Juros

Juros cedem com discursos de RCN, mas revisão do déficit limita recuo

Atualizado 22/11/2023 às 18:10:01

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Os juros futuros vinham em queda de mais de 0,10pp ao longo da sessão, tocados pelo otimismo dos discursos do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ontem e hoje, e pela aprovação na CAE do PL dos fundos offshore e exclusivos.

Mas no meio da tarde, a revisão do déficit primário deste ano para R$ 177,4 bilhões, R$ 36 bilhões mais que a previsão anterior, azedou o clima e as taxas frearam as baixas. Os DIs, contudo, conseguiram se manter descolados da alta dos Treasuries – puxada pelo aumento nas expectativas de inflação do consumidor americano – e do ganho tímido do dólar.

Em entrevista depois, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que o déficit ficará abaixo desses R$ 177 bilhões, algo entre R$ 140 bilhões a R$ 145 bilhões (1,3% do PIB), por causa do chamado empoçamento de recursos, que deve ficar acima dos R$ 30 bilhões.

Ainda como pano de fundo, o aumento de ICMS pelos Estados já provoca reações, como a da indústria farmacêutica, que disse que vai dar menos descontos nos preços, que são controlados. Segundo Campos Neto, o impacto deve ser de 0,10 a 0,20pp no IPCA 2024, mas há quem espere até 0,27pp.

No fechamento, contrato DI para jan/25 caiu a 10,500% (de 10,563%, ontem); o jan/26, a 10,245% (de 10,307%). O jan/27, a 10,360% (de 10,438%); o jan/29, a 10,770% (de 10,832%). O jan/31 subiu a 10,980% (de 11,028%) e o Jan/33, a 11,050% (de 11,102%). (Ana Conceição)

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