Investigação contra o Brasil amplia tensão

… PPI, produção industrial, Livro Bege, mais Fed boys e mais balanços de bancos nos Estados Unidos movimentam os negócios em NY. Aqui, em mais um dia sem agenda, os mercados esperam um desfecho para o impasse do IOF, que será decidido por Moraes, e acompanham as reuniões entre governo e os empresários para definir a resposta à tarifa dos Estados Unidos. Mas uma decisão de Trump, ontem à noite, vai repercutir feio. Depois de dizer que Bolsonaro “não é meu amigo, apenas alguém que conheço”, mandou investigar as práticas comerciais “injustas” do Brasil. Pode vir mais coisa por aí, atingindo as tarifas preferenciais “injustificáveis”, que “restringem” o comércio americano.

… Em comunicado, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos informou que estava iniciando uma investigação sobre o Brasil, nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio de 1974.

… Terá como alvo os “ataques do País às empresas americanas de mídia social e outras práticas comerciais desleais que prejudicam as empresas, os trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos americanos”.

… Além das tarifas preferenciais, serão investigados o comércio digital, serviços de pagamento eletrônico, a proteção da propriedade intelectual, falhas na fiscalização anticorrupção, desmatamento ilegal e o mercado de etanol.

… Assim que saiu a nota do representante comercial, Jamieson Greer, o ETF – principal fundo de empresas brasileiras negociadas em bolsa – passou a cair no after hours em NY, com os ADRs acompanhando o movimento.

… A notícia é uma sinalização de guerra de Trump, enquanto o Comitê Interministerial de negociação só começou as reuniões com o setor produtivo, que ainda não apresentou uma reação formal do Brasil aos 50%.

… Toda a argumentação do governo estava sendo construída em cima da motivação política da tarifa e da evidente falta de racionalidade econômica, já que o País é o deficitário na balança comercial com os Estados Unidos.

… Agora, as coisas parecem estar tomando outro rumo, com Trump saindo fora de Bolsonaro e buscando justificativas técnicas contra o Brasil, o que torna mais difícil contestar a tarifa de 50%, na opinião de Nicolas Borsoi.

… Ao Broadcast, o economista-chefe da Nova Futura Investimentos disse que “o processo agora se institucionalizou”. Para ele, a ação é “mais inteligente e joga água fria sobre a expectativa de que Trump poderia recuar”.

… Para Sergio Vale (MB Associados), Trump sinalizou uma agressividade maior, que não está a fim de concessões e que pretende manter os 50% para forçar algum acordo que seja vantajoso para os Estados Unidos.

… “De cara, já nos culpam antes de investigar e tentam obter mais vantagens. Isso vai dificultar a negociação, com maiores chances de forçar algum tipo de retaliação mais agressiva do governo brasileiro.”

… Sobre os mercados, ambos avaliam que a abertura será tensa, com alta do dólar ante o real e queda da bolsa.

O APELO DO SETOR PRODUTIVO – Nas reuniões com Alckmin, indústria e agronegócio defenderam um adiamento do prazo de 01/08 para a alíquota, mas ouviram que o governo Lula prefere ter “tudo resolvido até 31/07”.

… No Valor, a posição dos representantes foi unânime ao pedir que o governo aposte nas negociações e esgote todas as possibilidades de tratativas com os Estados Unidos antes de decidir contramedidas.

… O receio é com os impactos de uma possível aplicação da Lei de Reciprocidade, citada por Lula como uma opção.

… Sobre isso, o ministro Rui Costa – que participa do Comitê – garantiu que não está no horizonte do governo fazer “bravatas diplomáticas”, que a ordem de Lula é caminhar com “serenidade, cautela e negociação”.

… A reunião com o agro definiu que os empresários brasileiros buscariam contatar seus congêneres americanos, que também podem sair muito machucados se a tarifa de 50%, de fato, for aplicada aos produtos importados.

MAIS REUNIÕES – Pela manhã, Alckmin e ministros se reuniram com 18 executivos de diferentes setores industriais, como siderurgia, papel e celulose, aeronáutica, calçados, têxtil, máquinas e equipamentos, madeira e autopeças.

… Também os representantes da indústria, como a CNI e a Fiesp, bateram na tecla de que o governo não deve decidir uma retaliação imediata aos Estados Unidos, devendo afastar o viés político do debate público.

NADANDO DE BRAÇADA – Mas isso é um pouco demais para esperar de Lula, que ganhou essa crise de presente para recuperar a popularidade, enquanto Bolsonaro fica cada vez mais isolado na chantagem da família pela anistia.

… Na primeira pesquisa para avaliar o impacto do imbróglio, o instituto Atlas/Bloomberg mostrou que a aprovação a Lula subiu de 47,3% para 49,7% após a tarifa de 50%, com queda da desaprovação de 51,8% para 50,3%.

… A pesquisa revelou ainda que 62,2% consideram injustificada a medida de Trump, enquanto 36,8% a justificam.

… Para hoje, está prevista a divulgação da pesquisa Quaest, enquanto Alckmin realiza novas reuniões com a Amcham, indústria química, CNA e CNC. Pela manhã, o vice reúne-se com Davi Alcolumbre. Com Motta, já conversou.

A PAUTA DE TRUMP – Também ontem à noite, o presidente dos Estados Unidos disse que notificará em breve países menores – “talvez em uma carta única” – de que eles também enfrentarão tarifas um pouco maiores que 10%.

… Trump disse, ainda, que “provavelmente imporá tarifas sobre produtos farmacêuticos já no final do mês” e que as taxas sobre semicondutores também poderão ser aplicadas “em breve”, sugerindo a data de 1º de agosto.

… “Daremos às empresas farmacêuticas um ano ou mais para construir, e então faremos uma tarifa muito alta.”

… Mais cedo, anunciou taxa de 19% para a Indonésia, destacando que as exportações dos Estados Unidos para o país serão isentas e que eles comprarão US$ 15 bilhões em energia, produtos agrícolas e 777 jatos Boeing.

SEM ACORDO – Ficou para Alexandre de Moraes decidir se haverá ou não aumento do IOF, se o decreto presidencial é ou não constitucional. Na audiência de conciliação no STF, não houve acordo. As duas partes foram inflexíveis.

… No Estadão, Moraes sinalizou que o decreto de Lula tem legitimidade, mas indicou o caráter de arrecadação, e não regulatório, de parte das medidas, sobretudo nas operações de risco sacado e previdência privada (VGBL).

… O ministro Haddad demonstrou aos jornalistas que já espera uma vitória parcial. “Tem uma questão pendente, que vai ser resolvida, na minha opinião, rapidamente, pelo ministro Alexandre, minha percepção é essa.”

… Questionado, confirmou que essa “pendência” é quanto ao risco sacado – espécie de adiantamento que os bancos concedem a fornecedores de insumos para grandes empresas, que são garantidoras da operação.

… Na audiência, governo e Legislativo asseguraram que, seja qual for a decisão de Moraes, será acatada.

MP – No Congresso, foi instalada a comissão mista da Medida Provisória com as medidas alternativas ao aumento do IOF. Renan Calheiros (MDB) está confirmado na presidência e Carlos Zarattini (PT) será o relator.

