Morning Call

Meta fiscal é destaque em meio à tensão no Oriente Médio

Atualizado 14/04/2024 às 23:47:27

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Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[15/04/24]

Da Redação do Bom Dia Mercado

… Os pedidos de moderação a Israel pela comunidade internacional, incluindo EUA, UE e, até mesmo, China e Rússia, em um esforço para evitar a escalada das tensões no Oriente Médio, devem conter um impacto maior do ataque iraniano de sábado à noite nos mercados globais. Já a abertura dos pregões asiáticos foi relativamente tranquila. Ainda assim, é esperada alguma pressão no petróleo, commodities e dólar, pelo menos, até que fique clara qual será a resposta do governo de Netanyahu. Em paralelo, a agenda da semana é intensa, com balanços dos bancos em NY, dados importantes da atividade americana e chinesa e, aqui, o IBC-Br de fevereiro (4ªF), reunião do Conselho da Petrobras (6ªF), que deverá decidir sobre os dividendos extraordinários, e o anúncio do PLDP e da meta fiscal/2025 hoje à tarde.

… Na 6ªF, o Ministério do Planejamento anunciou que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, que estava previsto para ser divulgado às 9h30, será conhecido às 16h30, com a entrevista dos técnicos transferida para as 17h.

… A coletiva será conduzida pelo secretário executivo do Planejamento, Gustavo Guimarães; pelo secretário de Orçamento, Paulo Bijos; pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; e pelo secretário da Receita, Robinson Barreirinhas.

… A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano.

… Com incertezas sobre a evolução da arrecadação, o governo estuda alterar a meta para as contas públicas em 2025 prevista no novo arcabouço fiscal, que é de um superávit de 0,5% do PIB, para um resultado entre zero e superávit de até 0,25% do PIB.

… Na semana passada, Haddad disse que a equipe econômica estava fazendo as contas para fixar uma meta “factível”, considerando que, apesar de “boas coisas” terem acontecido no último ano, a Fazenda também enfrentou “percalços que mudaram o cenário”.

… No mercado, que há tempos não acredita no déficit zero deste ano, a mudança para 2025 não surpreenderia. A dúvida é se isso tende a mexer com as expectativas sobre a trajetória da dívida pública, em um cenário de questionamento sobre o arcabouço fiscal.

… Segundo apurou o Estadão, para técnicos da Fazenda, alterar a meta não teria o condão de piorar as projeções automaticamente, uma vez que economistas já preveem déficits em 2025 (-0,6%) e em 2026 (-0,5%) bem mais pessimistas que os do governo.

… Há o consenso, contudo, que o Executivo não pode sinalizar um relaxamento da postura no aspecto fiscal.

… Na semana passada, já pegou mal a aprovação pela Câmara, com o aval do Planalto, de uma mudança no arcabouço para antecipar gastos em cerca de R$ 15 bilhões, contando com a arrecadação acima do previsto no primeiro bimestre.

… Pelo texto original, essa despesa extra só poderia ser autorizada em maio, justamente porque apenas no segundo relatório bimestral de receitas e despesas o Executivo terá uma noção melhor sobre a projeção de arrecadação para o ano.

… A proposta da PLDO/25 também atualizará a trajetória de convergência da dívida pública.

… Na última projeção do Tesouro, a dívida subiria em 2024 e 2025, começando um processo de estabilização em 2026, quando atingiria 78,1% do PIB. O patamar se manteria em 2027 e 2028, e começaria a cair em 2029, para 77,6% do PIB e a 72,6% do PIB em 2033.

… Já para este ano, a previsão era de que a dívida pública em proporção ao PIB chegasse a 77,3% do PIB. E para 2025, a 78% do PIB.

MOMENTO RUIM – A revisão da meta fiscal para 2025 ocorre num momento em que o governo enfrenta dificuldades no Congresso, com a indefinição sobre projetos que impactam as contas públicas, como o benefício às prefeituras, ao Perse e à desoneração da folha.

