Sem emendas, Congresso rompe acordo

A leitura final do PIB/1Tri é destaque entre os indicadores nos EUA, onde a agenda inclui ainda a fala de quatro dirigentes do Fed e uma entrevista “interessante e irrefutável” do secretário de Defesa, Pete Hegseth, como anunciou Trump, no esforço para dissipar dúvidas sobre os danos causados pelos ataques americanos às instalações nucleares do Irã. Aqui, o dia é cheio: IPCA-15, arrecadação da Receita, o resultado primário do Governo Central, o Relatório de Política Monetária do BC, com entrevista de Galípolo (11h), e a repercussão da derrota expressiva do governo Lula com a derrubada das medidas que elevaram o IOF. O PDL passou na Câmara, com placar de 383 votos contra apenas 98, e no Senado. Essa foi a primeira vez que um Projeto de Decreto Legislativo foi aprovado desde o governo Collor.

… Incluída na pauta da Câmara no final da noite de 3ªF, e comunicada por um tuíte de Hugo Motta no X, a proposta foi aprovada em meio a um crescente descontentamento com decisões da equipe econômica e, principalmente, à demora na execução de emendas.

… Deputados e lideranças governistas, e o próprio Planalto, foram pegos de surpresa e acusaram Motta de não ter avisado a mudança na agenda de votações e a escolha de um representante da oposição para a relatoria, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL).

… “Fizemos uma reunião de seis horas e todos saíram satisfeitos. Isso [a votação do projeto] foi decidido às 23h30, meia-noite, quando o presidente da Câmara colocou que pautaria hoje. É uma sessão virtual”, disse o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT).

… Wagner disse que “ainda não sabemos se vamos judicializar a derrubada do decreto do IOF; vamos nos reunir com Lula (hoje)”.

… O Congresso descumpriu acordos firmados naquele domingo, quando Haddad concordou em recalibrar o decreto do IOF aos líderes e presidentes da Câmara e do Senado, e antecipou propostas alternativas que seriam apresentadas por Medida Provisória.

… Para líderes partidários, a derrubada do decreto do IOF confirma que o governo terá dificuldade também para aprovar a MP, que inclui aumento da tributação sobre bets e a cobrança de Imposto de Renda sobre investimentos atualmente isentos.

… Depois, Motta descumpriu o prazo de duas semanas para a votação do PDL, após a Câmara aprovar a urgência. O governo contava com as festas juninas para acomodar as resistências, mas a votação aconteceu mesmo com o Congresso esvaziado.

… Nos bastidores do Congresso, a mudança de tom de Hugo Motta foi influenciada por reveses relacionados a emendas, como os atrasos na liberação dos recursos e novas investidas do ministro Flávio Dino, relator no Supremo Tribunal Federal.

… Em meio à crise do IOF, o governo começou a liberar emendas parlamentares, mas não conseguiu evitar a derrubada do decreto.

… No Estadão, até a 3ªF, 24, foi empenhado R$ 1,7 bilhão em emendas individuais (indicadas por deputados e senadores), a maior parte para a Saúde. Mas as emendas de comissão, que mais interessam a Motta e Alcolumbre, não foram liberadas.

… São os presidentes das duas Casas que organizam a distribuição e definem quais parlamentares serão contemplados, sem atender os critérios de transparência determinados pelo STF. As comissões da Câmara e do Senado assumem a autoria das indicações.

… As emendas de comissão correspondem a R$ 11,5 bilhões e, até agora, nenhum centavo ainda foi empenhado.

… O governo diz que a liberação de emendas foi afetada pelo atraso na votação do Orçamento/2025, só aprovado em março, e pela lei complementar que mudou as regras após as primeiras decisões do STF e entrou em vigor em novembro do ano passado.

… Na 6ªF, Motta e Alcolumbre devem comparecer a uma audiência convocada por Flávio Dino para discutir as emendas parlamentares.

… Congressistas dizem, ainda, que o pagamento de recursos do ano passado feito até o momento não é suficiente e cobram a aceleração das emendas aprovadas em 2025, que somam R$ 50 bilhões, consideradas como “dinheiro novo” para os municípios.

… Responsável pela articulação política do governo, a ministra Gleisi Hoffmann disse que a derrubada da medida do IOF vai exigir novos bloqueios e contingenciamentos, que atingirão R$ 2,7 bilhões a mais em emendas parlamentares, para R$ 9,8 bilhões.