LDO – Ainda ontem, a Comissão Mista do Orçamento aprovou o relatório preliminar da LDO de 2026, que manteve as principais diretrizes estabelecidas pelo Executivo, como a meta fiscal de 0,25% do PIB (R$ 34,3 bilhões).

… Foram mantidos ainda outros parâmetros, com crescimento de 2,5% do PIB, inflação de 3,5% e dólar a R$ 5,91.

… O texto não traz um detalhamento das receitas e despesas, mas confirma a estimativa de déficit previdenciário de R$ 362 bilhões para o regime geral e outros R$ 148 bilhões para os regimes próprios da União.

… O relatório final da LDO deve ser apresentado no dia 22 de agosto e votado na semana seguinte, no dia 28.

PRECATÓRIOS – No esforço concentrado desta semana, última antes do recesso parlamentar, a Câmara aprovou em dois turnos, ontem à noite, a PEC que estabelece limites para o pagamento de precatórios. Vai para o Senado.

… A proposta abre novo prazo de parcelamento de débitos dos municípios, que poderão pagar as suas dívidas com a União em até 360 parcelas mensais, de 60 meses hoje, com débitos previdenciários divididos em 300 vezes.

… O parecer aplica aos municípios todas as disposições sobre o parcelamento de dívidas estaduais do Propag e define o IPCA para a atualização monetária e juros para precatórios da União, dos Estados, municípios e do DF.

… Para compensar a perda de espaço fiscal decorrente desse ajuste, será permitido incorporar à base de 2026 créditos suplementares e especiais referentes ao diferencial de IPCA, estimados num valor de R$ 12,5 bilhões.

… O governo conseguiu emplacar no parecer a redução do teto para classificação de pagamentos como RPV, que caiu de 60 para 40 salários mínimos, gerando um alívio momentâneo nas contas públicas.

… E, principalmente, conseguiu a exclusão temporária de precatórios e RPVs (pequenos valores, com pagamento em 60 dias) do arcabouço fiscal em 2026, com a incorporação gradual das despesas da União a partir de 2027.

LULA – Vai ser reunir nesta quarta-feira (9h) com os dirigentes dos principais bancos públicos do país para discutir um novo modelo de crédito imobiliário. Participam: BB, BNDES, Caixa, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.

MAIS INFLAÇÃO – Após o CPI de junho nos Estados Unidos mostrar os primeiros sinais das tarifas, hoje o PPI (9h30) deve desacelerar para 2,5% na base anual (de 2,6% em maio) no índice cheio e para 2,7% (de 3%) no núcleo.

… Os mercados em NY ainda monitoram a produção industrial em junho (10h15), que tem previsão de estabilidade, contra -0,2% em maio, e os estoques de petróleo do DoE (11h30) na semana até 11/7.

… Às 15h, o Fed divulga Livro Bege, com as condições macroeconômicas dos distritos, que fundamentarão as decisões da próxima reunião do Fomc, no fim do mês, quando as apostas ainda convergem para a manutenção dos juros.

FED BOYS – Falam hoje Beth Hammack (10h15), Michael Barr (11h) e John Williams (19h30).

BALANÇOS EM NY – Mais três grandes bancos americanos divulgam hoje os seus resultados do segundo trimestre antes da abertura: BofA, Goldman Sachs e Morgan Stanley. Após o fechamento, Alcoa e United Airlines.

… Aqui, estão previstos apenas a segunda quadrissemana de julho do IPC-S (8h) e o fluxo cambial do BC (14h30).

BFF SQN – O comentário de Trump de que não é amigo de Bolsonaro, só conhecido, entrou como motivo alegado por parte do mercado para o câmbio ter testado uma melhora e o Ibovespa ter parado de piorar ontem.

… O investidor se animou na aposta (prematura) sobre um gesto de abertura do diálogo com os Estados Unidos.

… Em paralelo, também as informações na imprensa de que o governo brasileiro descartaria retaliação imediata consolidaram a valorização do real, que interrompeu a sequência de quatro quedas contra a moeda americana.

… Mas hoje, pelo menos na abertura dos negócios, o ensaio de otimismo tem tudo para sofrer uma reversão, porque será difícil o Brasil contestar as investigações iniciadas pelos EUA sobre as práticas domésticas “injustas”.

… Ontem, porém, o dólar à vista fechou em baixa de 0,47%, a R$ 5,5581, descolado da alta nos EUA, onde o dado do CPI deixou a sensação de que sinais preliminares de pressão das tarifas de Trump já aparecem na inflação (abaixo).

… Na máxima intraday aqui, o dólar voltou à faixa dos R$ 5,60, negociado a R$ 5,6041. Mas o alívio logo em seguida coincidiu justamente com a declaração de Trump de que não tem esta proximidade toda com Bolsonaro.

… A sinalização de falta de prestígio maior do ex-presidente junto à Casa Branca foi apontada como gatilho também para a virada do Ibovespa para o positivo no melhor momento do dia, quando chegou a subir mais de 0,50%.

… Até o fechamento, neutralizou toda a força. Mesmo assim, o investidor gostou de a bolsa ter conseguido se defender perto da estabilidade (-0,04%), aos 135.250,10 pontos, ainda que em queda pelo sétimo pregão seguido.

… Em uma virada de terreno, os papéis dos bancos abandonaram a queda da manhã. Itaú subiu 0,34%, cotado a R$ 35,02; Banco do Brasil ganhou 1,06%, valendo R$ 20,90; e as units do Santander avançaram 2,28%, a R$ 27,80.

… Só as ações do Bradesco fecharam estáveis: ON, +0,07%, a R$ 13,83; e PN, -0,06%, a R$ 16,10.

… Vale cumpriu mais um dia de queda (ON, -2,62%, a R$ 53,91), na contramão do minério de ferro (+0,13%). De olho na queda do petróleo, Petrobras também não foi bem: ON recuou 1,14% (R$ 34,69) e a PN caiu 0,78% (R$ 31,95).

… Sob o ultimato de Trump para a Rússia acabar com a guerra contra a Ucrânia em 50 dias, o barril do tipo Brent para setembro voltou a cair (-0,72%), a US$ 68,71, ainda que fontes da Reuters indiquem que Putin não se abalou.

… O presidente russo estaria disposto a manter os ataques até que o Ocidente se comprometa com seus termos de paz. Entre outros pontos, o governo de Moscou quer a promessa de que a OTAN não se expandirá para o leste.

… Putin continua ignorando as ameaças de Washington, diante da percepção de que os americanos ainda não estão pegando tão pesado como deveriam, ao concederem um prazo logo (até setembro) para o conflito acabar.

DO CONTRA – Entre os ativos domésticos, a curva do DI não conseguiu esboçar nesta terça-feira a mesma esperança do câmbio de que o Brasil e os EUA pudessem resolver as diferenças comerciais pelo caminho da diplomacia.

… Os juros futuros registraram alta expressiva no trecho médio e longo, seguindo a pressão das taxas dos Treasuries, a grande oferta de NTN-Bs pelo Tesouro e a recuperação da popularidade de Lula na pesquisa Atlas/Bloomberg.