… Com a urgência aprovada, a Câmara pode acelerar a tramitação e colocar em votação nesta semana os projetos do fim gradual do Perse e da reoneração da folha das prefeituras de municípios com até 50 mil habitantes.

… Em conversa na 6ªF com o ministro Rui Costa, Artur Lira teria garantido que suas desavenças com o ministro Alexandre Padilha, a quem chamou de “desafeto pessoal e incompetente”, não vão interferir nas votações da agenda econômica e da reforma tributária.

… Também o deputado Elmar Nascimento, líder do União Brasil e aliado de Lira, disse que a agenda econômica “não ficará subordinada a nenhum ruído político”. No entanto, o Centrão pode estar planejando o “troco” para o Planalto na análise dos vetos presidenciais.

… Em sessão do Congresso convocada para esta 5ªF, 18, deputados e senadores estariam dispostos a derrubar o veto do presidente Lula aos R$ 5,6 bilhões aprovados para as emendas de comissão no Orçamento deste ano. Vai complicar mais a vida de Haddad.

HORA DA VERDADE – Além do ambiente belicoso no Congresso, preocupa o risco de que o aumento de arrecadação poderá perder força, diante da possibilidade de um crescimento menor do PIB e dúvidas sobre a sustentação de receitas a partir do ano que vem.

… Isso é um sinal de obstáculo para o cumprimento do arcabouço fiscal, aprovado em 2023.

… Com aumento real de despesas previsto pela regra fiscal, o governo precisaria aumentar a arrecadação para sustentar as contas públicas. O arcabouço determina que a despesa pode crescer 70% do aumento da receita, entre 0,6% e 2,5% acima da inflação.

… Na semana passada, a ministra Simone Tebet disse que a agenda de aumento de receitas está “se exaurindo” e que o governo precisará focar na revisão de gastos. “O que precisamos colocar para rodar é a esteira sob a ótica da despesa. O que cortar, como cortar.”

… Na Folha, a jornalista Adriana Fernandes escreveu que “sem corte de gastos, o arcabouço vai mudar de forma profunda”, que as contas não vão fechar em 2025 e 2026 e que poderá haver dificuldades até para cumprir os pisos constitucionais de saúde e educação.

… As opções do governo seriam um corte profundo nas despesas, desvinculação da Previdência do salário-mínimo ou mudança nos pisos constitucionais, “mas todas essas alternativas estão fora de questão, ainda mais em ano eleitoral, como 2026”.

… Em sua coluna, afirma que “o processo de mudança do arcabouço já começou com a manobra política costurada com o Congresso para aprovação de projeto para antecipar a liberação R$ 15,7 bilhões de forma imediata de despesas para o governo Lula em 2024”.

PETROBRAS Se a AGU não conseguir derrubar nesta semana a liminar que afastou do cargo o presidente do conselho de administração da companhia, Pietro Mendes, um interino terá que ser eleito para o cargo.

… De acordo com o estatuto, a escolha teria que ser feita na primeira reunião ordinária do colegiado, marcada para 6ªF, 19, que deverá deliberar o pagamento dos dividendos extraordinários referentes ao 4Tri do ano passado.

… Cogitado para assumir, Francisco Petros, representante dos acionistas minoritários, negou ao Valor que esteja interessado.

… No Estadão, auxiliares do presidente Lula contam votos e temem a derrota na votação sobre dividendos extras para minoritários, que pleiteiam a distribuição integral, enquanto o governo passou a aceitar, com muito custo, o pagamento de uma fatia menor.

… Dos 11 conselheiros, dois foram suspensos pela Justiça, o que elevou, por consequência, o poder de acionistas minoritários no comitê. Dos nove membros restantes, quatro são representantes dos minoritários e quatro próximos ao governo.

… O voto do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é importante porque ele é o voto de Minerva no desempate. Na reunião do conselho que determinou a retenção dos dividendos extras, Prates se absteve, mas sua posição em favor de 50% é conhecida.

