempenho positivo dos supermercados.
… Já o varejo ampliado tem estimativa de alta de 0,1% em setembro, desacelerando sobre agosto (0,9%), mas ainda sustentado pelas vendas de veículos. Também hoje, às 13h, a Anfavea divulgará os dados da produção e vendas de veículos em outubro.
SERVIÇOS – Nesta quarta, a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE apontou crescimento de 0,6% entre agosto e setembro, pouco acima da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de expansão de 0,4%.
… O dado indicou resiliência dos serviços, mas não muda a percepção de que a atividade deve perder fôlego no terceiro trimestre, período para o qual grande número de analistas espera crescimento quase nulo do PIB na margem.
MAIS AGENDA – O novo recorte da Genial/Quaest (7h) para a corrida eleitoral de 2026 vem um dia depois de a pesquisa apontar que a avaliação do governo Lula, que oscilava positivamente desde julho, parou de melhorar.
… A desaprovação subiu para 50%, contra 49% no levantamento anterior, e a aprovação caiu um ponto, para 47%. Para a Quaest, a pauta da segurança pública foi responsável pela quebra na tendência positiva para o governo.
… O IBGE divulga às 9h o levantamento da produção agrícola em outubro. À tarde (14h30), o Banco Central solta a pesquisa trimestral de condições de crédito em setembro.
BANCO DO BRASIL – Divulgado ontem à noite, o lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões no terceiro trimestre registrou forte queda de 60,2% na comparação anual, reflexo do avanço das provisões para perdas e aumento da inadimplência no agronegócio.
… Apesar do cenário adverso, o resultado veio em linha com as previsões do mercado financeiro no Broadcast.
… O banco, que no início do ano projetava lucro de até R$ 41 bilhões para o ano, já reduziu a estimativa à metade. No segundo trimestre, havia ajustado a previsão para R$ 25 bilhões e ontem reduziu de novo, para R$ 21 bilhões.
… Também piorou a estimativa das provisões em 2025, para R$ 61 bilhões (R$ 20 bilhões acima do originalmente esperado). O resultado trimestral será comentado pelo BB em teleconferência aos acionistas às 9h.
MAIS BALANÇOS – Antes da abertura do mercado, tem o Banco Inter. Após o fechamento dos negócios, saem JBS, Nubank, 3Tentos, Bradespar, Cemig, CPFL Energia, Cyrela, Eztec, IRB Re, JHSF, Light, Localiza, Qualicorp e Yduqs.
… Confira no Companhias Abertas mais balanços divulgados ontem à noite.
TARIFAÇO NA PAUTA – A Casa Branca confirmou para hoje (19h) novo encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Os dois já tiveram uma rápida conversa ontem na cúpula do G7, no Canadá.
… A expectativa é de que eles possam tratar do pedido brasileiro para um congelamento de 90 dias nas tarifas impostas aos produtos brasileiros.
BESSENT – Em declaração nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, anunciou que “veremos notícias substanciais sobre tarifas nos próximos dias, com alívio para o café e outros itens, incluindo bananas e outras frutas”.
RECADO A LULA – Na Coluna do Estadão, a aprovação pelo Senado da recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, com apenas 45 votos favoráveis (26 contra), foi um recado para o presidente: “Se Jorge Messias for indicado à vaga do STF, ele não passa”.
… A rejeição a Gonet estava concentrada entre bolsonaristas inconformados com o julgamento dos condenados pela trama golpista. Já o nome de Messias afeta governistas e oposicionistas, em razão do que chamam de “trauma Dino”. O Senado quer Rodrigo Pacheco no STF.
ANTIFACÇÃO – Ainda na Política, segue rendendo em Brasília o projeto contra o crime organizado. O relator, deputado Guilherme Derrite (PP), apresentou um quarto texto e atendeu a mais uma demanda do governo Lula, mas a votação ficou para a próxima terça-feira.
… No novo relatório, Derrite incluiu a previsão de recursos para a Polícia Federal no caso de bens apreendidos em operação contra organizações criminosas. Antes, ele destinava esses recursos exclusivamente para os Fundos de Segurança Pública dos Estados.
AGENDA LÁ FORA – Depois do tombo de quase 4% do petróleo ontem, o mercado confere o relatório mensal da AIE, às 6h, e os estoques do DoE, às 14h. Entre os Fed boys, falam hoje Beth Hammack (14h) e Alberto Musalem (14h15).
… A Disney divulga balanço trimestral antes da abertura dos negócios, com previsão de lucro de US$ 1,05 por ação.
… Tem produção industrial de setembro na zona do euro (7h) e Reino Unido (4h), onde sai ainda o PIB do terceiro trimestre (4h). O Peru decide juro às 20h e a China solta a produção industrial e vendas no varejo em outubro às 23h.
BOI NA LINHA – O esclarecimento de Galípolo de que o BC não enviou sinais de queda da Selic em sua comunicação pode obrigar o mercado a fazer uma releitura da ata do Copom, mas não chegou a abalar os nervos dos juros futuros.
… O recuo firme das taxas dos Treasuries acabou descolando a curva doméstica de qualquer estresse maior. Seja como for, o freio de arrumação de Galípolo limitou a queda dos juros curtos, que fecharam perto dos ajustes.
… O vencimento de juro para janeiro de 2027 caiu a 13,640% (contra 13,666% no pregão anterior); Jan/29 recuou para 12,810% (de 12,846% na véspera); Jan/31, a 13,150% (de 13,175%); e Jan/33, a 13,350% (de 13,370%).
… Lá fora, os rendimentos dos Treasuries voltaram em queda do feriado do Dia dos Veteranos, apesar da divisão interna no Fed sobre um corte de juro em dezembro. Além de Bostic, Susan Collins está hesitante em relaxar.
… Segundo ela, na ausência de evidências de uma deterioração notável do mercado de trabalho, a barra está “relativamente alta” para novo corte e parece apropriado manter as taxas de juros inalteradas por “algum tempo”.
… Já na lista dos cinco finalistas para suceder Powell, o conselheiro econômico de Trump Kevin Hassett defendeu um corte mais agressivo dos juros, de 50 pontos, e disse que aceitaria a nomeação para a presidência do Fed.
… O juro da Note de 2 anos recuou para 3,562% (de 3,590% na segunda-feira) e o de 10 anos, a 4,066%, de 4,115%.