… O contrato do DI com vencimento em Jan/26 terminou em 14,935% (de 13,941% no ajuste anterior); Jan/27, a 14,340% (de 14,304%); Jan/29, a 13,615% (de 13,493%); Jan/31, a 13,780% (13,667%); e Jan/33, 13,880% (13,750%).

RED FLAG – A leitura da inflação ao consumidor americano em junho colocou no jogo a chance de o Fed demorar ainda mais para cortar o juro. O início do ciclo de flexibilização na próxima reunião já era bastante improvável.

… Mas agora também setembro é colocado em xeque. Esta ainda é a aposta principal na ferramenta do CME (55,7%), mas perdeu força contra antes do CPI (65,3%), esvaziada pela chance de manutenção (34,8% para 44,3%).

… Por trás desta migração de apostas estão os sinais de que a inflação começa a ser contaminada pelo tarifaço.  

.. O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% em junho e 2,7% na comparação anual, superando os consensos no mercado, de 0,2% e 2,6%, respectivamente. O núcleo avançou 0,2% na margem e 2,9% na base anualizada.

… Segundo o Wells Fargo, a leitura de junho do CPI mostra que, ainda que nos estágios iniciais, “ficaram evidentes” os sinais das tarifas afetando os preços ao consumidor, obrigando o Fed a manter sua postura de esperar para ver.

… O banco americano, no entanto, ainda espera relaxamento da política monetária no encontro de setembro.

… Dentro do Fed, a dirigente Susan Collins reconheceu pressões concretas vindas das tarifas, avisou que vem mais a caminho e recomendou uma abordagem “ativamente paciente” em relação à taxa de juro neste momento.

… Ou seja, na dúvida, a ordem é não fazer nada. Só não se sabe por quanto tempo o Fed teria que ficar parado, o que deixa Trump ainda mais furioso com Powell: “não imagino trabalho pior do que o que está sendo feito por ele”.

… Pelo raciocínio de Trump, a inflação está baixa e o Fed deveria reduzir os juros imediatamente. O presidente americano deve intensificar a busca por um substituto mais dovish na troca de comando de Powell, em abril.

… Na Bloomberg, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett, assume o favoritismo para o cargo, seguido do secretário Scott Bessent (Tesouro). Christopher Waller corre como azarão.

DEVAGAR, QUASE PARANDO – Se o choque da guerra tarifária começar a aparecer mais fortemente nos próximos indicadores de inflação, aí é que o Fed, que já estava sem pressa nenhuma de cortar o juro, pode empacar de vez.

… A chance despertada pelo CPI de juro estável por mais tempo explicou a alta dos retornos dos Treasuries: de 2 anos subiu a 3,953% (de 3,901%); 10 anos, a 4,484% (de 4,428%); e 30 anos ultrapassou os 5%, a 5,012%, de 4,971%.

… Também o dólar colocou no radar a eventual exigência de uma postura mais conservadora pelo Fed por causa do impacto inflacionário do protecionismo comercial de Trump. O índice DXY fechou em alta de 0,54%, a 98,616 pontos.

… O euro caiu 0,53%, a US$ 1,1602; a libra esterlina perdeu 0,36%, a US$ 1,3389; e o iene recuou para 148,90/US$.

… Crescem as chances de o BCE interromper semana que vem o ciclo de redução do juro, após sete cortes seguidos. Para o presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, o conflito comercial com os EUA é “extremamente incerto”.

… Diante da reprecificação das apostas para o Fed, as bolsas em NY caíram: Dow Jones, -0,98% (44.023,29 pontos); e S&P 500, -0,40% (6.243,73 pontos). Só o Nasdaq (+0,18%) emplacou novo pico histórico (20.677,80).

… Teve como aliado a Nvidia (+4,04%), autorizada por Trump a retomar as vendas de chips para a China.

EM TEMPO… Subsidiária da Petrobras, a TRANSPETRO terá de pagar R$ 24,5 milhões por vazamento de petróleo em Angra dos Reis em 2015…

… Ministérios públicos federal e do Estado do Rio de Janeiro concluíram acordo de reparação de danos ambientais causados pelo acidente.

GPA. Os investidores André Luiz Coelho Diniz, Alex Sandro Coelho Diniz, Fábio Coelho Diniz, Henrique Coelho Diniz e Helton Coelho Diniz aumentaram participação conjunta no grupo para 17,7% do total de ações ON (Valor)…

… Em maio, os acionistas detinham participação conjunta de 10%.

BRB informou que contratou o BTG Pactual Investment Banking e o escritório Demarest Advogados para a prestação de serviços especializados de assessoria financeira e jurídica no âmbito do Projeto Securities do BRB.

RUMO. Citi reduziu preço-alvo da ação de R$ 20,00 para R$ 19,50, mantendo recomendação neutra; revisão refletiu o entendimento de que a companhia pode apresentar algum enfraquecimento nos resultados do segundo trimestre.

ENEVA informou que a geração bruta de energia no segundo trimestre foi de 1.872 gigawatt-hora, o que significa aumento de 120% frente ao volume do segundo trimestre de 2024.

AURA MINERALS confirmou a precificação de sua oferta pública inicial na Nasdaq, com a distribuição de 8.100.510 ações ordinárias, a um preço de US$ 24,25. A empresa levantou US$ 200 milhões com a operação.

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CPI e balanços nos EUA, IOF e tarifa no Brasil

… O PIB da China cresceu 5,2%/2T, desacelerando pouco na margem (5,4%/1T), mas acima do consenso (+5,1%). Já a expansão da produção industrial superou as estimativas em junho. Nos Estados Unidos, a inflação do CPI (9h30) deve subir, reforçando a cautela do Fed para os juros, enquanto Wall Street abre a temporada de balanços do 2Tri com JPMorgan, Wells Fargo e Citi, sob o impacto das tensões da guerra tarifária. No Brasil, sem indicadores, são destaques hoje a audiência de conciliação do IOF no Supremo Tribunal Federal e as reuniões de empresários com o Comitê interministerial formado pelo governo para decidir propostas de negociação da tarifa de 50% anunciada por Trump.

… O grupo, liderado pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, consta do decreto de regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica, que já foi assinado por Lula e será publicado hoje no Diário Oficial da União.

… O comitê é composto pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Ministério das Relações Exteriores), e Fernando Haddad (Ministério da Fazenda). Outros ministros poderão ser chamados para reuniões temáticas.

… Como primeira missão, o Comitê terá o objetivo de ouvir os setores empresariais atingidos pela tarifa de Trump aos produtos importados do Brasil. A primeira reunião acontecerá nesta terça-feira, às 10h, com setores da indústria.

… Às 14h, uma segunda rodada de conversas do Comitê será feita com os empresários do setor de agronegócios.

… Alckmin tem defendido o diálogo com o governo dos Estados Unidos para reforçar a complementariedade entre os países, fortalecer nossas empresas e contribuir para as boas práticas comerciais entre os dois países.

… Segundo ele, um acordo sobre tarifas foi enviado aos Estados Unidos em maio, mas o Brasil não obteve resposta.

… A orientação de Lula ao Comitê foi para agir com “firmeza e serenidade” e avançar nas negociações com os Estados Unidos. Mas o presidente não descarta adotar medidas de reciprocidade se as possibilidade se esgotarem.