… Também o ministro Fernando Haddad defende o pagamento de 50%, enquanto Alexandre Silveira (MME) e Rui Costa (Casa Civil) falam em um teto de 30% e conselheiros do setor privado sustentam que é possível distribuir 100%.

… O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que começou a semana passada na condição de demissionário e terminou mantido no cargo, teve o apoio direto de Haddad, que precisa dos dividendos para o caixa da União, acionista majoritária.

… Em favor de Prates, em processo de fritura por Silveira, Haddad assegurou a Lula que a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras não teria impacto na capacidade da estatal de financiar seu plano de investimentos.

… Estão em jogo R$ 43,9 bilhões em dividendos extras.

RISCO GEOPOLÍTICO – A reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada por Israel após o ataque do Irã em seu território, deixou patente a preocupação da comunidade internacional para evitar que os conflitos escalem na região do Oriente Médio.

… EUA e países da Europa condenaram a ação da força iraniana, mas as vozes foram unânimes em defender o fim das tensões. A Rússia disse que as duas partes, Irã e Israel, devem recuar para evitar um banho de sangue. Antes, a China havia pedido calma.

… As declarações da Casa Branca afirmando que os Estados Unidos não participarão de uma resposta ofensiva de Israel ao Irã também foram muito importantes. O aviso foi dado pelo presidente Biden ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ainda no sábado.

… As características do ataque iraniano, que antecipou o envio dos drones e dos mísseis, dando tempo à defesa antiaérea de Israel e dos aliados para uma interceptação ampla e segura, já foram recebidas como prova de que o objetivo não era uma guerra.

… Israel, de seu lado, também indica que evitará escalar o conflito, embora tenha prometido uma resposta “no momento certo”.

… Uma reunião do Gabinete de Guerra de Israel, neste domingo, terminou inconclusiva, enquanto o Irã diz que não tem planos de seguir com os ataques a Israel, mas adverte que “não hesitará em responder contra qualquer nova agressão”.

… Segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein AmirAbdollahian, o envio de drones e mísseis a Israel reproduziu o exercício do direito legítimo de defesa e demonstra uma abordagem “responsável para com a paz e a segurança regionais e internacionais”.

… O país acusa Israel de ter realizado um ataque em Damasco, na Síria, no último 1º de abril, com baixas israelenses.

… Netanyahu, que estava praticamente isolado nos últimos meses em sua empreitada contra os excessos na Faixa de Gaza, ganhou algum fôlego e apoio com o ataque iraniano, mas esse apoio, como se viu nas primeiras reações, não é incondicional.

… Uma acomodação mais perene das tensões no Oriente Médio ainda dependerá da resposta de Israel ao ataque dos drones do Irã. A reação inicial após o susto de sábado à noite, porém, é de alívio, refletido na abertura mais calma dos mercados.

TEMPORADA DE BALANÇOS O banco Goldman Sachs reporta nesta manhã, antes da abertura, dados referentes ao 1Tri/2024, seguidos por Bank of America e Morgan Stanley amanhã (3ªF). A semana ainda terá Netflix na 5ªF (18) e P&G e Amex na 6ªF (19).

… Em Washington tem início hoje a Reunião da Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, até o dia 20.

… Entre os indicadores, destaque para as vendas no varejo de março (hoje, às 9h30) e produção industrial (3ªF) nos EUA.

… Ainda hoje, sai nos EUA a atividade industrial Empire State de abril (9h30) e, na zona do euro, a produção industrial de fevereiro (6h).

CHINA – No final da noite (23h), Pequim divulga o PIB/1Tri, produção industrial e vendas no varejo de março.

POWELL – Participação do presidente do Fed em evento amanhã (3ªF) tem as expectativas elevadas pela escalada das tensões no Oriente Médio, que se somam aos números recentes da inflação e do emprego para adiar o corte dos juros americanos.

… Destacam-se ainda na semana os números de inflação ao consumidor no Reino Unido (17), Zona do Euro (17) e Japão (18).

