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BDM Express: Tombo da Netflix e Tesla prometem pesar em NY

Atualizado 20/07/2023 às 06:09:17

Sem surpresas, o BC da China manteve suas principais taxas de juro inalteradas ontem à noite. Em NY, o tombo da Netflix (-9%) e Tesla (-4%) no after market contrata abertura difícil para o Nasdaq, em dia de agenda esvaziada nos EUA. Na Europa, a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha em junho (3h) pega o mercado apostando que o BCE e BoE vão ser mais leves no juro e antecipar o fim do ciclo de aperto.

Aqui, Haddad lança hoje (10h30) a Agenda de Reformas Financeiras, com propostas de aprimoramento regulatório para a atuação do mercado financeiro, enquanto a Fazenda cogita uma reforma tributária da renda mais agressiva.

Após reunião ontem com Lira, Hadad disse a jornalistas que pretende encaminhar um projeto de lei para tributar os fundos exclusivos de investimento, voltados à alta renda, os chamados super-ricos. A proposta será enviada ao Congresso junto com o Orçamento de 2024, que precisa ser apresentado até 31 de agosto, para que a arrecadação esperada com a medida possa ser contabilizada nas estimativas de receita.

Simone Tebet disse que até amanhã os ministérios receberão as estimativas orçamentárias para o próximo ano e terão duas semanas para responder sobre a distribuição dos recursos. Tebet se reuniu com Haddad e levou a tiracolo a presidente do Ipea, Luciana Servo, que apresentou a pesquisa do órgão apontando a “maior alíquota do mundo”, de 28%, para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Diante da quantidade de setores beneficiados com regimes diferenciados, que antecipa IVA elevado, a ideia do governo é obter uma compensação com ganhos de receita na taxação da renda e patrimônio. Embora desde o começo da reforma, a Fazenda tenha previsto um IVA geral de 25%, a quantidade de exceções já leva economistas a preverem a alíquota inicial de pelo menos 28% (como citou o Ipea).

Segundo o Broadcast, o desgaste público com a divulgação de estudos que apontam um IVA muito alto levou a Fazenda a mudar de estratégia e adiar de agosto para o fim do ano o envio ao Congresso da tributação da renda. O ministro da Fazenda disse que não abre mão da taxação sobre lucros provenientes de participações de residentes no Brasil em offshores.

CRISE NO BC – Em nota, o BC negou tentativa de “censura ou cerceamento” à livre manifestação de seus diretores, sem necessidade de “quaisquer autorização ou aprovação prévias”. Coincidindo com a chegada de Galípolo ao BC. Foi uma resposta à informação revelada por Mônica Bergamo/Folha de que RCN estaria tentando controlar as entrevistas à imprensa.

Incomodado com a defesa explícita de Galípolo por juros mais baixos, Campos Neto teria preparado documento para subordinar diretamente a ele assuntos relacionados à comunicação com órgãos de imprensa. Segundo a matéria, técnicos do BC reagiram mal e se articularam contra a tentativa da “lei da mordaça”.

MAIS AGENDA – Nenhum indicador doméstico está previsto para sair hoje. Nos EUA, saem os pedidos de auxílio-desemprego (9h30). Às 11h, saem vendas de moradias usadas em maio (-2,3%). American Airlines divulga balanço antes da abertura. Os BCs da Turquia (8h) e da África do Sul (10h) divulgam decisões de política monetária. Na zona do euro, sai a leitura preliminar do índice de confiança do consumidor em julho, às 11h.

CHINA HOJE – O BC manteve a taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano em 3,55% e a de 5 anos em 4,20%, resistindo à pressão dos investidores do mercado para lançar novos estímulos econômicos.

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