EMPRESÁRIOS QUEREM ADIAR PRAZO – No Estadão, em reunião de emergência ontem, presidentes das federações das indústrias defenderam um adiamento de 90 dias na aplicação das novas tarifas, previstas para 01/08.

… Em formato virtual, o encontro foi convocado por Ricardo Alban, presidente da CNI, que divulgou nota:

… “Esse prazo é considerado essencial para que a indústria brasileira possa analisar de forma mais aprofundada os efeitos da medida, além de buscar soluções diplomáticas para evitar perdas mais amplas.”

… A estimativa preliminar apresentada na reunião aponta para uma possível perda de pelo menos 110 mil postos de trabalho, se a tarifa de 50% entrar em vigor, além do impacto negativo no PIB, ainda não calculado.

… Os empresários defenderam ainda que a negociação seja conduzida “com prudência, equilíbrio e diálogo técnico, pelos canais institucionais, reforçando a necessidade de manter relações comerciais estáveis e previsíveis”.

… A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, foi convidada a participar da reunião.

… No meio da tarde, Geraldo Alckmin negou especulações de que o governo estudava pedir a extensão do prazo para negociar com os Estados Unidos, assim como negou a ideia de pedir a redução da tarifa de 50% para 30%.

… “Primeiro vamos ouvir o setor produtivo para definir a estratégia.”

A REUNIÃO DO TARCÍSIO – Ao mesmo tempo em que o governo se movimentava para marcar as reuniões hoje com empresários, o governador de São Paulo, marcava a sua, para o mesmo dia e mesmo horário.

… Operando ativamente para se livrar da imagem que passou ao culpar Lula pela tarifa e defender Bolsonaro, Tarcísio reunirá representantes de indústrias hoje, às 9h30, no Palácio dos Bandeirantes.

… O empresário Paulo Skaf, ex-presidente da Fiesp, ligou diretamente para empresários para formalizar o convite.

… A reunião terá a participação do chefe da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, com quem o governador conversou na sexta-feira, quando foi a Brasília e postou vídeo nas redes sociais de um almoço com Bolsonaro.

TRAMA GOLPISTA – No final da noite de ontem, a PGR pediu a condenação de Bolsonaro por cinco crimes:

… 1) organização criminosa armada; 2) tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito…

… 3) golpe de Estado; 4) dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e 5) deterioração de patrimônio tombado.

… O parecer de Paulo Gonet também pediu a condenação de outros sete réus: Alexandre Ramagem, Mauro Cid, Anderson Torres, Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Garnier Santos.

… No documento, Gonet disse que Bolsonaro é o “líder da organização criminosa” denunciada.

TRUMP ABRE O DIÁLOGO – O presidente dos Estados Unidos informou, nesta segunda-feira, que deverá anunciar em breve “novas tarifas amigáveis”, acrescentando que está “aberto a conversas” sobre as tarifas definidas nas cartas.

… Em coletiva de imprensa ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, Trump ressaltou que a União Europeia “quer conversar” sobre um acordo comercial e que “ter uma Europa forte é uma coisa muito boa”.

… Após a tarifa de 30% sobre o México e a União Europeia, que piorou o humor dos mercados, o principal negociador comercial da UE, Maros Sefcovic, disse em Bruxelas que ainda vê espaço para um entendimento com os EUA.

… Alertou, no entanto, que, se as conversas fracassarem, medidas de retaliação estão no radar.

… Na Bloomberg, a UE finalizou uma segunda lista de contramedidas para atingir os produtos americanos no valor de 72 bilhões de euros, ou US$ 84 bilhões, incluindo aeronaves da Boeing, automóveis e bebidas alcoólicas.

… Enquanto mantém o canal de diálogo com Washington, a União Europeia busca diversificar seus mercados. O bloco está em “negociações intensas” com a Índia, segundo Sefcovic, e também conversa com a Arábia Saudita.

… A União Europeia também promete ampliar a cooperação comercial com Canadá, contemplado com tarifa de 35%.

… Em comunicado ontem, a Comissão Europeia informou que Ursula von der Leyen e o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, discutiram por telefone “como tornar o Canadá e a UE mais fortes e competitivos”.

… A nota destaca que ambos prometeram aprofundar a parceria estratégica e reforçar a cooperação entre a Europa e o Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP), que inclui Japão, Austrália e México.

… Já a presidente do México (30%), Claudia Sheinbaum, disse que o país está fazendo sua parte no combate ao fluxo de fentanil, mas que os Estados Unidos também precisam fazer a parte deles para reduzir o tráfico de armas.

A BRIGA COM A RÚSSIA – Chateado com Putin, que fura todas as promessas com relação à Ucrânia, Trump ameaçou nesta segunda-feira impor uma “tarifa severa” de 100% sobre a Rússia, se Moscou não parar a guerra em 50 dias.

… Trump disse estar “muito infeliz com a Rússia e desapontado com Putin”, a quem chamou de “cara difícil, não um assassino”. “Ele já enganou muita gente, Bill Clinton, George Bush, Barack Obama, Joe Biden, mas não a mim.”

… O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, tentou esclarecer a ameaça de “tarifas severas” para a Rússia, dizendo que seria uma sanção econômica, não uma tarifa, se Moscou não aceitar um cessar-fogo.

… Para a Capital Economics, se Trump cumprir a ameaça, levará a uma queda acentuada nos fluxos de energia russos, que resultaria em preços globais mais altos, com impacto maior no gás natural do que no petróleo.

MORAES E O IOF – Está marcada para as 15h a audiência de conciliação entre Governo e Legislativo sobre o impasse do IOF, no STF, presidida por Alexandre de Moraes, relator da ação que quer manter o decreto presidencial.

… O presidente do Congresso, David Alcolumbre, não irá, mas será representado pela advocacia do Senado. Também não consta da agenda do ministro Fernando Haddad o compromisso no Supremo Tribunal Federal.

… Nesta segunda-feira, o ministro Rui Costa disse que o governo insistirá no decreto de Lula que elevou as alíquotas do IOF para cumprir o arcabouço. “O decreto está regular e o governo não fará negociação sobre esse tema.”

… No Globo, líderes da Câmara discutem um meio-termo para o IOF, defendendo que as operações em que o tributo já é cobrado podem ter aumento de alíquota, desde que o imposto seja descartado para operações isentas hoje.

… O governo abriria mão da cobrança do IOF para VGBL e para o chamado risco sacado.

… Segundo o Broadcast, a saída já estaria sendo negociada entre parlamentares e a Fazenda, embora o discurso em público seja outro. Nos bastidores, aliados de Lula reconhecem que a anulação parcial do decreto é provável.

PERIGO À VISTA – Na Câmara, Hugo Motta indicou que pode votar nesta semana a urgência de um projeto de lei que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal, de autoria do deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL).

… Pela proposta, a LRF passaria a “incluir a redução permanente das despesas como uma medida de compensação à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária”.

… O líder do governo, José Guimarães (PT), já disse que o governo era contra a matéria e ouviu de Motta que “é só urgência”, que “o projeto, que tem relação com isenções fiscais, só vai para votação se houver consenso”.

