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Bolsa tem melhor mês desde 2020, com mercado otimista com queda dos juros no Brasil e nos EUA

Atualizado 30/11/2023 às 19:14:19

[30/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas e o dólar chegaram à última sessão de novembro em alta. Os mercados acionários mantiveram a tendência de ganhos vista ao longo do mês, com investidores animados com a possibilidade de o Fed, o banco central americano, dar um fim no atual ciclo de aperto monetário e iniciar logo um ciclo de afrouxamento.

Já o dólar subiu hoje em um movimento de correção das perdas acumuladas no mês, com o mercado ajustando um pouco do otimismo em relação ao Fed. Os juros nos Estados Unidos devem cair em 2024, mas talvez demore um pouco mais do que indicavam as apostas feitas no começo da semana, com os cortes começando em maio, e não em março. O atraso no afrouxamento dos juros por lá ajuda a moeda americana a ganhar um breve fôlego de alta frente a outras divisas, embora a tendência continue sendo de baixa a médio prazo.

O destaque da agenda desta quinta-feira foi o índice de preços de gastos com consumo (PCE), o dado de inflação dos Estados Unidos preferido do Fed. Os preços ficaram estáveis em outubro na comparação com setembro, contrariando a previsão dos economistas, de alta 0,1% no período. O indicador confirmou tendência já vista em outros dados, de que a economia americana está em desaceleração neste último trimestre de 2023.

Por aqui, declarações do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, deram fôlego extra para alta do Ibovespa e a queda dos juros futuros, além de aliviar a alta do dólar. Ele indicou que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá ceder à pressão do mercado e acelerar o ritmo de cortes da taxa Selic em 2024. A promessa do Copom, para as reuniões de dezembro e janeiro, é reduzir os juros básicos em 0,5 ponto percentual. Mas esse ritmo poderia aumentar para 0,75 ponto por reunião, como deseja o mercado.

Na B3, o Ibovespa fechou em alta de 0,92%, aos 127.331,12 pontos, com volume financeiro expressivo, de R$ 33,8 bilhões. O principal índice da bolsa brasileira acumulou ganho de 12,54% em novembro, no melhor desempenho mensal desde novembro de 2020, quando avançou 15,90%. No ano, até agora, a bolsa registra valorização de 16,04%.

O dólar à vista fechou em alta de 0,56%, a R$ 4,9152, perto da mínima do dia (R$ 4,9142). No acumulado de novembro, a moeda recuou 2,50% e, no ano, mostra baixa de 6,91%.

Em Nova York, o índice Dow Jones fechou alta de 1,47%, aos 35.950,89 pontos. O S&P500 ganhou 0,38%, aos 4.567,80 pontos. Já o Nasdaq recuou 0,23%, aos 14.226,22 pontos. No mês, os índices acumularam altas de 8,77%, 8,92% e 10,70%, respectivamente. (Téo Takar e Ana Conceição)

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