Ibovespa termina sessão acima de 139 mil pontos em dia de volume fraco; NY fica sem direção única

A bolsa brasileira se sustentou em terreno positivo nesta terça-feira, acima dos 139 mil pontos, com os investidores locais monitorando principalmente a decisão do governo de recorrer ao STF contra o decreto do Congresso que derrubou a elevação do IOF, além das movimentações de partidos que podem abandonar o apoio a Lula.

O Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,50%, aos 139.549,43 pontos, com giro de R$ 17,1 bilhões, abaixo da média.

Os destaques do pregão incluem Vale e Itaú, ambos na lista dos mais negociados.

A primeira avançou 1,35% (R$ 53,36), contrariando o comportamento do minério em Dalian (-1,32%), enquanto o banco subiu 0,46% (R$ 37,10).

Petrobras acompanhou o petróleo e também fechou em alta (ON +0,41, a R$ 34,23 e PN +0,35%, a R$ 31,49).

O dólar à vista passou por correção após três sessões em forte baixa e terminou o dia em alta moderada diante do real. A moeda americana fechou com ganho de 0,50%, a R$ 5,4612.

Depois das marcas históricas da véspera, as bolsas em NY ficaram sem direção única, com os investidores avaliando dados da economia dos EUA, como o Jolts de maio acima do esperado, e falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que, em evento em Portugal, afirmou que o BC americano já teria cortado juros no país caso não houvesse tarifas.

Dow Jones subiu 0,91% (44.495,06). S&P500 caiu 0,11% (6.198,01). Nasdaq recuou 0,82% (20.202,89). Os retornos dos Treasuries também ficaram mistos.

Juros futuros terminam perto da estabilidade, em sessão de agenda esvaziada e preocupação com IOF

O mercado se pautou durante boa parte da sessão pelo comportamento dos rendimentos dos Treasuries, que reagiram ao relatório Jolts, indicando um mercado de trabalho aquecido, e aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, em sua participação no Fórum do BCE em Sintra, Portugal.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,915%, na mínima do dia (de 14,928% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,105% (14,090%); Jan/29 a 13,080% (13,068%); Jan/31 a 13,160% (13,184%) e Jan/33 a 13,230% (13,285%).

Dólar interrompe quedas em meio a tensões com IOF, negociações comerciais de Trump e pacote tributário

Lá fora, o dólar operava em leve baixa frente aos pares, com o mercado de olho no avanço do pacote tributário de Trump, que foi aprovado no Senado, mas terá de voltar à Câmara e nas negociações comerciais dos EUA com outros países, conforme se aproxima o fim do prazo para retomada das tarifas recíprocas, em 9 de julho.

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,4612, após oscilar entre R$ 5,4188 e R$ 5,4699. Às 17h05, o dólar futuro para agosto tinha alta de 0,47%, a R$ 5,5000.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,14%, para 96,742 pontos. O euro avançava 0,11%, a US$ 1,1795. E a libra tinha alta de 0,06%, a US$ 1,3741.