IMPOSTO DE RENDA – Relator do projeto de isenção do IR, Arthur Lira quer votar parecer na comissão especial e no plenário da Câmara amanhã, quarta-feira, noticiou o colunista Lauro Jardim/O Globo.

CHINA HOJE – PIB cresceu 5,2% no 2Tri, pouco acima da previsão (+5,1%), enquanto a produção industrial subiu 6,8% em junho, superando a projeção de 5,5%. Já vendas no varejo aumentaram 4,8%, perto do consenso (5%).

… Ainda nesta terça-feira, o PBoC chinês anunciou a injeção de 1,4 tri de yuans (US$ 195 bilhões) no sistema bancário por meio de operações de recompra reversa, para garantir que a liquidez permaneça “razoavelmente ampla”.

… No fim de semana, o PBoC chinês se reúne para decidir sobre as taxas de juro para um ano e cinco anos.

MAIS AGENDA – Índice ZEW de sentimento econômico na Alemanha em julho e a produção industrial na Zona do Euro em maio (6h) abrem o dia dos mercados ocidentais, ambos com estimativas de melhora.

… Ainda na Europa, o presidente do BC da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, discursa no Reino Unido às 17h.

… Nos Estados Unidos, o CPI de junho (9h30) pode acelerar na margem de 0,1% em maio para 0,3% no índice cheio, com a taxa anual subindo de 2,4% para 2,7%, segundo consenso apurado pelo Trading Economics.

… Para o núcleo, a estimativa é de acelerar de 0,1% em maio para 0,3%, com a taxa anual indo de 2,8% para 3%.

… Também às 9h30, o índice Empire State de atividade pode reduzir a queda a -8 em julho, de -16 (junho).

… Quatro dirigentes do Fed falam hoje e podem comentar os números da inflação e o impacto nas expectativas para os juros: Michelle Bowman (10h15), Michael Barr (13h45), Susan Collins (15h45) e Lorie Logan (20h30).

… O mercado de petróleo acompanha hoje o relatório mensal da Opep (8h) e os estoques da API (17h30), enquanto a pressão de Trump para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia derrubou os preços da commodity (abaixo).

TRUMP – Anunciará hoje US$ 70 bilhões em investimentos em IA e energia, segundo fontes da Bloomberg. Diversas empresas incluirão novos data centers, expansão da geração de energia e atualizações da infraestrutura da rede.

BALANÇOS EM NY – Veja a projeção de lucro por ação da FactSet para JPMorgan (US$ 4,48), Wells Fargo (US$ 1,41) e Citigroup (US$ 1,61), que divulgam balanços do segundo trimestre hoje, antes da abertura do mercado.

… Também a BlackRock reporta seu resultado nesta manhã, com projeção de lucro de US$ 10,8 por ação.

… Ainda no noticiário corporativo, a Nvidia informou que vai retomar as vendas do chip de inteligência artificial H20 para a China, após o governo Trump ter concordado em conceder a licença que estava proibida desde abril.

NA DEFENSIVA – Ficou difícil de esconder ontem o frio na barriga, antes da rodada de negociações do governo Lula e o empresariado, com as tarifas na pauta, além da expectativa pela audiência de conciliação sobre o IOF.

… Dando a medida da cautela, o dólar completou quatro pregões seguidos em alta e voltou às máximas desde junho, enquanto o Ibov caiu pela sexta vez consecutiva, pior sequência em mais de um ano, anotou o Broadcast.

… Foi importante que a moeda americana tenha respeitado a marca psicológica de R$ 5,60 no pico intraday (R$ 5,5937), mas é desconfortável ver o câmbio mais estressado, quando bem pouco tempo atrás andava tão bem.

… Nada está perdido ainda. Com Selic a 15%, não é fácil apostar contra o fluxo. O ajuste do dólar com o tarifaço, no entanto, tem sido inevitável e foi potencializado ontem não só pelo IOF no radar, mas ainda pelo petróleo.

… A ameaça de Trump de taxar a Rússia em 100%, caso um acordo de paz com a Ucrânia não seja celebrado em 50 dias, derrubou o contrato do barril do tipo Brent para setembro (-1,63%), que fechou cotado a US$ 69,21.

… “Assuntos de comércio são ótimos para resolver guerras”, resumiu o presidente americano, deixando claro que vai botar pressão para acabar com o conflito, que está custando caro aos EUA. “Já gastamos US$ 315 bi.”

… Na escalada gradual dos últimos dias, o dólar vale agora R$ 5,5842 (+0,66%), no patamar mais elevado desde o início do mês passado. No acumulado de julho, registra valorização de quase 3%, sob o ambiente mais tenso.

… Pegando o gancho do câmbio, a ponta longa do DI subiu com Trump e o IOF, enquanto a ponta curta operou perto dos ajustes, porque o IBC-Br de maio (-0,7%) veio mais fraco que o esperado pelo mercado (-0,02%).

… É mais um dado que entra para a coleção dos sinais de desaceleração gradual da atividade econômica, provando que começa a ter eficácia a postura conservadora do Copom, que não pretende relaxar até 2026.

… O contrato de juro para Jan/26 fechou a 14,940% (de 14,945% no ajuste anterior); Jan/27, a 14,285% (contra 14,327%); Jan/29, a 13,470% (de 13,465%); Jan/31, a 13,650% (de 13,592%); e Jan/33, a 13,740% (de 13,645%).

TATEANDO NO ESCURO – O protecionismo de Trump vai mantendo os grandes BCs em compasso de espera.

… Entra mês, sai mês, e a política monetária global segue sem previsibilidade sobre os impactos inflacionários da guerra tarifária, com pouca segurança se Trump está mesmo falando sério ou se pode “amarelar” (TACO trade).

… Em stand-by, o BCE se prepara para manter o juro na reunião da semana que vem (dia 24) e adiar a discussão sobre um corte para setembro. O UBS desistiu da aposta de que uma flexibilização da taxa já pudesse vir agora.

… Quanto ao Fed, as tarifas sobre a UE e o México podem reduzir chance de cortes de juros neste ano nos EUA e “a estratégia [de Trump] de escalar para desescalar só valoriza da opção do Fed de esperar”, avalia o BofA.

… Não passa um dia sem que Trump reclame dos juros altos: “Cada ponto da taxa custa US$ 360 bilhões.”

… O impulso tarifário de Trump, renovado pela ofensiva lançada contra a União Europeia e o México, acelerou o ritmo do dólar lá fora ontem e levou o índice DXY a romper os 98 pontos, em alta de 0,23%, aos 98,081 pontos.

… Especialistas notam que, diante do tombo de 10% desde fevereiro, a moeda americana pode testar alguma reversão técnica. O euro caiu 0,18% ontem, a US$ 1,1670; a libra, -0,46%, a US$ 1,3428, e o iene, a 147,75/US$.

EFEITO COLATERAL – Além de a queda do petróleo ter depreciado o real, também cobrou o preço das ações da Petrobras (PN, -1,32%, a R$ 32,20; e ON, -1,07%, a R$ 35,09), arrastando o Ibovespa abaixo dos 136 mil pontos.

… Descolado das leves altas em NY, o índice à vista da bolsa doméstica caiu 0,65%, aos 135.298,99 pontos, com giro de R$ 18,7 bi. Vale não colaborou (-1,14%, a R$ 55,36), devolvendo quase tudo o que subiu na 6ªF (+1,30%).