LME – Em comunicado no sábado, disse que o pacote de sanções adotadas por Reino Unido e EUA contra metais da Rússia, para restringir a receita de Moscou na guerra contra a Ucrânia, “pode causar um grau de incerteza no mercado”.

… A London Metal Exchange e a Chicago Mercantile Exchange estão proibidos de aceitar novo alumínio, cobre ou níquel produzido pela Rússia a partir do dia 13 de abril, o que pode pressionar os preços dos metais anteriormente produzidos.

IBC-BR – No Brasil, o mercado aguarda o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, previsto para 4ªF.

… No câmbio, o Banco Central inicia hoje a rolagem integral de contratos de swap cambial que vencem em 1/7, no montante de US$ 15,5 bilhões. Leilão das 11h30 às 11h40, com oferta de até 16 mil contratos (US$ 800 milhões) para rolagem.

CAMPOS NETO – Presidente do Banco Central cumpre agenda em Nova York, com uma série de reuniões com investidores e palestra às 15h organizada pelo Council on Foreign Relations. O evento é aberto à imprensa.

… Na Coluna do Estadão, Haddad sondou representantes do mercado financeiro sobre o melhor timing para que o governo indique a sucessão de Campos Neto, e ouviu deles que o limite deveria ser outubro, para garantir tempo hábil à transição.

MERCADO DE CRÉDITO – O governo federal adiou, novamente, o lançamento do programa de reestruturação do mercado do crédito, que estava previsto para esta 2ªF. O adiamento se deu por ajustes que ainda serão feitos na Medida Provisória.

… Também o lançamento do programa VOA BRASIL, previsto para 4ªF, 17, voltou a ser adiado e não tem nova data para o anúncio.

RISK OFF – Já na 6ªF, a geopolítica mandou no mercado e a expectativa de um ataque do Irã a Israel provocou uma onda de liquidação nos ativos de risco e demanda por ativos considerados seguros, o que derrubou as bolsas e os juros dos Treasuries e elevou o dólar.

… Governos dos EUA, Israel, Austrália, Reino Unido, França e Alemanha colocaram em alerta máximo suas embaixadas para um ataque do Irã ao território israelense, que acabou ocorrendo no sábado à noite e dominou o noticiário do fim de semana.

… Em Wall Street, o índice de volatilidade VIX, também chamado de índice do medo, disparou 20%, para 18,8 pontos.

… Num dos piores desempenhos diários do ano até agora, o índice Dow Jones caiu 1,24% (37.983,90 pontos), o S&P500 recuou 1,46% (5.123,40) e o Nasdaq perdeu 1,62% (16.175,09). Na semana, as perdas foram de 2,37%, 1,55% e 0,45%, respectivamente.

… Além da tensão geopolítica, as bolsas de NY sofreram com o setor financeiro, que na abertura da temporada de balanços apresentou resultados que não agradaram. JPMorgan caiu 6,4% depois que o banco divulgou os resultados do 1º trimestre.

… O CEO Jamie Dimon alertou sobre as persistentes pressões inflacionárias que pesam sobre a economia e causou desconforto com a previsão de que a receita líquida de juros, medida importante das atividades de crédito, pode ficar aquém do esperado.

… BlackRock (-2,98%), Wells Fargo (-0,3%) e Citi (-1,7%) também divulgaram balanços que pouco agradaram.

… A busca por proteção elevou o DXY dólar em 0,72%, a 106,038 pontos, com alta de 1,67% na semana, enquanto a demanda defensiva fez recuar os rendimentos dos Treasuries: Note-2 anos a 4,894% (de 4,9651% na véspera) e Note-10 anos a 4,520% (de 4,591%).

… Declarações duras de nada menos que cinco dirigentes do Fed – Daly, Collins, Bostic, Schmid e Goolsbee, contribuíram para fortalecer a moeda na 6ªF. Todos mantiveram o discurso de que é cedo para falar em corte de juros.