… No câmbio, o iene caiu à mínima em nove meses e levou a ministra de Finanças japonesa a fazer uma intervenção verbal, lembrando da importância de as moedas operarem de maneira estável, refletindo fundamentos econômicos.
… O mercado vem esfriando as expectativas de um aumento das taxas de juros pelo BoJ em breve.
… O índice DXY fechou praticamente estável (+0,05%, a 99,495 pontos), assim como o euro, que subiu apenas 0,03%, a US$ 1,1589, enquanto a libra esterlina registrou leve desvalorização de 0,15% e terminou cotada a US$ 1,3129.
… O Nasdaq (-0,26%, a 23.406,46 pontos) seguiu penalizado pelo setor de tecnologia e a rotação de carteiras com saída das techs beneficiou o Dow Jones (+0,68%), que renovou seu recorde de fechamento, aos 48.254,82 pontos.
… Apesar da expectativa pelo fim do shutdown, o S&P 500 fechou estável (+0,06%), a 6.850,92 pontos.
NÃO É FAKE NEWS – Parece mentira, mas o Ibov não bateu recorde ontem. Mal dá para chamar de queda o ajuste marginal de -0,07% da bolsa, a 157.632,90 pontos, com giro de R$ 38 bi, em dia de game de opções sobre o índice.
… Seja como for, a sequência histórica de ganhos foi interrompida, o que não quer dizer que o gás tenha acabado.
… Ao longo do pregão, o Ibovespa chegou a engatar recuo firme de 0,75%, mas reagiu na reta final e quase virou. Ficou a um triz, como se viu, de alcançar a 16ª alta consecutiva e estabelecer nova máxima de todos os tempos.
… O fato de ter absorvido as perdas tão rápido indica que logo a bolsa pode estar pronta para outra, mesmo com Galípolo dizendo que o mercado entendeu tudo errado sobre as chances de um corte antecipado da taxa Selic.
… O maior vilão do Ibovespa nesta quarta-feira foi o petróleo, numa derrocada de quase 4%, que levou os papéis da Petrobras a caíram forte, após sete sessões seguidas de alta: ON -2,99%, a R$ 34,35; e PN -2,56%, a R$ 32,35.
… O estopim negativo para o petróleo veio de mensal da Opep+, que indicou um excedente de oferta no ano que vem, enquanto a demanda deve permanecer a mesma. O barril do Brent para janeiro afundou 3,75%, a US$ 62,71.
… Também os desempenhos ruins do Itaú (-2,28%, a R$ 40,28) e do BB (-2,85%; R$ 22,80), que antecipou a queda no lucro do terceiro trimestre, confirmada ontem à noite, foram decisivos para a bolsa frear os recordes históricos.
… Bradesco ON subiu 0,24% (R$ 16,59); PN caiu 0,26% (R$ 19,44); e Santander ficou estável (-0,03%), a R$ 33,40.
… Já a Vale (+1,11%; R$ 65,76), que tem o maior peso individual na carteira teórica do Ibovespa, seguiu à risca a alta de 1,20% do minério de ferro e foi determinante para a bolsa absorver a correção e praticamente zerar as perdas.
… As ações da CVC lideraram as perdas e derretem 8,33% (R$ 1,87), após analistas apontarem preocupações com a geração de caixa da empresa. Taesa ficou no topo do ranking de altas, com +5,77% (R$ 44,89), após o balanço.
… Além de o tombo do petróleo ter dado o start para a bolsa parar de subir, também deu argumento para uma correção no câmbio. Mas o dólar à vista ainda se preservou abaixo do patamar psicológico dos R$ 5,30.
… No fechamento, a moeda americana subia 0,38%, a R$ 5,293, devolvendo só parcialmente a queda de 2,33% nas últimas cinco sessões. O efeito Galípolo jogou a favor do carry trade, com o corte do juro em janeiro posto à prova.
… No Valor, começam a circular relatos sobre o fluxo sazonal de saída de dólares. Mas o impacto até aqui tem sido moderado e não se descarta que o diferencial de juro entre o Brasil e os Estados Unidos amenize a pressão.
COMPANHIAS ABERTAS – MRV&CO registrou lucro líquido ajustado e consolidado de R$ 111,1 milhões no terceiro trimestre, 6,5 vezes mais que o lucro de R$ 17,3 milhões no mesmo período de 2024.
DIRECIONAL registrou lucro líquido de R$ 229,7 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 43,1% na base anualizada. Ebitda subiu 49,2%, para R$ 303,4 milhões, e Ebitda ajustado somou R$ 301,7 milhões, alta de 36,2%.
ALLOS teve lucro líquido de R$ 108,9 milhões no terceiro trimestre de 2025, aumento de 17,4% contra o mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado somou R$ 485,5 milhões, avanço de 6,6%…
… A receita líquida totalizou R$ 663 milhões, uma expansão de 5,2%.
AMERICANAS teve lucro de R$ 367 milhões no terceiro trimestre, queda de 96,4% na comparação anual. Ebitda aumentou 97%, para R$ 534 milhões, e receita líquida caiu 1,0%, para R$ 2,690 bilhões.
PAGBANK teve lucro recorrente de R$ 571 milhões no terceiro trimestre, estável no comparativo anual; receita somou R$ 3,4 bilhões, alta 14,4% ante o mesmo trimestre do ano passado.
RAÍZEN informou que a Moody’s manteve o rating AAA.br, mas mudou a perspectiva de estável para negativa.
ULTRAPAR teve lucro de R$ 772 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 11%; Ebitda ajustado somou R$ 1,946 bilhão no período, crescimento de 27%.
AUREN saiu de lucro proforma de R$ 197,2 milhões no terceiro trimestre de 2024 para prejuízo de R$ 403,7 milhões no terceiro trimestre deste ano…
… Ebitda ajustado caiu 10,4% na comparação anual, para R$ 772,7 milhões.
POSITIVO teve lucro líquido de R$ 1,1 milhão no terceiro trimestre, queda de 36,5% na comparação anual; Ebitda subiu 1,5%, para R$ 68,1 milhões.
RANDONCORP teve lucro líquido de R$ 23,149 milhões no terceiro trimestre, queda de 81% na comparação anual; Ebitda ajustado subiu 1%, para R$ 479,784 milhões.
SIMPAR registrou prejuízo atribuído aos controladores de R$ 246,2 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 10,8 milhões apurado um ano antes. Ebitda ajustado somou R$ 3,1 bilhões, alta anual de 14,2%.