… Entre os bancos, só Bradesco PN se salvou (+0,37%; R$ 16,11). Bradesco ON ficou estável (-0,07%; R$ 13,82); Itaú recuou de leve (-0,17%, a R$ 34,90); e BB (-2,18%; R$ 20,68) e Santander (-2,05%; R$ 27,18) caíram forte.

… A pior baixa do dia foi da BRF, que afundou 4,55%, para R$ 21,00, depois de a Previ ter zerado a posição na empresa, por R$ 1,9 bi, antecipando possíveis impactos negativos decorrentes da futura fusão com a Marfrig.

… Em comunicado ao mercado, o fundo de pensão do BB disse que a relação de troca proposta na incorporação não reflete adequadamente o valor da BRF, o que poderia resultar em perdas para os acionistas minoritários.

… À noite, a Marfrig informou que, após ter elevado a fatia na BRF a 58,87%, recebeu carta de acionistas controladores (MMS, Marcos Molina e Marcia Marçal), que passaram a deter 75,33% das ações ON da Marfrig.

… Em NY, as bolsas quiseram descontaram ontem os riscos de Trump, resolvendo apostar que ele vai negociar. Além disso, a esperança com a safra dos balanços nos EUA ajudou a preservar Wall Street em leve alta.

… O Nasdaq terminou o dia com ganho de 0,27% e marcou nova máxima histórica de fechamento, a 20.640,33 pontos. O Dow Jones avançou 0,20%, aos 44.459,65,51 pontos, e o S&P 500 subiu 0,14%, aos 6.268,56 pontos.

… À espera do CPI, os juros dos Treasuries subiram, com a taxa da Note-2 anos a 3,901%, contra 3,887% no pregão anterior, e a de 10 anos avançando para 4,428%, de 4,416% na sessão de sexta-feira passada.

EM TEMPO… TIM informou que leilão realizado para alienar 22.059.698 ações ON, formadas a partir da aglutinação das frações de ações resultantes da operação de grupamento e desdobramento, somou R$ 455,691 milhões…

… Esse total, correspondente a R$ 20,6571 por ação ON, será disponibilizado aos titulares das frações, nas devidas proporções, até 23/7

TELEFÔNICA aprovou a distribuição de R$ 330 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,1022 por ação, com pagamento até 30/4/26; ex em 26/7.

MRV. Segmento de incorporação do grupo, que reúne operações de MRV e Sensia, somou R$ 3,45 bilhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamentos no 2TRI, crescimento anual de 54,2%, segundo prévia operacional.

RAÍZEN anunciou a emissão de R$ 850 milhões em debêntures; Conselho de Administração da empresa aprovou a contratação de até R$ 1 bilhão em empréstimos de curto e longo prazos.

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Trump taxa México e União Europeia em 30%

… Divulgada hoje, a balança da China trouxe recuperação das importações em junho, após forte queda em maio. Nos Estados Unidos, novas cartas de Trump definiram tarifa de 30% para o México e a União Europeia, no sábado, desvalorizando o euro e os futuros das bolsas americanas. A agenda da semana é cheia de indicadores da economia americana, enquanto grandes bancos abrem a temporada de balanços do segundo trimestre em Wall Street. Aqui, o único destaque é o IBC-Br, nesta segunda-feira, que deverá vir negativo em maio. Na política, o Congresso faz esforço concentrado antes do recesso, o Judiciário realiza a audiência de conciliação sobre o IOF e o Planalto regulamenta a Lei de Reciprocidade.

… Segundo o vice-presidente e ministro da Indústria e do Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, a regulamentação deve sair até amanhã, por decreto do presidente Lula, após a taxação de 50% dos produtos brasileiros por Trump.

… A legislação autoriza o Brasil a adotar medidas tarifárias e não tarifárias contra os países que impuserem barreiras às exportações. Alckmin lidera um grupo de empresários para as negociações com os Estados Unidos.

… “Nós vamos trabalhar para reverter isso”, disse ele, argumentando que a tarifa não se justifica e prejudica também o consumidor americano. Além disso, dos dez produtos que eles mais exportam para nós, oito não têm imposto.”

… Neste domingo, Alckmin se reuniu com o presidente Lula para tratar do tema no Palácio da Alvorada. Participaram os ministros Haddad, Gleisi, Carlos Fávaro e Sidônio Palmeira, além do líder do governo no Senado, Jaques Wagner.

… Em vídeo colocado no Instagram pela primeira-dama Janja no fim de semana, Lula diz que oferecerá jabuticaba a Trump para ele ficar de bom humor e acenou com um discurso de pacificação:

… “Um País que dá jabuticaba não precisa de briga tarifária, precisa de muita união e muita relação diplomática.”

… No Estadão, o economista Roberto Dumas (professor do Insper) estimou que, se os 50% forem aplicados de fato, vão recair sobre a balança comercial tirando, no mínimo, 0,30pp do PIB em 12 meses.

… Nesse cálculo, ele não considerou os impactos indiretos de uma possível depreciação cambial. Com a entrada menor de dólares em razão da redução das exportações, o real poderia se desvalorizar e pressionar a inflação.

… O desdobramento desse movimento seria, segundo Dumas, a manutenção dos juros elevados por mais tempo.

… O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, acredita que o País deixará de exportar para os Estados Unidos entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões por ano, se a nova tarifa entrar em vigor.

… Além disso, ele adverte que o Brasil enfrentaria obstáculos para redirecionar suas exportações. “Ter a maior taxação por parte do Trump passa a imagem que o Brasil cometeu uma infração gravíssima.”

… No domingo, Bolsonaro escreveu no X que não se alegra com a tarifa de 50%, mas que a solução está nas mãos das autoridades e o “tempo urge”. “Em havendo harmonia dos Poderes, nasce a anistia e a paz para a economia”.

… Também Michelle Bolsonaro leu uma carta ao presidente Lula em evento no Acre, no sábado, pedindo para que ele deixe de lado o “desejo de vingança” para resolver a crise da taxação de 50% sobre os produtos brasileiros.

… A pressão da família Bolsonaro pela lei da anistia, no entanto, não encontra eco no Congresso, onde o tarifaço com a motivação política decidido contra o Brasil esvaziou qualquer chance de votação da matéria.

RICÚPERO – Ao programa Canal Livre/TV Bandeirantes, disse ontem à noite que os Estados Unidos estão criando uma “insegurança terrível” no mundo inteiro, que viraram um “rogue state” – visto como ameaça à paz (ONU).

AS NOVAS CARTAS – México e União Europeia, que negociavam com Trump, receberam suas cartas no sábado, com tarifa de 30%. Os Estados Unidos são o destino de 80% dos produtos mexicanos exportados.

… As tarifas ao México, maior fonte de importações dos Estados Unidos, e à União Europeia marcam a potencialização da guerra comercial iniciada por Trump em abril. O anúncio causou surpresa.

… Os negociadores europeus já haviam assimilado uma tarifa de 10% sobre todos os produtos aos Estados Unidos e esperavam conseguir exceções para automóveis alemães, vinho italiano e produtos farmacêuticos irlandeses.