… Na zona do euro a conversa foi outra, com dois dirigentes do BCE – Madis Müller e Martin Kazaks – apontando junho como o provável início da flexibilização monetária, ajudando o euro a cair 0,80%, a US$ 1,0643.

… A libra recuou 0,86%, a US$ 1,2451 e o iene ficou estável (-0,03%) em 153,24/US$.

DUPLO RISCO – O mercado global não ajudou na 6ªF e os ruídos internos – fiscais e relativos à Petrobras – amplificaram as perdas do Ibovespa, que fechou na mínima do ano, com o dólar encerrando os negócios na máxima.

… Ativada a aversão ao risco, o índice da bolsa brasileira caiu 1,14%, a 125.946,09 pontos, menor nível desde 7 de dezembro.

… Petrobras ignorou a leve alta do petróleo e recuou diante do afastamento, pela Justiça, do presidente do Conselho da estatal, Pietro Mendes. A medida aumentou a incerteza sobre a distribuição de dividendos extraordinários, que será discutida em reunião na 6ªF.

… O papel PN caiu 0,92%, a R$ 38,94, o ON recuou 0,81%, a R$ 40,30. Já o Brent voltou a ficar acima de US$ 90 o barril, com alta de 0,79%, a US$ 90,45. Nos primeiros negócios após o ataque do Irã a Israel, o barril tinha ganhos apenas moderados.

… Vale (-0,37%, a R$ 61,63) resistiu em alta durante boa parte do pregão, apoiada pela alta do minério de ferro (+3,12%), mas cedeu à pressão externa no fim da sessão. Apenas seis ações da carteira teórica do Ibovespa fecharam positivas.

… Prio (+2,13%, a R$ 50,86) liderou os ganhos após vencer disputa arbitrária e passar a ter direito a todo o óleo produzido em Wahoo. Já Cielo subiu 1,30% (R$ 5,47) com investidores atentos às discussões sobre um novo preço para OPA da credenciadora de cartões.

… Eletrobras ON (+0,46%, a R$ 39,02) e PNB (+0,32%, a R$ 43,78) corrigiram as pesadas perdas da véspera.

… Setores sensíveis à alta de dólar e juros foram mal no pregão da 6ªF. Estão na lista Azul (-10,07%, a R$ 11,16), que liderou as perdas, MRV (-6,19%, a R$ 6,67), Ezetec (-5,76%, a R$ 14,40) e Yduqs (-5,21%, a R$ 14,91).

… Grandes bancos tiveram perdas moderadas. Itaú Unibanco (-1,04%, a R$ 32,46); Bradesco ON caiu 1,49% (a R$ 12,55) e Bradesco PN recuou 1,25% (a R$ 14,21), Banco do Brasil (-1,30%, a R$ 56,99) e unit do Santander (-1,10%, a R$ 27,05).

… No câmbio, a moeda chegou a encostar nos R$ 5,15 no pior momento da 6ªF, em meio à busca por proteção antes do fim de semana. Os números fracos da balança comercial da China também colaboraram para pressionar as moedas produtores de commodities.

… Segundo operadores, o fator adicional de pressão foi a liquidação de US$ 3,5 bilhões em NTN-As (títulos do Tesouro atrelados à variação cambial) marcada para hoje e que gerou um movimento de ajuste de posições.

… O dólar à vista fechou em alta de 0,60%, a R$ 5,1212. Na semana, a moeda subiu 1,10%.

… Os juros tiveram até uma reação bem-comportada diante das pressões do dia, fechando perto da estabilidade, mas com a curva ainda indicando possibilidade de uma Selic terminal mais próxima de 10% que de 9%.

… Na semana, os contratos ganharam entre 140 e 160 pbs com a reprecificação da política monetária nos EUA e a questão fiscal.

… Como contraponto a queda de 0,9% no setor de serviços em fevereiro, ante janeiro, contrariou a expectativa de alta de 0,2%. O número temperou o forte resultado do varejo, que provocou avaliações de que o BC possa reduzir o ritmo de queda da Selic.

