Ibovespa cai apesar de Vale e Petrobras; mercados monitoram acordos comerciais

O Ibovespa oscilou entre 140.048,83 e 138.383,54 e perto do meio dia cedia 0,54% (138.801,05, em queda que poderia ser maior.

Vale (+4,16%) limita perdas junto com o setor, e Petrobras sobe (ON +1,46%; S&P +0,76%), apesar do petróleo ter reduzido ganhos após estoques altos.

O investidor doméstico monitora o imbróglio do IOF, com o governo recorrendo ao STF, e logo mais, a fala do diretor de política monetária do BC, Nilton David.

O dólar passou a cair, a R$ 5,4461 (-0,28%), enquanto os juros sobem na ponta longa, alinhados aos rendimentos dos Treasuries.

O DXY sobe a 97,033 pontos (+0,22%), com progresso nas negociações comerciais dos EUA antes do prazo final de 9 de julho, que não será estendido, segundo Trump.

Há pouco, ele anunciou acordo com o Vietnam. Dow Jones cai -0,14%, o S&P 500 sobe +0,23% e Nasdaq +0,86%.

O foco se volta agora ao payroll, que sai amanhã e pode confirmar os dados fracos da ADP, calibrando as apostas em cortes de juros pelo Fed, em meio a  preocupações de que o mercado de trabalho pode esfriando muito rápido. (Ana Katia)

Ações de mineração e siderurgia lideram altas

Os papéis do setor de mineração e siderurgia estão nas primeiras colocações da lista das maiores altas do Ibovespa.

As ações reagem à valorização de 1,69% do minério de ferro em Dalian (China).

A commodity opera agora em baixa (-0,10%) em Cingapura.

CSN lidera as valorizações do índice, com ganho de 5,46% (R$ 7,92), seguida por Usiminas (+5,12%; R$ 4,31).

Metalúrgica Gerdau avança 4,37% (R$ 9,32) e Gerdau sobe 4,25% (R$ 16,68). Vale tem ganho de 3,94% (R$ 55,46) e CSN Mineração regista alta de 1,62% (R$ 5,03).

Dólar sobe menos após dados fracos de mercado de trabalho

O dólar sobe a R$ 5,4687 (+0,14%), em sessão de recuperação da moeda, que perdeu força (DXY +0,07%, a 96,889 pontos) após o ADP registrar (-33 mil) seu nível mais fraco desde março de 2023 (-102 mil).

Se o payroll, que sai amanhã já que é feriado nos EUA na 6ªF, confirmar que o mercado de trabalho perdeu sua resiliência, as apostas em cortes de juros pelo Fed podem aumentar.

Os juros futuros oscilaram na abertura e há pouco exibiam alta especialmente nos longos, acompanhando a moeda e os rendimentos dos Treasurie.

Já os curtos operam perto do ajuste após recuo da produção industrial de maio (-0,5%, na margem), com potencial de aumentar apostas em corte da Selic.

O decreto do IOF também segue no radar, com o governo confirmando a judicialização.  

Também no foco, a votação na Câmara americana do pacote fiscal de Trump, que pode ampliar a dívida pública em até US$ 3,3 trilhões.