Dólar sobe com demanda de remessas de fim de ano, mas atuação do BC limita alta
O dólar à vista fechou em alta moderada nesta sexta-feira, em uma sessão de liquidez reduzida devido aos feriados de fim de ano.
O destaque do dia foi a atuação do BC, que vendeu toda a oferta de US$ 2 bilhões em dois leilões de linha, para atender à demanda do mercado para remessas típicas fim de ano de lucros e dividendos de empresas para o exterior.
Dados do fluxo cambial divulgados hoje pelo BC mostraram que houve saída expressiva de recursos (US$ 8,085 bi) pela conta financeira na semana passada.
O mercado também seguiu atento ao ambiente político, após Jair Bolsonaro ter confirmado seu apoio ao filho Flávio na disputa ao Planalto, em uma carta divulgada ontem pelo senador.
O dólar à vista fechou em alta de 0,24%, a R$ 5,5446, após oscilar entre R$ 5,5208 e R$ 5,5668. Na semana, a moeda subiu 0,27%. Às 17h02, o dólar futuro para janeiro subia 0,33%, para R$ 5,5485.
Lá fora, o índice DXY tinha leve alta de 0,07%, aos 97,995 pontos. O euro caía 0,04%, para US$ 1,1777. E a libra caía 0,10%, a US$ 1,3504.
Petróleo cai com horizonte de possível avanço em acordo de paz Ucrânia-Rússia
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda firme nesta sexta-feira, em um pregão com alta volatilidade e poucos negócios, com os investidores atentos a possíveis avanços nas negociações para um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia.
No caso de uma pausa na guerra, as sanções contra o petróleo russo poderiam ser suspensas, em meio a um mercado já com sinais de excesso de oferta.
No próximo domingo (28/12), Zelensky deve se reunir com Trump nos EUA para discutir pontos sensíveis da proposta, sobretudo questões territoriais e garantias de segurança. Ao site Axios, o líder ucraniano disse estar disposto a levar o plano de paz a um referendo se a Rússia concordar com um cessar-fogo de pelo menos 60 dias.
O contrato do Brent para fevereiro fechou hoje em baixa de 2,66%, a US$ 60,64 por barril na ICE, enquanto o WTI para o mesmo mês recuou 2,76%, a US$ 56,74 por barril na Nymex. No acumulado da semana, os desempenhos são positivos em 0,26% e 0,39%, respectivamente.
Ouro renova recordes e sobe 3,7% na semana com tensões geopolíticas no radar
Os contratos futuros do ouro fecharam em nova máxima, ampliando uma alta histórica de fim de ano para metais preciosos, impulsionados pelo aumento das tensões geopolíticas, em meio à baixa liquidez do mercado.
Os principais focos de atenção são a Venezuela, onde os EUA bloquearam petroleiros e intensificaram a pressão sobre o governo de Maduro, e um ataque militar dos EUA contra o Estado Islâmico na Nigéria, em colaboração com o governo do país africano.
O contrato do metal precioso para fevereiro fechou hoje com ganho de 1,11% na Comex, cotado a US$ 4.552,70 por onça-troy, nova marca histórica. No acumulado da semana, a variação é positiva em 3,68%.