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Fala de Haddad sobre meta fiscal não convence e deixa investidor na defensiva; Wall Street passa por correção

Atualizado 30/10/2023 às 19:09:33

[30/10/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

O mercado doméstico operou descolado do cenário externo nesta segunda-feira, com o risco fiscal falando mais alto nas decisões de investimento. Dólar e juros futuros subiram com força, enquanto o Ibovespa recuou, na contramão da forte alta dos índices em Wall Street.

As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dadas hoje de manhã durante uma entrevista coletiva, não foram suficientes para reverter o estrago da fala do presidente Lula na sexta-feira, indicando que “dificilmente” o governo cumprirá a meta fiscal de déficit zero em 2024.

Haddad tentou justificar a fala do presidente, citando as dificuldades na arrecadação, mas foi pouco assertivo em relação à manutenção da meta zero, o que deixou o mercado inseguro.

Questionado várias vezes pelos jornalistas se a meta zero será perseguida, Haddad deu duas declarações a respeito: “Meu papel é buscar o equilíbrio fiscal, farei isso enquanto estiver no cargo” e “a minha meta está estabelecida, vou buscar o equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias”. As falas não convenceram e tampouco desfizeram a percepção de isolamento do ministro.

O dólar à vista fechou em alta de 0,67%, a R$ 5,0469. O Ibovespa caiu 0,68%, para 112.531,52 pontos, com volume fraco, de R$ 18,6 bilhões.

No exterior, a sessão foi de correção de exageros recentes, com investidores mostrando otimismo antes da decisão de política monetária do Fed, na quarta-feira. A semana também reserva a divulgação de balanços importantes, como o da Apple, na quinta-feira.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,58%, aos 32.928,96 pontos. O S&P500 avançou 1,20%, aos 4.166,82 pontos. E o Nasdaq ganhou 1,16%, aos 12.789,48 pontos. (Téo Takar e Ana Conceição)

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