… Na carta, Trump alertou que uma retaliação, com aumento da tarifa, “será adicionada aos 30% que cobramos”.

… A União Europeia já havia preparado um pacote de retaliação em resposta a tarifas anteriores, mas suspendeu a ação para negociar. O conjunto de medidas atinge US$ 25 bilhões em importações dos Estados Unidos.

… A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não descartou as contramedidas, “se necessário”.

… Economistas ao ING estimaram um impacto negativo ao redor de 0,4pp sobre o PIB da União Europeia, o que poderia levar a economia europeia de volta à beira da recessão. Em relação ao México, esperam um acordo.

… Ao México, Trump justificou os 30% dizendo que o País não fez o “suficiente” contra o fluxo de fentanil na fronteira.

… Neste domingo, um dia após anunciar tarifa para a União Europeia, Trump disse que mantém discussões com o bloco para um possível acordo. Disse também estar negociando com o Japão e a Coreia do Sul, “que quer fechar logo”.

ELE NÃO DESISTE – Além de se ocupar com as cartas, Trump segue pedindo a renúncia de Powell do comando do Fed todos os dias. “Seria uma ótima coisa se ele renunciasse e saísse antes do fim do mandato” – no domingo.

AGENDA – Ainda que os negócios possam ser conduzidos pela guerra tarifária, em boa parte, indicadores relevantes estão previstos para esta semana nos mercados internacionais, tanto nos Estados Unidos como na China.

… O calendário em NY inclui a inflação ao consumidor (CPI), amanhã; a inflação ao produtor (PPI), na quarta, junto com a produção industrial; as vendas no varejo, na quinta-feira; e a confiança do consumidor de Michigan, na sexta.

… Na quarta-feira, é importante o Livro Bege, com as condições da atividade, preços e mercado de trabalho.

… Mais 11 Fed boys têm falas públicas, na terça, quarta e quinta. Importante para balizar as apostas ao Fomc.

… Na China, os indicadores estão concentrados no início da semana.

… No primeiro minuto de hoje, a balança comercial chinesa mostrou crescimento de 1,10% das importações em junho, após a queda de 3,4% em maio, enquanto as exportações tiveram expansão de 5,80% (+4,8% em maio).

… No final da noite, a China divulgará o PIB do segundo trimestre, vendas no varejo e produção industrial de junho. E no próximo sábado, o PBoC decide sobre os juros das LPRs de um e cinco anos.

BALANÇOS – Em Wall Street, grandes bancos estreiam a temporada de resultados financeiros do segundo trimestre, com JPMorgan, Wells Fargo e Citi (amanhã) e BofA, Morgan Stanley e Goldman Sachs (quarta-feira).

ZONA DO EURO – Estão entre os destaques a produção industrial de maio (terça-feira) e inflação do CPI (quinta-feira).

… Amanhã, terça-feira, sai o relatório mensal da Opep sobre o mercado de petróleo.

NO BRASIL – A agenda econômica é esvaziada e o destaque é IBC-Br de maio, prévia do PIB divulgada pelo BC hoje, às 9h, com estimativa de um baixa de 0,02% (mediana do Broadcast), após alta de 0,16% em abril.

… Segundo economistas, o recuo da produção industrial e a perda de força do agro devem sustentar a primeira queda do IBC-Br na margem em 2025. As estimativas variam de -0,50% a +0,54%.

… Às 8h25, sai a edição atualizada do Boletim Focus e a expectativa é para a continuidade da queda das expectativas inflacionárias e revisão do dólar, após a tarifa de Trump reverter o movimento de valorização do real.

… No câmbio, o BC chamou um leilão de linha para amanhã, de até US$ 1 bi, para rolagem do vencimento de agosto.

… Na quinta-feira, sai o IGP-10 de julho.

IOF DE VOLTA À PAUTA – Será realizada amanhã (15h) a audiência de conciliação entre o Executivo e o Legislativo, na tentativa de um acordo para resolver o impasse do aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras.

… O ministro Alexandre de Moraes é o relator da ação movida pelo governo no STF para manter o decreto presidencial que subiu o IOF e que foi derrubado por um PDL pelo Congresso. Moraes suspendeu os dois decretos.

… A conciliação reunirá representantes dos dois Poderes em um encontro a portas fechadas.

… Na sexta-feira, o Congresso pediu que Moraes mantenha a derrubada dos decretos que fixaram aumentos do IOF.

… Câmara e Senado assinaram documento afirmando que Legislativo tem função de fiscalizar o Executivo e que o governo extrapolou limites.

… Já no Legislativo, o Congresso deve instalar a comissão mista da MP com medidas alternativas à alta do IOF. O presidente deve ser o senador Renan Calheiros (MDB) e o relator, o deputado Carlos Zarattini (PT).

… A Câmara terá sessões no plenário todos os dias, na corrida para adiantar a pauta antes do recesso de julho, com projetos relevantes nas comissões, como o da reforma do IR e a PEC dos Precatórios dos Municípios.

LULA – Na agenda, destaque para anúncio de medidas voltadas a taxistas, em solenidade hoje no Planalto.

NÃO É O FIM – Duas reportagens de análise divulgadas no Broadcast e no Valor nos últimos dias indicam que o tarifaço de 50% de Trump para o Brasil provoca, sem dúvida, volatilidade, mas não abala o viés otimista ao real.

… No curto prazo, a cautela pode predominar. O dólar, que estava abaixo de R$ 5,45 antes da investida protecionista, já opera encostado agora nos R$ 5,55 e corre o risco de chegar a R$ 6, se der tudo muito errado.

… Mas especialistas que operam câmbio notam que, apesar da crise que pegou todo mundo de surpresa, a moeda americana continua abaixo dos R$ 5,60 usados pelo Copom nas mais recentes projeções de inflação.

… No pregão da sexta-feira, o dólar ensaiou uma investida a este patamar, cotado a R$ 5,5920 na máxima pela manhã. Mas zerou toda a pressão até o fechamento, a R$ 5,5475 (+0,04%), confiando em uma saída negociada.

… O mercado torce por uma solução diplomática e remete aos fundamentos, que continuam favoráveis.

… Estrategista sênior para América Latina do Société Générale, Bertrand Delgado, observa que os ativos brasileiros devem se recuperar das perdas dos últimos dias e adotar uma dinâmica bem positiva à frente.

… Se o governo mantiver o foco em negociações comerciais construtivas, diz, o câmbio poderá continuar refletindo a Selic conservadora de 15%, o elevado carry trade e o ambiente externo de fraqueza global do dólar.

… Estimativas publicadas pelo BC no último Relatório de Política Monetária indicam que cada 10% de desvalorização permanente do real implica em uma alta de 1 ponto porcentual no IPCA em quatro trimestres.

… Na prática, a alta de 2% vista desde o anúncio de Trump, se mantida, elevaria a inflação em 0,2 ponto, um efeito quase totalmente compensado pela pressão para baixo vinda do fechamento do hiato do produto.

… Pelos cálculos do Goldman Sachs, as taxas impostas pelos EUA podem reduzir o PIB brasileiro em 0,3 a 0,4 ponto porcentual. A XP Investimentos vê um efeito negativo de 0,3 ponto este ano, e de 0,5 ponto no próximo.