TELEFÔNICA concluiu a aquisição da totalidade das ações da FiBrasil detidas pelo Grupo La Caisse, por R$ 858 mi.
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Mercado mira Galípolo após ata e IPCA
… A Câmara dos Republicanos dos Estados Unidos vota hoje o projeto que encerra o shutdown, animando novas apostas em corte dos juros em dezembro, com a divulgação dos dados atrasados. Aqui, a ata mais dovish do Copom e o IPCA benigno também resgataram as chances de janeiro para a queda da Selic, mas sem comprometer o carry trade, que derruba o dólar e explica os sucessivos recordes do Ibovespa. Na agenda, o dia começa com relatório da Opep sobre o petróleo e uma pesquisa Quaest sobre o governo Lula, seguidos das falas de vários Fed boys, volume de serviços, entrevista e palestra de Galípolo e mais balanços, com destaque para Banco do Brasil, após o fechamento.
GALÍPOLO – Terá duas oportunidades hoje para corrigir ou validar a leitura mais suave que o mercado fez da ata do Copom, nesta terça-feira.
… Às 10h, ele participa de coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira, que será divulgado às 8h, e depois do almoço, às 14h, faz palestra sobre Política Monetária no Brasil em evento da Bradesco Asset Management. Ambos transmitidos ao vivo.
… Sob pressão do governo, inclusive do ministro Fernando Haddad, que tem insistido no espaço de queda para a Selic, a mensagem do presidente do Banco Central pode ser ainda mais decisiva do que a própria ata para orientar as expectativas do mercado.
… Depois do comunicado hawkish na semana passada, onde não houve nenhum sinal de que o ciclo de flexibilização já estaria sendo considerado, a ata começou a ajustar o tom, recuperando apostas de que janeiro não está fora do páreo para o primeiro corte.
… Na curva de juros, as chances de uma queda de 25pbs da Selic na primeira reunião de 2026 saltaram de 55% para 80%, enquanto as chances de um corte maior, de 50pbs, em março, subiram de 30% para 40%, segundo cálculos de Flávio Serrano (BMG) ao Broadcast.
… Uma informação importante da ata foi o BC confirmar que já havia incorporado um impacto preliminar da reforma do Imposto de Renda em suas projeções do IPCA, que, no caso do 2Tri/2027, horizonte relevante da política monetária, foi reduzida de 3,4% para 3,3%.
… Com a inflação mais perto da meta de 3%, e sem o risco de subir mais pelo IR, isso significa que o corte pode estar mais próximo.
… Enquanto o mercado avançou nas apostas para janeiro, economistas reagiram mais cautelosos.
… Reconheceram que o Copom veio mais suave e que começa a ajustar a mensagem e a construir terreno para reduzir a Selic no início de 2026, mas a maioria ainda só espera corte em março, segundo revelou nova pesquisa do Broadcast, realizada após a ata.
… De 34 casas consultadas, 12 ainda fecham com janeiro; 17, com março; quatro em abril e uma só (FGV/Ibre) a partir de junho. Na lista dos que acham janeiro possível para o primeiro corte estão os grandes bancos: Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual.
IPCA – Junto com a ata mais dovish, o IPCA de outubro também animou o mercado de juros, desacelerando de 0,48% em setembro para apenas 0,09%, abaixo da mediana do Projeções Broadcast (0,14%) e bem perto do piso das estimativas (0,08%).
… Economistas viram também uma composição benigna do índice, com núcleos de inflação comportados, apesar da ligeira aceleração, de 0,19% para 0,26%. O resultado desencadeou novas revisões para baixo nas estimativas para a inflação de 2025.
SERVIÇOS – Ainda na agenda dos juros, é importante hoje o volume de serviços de setembro, que o IBGE divulga às 9h. No Broadcast, a mediana das estimativas indica crescimento de 0,4% na margem, após alta de 0,1% em agosto. As estimativas variam de -0,4% a +0,8%.
… O avanço para os serviços de transporte aéreo, serviços técnico-profissionais e serviços prestados às famílias deve puxar o crescimento em setembro. Em contrapartida, é esperada moderação para os serviços de tecnologia da informação e para outros serviços.
… O economista Rodolpho Sartori, da Austin Rating, projeta estabilidade para o volume de serviços prestados em setembro e afirma que, de forma geral, o setor está desacelerando. Mas ele nota que ainda apresenta certa resiliência atrelada ao mercado de trabalho.
TARCÍSIO – O governador de São Paulo também participa de evento da Bradesco Asset, em São Paulo, às 17h.
ANTIFACÇÃO – Após um dia intenso de negociações, o relator da Lei Antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Tarcísio, protocolou, ontem à noite, a terceira versão do seu relatório, atendendo aos dois principais pleitos do governo.
… Derrite suprimiu as menções à Lei Antiterrorismo e retirou as citações à competência da Polícia Federal, que despertaram críticas do Executivo, da Polícia Federal, da Receita Federal, de especialistas e de parlamentares da base aliada.
… Todos apontavam o enfraquecimento da PF e riscos para a soberania brasileira no caso da equiparação do crime organizado ao terrorismo.
TARIFAÇO – O chanceler Mauro Vieira, que representa o Brasil na reunião do G7, não conseguiu ainda encontrar-se com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, que chega apenas hoje ao Canadá para participar da cúpula de ministros das Relações Exteriores.
… Ontem à noite, em entrevista à Fox News, Trump disse que vai reduzir algumas tarifas sobre as importações de café. Não deu detalhes.
TAXAÇÃO DAS BETS – Congresso adiou para a terça-feira, 18, a votação da MP que prevê socorro a empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. O relator, senador Fernando Farias (MDB), deve incluir no parecer o aumento da taxação das casas de apostas.
… A elevação da alíquota das bets de 12% para 18% fazia parte da MP do IOF que foi derrubada pela Câmara.
… Há ainda no Senado PL de Renan Calheiros (MDB), que propõe alíquota maior para bets, de 24%, além de aumentar a taxação de fintechs.
NO PISO DA META – A ministra Simone Tebet (Planejamento) afirmou que há a possibilidade de não ter aumento do bloqueio de gastos do Orçamento no relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que será divulgado até o dia 22 deste mês.
… Segundo ela, o governo está com uma expectativa “bem positiva” para o relatório deste mês, porque a receita vem performando bem.
