Dólar e juros futuros descontam riscos da China
Alívio na moeda americana induziu queima de prêmio de risco na ponta mais longa da curva do DI

Colado ao alívio externo no câmbio, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,14%, cotado a R$ 5,4624, diante da convicção dovish de que o mercado de trabalho enfraquecido nos Estados Unidos mantém o Fed com o dedo no gatilho para mais dois cortes de juro este ano, de 25 pontos cada.
O alívio na moeda americana induziu queima de prêmio de risco na ponta mais longa da curva do DI.
O investidor doméstico ignorou os altos e baixos na relação entre os EUA e a China. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que ainda espera um encontro entre Trump e Xi Jinping no fim do mês, mas pressionou o Banco Mundial a parar de apoiar os chineses.
Os juros futuros mais curtos operaram engessados pela alta de 0,9% nas vendas do varejo em agosto, acima da mediana de 0,7%, e pela comunicação mais conservadora do Copom.
O diretor do BC Nilton David defendeu, em evento em Washington, a Selic em patamar restritivo por mais tempo, diante de um cenário de maior incerteza e desancoragem das expectativas inflacionárias.
No fechamento, o DI para Jan/26 estava em 14,895% (de 14,892% na véspera); Jan/27 subiu a 14,030% (de 13,990%); já o Jan/29 caiu a 13,305% (de 13,353%); Jan/31, 13,540% (de 13,629%; e Jan/33, 13,660% (de 13,785%).