Ibovespa fica perto da estabilidade, com expectativa sobre Selic, em dia que Fed manteve juros

A bolsa brasileira apresentou forte volatidade hoje, seguindo o mercado dos EUA, com os investidores concentrando as atenções da tarde para as declarações do Fed –  que manteve os juros inalterados, como era esperado.

A autoridade americana manteve ainda a previsão de dois cortes neste ano, sinalizando também que uma eventual alta do petróleo não deve ter impacto na inflação a longo prazo e que a economia dos EUA segue sólida, com crescimento, sem alerta de recessão.

Por aqui, na expectativa sobre a decisão de juros (Selic) pelo Copom, mais tarde, o Ibovespa terminou perto da estabilidade, com leve perda de 0,09%, aos 138.716,64 pontos. O giro ficou em R$ 32,9 bilhões.

Petrobras PN registrou -0,09% (R$ 32,91) e Petrobras ON, -0,56% (R$ 35,75). Vale recuou 0,33% (R$ 51,24), em linha com o minério.

O dólar à vista terminou em leve alta diante do real (+0,07%, a R$ 5,5009), acompanhando o movimento da moeda americana no exterior.

Em NY, as bolsas operaram com volatilidade, iniciando a sessão perto da estabilidade. Os índices subiram antes e após o comunicado do BC americano e alternaram altas e baixas durante a coletiva de Jerome Powell, ficando de lado ao fim da sessão.

Dow Jones caiu 0,10% (42.171,66). S&P500 recuou 0,03% (5.980,86). Nasdaq subiu 0,13% (19.546,27). Os retornos dos Treasuries também ficaram mistos.

Juros futuros ficam de lado, sem surpresas com Fed e à espera do Copom

Lá fora, as atenções também ficaram divididas entre a decisão do Fed e os desdobramentos do conflito no Oriente Médio.

O BC americano manteve os juros inalterados, conforme esperado, sinalizou que ainda pretende realizar dois cortes nas taxas neste ano, mas mostrou piora nas suas projeções de crescimento do PIB e inflação nos EUA.

Já Donald Trump manteve o suspense sobre sua intenção de entrar na guerra, embora tenha dito que o Irã estaria disposto a voltar negociar seu programa nuclear com os EUA.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,870% (de 14,867% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,250% (14,242%); Jan/29 a 13,505% (13,552%); Jan/31 a 13,660% (13,678%); e Jan/33 a 13,720% (13,740%).

Dólar fica de lado após Fed sinalizar dois cortes, mas mostrar piora nas projeções de PIB e inflação nos EUA

A decisão não trouxe maiores surpresas, com manutenção dos juros e sinalização de que os membros do BC americano ainda esperam dois cortes nas taxas neste ano.

Porém, as projeções atualizadas do Fed mostraram aumento das estimativas para inflação, com o núcleo do PCE encerrando 2025 em 3,1%, frente aos 2,8% esperados na projeção anterior, de março.

Já a expectativa para o crescimento do PIB em 2025 desacelerou de 1,7% no relatório de março para 1,4% agora.

Jerome Powell repetiu que o Fed está bem-posicionado para esperar o curso da economia e avaliar os efeitos das tarifas. Segundo ele, o Fed está monitorando os conflitos no Oriente Médio e que há expectativa de a alta no preço da energia a curto prazo, mas isso não deve afetar a inflação a longo prazo.

Enquanto isso, Donald Trump afirmou que o Irã está disposto a negociar com os EUA. O presidente americano está reunido neste momento com seu conselho de segurança para decidir qual medida tomar a respeito.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07%, a R$ 5,5009, após oscilar entre R$ 5,4752 e R$ 5,5111. Às 17h15, o dólar futuro para julho subia 0,12%, a R$ 5,5135.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,09%, para 98,910 pontos. O euro recuava 0,04%, a US$1,1476. E a libra perdia 0,16%, a US$ 1,3415.