… “Além disso, a gente tem o faseamento, que está fazendo toda a diferença”, disse a jornalistas, repetindo o que havia dito Haddad na véspera à CNN, ao comentar que nem todo o orçamento é executado e as sobras aproximam o resultado primário do centro da meta.
… De qualquer modo, Tebet acredita que o Congresso deve autorizar o governo a mirar o piso da meta fiscal em 2026.
… Como revelou o Valor, o governo negocia essa alteração junto ao relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, Gervásio Maia (PSB).
MAIS AGENDA – O dia começa com a pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do governo Lula, às 7h. O levantamento é o primeiro nacional depois da megaoperação policial no Rio de Janeiro com mais de 120 mortos.
… Na parte da tarde, às 14h30, o Banco Central solta os dados semanais do fluxo cambial.
BALANÇOS – Problemas nos empréstimos ao agronegócio, que respondem por um terço da carteira de crédito do Banco do Brasil, devem seguir pesando negativamente nos resultados trimestrais da instituição.
… Analistas projetam lucro de R$ 3,7 bilhões no terceiro trimestre, o que representaria uma queda de 61% contra o mesmo período de 2024 e baixa de 1,8% contra o segundo trimestre, que já foi um dos piores da história do banco.
… Depois do fechamento dos negócios, saem ainda os resultados trimestrais da Americanas, Allos, Auren, Casas Bahia, Copel, Direcional, Equatorial Energia, Hapvida, MRV, PagBank, Positivo, Ultrapar e Vittia Fertilizantes.
… A Ambipar, em recuperação judicial, adiou o seu balanço previsto para hoje e não informou uma nova data.
… Confira no Companhias abertas os balanços divulgados ontem à noite.
LÁ FORA – O foco vai para os Fed boys: John Williams (11h20), Christopher Waller e Anna Paulson (12h), Raphael Bostic (13h30), Stephen Miran (14h30) e Susan Collins (18h). Bessent (Tesouro) participa de conferência às 12h45.
… Sem horário certo, o relatório mensal da Opep costuma sair cedinho. Na Alemanha, tem CPI de outubro (4h).
… Trump planeja jantar hoje com executivos de Wall Street, incluindo o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, informou a Bloomberg.
AFTER HOURS – Os papéis da AMD saltaram 4,75%, após a companhia elevar a perspectiva de receita nos próximos anos, diante do boom da Inteligência Artificial, provando que não está com medo do estouro da bolha de tecnologia.
CHOREM, HATERS! – O Ibovespa continua dando show e ontem contou a precificação de corte da Selic em janeiro e a chance de o juro terminar o ano que vem abaixo de 12% como drivers para continuar exibindo a sua potência.
… Além disso, a rotação global do fluxo para os emergentes continua fazendo toda a diferença para a bolsa.
… O índice à vista conquistou a marca inédita dos 157 mil pontos e cruzou os 158 mil no pico intraday (158.467,21). Em uma arrancada de 1,60%, fechou aos 157.748,60 pontos e completou 15 altas em série (com 12 recordes).
… Com esta sequência, a bolsa igualou o recorde de 31 anos, em meados de 1994, no lançamento do Plano Real.
… O giro ontem ficou bem acima da média, em R$ 35,4 bilhões, reforçando as suspeitas de fluxo expressivo de recursos estrangeiros. Hoje tem vencimento de opções sobre o índice, o que deve redobrar a volatilidade.
… Um contra-ataque dos vendidos precipitaria a realização de lucro que está demorando tanto para acontecer. Mas nunca se sabe. A bolsa já foi tão longe, que ninguém se atreve a duvidar que possa conquistar ainda mais espaço.
… Entre as blue chips, Petrobras brilhou de novo, com a sétima alta seguida. Escalou junto com o petróleo: PN subiu 2,60%, cotada R$ 33,20, e ON ganhou 2,40%, a R$ 35,41, enquanto o Brent para janeiro avançou 1,72%, a US$ 65,16.
… Há sinais de que as sanções dos Estados Unidos começam a ter impacto sobre as exportações russas de petróleo.
… O minério de ferro fechou em leve alta de 0,20% e explicou a apatia da Vale, em baixa de 0,26%, a R$ 65,04.
… Os bancos tiveram peso relevante no pregão de gala: BB saltou 3,03% (R$ 23,47), apesar da aposta em balanço fraco hoje. Bradesco PN subiu 2,15% (R$ 19,49); Itaú, +1,93% (R$ 41,22); e Santander unit, +2,33% (R$ 33,41).
… A liderança positiva do Ibovespa foi de Braskem, que disparou 18,04% (R$ 7,72) após acordo de R$ 1,2 bi para indenizar o Estado de Alagoas por danos geológicos, eliminando a dúvida sobre um passivo importante.
… Já na ponta negativa, Natura desabou 15,65% (R$ 7,76), após números trimestrais piores do que as expectativas.
RASGOU O COMUNICADO – Certa ou não, a leitura dovish que o mercado fez da ata do Copom acabou combinada ao IPCA de outubro mais baixo para o mês em 27 anos e levou a uma forte queima de prêmio na curva de juros.
… Os investidores dobraram a aposta no início do ciclo de afrouxamento monetário a partir de janeiro e os contratos de curto e médio prazo da curva do DI encerraram o pregão nos menores patamares desde que o ano começou.
… A surpresa positiva com o IPCA próximo de zero em outubro (+0,09%) e abaixo do nível de 5% no acumulado em 12 meses (4,68%) provocou uma onda de revisões em baixa nas projeções de inflação deste e do próximo ano.
… O PicPay reduziu a sua estimativa para o IPCA em 2025 de 4,9% para 4,6% (quase dentro do teto da meta de 4,5% fixado pelo CMN) e, em função da inércia inflacionária, também baixou a aposta para 2026, de 4,4% para 4,2%.
… Duas outras instituições veem agora boas chances de a inflação terminar o ano dentro do intervalo de tolerância superior da meta: UBS BB, que reduziu a projeção do IPCA de 4,6% para 4,5%, e o C6 Bank, de 5,0% para 4,5%.
… No fechamento, o contrato de juro para janeiro de 2027 despencava para 13,680% (contra 13,835% no ajuste anterior); Jan/29 derretia a 12,860% (de 12,983%); Jan/31, a 13,175% (de 13,282%); e Jan/33, a 13,370% (13,462%).