… Além de cobrar a liberação de emendas, líderes do Congresso pedem que o governo corte gastos em vez de aumentar impostos para elevar a arrecadação. Esse é um argumento que cai bem, mas parece claro que não é o fator decisivo.

… O clima eleitoral e as movimentações para 2026 também já atrapalham a agenda do governo. Parlamentares da base governista falam que há uma “insatisfação geral” com o governo no Congresso, independentemente do conteúdo das medidas.

… Horas antes da votação, Motta esteve no lançamento da federação Solidariedade/PRD, composta por parlamentares que apoiaram Lula em 2022 e se distanciaram, e foi ali que disse: “Nós precisamos discutir o que queremos, já vislumbrando as eleições do ano que vem”.

… Já Alcolumbre, ao encerrar a sessão no Senado, disse que parlamentares não aceitarão ofensas por terem votado o PDL que derrubou o decreto do IOF. “Temos 500 PDLs tramitando na Câmara e mais de 80 no Senado. A Câmara e o Senado decidiram votar um.”

… Aprovado pela Câmara e pelo Senado, o projeto não precisa de sanção presidencial e será promulgado.

IR – A Câmara aprovou PL que amplia isenção do imposto de renda para quem ganha até 2 salários mínimos.

… O texto é diferente da proposta do governo que traz alterações mais robustas no IRPF e amplia a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil, também relatado por Arthur Lira, e que prevê possíveis compensações.

… O governo sugere, como medida compensatória, a criação de imposto de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil/mês. É o principal ponto de polêmica na comissão especial criada para deliberar sobre o tema.

… Segundo o plano de trabalho apresentado, a expectativa era de que Lira apresentasse seu parecer amanhã, mas o calendário será adiado, devido ao clima beligerante entre o Congresso e o governo Lula, apurou a Folha.

… Lira disse a interlocutores que, por enquanto, não há clima político para divulgar a proposta.

MAIS CÂMARA – Os deputados ainda aprovaram a MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado, que segue agora para análise dos senadores para continuar valer após o vencimento, em 9 de julho.

… Também vai ao Senado a MP do Fundo Social, que passou na Câmara em votação simbólica. O texto permite que o governo leiloe petróleo e gás excedentes do pré-sal, com um potencial de arrecadação de até R$ 20 bi.

LULA – Saiu em defesa do ministro Haddad e disse que ele trata a economia “com seriedade”. “Nós estamos há quase três anos tentando consertar a economia”, em solenidade que elevou os níveis de mistura dos biocombustíveis aos combustíveis fósseis.

… A uma plateia com diversos empresários, a quem chamou de “companheiros”, o presidente questionou onde estava o “espírito cristão desses empresários, desses dirigentes, desses políticos”? “Onde está a nossa compreensão de fraternidade?”

… Lula disse estar “cansado” de ver empresários reclamando de impostos, mesmo com a carga tributária sendo a menor desde 2021. “Só não falam dos R$ 800 bilhões de dívidas fiscais de desoneração, mas ficam olhando no dinheiro da educação para a gente cortar.”

MAIS GASTOS – Senado também aprovou, ontem à noite, o projeto que aumenta número de deputados na Câmara de 513 para 531.

MAIS AGENDA – O Relatório de Política Monetária do BC (8h) abre o dia, mas o mercado vai esperar pela entrevista coletiva (às 11h) de Gabriel Galípolo e do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, para os comentários.

… Às 9h, o IPCA-15 de junho deve desacelerar a 0,31% (mediana do Broadcast), após alta de 0,36% em maio. As projeções vão de 0,20% a 0,37%. Para a inflação em 12 meses, a mediana indica desaceleração de 5,40% para 5,32%.

… Segundo economistas, a deflação dos alimentos in natura deve moderar os impactos da alta de energia elétrica.

… Já as 10h30, a Receita divulgará a arrecadação de maio (coletiva às 11h) e, às 14h30, o Tesouro divulgará as contas do Governo Central em maio, com coletiva às 15h. A estimativa é de déficit de R$ 42,13 bilhões (mediana), após saldo de R$ 17,78 bilhões em abril.

… A perda de arrecadação, aliada ao aumento das despesas previdenciárias, deve contribuir para o déficit esperado.

