Giro das 12h: Exterior pesa mas Ibovespa segura os 150 mil pontos
                
                
                    
O Ibovespa cai 0,13%, com exterior azedo, segurando os 150 mil pontos (150.261,82), sem o apoio de suas ações de maior peso, como Vale (-1,04%) e Petrobras (ON -0,66%; PN -0,33%), que seguem as commodities, além dos bancos, com Itaú perdendo-0,10% antes do balanço. Em NY, depois de Palantir (-7,05%), líder em IA, não impressionar com seus resultados, as bolsas corrigem os excessos e as sete gigantes da tecnologia perdem força (Dow Jones -0,93%; S&P 500 -1,22%; Nasdaq -1,51%). 
A percepção é que as ações podem estar super avaliadas e persiste a incerteza sobre a trajetória dos juros nos EUA, com o Fed dividido, o que fica evidente nas falas de seus membros. O cenário favorece a cautela, provocando busca por segurança e corrida para o dólar, que sobe globalmente. O DXY ganha 0,29% (100,167), enquanto os rendimentos dos Treasuries cedem. Aqui, a moeda avança a R$ 5,3881 (+0,57%), em linha com o exterior, puxando os juros longos. 
O Copom, amanhã, deve manter a Selic em 15%, mas pode sinalizar redução nas projeções de inflação. O investidor segue de olho no fiscal, acompanhando as votações no Congresso. Em SP, o ministro Fernando Haddad minimizou as preocupações que o BC cita como causas das expectativas de inflação descontrolada. A produção industrial enfraqueceu em setembro, na margem, o que apoia apostas em corte de juro mais cedo.  (Ana Katia)
                
            
                    
            
                
                
                
                PIM/Indústria em setembro – Análise PicPay 
                
                
                    
O resultado da produção industrial de setembro veio pior que o esperado, registrando queda de 0,4% na margem, frente à nossa projeção de retração de 0,2%. O dado interrompe o movimento positivo observado em agosto (+0,8%) e reforça a leitura de perda de dinamismo da atividade industrial no terceiro trimestre, em meio à combinação de política monetária ainda restritiva e desaceleração das exportações de commodities.
Na comparação interanual, a produção avançou 2,0%, abaixo da nossa estimativa de 2,4%, refletindo a influência do maior número de dias úteis no mês e uma base de comparação mais favorável. Ainda assim, a alta não foi suficiente para compensar a perda de tração na margem, especialmente entre os segmentos de bens intermediários (-0,4%) e bens de consumo duráveis (-1,4%), que sentiram o enfraquecimento da demanda doméstica e a normalização das encomendas no setor automotivo.
Entre as atividades pesquisadas, 12 das 25 apresentaram queda em relação a agosto, com destaque negativo para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), indústrias extrativas (-1,6%) e veículos automotores (-3,5%). Já o desempenho positivo de produtos alimentícios (+1,9%) e borracha e plástico (+1,3%) ajudou a atenuar a contração agregada.
A indústria de transformação mostrou desempenho heterogêneo, com ganhos pontuais em ramos ligados ao consumo e recuos mais expressivos em segmentos de maior intensidade tecnológica. O setor extrativo, por sua vez, seguiu limitado pela produção modesta de petróleo e minério, após fortes resultados no primeiro semestre.
Apesar do crescimento acumulado de 1,0% no ano e de 1,5% nos últimos 12 meses, o resultado de setembro confirma um cenário de atividade industrial mais irregular e dependente de estímulos localizados.
Para o último trimestre de 2025, esperamos volatilidade nos resultados mensais, com tendência de estabilidade na média móvel e ritmo de recuperação moderado. Para 2025, projetamos um crescimento de 1,8% na produção industrial brasileira, apesar dos desafios Apesar dos desafios impostos pela desaceleração da economia global e pelo prolongado período de juros elevados, acreditamos que a retração será moderada.
                
            
                    
            
                
                
                
                JBS entrega no Pará primeiro lote de carne bovina com rastreabilidade individual
                
                
                    
A JBS entregou o seu primeiro lote de carne bovina com rastreabilidade individual do Pará. O primeiro lote de 12 toneladas de carne produzido pela Friboi será comercializado nas lojas da rede Atacadão, do Grupo Carrefour Brasil, em Belém, informou a companhia com nota antecipada ao Broadcast Agro.
“Esse é um avanço importante para toda a cadeia da pecuária. Ao apoiar os produtores na adoção das melhores práticas, reforçamos nosso compromisso com uma produção cada vez mais sustentável e transparente”, disse o presidente da Friboi, Renato Costa, na nota.
A ação faz parte do programa Pecuária Sustentável, o qual o Grupo Carrefour Brasil aderiu em abril, e envolve parceria com o governo do Estado do Pará, com a The Nature Conservancy (TNC), JBS e outros frigoríficos. A partir do programa, o Atacadão será a primeira rede do País a oferecer a carne proveniente de animais “brincados” – rastreados individualmente (com brincos) segundo a política pública estadual. O programa do Pará prevê a identificação de 100% dos animais com brincos eletrônicos até 2027;
Em nota conjunta, o Grupo Carrefour informou que já realiza rastreabilidade por lote, utilizando a Guia de Trânsito Animal. Agora, passa a oferecer a rastreabilidade de cada animal, o que abrange também o rastreio e análise de conformidade de fazendas indiretas que fornecem para a cadeia. “A rastreabilidade individual é um avanço importante, pois permite análises mais precisas de conformidade, incluindo fornecedores indiretos, e ao mesmo tempo aproxima o consumidor da origem do produto, fortalecendo a transparência, valorizando o produtor local e protegendo a floresta”, afirmou na nota o vice-presidente de Assuntos Corporativos, ESG e Jurídico do Grupo Carrefour Brasil, Nelcina Tropardi.
O CEO do Atacadão, Marco Oliveira, observou na nota que a participação no programa e a aquisição de carne com rastreabilidade individual estão alinhadas à estratégia ESG da companhia. “O Pará está mostrando que é possível produzir com qualidade, responsabilidade e conformidade, garantindo que práticas sustentáveis sejam acessíveis a todos”, destacou.
O fornecimento dos bois com os brincos individuais foi feito pela AgroCumaru, do Grupo Mafra, para processamento pela Friboi. “A rastreabilidade chegou para ficar, e é motivo de orgulho ver o Pará saindo na frente. Esse avanço traz mais valor para o nosso trabalho e reconhecimento para quem faz pecuária com responsabilidade”, apontou o CFO da AgroCumaru, Carlos Mafra Júnior.
De acordo com as empresas, o Programa Pecuária Sustentável do Pará poderá, até 2027, abastecer outros Estados com carne rastreada e livre de desmatamento, incluindo São Paulo, por meio dos frigoríficos localizados no Estado e que distribuem a proteína em território nacional. “A comercialização do primeiro lote de carne rastreada marca o início de uma nova era para a pecuária no Pará. Com foco na redução do desmatamento e na valorização das boas práticas, o programa de identificação individual transforma o setor ao promover integridade socioambiental, apoiar pequenos produtores e estabelecer critérios claros de reconhecimento” afirmou o diretor de Amazônia na TNC, José Otávio Passos.