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Inflação de serviços afasta corte de 0,50 pp na Selic em agosto, dizem economistas do mercado

Atualizado 11/07/2023 às 12:02:15

Economistas de instituições financeiras reiteraram ao Broadcast a percepção que azedou o mercado brasileiro logo após a divulgação do IPCA: a resiliência da inflação de serviços e seu núcleo (a chamada inflação subjacente) foi o destaque negativo de junho e afastou a chance de que o próximo Copom, em 2 de agosto, inicie o ciclo de reduções da Selic com um corte mais robusto, de 0,50 ponto percentual.

A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, disse que o banco chegou a avaliar corte mais robusto em agosto, diante das quedas de expectativa recentes no relatório Focus, mas voltou ao cenário-base de 0,25 pp, com aceleração em setembro. 

João Savignon, da Kínitro Capital, disse que houve surpresa altista dos serviços subjacentes, em junho, além de impacto menor que o esperado nos descontos dos automóveis, o que deve reforçar o tom cauteloso do Banco Central e o corte de 0,25 pp em agosto.

Para Alexandre Maluf, da XP, a composição e as medidas agregadas do IPCA reforçam o primeiro estágio de desinflação, puxado por alimentos e bens industriais, mas as métricas de serviços ainda rodam acima da meta. Isso reforça que o BC será mais cautelo em agosto, mas a XP projeta que vai acelerar os cortes para 0,50 a partir de setembro, chegando a 12% no fim do ano.

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