Ibovespa sobe puxado por cenário externo e Caged; S&P500 e Nasdaq renovam máximas históricas

A bolsa brasileira fechou em alta nesta segunda-feira, embalada pelo bom humor do mercado americano, que aposta em pelo menos dois cortes de juros nos EUA neste ano.

Por aqui, o Caged de maio (148,9 mil vagas) mais fraco que o esperado (171,8 mil) reduziu os juros futuros e impulsionou ações domésticas.

O Ibovespa terminou com ganho de 1,45%, aos 138.854,60 pontos, após bater máxima de 139.102 pontos. O giro foi de R$ 20,5 bilhões. No acumulado de junho, o indicador avançou 1,33%, fechando o 1º semestre com valorização de 15,44%.

Petrobras ON avançou 0,86% (R$ 34,09) e PN subiu 0,54% (R$ 31,38). Após fortes altas na semana passada, Vale caiu 0,66% (R$ 52,65), contramão do minério. 

O dólar à vista terminou esta última sessão de junho em forte queda diante do real, na menor cotação desde 19 de setembro do ano passado. A moeda fechou em baixa de 0,89%, a R$ 5,4341. Em junho, acumulou baixa de 4,99% e, no 1º semestre, de 12,07%.

Por sua vez, as bolsas em NY registraram alta neste último pregão do mês e do semestre, com S&P500 e Nasdaq renovando máximas históricas, movimento também sustentando pelo progresso nas negociações comerciais dos EUA, às vésperas do fim da trégua das tarifas recíprocas.

Dow Jones subiu 0,63% (44.094,77). S&P500 ganhou 0,52% (6.204,95). Nasdaq avançou 0,47% (20.369,73). Em junho, a alta acumulado foi de, respectivamente, 4,32%, 4,96% e 6,57%. Nos últimos seis meses, o ganho foi de, respectivamente, 3,64%, 5,50% e 5,48%.

Já os retornos dos Treasuries cederam.

Juros longos derretem em linha com o dólar

Já as taxas curtas praticamente não se mexeram, dado que o cenário da política monetária de curto prazo já está dado e o Caged de maio (149 mil vagas), divulgado hoje, veio abaixo do esperado (171,8 mil), indicando que a economia doméstica está em desaceleração.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,925% (de 14,931% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,095% (14,181%); Jan/29 a 13,070% (13,316%); Jan/31 a 13,170% (13,477%); Jan/33 a 13,270% (13,600%).

Dólar fecha semestre a R$ 5,43, no menor valor desde setembro

O mercado também segue na expectativa de que o Fed fará dois cortes de juros neste ano.

Por aqui, o imbróglio político sobre o IOF foi deixado em segundo plano, com investidores aproveitando para montar posições tanto na renda fixa como na variável.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,89%, a R$ 5,4341, após oscilar entre R$ 5,4247 e R$ 5,5057. A moeda acumulou baixas de 4,99% em junho e de 12,07% no 1º semestre. Às 17h09, o dólar futuro para agosto caía 0,89%, a R$ 5,4750.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,62%, para 96,801 pontos. O euro subia 0,60%, a US$ 1,1783. E a libra tinha alta de 0,09%, a US$ 1,3730.