PLANO SAFRA – O presidente Lula reúne-se (9h30) com os ministros Haddad, Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Rui Costa (Casa Civil) para discutir o lançamento do Plano Safra 2025/2026 e o Plano Safra da Agricultura Familiar.

… O lançamento está previsto para 2ªF, 30, para o Plano Safra da agricultura familiar e para 3ªF, 1º, para a agricultura empresarial.

… Após a reunião, Lula viaja para São Paulo, onde fará a assinatura de atos relativos à solução habitacional na Favela do Moinho às 15h20, que está sendo desocupada pelo governo do Estado. O presidente tem retorno para Brasília previsto para as 17h50.

LÁ FORA – Presidente do BoE, Andrew Bailey, discursa em conferência global anual das Câmaras de Comércio Britânicas (8h). No meio da tarde (15h30), a presidente do BCE, Christine Lagarde, abre evento na Opera de Munique.

… Nos EUA, saem às 9h30: encomendas de bens duráveis, o índice de atividade do Fed/Chicago, pedidos de auxílio-desemprego e a leitura final do PIB/1Tri, que registrou expansão de 2,1% na preliminar. Às 11h, vendas pendentes de imóveis em maio.

… Quatro dirigentes do Fed têm falas previstas para hoje: Tom Barkin (9h), Beth Zamak (10h), Michael Barr (14h15) e Neel Kashkari (20h).

… A entrevista de Pete Hegseth, o secretário de Defesa dos EUA, está marcada para as 9h, após reportagem da CNN divulgar um relatório da Agência de Inteligência revelando que a operação apenas atrasou o programa nuclear do Irã por alguns meses.

MÉXICO – Banxico divulga às 16h, a sua decisão de política monetária.

TRUMP FRITA POWELL EM FOGO ALTO – O dólar ampliava a queda no fim da noite, repercutindo reportagem do WSJ de que o presidente americano estuda antecipar a escolha do novo presidente do Fed para setembro/outubro.

… Powell tem seu lugar garantido no BC americano até maio, mas a estratégia do governo Trump de um anúncio antecipado de seu sucessor pretende desgastá-lo e permitir que o futuro presidente influencie as expectativas.

… O nome escolhido tentaria orientar uma política monetária mais dovish mesmo antes do fim do mandato de Powell, como um “motorista no banco de trás”, na manobra que pode colocar em xeque a credibilidade do Fed.

… Procurada pelo jornal, a Casa Branca defendeu que o Fed deveria buscar uma abordagem voltada ao crescimento.

… Entre as opções de Trump estariam o ex-Fed Kevin Warsh; o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett; o secretário Scott Bessent (Tesouro); David Malpass (ex-Banco Mundial), além de Christopher Waller.

… Semana passada, Waller foi o primeiro dirigente do Fed a recomendar que o juro já cai no mês que vem e entra para a lista dos queridinhos de Trump, que continua furioso com a postura de aguardar para ver de Powell.

… “Estamos pagando US$ 900 bilhões a mais por ano por causa desse cara. Acho ele estúpido. Ele é uma pessoa mentalmente muito mediana”, disparou o republicano, voltando a botar pressão por um corte rápido do juro.

FACADA NAS COSTAS – Quebrando a promessa de retomar o tema do IOF apenas no início de julho, a ofensiva do Congresso para derrubar o imposto a toque de caixa, em sessão esvaziada pelas festas juninas, assustou o mercado.

… A votação-surpresa e a jato deu a medida do clima de animosidade presente entre o governo e os parlamentares, resgatou o risco fiscal de volta às mesas de operações, puxou o dólar e a curva do DI e impôs queda ao Ibovespa.

… A tensão política pegou o câmbio em um momento inoportuno, em plena virada de semestre, que levou inclusive o BC à intervenção com o chamado leilão “casadão” para amortecer o efeito da saída sazonal de recurso estrangeiro.

… Só na semana passada, foi registrada uma fuga líquida de US$ 2,623 bilhões pelo canal financeiro, o que levou o fluxo cambial semanal a fechar negativo em US$ 1,787 bilhão, segundo dados divulgados na tarde de ontem pelo BC.

… A atuação do BC com o leilão duplo (spot e swap reverso) não conseguiu evitar a pressão exercida pela turbulência em Brasília, que falou mais alto e levou o dólar à vista a se afastar da faixa de R$ 5,50 e subir um degrau (R$ 5,55).