… A rigor, a interpretação do mercado de que a Selic vai cair mais cedo poderia ser (e é) menos vantajosa ao carry trade. Mas não é nada que vá fazer alguma diferença significativa, a ponto de abalar o câmbio doméstico.
… Assim, o dólar à vista completou cinco sessões em baixa, furou os R$ 5,30 e voltou para a cotação mais barata em quase um ano e meio (desde junho de 2024), encerrando o pregão negociado aos R$ 5,2732, em queda de 0,64%.
… “O real pode até apreciar mais, com o dólar a R$ 5,00, porém, neste momento, vejo um intervalo tático de R$ 5,10 e R$ 5,20 no curto prazo”, disse ao Broadcast o diretor de pesquisa macroeconômica do Pine, Cristiano Oliveira.
… Já no Valor, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, avalia que o câmbio deve sofrer uma leve depreciação até o final de dezembro e se aproximar dos níveis de R$ 5,40 e R$ 5,50 no fechamento do ano.
… “Temos uma sazonalidade de fluxo de saída no fim do ano que não é trivial e, neste ano, há o adicional da mudança tributária de lucros e dividendos, que pode aumentar o total a ser remetido para o exterior.”
… Ela reconhece, no entanto, que o capital estrangeiro que não quer perder o ciclo da Selic a 15% pode contrabalançar estas remessas sazonais na reta final de 2025 e manter o câmbio doméstico bem comportado.
ENTROU COMO COADJUVANTE – Além de estar faturando o fluxo, o real também foi embalado ontem pelo exterior.
… O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,15%, a 99,443 pontos. O euro subiu 0,24%, a US$ 1,1587. Já a libra (-0,06%), a US$ 1,3164, e o iene (154,14/US$) ficaram estáveis.
… Dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que sugeriram novo recuo dos juros em dezembro, e o otimismo sobre o fim do shutdown enfraqueceram a moeda americana e ajudaram os índices acionários a subirem.
… Segundo a série semanal da pesquisa ADP, o setor privado americano perdeu 11.250 vagas nas quatro semanas até 25 de outubro. A leitura mensal divulgada semana passada havia revelado criação líquida de 42 mil vagas no setor privado em outubro.
… O Dow Jones avançou 1,18% e renovou a máxima histórica de fechamento, perto dos 48 mil pontos (47.927,96).
… O S&P 500 ganhou 0,21%, aos 6.846,61 pontos, mas o Nasdaq fechou negativo (-0,25%), aos 23.468,30 pontos, comprometido pelo setor de tecnologia, que retomou o receio de que esteja esticado demais pela IA.
COMPANHIAS ABERTAS – B3 registrou lucro de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, alta de 3,5% na comparação anual; receita somou R$ 2,8 bilhões, crescimento de 2% ante mesmo período de 2024.
GOL reverteu prejuízo e terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 248 milhões. O Ebitda ficou em R$ 1,63 bilhão, salto de 232% contra o apurado um ano antes. A receita líquida cresceu 11,6%, para R$ 5,54 bilhões.
EMBRAER. Brandes Investment Partners reduziu participação de 9,99% para 4,95% do capital social, o equivalente a 36.646.723 de ações.
CVC registrou lucro líquido de R$ 40,6 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 181,4%; Ebitda somou R$ 143,5 milhões, aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2024.
ECORODOVIAS registrou lucro de R$ 430 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 63,8%; Ebitda somou R$ 1,66 bilhão, crescimento de 41% em relação ao mesmo período de 2024.
MOTIVA registrou tráfego consolidado de 89,1 milhões de veículos em suas rodovias em outubro, alta anual de 3%…
… Comparação na base anualizada não incluiu a operação da ViaOeste, que teve o fim de sua concessão em março deste ano, e as operações das vias Sorocabana e PRVias, iniciadas em março e junho de 2025, respectivamente.
ENEVA registrou lucro líquido de R$ 351,7 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 242,6%; Ebitda somou R$ 1,8 bilhão, crescimento de 60,7% em relação ao mesmo período de 2024.
TAESA reportou lucro líquido consolidado de R$ 323,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida regulatória totalizou R$ 650,5 milhões, avanço de 9,8%…
… O Ebitda ficou em R$ 548,8 milhões, crescimento de 12,6%.
CURY registrou lucro líquido de R$ 255,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 49,6%; Ebitda somou R$ 337,2 milhões, avanço de 53,7% em relação ao mesmo período de 2024.
FRAS-LE registrou lucro líquido de R$ 106,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 23%; Ebitda somou R$ 271,8 milhões, avanço de 42,2% em relação ao mesmo período de 2024.
HELBOR registrou lucro líquido consolidado de R$ 13 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 63,5%.
SABESP fará o resgate antecipado das debêntures da primeira série da 30ª emissão, no total de R$ 257,2 milhões; da primeira série da 29ª emissão, de R$ 534,29 milhões; e da segunda série da 28ª emissão, de R$ 468,54 milhões.
COSAN anunciou a conclusão de sua segunda oferta pública de ações ordinárias, que resultou na emissão de 287,5 milhões de papéis e na captação de R$ 1,437 bilhão…
… Somadas à primeira oferta realizada anteriormente, as operações totalizam R$ 10,5 bilhões em recursos levantados pela companhia…
… O preço por ação foi mantido em R$ 5, sendo R$ 1 destinado ao capital social e R$ 4 à reserva de capital. Com isso, o capital social da Cosan passa a ser de R$ 10,28 bilhões, dividido em cerca de 3,97 bilhões de ações ordinárias.
PRIO concluiu a aquisição de 40% de participação e da operação dos campos Peregrino e Pitangola (em conjunto, Campo Peregrino), após cumprimento das condições precedentes e das aprovações necessárias.
AMBIPAR teve vitória na Justiça contra o Opportunity, que não poderá mais vender ações da companhia que foram dadas em garantia por financiamentos feitos ao controlador da empresa, Tércio Borlengui.
DEXCO. O conselho de administração aprovou a realização da primeira emissão de 1 bilhão de Cédulas de Produto Rural (CPR-Fs), com prazo de vencimento de oito anos.
VIVEO. A fabricante e distribuidora de insumos hospitalares teve lucro de R$ 226,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, encerrando um período de cinco trimestres seguidos de prejuízo.
OI. B3 informou que analisa novas medidas a serem tomadas depois da suspensão das negociações com papéis da empresa, que teve sua falência decretada pela Justiça.
