Ibovespa busca novo recorde em sessão sem gringos; dólar corrige quedas recentes e juros patinam
O Ibovespa (+0,36%, aos 141.433 pontos) busca novos recordes nesta sexta-feira, apesar da liquidez muito baixa (projetando volume de R$ 8 bilhões no fechamento) por causa do feriado nos EUA.
As principais ações do índice rondam a estabilidade (Petrobras ON +0,06%, PN +0,09%; Vale ON +0,02%; Itaú PN +0,32%), enquanto os investidores monitoram os novos capítulos da novela do IOF, com o ministro Fernando de Moraes agendando uma audiência de conciliação entre governo e Congresso.
O dólar à vista (+0,30%, a R$ 5,4211) esboça uma leve correção, após bater ontem sua menor cotação em um ano, enquanto os juros futuros oscilam perto da estabilidade (DI Jan/27 a 14,155%; Jan/29 a 13,225%), sem influência do dado de inflação ao produtor (PPI) no Brasil, que caiu 1,29% em maio, mas acumula alta de 5,78% em 12 meses.
Petróleo (Brent) fecha em queda na véspera de reunião da Opep+
Sem negócios do WTI na Nymex, por conta do feriado nos EUA, o contrato futuro do Brent para setembro fechou hoje em queda de 0,73%, cotado a US$ 68,30 por barril na ICE.
Na semana, a valorização é de aproximadamente 3%.
O movimento acontece na véspera da reunião da Opep+, que aconteceria no domingo, mas foi antecipada para amanhã devido ao feriado de Ashura. A expectativa é de um novo aumento de produção de 411 mil bpd.
Hoje, o cartel informou ter produzido 27,02 milhões de barris por dia no mês passado, um aumento de 270 mil bpd em relação ao total de maio. Possíveis novos acordos tarifários dos EUA também seguem no radar.
Bolsas europeias fecham em queda em meio aos riscos tarifários
As bolsas europeias fecharam em queda, com as tensões comerciais se aprofundando antes de 9/7. As negociações UE-EUA seguem no fim de semana para evitar taxação que pode chegar a 50%.
Montadoras pressionam e oferecem investimentos nos EUA, segundo fontes da Bloomberg, mas autoridades temem desvio da produção e investimentos na região.
O bloco pode aceitar alguma assimetria e alíquota de 10%, mas exige um compromisso em setores-chave, como a aviação.
A UE aprovou tarifas sobre € 21 bilhões em produtos americanos como resposta imediata e consulta os Estados-membros para identificar áreas estratégicas em que os EUA dependem do bloco, bem como possíveis medidas que vão além das tarifas.
Fechamento: Frankfurt -0,45%; Londres 0,00%; Paris -0,75%; Madri -1,34%; Stoxx 600 -0,50% (541,06).