Ibovespa sobe na esteira de maior apetite global ao risco, com disposição do Irã em voltar a negociar acordo nuclear

A notícia de que o Irã estaria disposto a retomar as negociações sobre um acordo nuclear – desde que os EUA permaneçam fora do conflito com Israel – sustentou um apetite maior ao risco nas bolsas pelo mundo.

Por aqui, o mercado segue atento aos rumos da Selic, na próxima quarta-feira. O Ibovespa fechou em alta de 1,49%, aos 139.255,91 pontos, com a máxima intraday muito perto dos 140 mil pontos. O giro ficou em R$ 22,1 bilhões.

Vale subiu 3,26% (R$ 53,83), acompanhando o minério e impulsionada pela obtenção de licença prévia para o projeto de cobre Bacaba, no Pará.

No lado negativo, destaque para o recuo das petrolíferas, em linha com o petróleo. Assim, Petrobras PN caiu 0,98% (R$ 32,21), enquanto as ações ON da estatal tiveram perda de 0,17% (R$ 34,92).

O dólar à vista ficou abaixo dos R$ 5,50, apoiado pelo ambiente global de menor aversão ao risco. A moeda americana fechou em baixa de 1,00%, a R$ 5,4861.

Em NY, as bolsas avançaram, enquanto os investidores acompanhavam o conflito entre Israel e o Irã. O dia foi de agenda fraca, com o mercado aguardando a decisão do Fed na quarta-feira (18).

Dow Jones subiu 0,75% (42.515,09). S&P500 ganhou 0,94% (6.033,11). Nasdaq avançou 1,52% (19.701,21).

Os retornos dos Treasuries também avançaram.

Juros curtos sobem de olho no Copom, enquanto longos recuam com alívio global sobre guerra no Oriente Médio

Os juros futuros fecharam mistos, com os curtos em leve alta, refletindo as expectativas divididas para a decisão do Copom de quarta-feira, entre a estabilidade ou uma nova alta de 0,25 pp da Selic.

Já os vencimentos longos acompanharam o alívio global no câmbio, diante dos sinais de que o Irã estaria disposto a voltar a negociar um acordo nuclear com os EUA, desde que os americanos não se envolvam no conflito com Israel e que os israelenses suspendam os ataques.

Na agenda de indicadores do dia, o mercado acompanhou o IBC-Br de abril (+0,20%), que veio acima do esperado (+0,10%), mas mostrou desaceleração em relação a março (+0,80%).

Já o boletim Focus trouxe desaceleração expressiva nas projeções de inflação para este ano (de 5,44% para 5,25%), mas ainda bem acima do teto da meta do BC (4,5%).

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,880%, na máxima do dia (de 14,837% no ajuste da sessão anterior); Jan/27 a 14,165% (14,161%); Jan/29 a 13,465% (13,520%); Jan/31 a 13,610% (13,666%); e Jan/33 a 13,670% (13,743%).

(Téo Takar)

Dólar fecha abaixo dos R$ 5,50 com menor aversão ao risco após Irã sinalizar disposição em negociar

O dólar à vista fechou abaixo dos R$ 5,50 nesta segunda-feira, apoiado pelo ambiente global de menor aversão ao risco, após o Irã sinalizar disposição em retomar as negociações sobre seu acordo nuclear com os EUA, desde que Israel concorde com um cessar-fogo imediato.

Por aqui, a queda da moeda foi favorecida pela expectativa de que o Copom mantenha a Selic no atual patamar, de 14,75%, já considerado elevado, ou promova uma nova alta de 0,25 pp na reunião da próxima quarta-feira, tornando o ‘carry trade’ ainda mais atraente.

Operadores também notaram fluxo gringo em direção à bolsa brasileira.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,00%, a R$ 5,4861, após oscilar entre R$ 5,4856 e R$ 5,5380. Às 17h07, o dólar futuro para julho recuava 1,17%, a R$ 5,5035.

O índice DXY caía 0,05%, para 98,134 pontos. O euro subia 0,09%, para US$ 1,1560. E a libra tinha alta de 0,06%, a US$ 1,3582.

(Téo Takar)