Petróleo fica de lado, com mercado monitorando alta de estoques nos EUA e ataques a navios no Mar Vermelho
O petróleo fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o mercado dividido entre uma alta inesperada dos estoques americanos da commodity na semana passada e o aumento dos ataques a navios no Mar Vermelho.
O DoE informou hoje que estoques americanos de óleo bruto subiram 7,070 milhões de barris na semana passada, contrariando a previsão dos analistas, de queda de 1,5 milhão de barris.
Já os estoques de gasolina caíram 2,658 milhões de barris, mais que o previsto (-1,3 milhão) e os de destilados diminuíram 825 mil barris, frente à expectativa de queda de 400 mil barris.
No Oriente Médio, os ataques dos Houthis no Mar Vermelho aumentaram consideravelmente nesta semana, com dois navios afundados, em uma rota vital para o mercado de petróleo.
No fechamento, o Brent para setembro subiu só 0,06%, a US$ 70,19 por barril na ICE. E o WTI para agosto avançou apenas 0,07%, a US$ 68,38 por barril na Nymex.
Ouro fecha em leve alta, com investidor monitorando próximos passos de Trump nas tarifas
O ouro encerrou a sessão desta quarta-feira com alta modesta, com os investidores monitorando os próximos passos de Donald Trump em sua guerra tarifária.
O mercado segue otimista com a possibilidade de um acordo com a União Europeia, ao mesmo tempo em que aguarda com cautela possíveis anúncios de tarifas elevadas para outros países.
O contrato do metal precioso para agosto subiu 0,12%, a US$ 3.321,00 por onça-troy na Comex.
NY sobe de olho em acordo entre EUA e UE e à espera da ata do Fed; Ibovespa cai após Brasil entrar na mira de Trump
As bolsas americanas (Dow Jones +0,29%; S&P500 +0,30%; Nasdaq +0,63%) mantêm a tendência de alta na tarde desta 4ªF, enquanto os investidores aguardam a divulgação da Ata do Fed dentro de alguns instantes, e avaliam os novos passos de Trump em sua guerra comercial.
O presidente americano anunciou no início da tarde tarifas para mais 7 países, como havia prometido ontem de noite, mantendo o mesmo tom das cartas.
Ou seja, as negociações seguem abertas até 1º de agosto.
O mercado está especialmente otimista com a possibilidade de um acordo com a União Europeia ser anunciado ainda nesta semana.
Mais cedo, Ursula Von der Leyen disse no Parlamento Europeu que o bloco está pronto para fechar acordo com os EUA, mas que está se preparando para todos os possíveis cenários.
Os juros dos Treasuries recuam T-Note de 10 anos a 4,353%, de 4,410% ontem) após o Tesouro americano vender US$ 39 bilhões em um leilão de T-notes de 10 anos com taxa máxima de 4,362% e demanda levemente acima da média.
Por aqui, o Ibovespa piorou sensivelmente há pouco (-1,10%, aos 137.774 pontos), após Trump afirmar que “o Brasil não tem sido bom para nós” e que anunciará as tarifas para o país ainda hoje.
Os juros futuros mostram oscilações contidas (DI Jan/27 a 14,155%; Jan/29 a 13,310%), após a participação de Gabriel Galípolo em uma Comissão da Câmara não trazer maiores novidades, além dele reforçar o compromisso do BC com a meta de inflação.
O dólar à vista (+0,66%, a R$ 5,4820) passou a subir com força após a fala de Trump sobre o Brasil.