… No fechamento dos negócios, a moeda americana subia 0,66%, a R$ 5,5551, descolada da queda no exterior.

… Apesar de o Barclays ter alertado sobre a âncora fiscal fraca e pouca expectativa de ajuste relevante pelo governo, o banco mantém visão construtiva para o real e cortou a projeção do dólar de R$ 6,10 para R$ 5,60 no fim do ano.

… O cenário nunca está livre de desafios, mas o mercado está convencido de que o grande trunfo do câmbio ainda é o carry trade da Selic, que o Copom promete manter em 15% por “bastante tempo”, enquanto o Fed quer cortar.  

… Em audiência ontem no Senado americano, Powell reforçou que pretende aguardar os próximos indicadores de inflação para conferir os primeiros impactos do tarifaço, mas disse que os preços estão hoje “em um bom lugar”.

… Deu a deixa para alguns players se arriscarem na aposta de que o juro já possa cair em julho (esta chance cresceu de 18,6% para 24,8% na ferramenta do CME), embora o cenário amplo e majoritário (81,4%) seja de manutenção.

… Diante do espaço aparentemente cada vez mais aberto para o Fed flexibilizar a política monetária, o índice DXY do dólar fechou em queda de 0,18%, a 97,679 pontos, e as moedas europeias aproveitaram para pisar no acelerador.

… O euro (+0,42%) subiu ao pico desde outubro de 2021, cotado a US$ 1,1658, e a libra esterlina ganhou 0,42%, a US$ 1,3666, em máximas que não eram vistas há mais de três anos, desde 2022. O iene recuou para 145,18/US$.

FALTOU COMBINAR – A “traição” de Motta ao governo com o ruído do IOF embutiu no miolo e na ponta longa do DI os riscos de deterioração fiscal, enquanto o trecho curto operou engessado pela Selic que não deve cair tão cedo.

… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,940%, na mínima do dia (de 14,944% no ajuste anterior); Jan/27,  14,230% (de 14,201%); Jan/29, 13,410% (de 13,330%); Jan/31, 13,580% (de 13,506%); e Jan/33, 13,680% (13,611%).

… Antecipando a derrota, de lavada, que o governo levaria no placar da votação da Câmara sobre o IOF, também o Ibovespa expressou a situação delicada da equipe econômica, cada vez mais encurralada pela falta de alternativas.

… O índice à vista da bolsa doméstica terminou em -1,02%, a 135.767,29 pontos, com giro de R$ 18,8 bi. Quase 90% das ações fecharam no vermelho, com só 11 papéis em alta. As blue chips do setor financeiro caíram em bloco.

… Itaú (-1,80%, a R$ 36,58); Santander (-1,38%, a R$ 29,24); BB ON (-0,84%, a R$ 21,26); Bradesco ON (-0,49%, a R$ 14,19); e Bradesco PN, -0,84%, a R$ 16,40). Vale recuou 0,12% (R$ 50,48), seguindo o minério de ferro (-0,43%).

… Com fôlego curto, Petrobras testou alta pela manhã, junto com a recuperação do petróleo, mas não conseguiu bancar os ganhos até o fechamento: ON em queda de 0,59%, a R$ 33,97, e PN, – 0,51%, na mínima do dia (R$ 31,21).

… Sem grande impulso depois do tombo acumulado de 13% nos dois pregões anteriores, tudo o que o petróleo Brent conseguiu subir foi 0,80% e continuou operando abaixo da linha psicológica de US$ 70, cotado a US$ 67,68.

… Segundo a Bloomberg, a Rússia está aberta a outro avanço de produção na próxima reunião da Opep+.

… O barril subiu pouco, apesar do clima de incerteza sobre o programa nuclear iraniano.

… A Casa Branca classificou de fake news o relatório confidencial que vazou do Pentágono, indicando que os ataques dos EUA não destruíram completamente as instalações nucleares e apenas atrasaram o programa nuclear.

… Segundo a CIA, informações confiáveis indicam que programa nuclear do Irã foi severamente danificado. Autoridades iranianas confirmaram danos graves nas centrais nucleares atingidas, mas negaram o fim do programa.

… Trump afirmou que manterá negociações com o Irã na próxima semana para pôr um fim às ambições nucleares.

