Giro dos Mercados
Incerteza com guerra comercial de Trump ofusca queda da inflação americana

Após forte recuperação provocada pela pausa de Trump nas tarifas, as bolsas recuam por incertezas sobre a desaceleração global e percepção de que a volatilidade não acabou, em meio a impasses como a alíquota da China (125%) e taxação de outros países (10%) e setores como automóveis e metais (25%).
Isso prevalece sobre os números de inflação americana melhores que o esperado divulgados hoje, mas calculados antes do anúncio das tarifas.
Petrobras está entre as maiores baixas domésticas (mais de 3%), seguindo fraqueza do petróleo (mais de 4%), ajudando a derrubar o Ibovespa aos 126.748,93 pontos (-0,82%).
As perdas são maiores em NY: Dow Jones cai -2,40%; o S&P -2,95% e o Nasdaq -3,50%. No câmbio, o dólar sobe ante emergentes, sendo que contra o real avança à máxima de R$ 5,9213 (+1,27%).
Ante pares, a busca por segurança favorece o iene e o franco suíço, empurrando o DXY a mínimas de 101,232 pontos (-1,62%).
Em linha com o dólar, os rendimentos dos Treasuries cedem, enquanto membros do Fed sinalizam a importância de minimizar o risco e deixar as taxas onde estão.
Os juros domésticos sobem do miolo em diante com a moeda, após dados de serviços apontarem que setor está 16,2% acima do nível pré-pandemia. (Ana Katia)