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Fim do shutdown, ata do Copom e IPCA
… Feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos fecha o mercado de Treasuries hoje, mas as bolsas em Wall Street funcionam normalmente e a tendência é de que sigam refletindo o entusiasmo com o fim próximo do shutdown. O projeto para reabertura do governo americano passou ontem à noite no Senado e deverá ser votado na Câmara nos próximos dias. A agenda lá fora é fraca, mas no Brasil é importante para os juros, com a ata do Copom (às 8h) e o IPCA de outubro (9h). No calendário dos balanços, BTG Pactual divulga os resultados antes da abertura. De volta à Brasília, o presidente Lula deve sancionar hoje o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.
QUEDA FIRME – A esperança de que o BC alivie hoje a mensagem hawkish somou-se à melhora do ambiente externo com o fim do shutdown e apreciação do câmbio às projeções benignas para o IPCA para um pregão de queda firme dos juros, na véspera da ata do Copom.
… A queima dos prêmios de risco mostrou que o mercado não desistiu do primeiro corte da Selic em janeiro e vai buscar na ata sinais de que isso ainda pode acontecer. Há dois pontos importantes a serem observados pelos analistas no documento do BC.
… O primeiro deles diz respeito às explicações para as estimativas da inflação de 2026 (3,6%) e do 2Tri/2027 (3,3%), que passou a ser o horizonte relevante da política monetária. A principal dúvida é: o BC já incorporou o impacto da reforma do Imposto de Renda?
… Se a resposta for positiva, tende a retirar boa parte dos efeitos inflacionários nas projeções futuras, abrindo caminho para as chances de um início antecipado da flexibilização. Mas, se o BC ainda não incorporou o impacto, as projeções futuras do IPCA podem subir mais.
… Na avaliação dos economistas, esse fato pode significar a diferença entre cortar a Selic em janeiro ou em março.
… O Itaú admite que, juntamente com os demais detalhes da ata, o efeito da reforma do Imposto de Renda sobre as projeções de inflação do BC poderá levar a uma reavaliação do call atual do banco, que prevê o início do ciclo de quedas da Selic em janeiro.
… Outra pista, talvez mais assertiva, seria o comentário do BC sobre a leve redução nas estimativas do IPCA para o 2Tri/2027 no comunicado, de 3,4% para 3,3%, segundo observação de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa, à Agência Estado.
… “Qualquer reconhecimento pelo Copom de que a inflação projetada para o segundo trimestre de 2027, atual horizonte relevante para a política monetária, está ‘ao redor da meta’ pode ser suficiente para o mercado fazer uma leitura mais dovish da ata.”
IPCA – Após a ata do Copom, a divulgação do IPCA de outubro pode continuar ajustando as expectativas; a mediana de pesquisa Broadcast para o índice de inflação é de alta de 0,14%, uma boa desaceleração em relação a setembro (0,48%).
… As projeções para esta leitura, todas de alta, variam de 0,08% a 0,21% e para a inflação em 12 meses, a mediana indica desaceleração de 5,32% para 4,74%. O alívio nas contas de energia elétrica deve garantir a acomodação do IPCA na margem em outubro.
… As tarifas devem ter variação negativa em outubro, por conta da passagem da bandeira vermelha 2 para vermelha 1.
… Já a média dos núcleos de inflação deverá ganhar força na margem no IPCA de outubro, passando de 0,19% em setembro para 0,29%.
… Entre os principais preços na abertura do índice, a estimativa intermediária mostra avanço nos preços livres (-0,01% para 0,25%); alimentação no domicílio (-0,10% para 0,0%); bens industriais (0,06% para 0,17%); serviços (0,13% para 0,40%) e serviços subjacentes (0,03% para 0,33%).
… A expectativa é de recuo apenas para os preços administrados (de 1,87% para -0,20%).
… Para Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, surpresas com a variação dos alimentos e bens industriais no indicador oficial de outubro podem favorecer as apostas de início do ciclo de flexibilização da Selic em janeiro.
… A semana ainda traz dados importantes da atividade, que podem confirmar a desaceleração e ajustar as apostas para os juros: amanhã, sai o volume de serviços e, na quinta-feira, as vendas no varejo em setembro. Na sexta, o IGP-10 também estará no radar do mercado.
MAIS AGENDA – Do lado da inflação, saem ainda hoje as primeiras prévias de novembro do IPC-Fipe (5h) e IGP-M (8h). O diretor de Organização do Banco Central, Renato Dias Gomes, participa de live sobre os 5 anos do Pix, às 13h45.
… Entre os balanços, além de BTG Pactual, o Banco Pan e a Porto Seguro soltam resultados antes da abertura. Já depois do fechamento, vêm B3, Boa Safra, Cury, CVC, EcoRodovias, Eneva, Gol, Jalles Machado, Taesa e Vamos. No Companhias abertas, os balanços de ontem à noite.
ENCONTRO NO CANADÁ – O chanceler Mauro Vieira espera encontrar-se hoje com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, às margens de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G7, no Canadá.
… A conversa dos dois ainda não foi oficializada entre as diplomacias, mas a expectativa do Itamaraty é que eles possam voltar a conversar para seguir com as tratativas em torno do tarifaço, que esfriaram após a reunião de Lula e Trump.
RIDES AGAIN – Principal ausência da COP, o presidente Trump postou na rede social um vídeo da Fox News com críticas à construção da avenida Liberdade, em Belém. “Devastaram a Floresta Amazônica para fazer uma estrada aos ambientalistas. Isso é um grande escândalo!”.
LULA – Após a abertura da COP30, volta hoje à Brasília para sancionar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.
… Segundo informou o senador Jaques Wagner, o presidente Lula também quer se reunir com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, antes de anunciar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga de Barroso no STF.
LÁ FORA – O índice ZEW de expectativas econômicas em novembro da Alemanha (7h) é o único indicador hoje na agenda internacional.
PASSOU NO SENADO – Senadores americanos aprovaram nesta segunda-feira à noite, por 60 votos a 40, o projeto de lei para reabrir o governo dos Estados Unidos, que segue agora para a Câmara, onde deve ser votado ainda essa semana.
… Mais cedo, o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, havia dito que retomaria as sessões imediatamente após a conclusão dos trabalhos no Senado. Ele afirmou que dará aos deputados um aviso prévio de 36 horas para retornarem ao Capitólio.
… O líder democrata da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, promete resistência, afirmando que seu partido não apoiará “uma promessa, uma esperança e uma oração de pessoas que vêm devastando a saúde do povo americano há anos”.