… Ainda que modesto, este impacto para baixo na atividade econômica neutralizaria a pressão inflacionária. “Não parece alterar muito a trajetória futura do IPCA”, acredita o ex-BC Alexandre Schwartsman.

BAGUNÇOU – Na sexta-feira, em coletiva após a divulgação do boletim macrofiscal, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, admitiu que a incerteza voltou à tona com força após a taxa de Trump.

… Ou seja, as perspectivas para os indicadores divulgadas pela pasta ainda poderão ser influenciadas.

… A projeção para o IPCA do ano foi revisada em baixa pela Fazenda, de 5,0% no boletim de maio para 4,9%, ainda muito mais otimista do que as apostas do mercado no Focus (5,18%) e acima da meta de inflação de 4,5%.

… Para o PIB de 2025, a previsão melhorou de 2,4% para 2,5%, também superior à do relatório Focus (2,23%).

… Avaliação do Itaú sobre o volume de serviços em maio, divulgado na 6ªF, reforça o entendimento de que a atividade econômica doméstica tende a seguir um padrão de ritmo mais desaquecido daqui para frente.

… Embora tenha registrado o quarto mês seguido de alta, o indicador teve crescimento tímido de 0,1% contra abril, abaixo da mediana das estimativas do mercado, de 0,2%. Mas o dado não muda nada para o Copom.

… No mercado, a percepção é de que fica mantido o consenso de corte da Selic só no primeiro trimestre de 2026.

… Confiando que o governo Lula buscará o caminho da diplomacia antes de retaliar as tarifas de 50% de Trump, a curva do DI saiu para o final de semana de lado, em linha com o comportamento acomodado do câmbio.

… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,940% (contra 14,936% no ajuste anterior); o Jan/27, 14,330% (contra 14,300% na véspera); Jan/29, 13,480% (de 13,462%); Jan/31, 13,620% (13,615%); e Jan/33, 13,670% (13,669%).

TURMA DO DEIXA DISSO – Tem sido visto com bons olhos pelos investidores o cuidado do governo em não abrir uma guerra contra Trump, embora na retórica política Lula diga que quer partir para a briga.

… Vai todo mundo ganhando tempo para lidar com o choque tarifário e absorver o impacto do susto inicial, enquanto o desfecho da crise vai sendo negociado para não escalar para um estágio mais grave, de ruptura.

… Nesse contexto, além de o dólar e os juros futuros terem baixado o estresse, o Ibovespa fechou em baixa moderada, de 0,41%, aos 136.187,31 pontos. Mas na semana, acumulou perda expressiva de 3,6%.

… A força do petróleo (quase 3%) e do minério de ferro (+1,80%) na sexta-feira poupou as blue chips das commodities e amorteceu o efeito negativo sobre a bolsa dos bancos.

… Itaú PN perdeu 0,82% (R$ 34,96); Bradesco PN (-0,56%, a R$ 16,05); BB ON (-0,33%, a R$ 21,14) e Santander -0,75% (R$ 27,75). Já Vale ON ganhou 1,30%, negociada a R$ 56,00, maior preço de tela desde abril.

… Petrobras ON subiu 0,40%, a R$ 35,47, e PN registrou valorização de 1,21%, a R$ 32,63. O petróleo recuperou as perdas da véspera, com investidores reagindo à possibilidade de sanções ao petróleo russo pelos EUA.

… A sinalização de Moscou de que pretende compensar o volume adicional da commodity que for produzido entre agosto e setembro pela Opep+ também deu suporte ao barril do Brent/setembro (+2,51%), a US$ 70,36.

… As ações da BRF levaram um tombo de 4,35%, após a empresa confirmar a decisão da CVM de adiar, por mais 21 dias, as assembleias gerais para a incorporação de suas ações pela Marfrig, que também fechou mal (-4,17%).

… É o segundo adiamento em menos de um mês, sob a pressão de acionistas minoritários contra a fusão. Em meio ao impasse, a Marfrig elevou a participação na BRF a 58,87%, segundo comunicado divulgado sábado.

OS CAPRICHOS DE TRUMP – Mais sérias em termos comerciais para os Estados Unidos, as ameaças tarifárias contra o Canadá e a União Europeia resgataram o medo de o impacto acabar aparecendo mais forte nos preços.

… Em entrevista a podcast da Moody´s e WSJ, o Fed boy Austan Goolsbee disse que a nova rodada protecionista pode complicar o cenário inflacionário e dificultar o apoio aos cortes de juro cobrados pelo próprio Trump.

… “Quero esperar até que a ansiedade diminua antes de me sentir confortável de que os Estados Unidos estão de volta ao caminho do pouso suave. Se formos para um ambiente onde os preços voltem a subir, ficarei nervoso.”

… A perspectiva de que o Fed demore mais para cortar o juro, se as coisas não evoluírem bem, sustentou as taxas dos Treasuries e o dólar no último pregão e ajudou a derrubar as bolsas em Nova York.

… Interrompendo a sequência de recordes históricos, o S&P 500 recuou 0,33%, aos 6.259,75 pontos, e o Nasdaq caiu 0,22%, aos 20.585,53 pontos. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,63%, aos 44.371,51 pontos.

… O retorno da Note de 2 anos subiu a 3,887%, de 3,870%, e o de 10 anos avançou para 4,416%, contra 4,347%.

… No câmbio, o índice DXY ganhou 0,20%, a 97,853 pontos, com o dólar levando a melhor contra os seus três principais concorrentes. O euro caiu 0,13%, a US$ 1,1689; a libra, -0,62%, a US$ 1,3501; e o iene, a 147,43/US$.

EM TEMPO… PETROBRAS pressiona para simulado da perfuração do primeiro poço em águas profundas na Foz do Amazonas ocorrer esta semana, mas expectativa no Ibama é de que o exercício não ocorra antes de agosto… (Folha)

… Segundo o jornal, deve levar algumas semanas para o Instituto definir o planejamento da atividade, frustrando a chance de acontecer ainda este mês. Procurado, o Ibama disse que “ainda não há data para o simulado”.

BRAVA ENERGIA (ex-3R Petroleum) fará a sua nona emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única e no valor de R$ 3 bilhões…

… A companhia também informou que o Goldman Sachs passou a deter 5,65% do capital social da empresa.

CSN informou que CFL Ana Participações S.A. transferiu 66.261.625 de ações ON de emissão da companhia para Avelina Participações S.A….

… As duas empresas são integralmente controladas pela CFL Participações S.A, que segue, portanto, detendo, direta ou indiretamente, 132.524.250 de ações da CSN, as quais equivalem a 9,99% do total.

TIM informou que será realizado hoje, durante a abertura do pregão, o leilão para venda das 22.059.698 de ações ON resultantes do processo de grupamento dos papéis da companhia na proporção de 100 para 1.

ENEVA informou, em comunicado ao mercado, que, após aprovação do MME, antecipou os contratos de reserva de capacidade para três de seus ativos de geração de energia: as térmicas Viana, Geramar I e II e Parnaíba IV.

MOURA DUBEUX ENGENHARIA. O conselho de administração aprovou a oitava emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, do tipo quirografária, em até duas séries, no valor de R$ 300 milhões.

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