… Também circulam as dúvidas sobre se a “guerra de 12 dias” acabou. Trump disse que “por enquanto sim”, mas admitiu que os ataques podem recomeçar “muito em breve”, com relatos de violação do cessar-fogo pelo Irã e Israel.

FAÍSCAS – Em meio à fragilidade do acordo e ao perigo de que, logo mais, o conflito no Oriente Médio possa voltar com tudo, as bolsas em NY preferiram não arriscar grandes passos, colocando uma dose de cautela no radar.

… O Dow Jones caiu 0,25%, a 42.982,43 pontos; o S&P 500 ficou estável, aos 6.092,16 pontos; e o Nasdaq subiu pouco, só 0,31% (19.973,55 pontos), apesar de pelo menos dois cortes de juro pelo Fed estarem garantidos este ano.

… Sem saber direito o rumo da guerra e do programa de enriquecimento de urânio do governo de Teerã, houve algum apelo pela proteção dos Treasuries, com respectiva queda das taxas, que também responderam ao Fed.

… O juro da Note-2 anos caiu a 3,776%, contra 3,816% na véspera, e o de 10 anos recuou para 4,284%, de 4,297%.

EM TEMPO… O vice-presidente de Riscos do BRADESCO, Moacir Nachbar, renunciou ao cargo para antecipar a sua aposentadoria, depois de mais de 45 anos atuando na instituição financeira…

… O sucessor ainda não foi definido. O banco também não informou se a área de Riscos seguirá como vice-presidência ou se será uma diretoria do conglomerado.

QUALICORP aprovou a distribuição de R$ 1,56 milhão em dividendos, o equivalente a R$ 0,0055 por ação, com pagamento em 17/12; ex em 30/6.

B3. Conselhos de Administração de CVC, Vibra Energia, Ultrapar, Hidrovias do Brasil e Technos rejeitam todas as 25 cláusulas da proposta para revisão do Regulamento do Mercado Novo; Cosan rejeitou 20 dos 25 itens propostos…

… Empresas têm até 30 de junho para votar sobre as medidas.

JBS. Na Nyse, ação da companhia subiu 0,43%, horas depois de Zé Mineiro, patriarca dos Batista, tocar o sino em Wall St para celebrar o processo de dupla listagem. Na bolsa brasileira, os BDRs da empresa subiram 1,23%.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

Ibovespa cai puxado por blue chips e cenário fiscal no radar; NY termina sessão sem direção única

A expectativa quanto à votação no Congresso do decreto legislativo que derruba o aumento do IOF é um dos destaques desta quarta-feira, com os investidores em bolsa cautelosos em relação ao cenário fiscal. Segundo parlamentares, o placar para barrar o decreto já estaria consolidado.

O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 1,02%, aos 135.767,29 pontos, puxado pelo desempenho negativo de várias blue chips. O giro financeiro foi de R$ 18,8 bilhões.

Vale recuou 0,12% (R$ 50,48), seguindo o minério, e Itaú cedeu 1,80% (R$ 36,58) – ambos os papéis mais negociados hoje.

Petrobras PN caiu 0,51% (na mínima de R$ 31,21) e a ON perdeu 0,59% (R$ 33,97).

Já o dólar à vista registrou alta firme diante do real, com o risco fiscal de volta às mesas de operações, mesmo com intervenção do BC no câmbio. A moeda americana fechou com ganho de 0,66%, a R$ 5,5551.

Em NY, depois de sessões otimistas após o anúncio de cessar-fogo entre Israel e Irã, as bolsas passaram por um movimento de correção, em meio a um receio do mercado quanto à fragilidade do acordo, e os índices fecharam sem direção única.

Dow Jones caiu 0,25% (42.982,43). S&P ficou estável (6.092,16). Nasdaq subiu 0,31% (19.973,55). Os retornos dos Treasuries também ficaram mistos.

Juros futuros apontam para cima com risco fiscal de derrubada do IOF

Apenas a ponta curta da curva mostrou estabilidade, travada pela mensagem do Copom de que manterá a Selic em 15% por longo período.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,940%, na mínima do dia (de 14,944% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,230% (de 14,201%); Jan/29 a 13,410% (13,330%); Jan/31 a 13,580% (13,506%); e Jan/33 a 13,680% (13,611%).