… Segundo ele, os democratas continuarão lutando para estender os subsídios da Lei de Assistência Médica Acessível.
… O acordo para encerrar o shutdown foi possível após os senadores republicanos se comprometerem a apoiar um projeto para o seguro saúde até dezembro, em substituição ao Obamacare e aos cortes no Medicaid aos americanos de baixa renda.
… Mas, em declaração nesta segunda, Trump disse que quer um sistema “onde pagamos diretamente às pessoas, não às empresas de saúde”.
À ESPERA DOS DADOS – A reabertura do governo é esperada para o final desta semana e as agências estatísticas dos Estados Unidos podem começar a publicar os dados econômicos atrasados dentro de alguns dias após o fim do shutdown.
… Dados sobre empregos e inflação de setembro devem ser publicados rapidamente, mas relatórios importantes de outubro e novembro podem não estar disponíveis antes da reunião de dezembro do Fomc, nos dias 9 e 10.
… Autoridades do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, economistas e investidores lamentaram repetidas vezes nas últimas semanas a falta de dados econômicos oficiais usados para tomar decisões. Muitos diziam estar “no escuro” ou “às cegas”.
… Para analistas, o relatório de empregos de setembro, que inclui o payroll, será o primeiro documento pós-paralisação que o público verá. Deve ser publicado três dias após a reabertura do governo, já que estava praticamente pronto antes do shutdown.
… Outros dados de setembro, incluindo vendas no varejo, dados da balança comercial e o índice de preços das despesas de consumo pessoal, também serão divulgados rapidamente, assim como dados oficiais sobre pedidos iniciais e contínuos de seguro-desemprego.
… Já os dados econômicos de outubro serão mais difíceis de produzir porque o fechamento impediu as agências de realizar, coletar e processar respostas de pesquisas e verificações de preços durante o mês. Isso pode levar a atrasos mais longos.
… O Morgan Stanley, por exemplo, espera os relatórios de emprego de outubro e novembro no dia 8 de dezembro, a tempo do próximo Fomc, mas acredita que os dados de vendas no varejo e de inflação de outubro só devem ser publicados às vésperas do Natal.
NÃO LARGA O OSSO – Logo agora que o shutdown pode se resolver, o Ibovespa não quis desperdiçar a chance de esticar os recordes. Bateu asas e voou pela primeira vez até a faixa dos 155 mil pontos, escrevendo novos topos.
… Sem parada, emplacou a 14ª valorização consecutiva, sendo a 11ª marca histórica de fechamento em sequência.
… O índice fechou em alta de 0,77%, aos 155.257,31 pontos, após alcançar novo pico intraday, de 155.601,15 pontos. O giro ficou em R$ 20,1 bilhões e tem sido bancado mais firmemente pelos estrangeiros. O Brasil voltou à moda.
… Em reportagem de Altamiro Silva Junior no Broadcast, fontes da equipe econômica avaliam que pelo menos três fatores comprovam o interesse renovado do capital externo pelo País, que tem aproveitado para faturar a liquidez:
… 1) o sucesso na emissão de títulos sustentáveis (green bonds) do Tesouro semana passada, com captação de US$ 2,25 bi a juros de 5,75%, equivalentes a países investment grade, e demanda sete vezes superior ao livro de ofertas.
… 2) o Ibovespa que não para de bater recordes é outra prova que confirma o apetite dos gringos pelo Brasil.
… E 3) o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, que mede a percepção de risco do País, acumula queda de 5,5% em um mês, a 146 pontos, depois de ter superado os 200 pontos entre abril e maio com o tarifaço imposto por Trump.
… “Há uma sensação agora de não querer perder a oportunidade com o Brasil. É o fear of missing out, mas precisamos ver se não pode ser uma euforia só de curto prazo”, alerta o executivo de um banco estrangeiro.
… O principal receio do mercado sempre é de como o governo vai endereçar os ruídos fiscais em 2026.
… Enquanto o ano eleitoral não chega, segue o baile na bolsa. Se não precipitar hoje uma correção, o Ibovespa já vai igualar a marca de 15 altas ininterruptas registrada mais de três décadas atrás, quando nascia o Plano Real.
… Vale ignorou ontem a apatia do minério (-0,07%) e subiu 0,66%, a R$ 65,21. Petrobras, que já tinha brilhado no pregão anterior, emplacou a sexta alta seguida: ON, +0,88%, a R$ 34,58; e PN, +0,56%, a R$ 32,36.
… Acompanhou o maior apetite por risco do petróleo com o possível fim da paralisação do governo Trump. O contrato do Brent para janeiro registrou valorização de 0,67%, negociado a US$ 64,06 por barril na ICE londrina.
… Os bancos também foram bem: Bradesco PN, +1,87%, a R$ 19,08; Bradesco ON, +1,56%, a R$ 16,24; Santander, +0,80%, a R$ 32,65; e Itaú, +0,67%, a R$ 40,44. Só BB ON caiu (-0,48%; R$ 22,78), temendo pelo balanço de amanhã.
A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE – Galípolo continua insensível à melhora da dinâmica da inflação, como se viu pelo tom superconservador do comunicado do Copom. Mas para o mercado o jogo só acaba quando termina.
… Até que a ata seja decifrada hoje, nada está perdido ainda e o corte da Selic em janeiro segue no páreo.
… No clima de que tudo pode dar certo, os juros futuros caíram de ponta a ponta ontem, com a apreciação do câmbio ajudando a compor o ambiente de otimismo já garantido pela confiança de solução política para o shutdown.
… O Broadcast destacou que o contrato de DI para janeiro de 2029 não encerrava abaixo dos 13% há um ano. Caiu a 12,955%, contra 13,068% no pregão anterior. O vencimento para janeiro de 2027 marcou 13,825% (de 13,874%).
… Janeiro de 2031 fechou na mínima do dia, a 13,250% (de 13,375%); e Jan/33 afundou a 13,430% (de 13,554%).
… Sem grandes novidades, o boletim Focus não trouxe alterações nas medianas das estimativas do mercado para o IPCA deste ano (4,55%, acima do teto da meta, de 4,50%), de 2026 (4,20%), de 2027 (3,8%) e de 2028 (3,50%).
… No câmbio, o dólar caiu pela quarta sessão seguida diante do real e passa agora pelo teste dos R$ 5,30. Terá força para furar este nível ou encontrará aí o piso? Ontem, fechou em baixa de 0,53%, a R$ 5,3073. No mês, recua 1,36%.
