Corte adiado
Bom dia,
◼️ O Copom manteve o guidance de Selic alta por “bastante prolongado”, frustrou quem esperava suavização e empurrou o corte para mais adiante. A curva corrigiu e, sem sinal oficial, o mercado resgatou março como ponto de partida mais provável, ainda que janeiro não esteja morto — mas perdeu força após a leitura dura da véspera.
◼️ Nova pesquisa Broadcast após o Copom mostra que 15 de 33 casas agora veem o primeiro corte em março; 11 seguem com janeiro, 5 falam abril e 1 junho. A mediana de Selic para janeiro já subiu de 14,75% para 15%, enquanto março se manteve em 14,50%, consolidando o empurrão do início da flexibilização para o fim do 1º tri.
◼️ A ata na terça deve detalhar projeções de inflação do cenário de referência do BC, especialmente 2026 (3,6%) e 2Tri/27 (3,3%), horizonte-chave. Gestores querem saber se o IR já está embutido. Se sim, há menos viés de alta; se não, a leitura tenderia a subir nas próximas reuniões — e pode ser o ponto que determina se janeiro sobrevive.
◼️ O Tesouro captou US$ 2,25 bi com títulos sustentáveis: US$ 1,5 bi Global 33 (cupom 5,50%, yield 5,75%) e reabertura do 35 em +US$ 750 mi (cupom 6,625%, yield 6,20%). A demanda superou 3x o ofertado, com 150 investidores no livro. Recursos irão a projetos ambientais (50%-60%) e sociais (40%-50%).
◼️ Prévia da Warren Rena aponta superávit primário de R$ 36,8 bi em outubro. Em 2024, foi R$ 41 bi — piora real de R$ 6,2 bi. Receita líquida +3,8% e despesas +8,3%, com destaque para discricionárias (+58%). Governo central acumula déficit de R$ 63,6 bi, mas teria “folga” de R$ 9,9 bi para novembro e dezembro — e assim cumpriria o piso da meta.
◼️ Petrobras superou projeções: lucro de US$ 6 bi no 3Tri bateu consenso em 47,2%, Ebitda de US$ 12 bi e receita de US$ 23,5 bi vieram em linha. ADR ON +0,41% e PN +0,95%. Estado paga R$ 12,16 bi em dividendos intermediários, em duas parcelas (20/02 e 20/03). Dívida líquida subiu 33,5%, a US$ 59,1 bi, e o capex já soma US$ 14 bi no ano.
◼️ Agenda fraca: IGP-DI às 8h deve confirmar desaceleração de 0,36% para 0,22% em outubro. Às 14h, o secretário Guilherme Mello fala na B3. Aneel estuda tarifa branca: tarifa menor nas horas de menor custo (manhã/tarde) e mais alta no pico (18h–21h) quando térmicas entram. COP30 tem apoios políticos, mas pouco dinheiro novo.
◼️ Nos EUA, payroll segue suspenso. Fala de Williams às 5h e Jefferson às 9h irrigam chance de corte ainda em dezembro, enquanto Miran (7h) defende desaperto de 50 bps. Sentimento Michigan sai ao meio-dia e petróleo olha Baker Hughes às 14h. Trump não anuncia tarifas enquanto a Suprema Corte avalia ilegalidade.
◼️ Na China, o freio na balança de outubro desmontou o entusiasmo de setembro, quando tarifas de Trump haviam impulsionado a busca por novos mercados. Exportações caíram 1,1% e importações avançaram só 1%, contra consenso de +3%/+3,2%. O choque piora o humor global e adiciona ruído em dia de payroll suspenso pelo shutdown.
◼️ Ibovespa fechou 9 recordes em 12 pregões e cravou ontem +0,03%, a 153.338 pts, com fluxo estrangeiro e boa receptividade aos balanços. Dólar -0,23%, a R$ 5,3489. Juros curtos subiram no pós-Copom. Lá fora, demissões apertaram o Fed e mercado resgata chances de corte em dezembro: S&P -1,12%; Nasdaq -1,90%; DJIA -0,84%.
O BDM Express é um resumo em 10 parágrafos do BDM Morning Call, elaborado com a ajuda de IA sob a supervisão de Rosa Riscala, e pode ser customizado com o logo de sua empresa para distribuição.
Para mais informações, contate o comercial do BDM pelo WhatsApp: 55 (11) 95653-9007