… O juro para Jan25 caiu a 10,045% (de 10,066%, ontem). O Jan26 subiu a 10,220% (de 10,214%). Jan27 avançou a 10,535% (de 10,530%); o Jan29, a 11,085% (de 11,079%), o Jan31, a 11,350% (de 11,344%) e o Jan33 ficou estável em 11,440%.

EM TEMPO… EZTEC registrou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 457,5 milhões em lançamentos no primeiro trimestre de 2024, na segundo prévia operacional divulgada pela empresa na 6ªF, após o fechamento…

… O resultado representa uma alta ante o primeiro trimestre de 2023 de 260%, que ficou em R$ 127 milhões; os lançamentos superaram em 53% as estimativas dos analistas do Citibank, que tem recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 17…

… As vendas brutas caíram 20,2% no trimestre, para R$ 330,3 milhões, e as vendas líquidas caíram 19,6%, para R$ 299,6 milhões…

… O preço médio das unidades vendidas foi de R$ 615,1 mil no primeiro trimestre, 9,2% maior na comparação anual.

MOVIDA. Informou, por meio de fato relevante, que passará a adotar guidances para 2024 como estratégia para melhorar a rentabilidade com foco na recomposição do preço da diária…

… A empresa acredita ser possível expandir o yield médio mensal da frota operacional da divisão de rent a car (RAC) para 4,2% ao mês este ano, o que representaria um aumento de R$ 387 milhões de receita ao ano.

INTERCEMENT. Está empenhada em concluir a venda da companhia para evitar um novo embate com credores e a aceleração de suas dívidas em maio, que somam ao menos R$ 8 bilhões e têm vencimentos em maio e julho, informa a Coluna do Broadcast

… Entre empresas que já manifestaram interesse pela InterCement estão a CSN e a Votorantim Cimentos.

PETROBRAS. Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo (Abespetro) disse que decisão da petroleira de reduzir de 90 dias para 30 dias o pagamento a fornecedores, nos contratos a partir de 1º de maio, foi “acima das expectativas”.

ENGIE. O CEO do grupo no Brasil, Mauricio Bähr, disse em entrevista à Folha que o modelo de subsídios para energias renováveis no Brasil se esgotou e, agora, funciona como um “Robin Wood às avessas”, transferindo renda dos mais pobres para os ricos.

COPEL. Comunicou que a Radar Gestora de Recursos atingiu uma participação na companhia de 66.055.900 ações ordinárias, representando 5,08% do total dessa classe de ação…

… Por outro lado, a Radar Gestora reduziu para 9,99% sua participação das ações ordinárias da WILSON SONS.

VALID SOLUÇÕES. Aprovou a realização da 10ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única e no valor de R$ 250 milhões, tendo a possibilidade de distribuição parcial.

RANDON. Morgan Stanley elevou participação para 5,1% do total.

STARK BANK. Banco digital focado em empresas anunciou o lançamento de serviço de adquirência para transações virtuais, como nas frentes de e-commerces e marketplaces, para atingir volume de pagamentos (TPV) de R$ 1 bilhão ainda este ano.

US STEEL. Conforme esperado, acionistas da aprovaram a venda da empresa para a japonesa Nippon Steel, em meio à oposição sindical e às revisões regulatórias em andamento que estão levantando dúvidas sobre o acordo de US$ 14,1 bilhões…

… Investidores devem receber US$ 55/ação, mais que o dobro do preço de agosto/23, quando divulgou que estava considerando ofertas.

SOUTHWEST AIRLINES. Volta a cortar, pela terceira vez neste ano, a expectativa de aviões encomendados à BOEING e agora espera receber apenas cerca da metade das 46 aeronaves que havia estimado em março.

SALESFORCE. Está em negociações avançadas para a aquisição da Informatica, fornecedor de software de gerenciamento de dados, com sede em Redwood City, Califórnia, e que tem um valor de mercado de mais de US$ 11 bilhões.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

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