… O real esteve entre as cinco moedas com melhores desempenhos do dia. No acumulado do ano, já subiu 14,12%.
… Mas 2026 promete ser um ano difícil e desafiador. “Depois da impressionante valorização de 2025, é natural que perca fôlego em 2026 com os cortes de juros [pelo Copom] e as incertezas eleitorais”, projeta o Commerzbank.
… Lá fora, todo mundo continua ansioso para que o shutdown acabe de uma vez por todas e libere os indicadores que estão represados, para o mercado poder calibrar com maior precisão as apostas para o ciclo de cortes do Fed.
… Apesar do discurso cauteloso de Powell e de muitos de seus colegas, o mercado continua bastante confiante de que o juro ainda vai cair em dezembro: 63,5% de chance na ferramenta do CME, contra 36,5% de manutenção.
… Mary Daly defendeu ontem que a política monetária “está em um bom lugar” e que o nível atual “deve seguir restritivo para pressionarmos a inflação para baixo”. Alberto Musalem também ressaltou a pressão inflacionária.
… Mas Nova York quis é se esbaldar com a promessa de que a paralisação do governo está com os dias contados.
JÁ FOI LONGE DEMAIS – Diante dos esforços políticos para acabar com o mais longo shutdown da história, as bolsas americanas foram dominadas pelo apetite por risco e as ações de tecnologia esqueceram o risco da bolha da IA.
… O Nasdaq avançou 2,27%, a 23.527,17 pontos; o S&P 500 ganhou 1,54%, a 6.832,43 pontos; e o Dow Jones subiu 0,81%, para 47.368,63 pontos. As ações da Alphabet (+4,04%), Nvidia (+5,79%) e Meta (+1,62%) deslancharam.
… Esvaziado o estresse, a taxa da Note-2 anos subiu a 3,590% (de 3,556%) e de 10 anos, a 4,115% (de 4,091%).
… Só o câmbio operou morno, com o DXY de lado (-0,01%, aos 99,589 pontos), assim como o euro (-0,02%, a US$ 1,1565). A libra subiu 0,17%, a US$ 1,3183, à espera de indicadores na semana, e o iene caiu para 154,05 por dólar.
COMPANHIAS ABERTAS – SABESP teve lucro líquido reportado de R$ 2,159 bilhões no 3TRI, queda de 64,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Com ajustes, o lucro líquido somou R$ 1,284 bilhão, alta anual de 9,5%…
… A receita líquida de serviços de saneamento ajustada foi de R$ 5,468 bilhões, crescimento de 0,1% em base anual. O Ebitda totalizou R$ 3,069 bilhões, montante 70,6% menor do que o registrado um ano antes…
… Com ajustes, o Ebitda totalizou R$ 3,206 bilhões, alta de 14,7% em comparação em igual período de 2024.
NATURA registrou prejuízo líquido de R$ 1,926 bilhão no terceiro trimestre, montante 71,2% menor que os R$ 6,694 bilhões apurados no mesmo período de 2024…
… Ebitda recorrente somou R$ 577 milhões, queda de 33,7% na comparação anual.
AZZAS registrou lucro líquido recorrente de R$ 201,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 22,9%. Ebitda ajustado recorrente somou R$ 476,7 milhões, em linha com um ano antes, quando alcançou R$ 476,8 milhões.
MBRF registrou lucro líquido de R$ 94 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 62%; Ebitda consolidado ajustado somou R$ 3,503 bilhões, recuo de 8,6% em relação ao mesmo período de 2024.
BRASKEM e o governo de Alagoas celebraram termo de acordo relacionado ao evento geológico ocorrido no Estado, prevendo pagamento total de R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 139 milhões já haviam sido pagos.
… O ADR da Braskem saltou 4% no after market, na reação positiva dos estrangeiros ao acordo com Alagoas.
PETRORECÔNCAVO. Cobas aumentou participação na companhia para 5,02% do total de ações ordinárias, passando a deter 14.735.900 de papéis do tipo.
ITAÚSA registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,120 bilhões no terceiro trimestre, alta anual de 6%. Retorno patrimonial recorrente (ROE) ficou em 18,5%, ante 18% no mesmo período de 2024…
… Endividamento líquido somou R$ 697 milhões, queda de 26% na comparação com o mesmo trimestre de 2024.
EVEN registrou lucro líquido consolidado de R$ 90 milhões no 3TRI, revertendo prejuízo de R$ 110 milhões reportado no mesmo período de 2024.
GRUPO SBF registrou lucro líquido de R$ 86 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 35,7%; Ebitda somou R$ 242,6 milhões, recuo de 10,8% em relação ao mesmo período de 2024.
MOVIDA registrou lucro líquido de R$ 70 milhões no terceiro trimestre, queda de 10,5% na base anual. Ebitda somou R$ 1,478 bilhão, crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período de 2024.
JSL registrou lucro líquido de R$ 18,1 milhões no 3TRI, queda de 58,7% na comparação anual; Ebitda somou R$ 518,9 milhões, alta de 15,3% em relação ao mesmo período de 2024.
SÃO MARTINHO registrou lucro líquido de R$ 176,4 milhões no segundo trimestre do ano safra 2025/26, queda de 5,9% contra um ano antes. Receita líquida recuou 11,3%, para R$ 1,7 bi, e Ebitda ajustado caiu 13,4%, a R$ 816,9 mi…
… O Conselho de administração aprovou a oitava emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor total de R$ 500 milhões.
OI informou que vai adiar a publicação dos resultados referentes ao 3TRI, originalmente prevista para amanhã; empresa não divulgou a nova data…
… Ministério das Comunicações disse que vai avaliar decisão judicial sobre falência da companhia expedida ontem…
… Anatel ressaltou que serviços de utilidade pública prestados pela empresa serão mantidos a despeito do decreto de falência.
ZAMP. Conselho de Administração aprovou pedido de conversão do registro de companhia aberta na CVM de categoria A para B.
REDE D’OR vendeu a Maternidade Star, de São Paulo, para a Atlântica D’Or, joint-venture entre o grupo e a Bradesco Seguros, por R$ 223 milhões…
… Rede D’Or aprovou a 38ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 3,5 bilhões.
AZUL apresentou documentos no contexto do processo de Chapter 11 conduzido perante a Justiça dos EUA.
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