[19/12/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas tiveram mais um dia de valorização nesta 3ªF no Brasil e nos EUA e dão continuidade ao rali global deflagrado, na semana passada, pela expectativa de juros do Fed mais baixos no ano que vem.

O S&P 500 está próximo de atingir o recorde histórico de fechamento, feito em janeiro de 2022, de 4.796,56 pontos. Mesmo algumas falas de Fed boys mais cautelosas não tiraram a animação dos traders.

Por aqui, o Ibovespa continuou a empolgação mais uma vez, renovou a máxima histórica de fechamento e chegou ao patamar dos 132 mil pontos pela primeira vez ao longo da sessão.

Mais cedo, o S&P Global elevou o rating de escala de longo prazo do Brasil de BB- para BB e manteve a perspectiva estável. Com isso, o país está dois degraus abaixo do grau de investimento. Segundo a agência, a elevação foi motivada pela aprovação da reforma tributária e amplia o histórico nacional de “política pragmática” nos últimos sete anos. Em nota, a S&P prevê que o PIB brasileiro cresça 3% em 2023 e desacelere a 1,5% em 2024, seguido de uma expansão próxima de 2% em 2025 e 2026.

A mudança de rating não movimentou as cotações da bolsa, que já precificavam a movimentação, mas dólar ampliou queda e juros futuros caíram, com a curva mais longa encerrando próximas as mínimas.

Além disso, a ata do Copom veio dura, reconhecendo melhorias, mas se mantendo cautelosa. Com a publicação, o BC mostra que cortes de 0,50 p.p. na Selic para as próximas reuniões seguem sendo os cenários do Copom.

Em Brasília, o Congresso aprovou a LDO de 2024, que vai à sanção do presidente Lula. O relatório do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) trouxe algumas novidades, como a fixação de um calendário para o governo empenhar recursos de emendas individuais e de bancada estadual.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, Lula deve vetar o cronograma de pagamento de emendas parlamentares e a previsão de 0,9% da receita corrente líquida de 2022 para emenda de comissão.

O Ibovespa subiu 0,59% e renovou a máxima de fechamento, aos 131.850,90 pontos, com volume financeiro de R$ 20,5 bilhões. O dólar à vista cedeu 0,83%, para R$ 4,8639. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,68%, aos 37.557,98 pontos. O S&P 500 ganhou 0,59%, aos 4.768,38 pontos, e o Nasdaq avançou 0,66%, aos 15.003,22 pontos. (Eduardo Saraiva)