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BDM Express: Inflação nos EUA fecha a semana

Atualizado 29/09/2023 às 05:45:54

No último pregão de setembro, o PCE de agosto nos EUA (9h30) define o fechamento do trimestre, podendo esvaziar a relativa trégua que permitiu algum fôlego aos mercados, nesta 5ªF, se frustrar o consenso de recuo do núcleo da inflação para 3,9% na medida anual (+0,2% na margem). O índice cheio tem previsão de acelerar para 0,5% no mês e 3,5% no ano. O PIB/2Tri abaixo do esperado ajudou a aliviar as apostas de mais alta do juro americano, com queda dos yields, mas não zerou esse risco.

Aqui, a piora do cenário externo foi considerada como fator de pressão por Campos Neto, levando a um posicionamento mais conservador na curva de juros e elevando as previsões para a Selic. No final do dia, o DI praticamente eliminou as chances de corte de 75pbs nas reuniões do Copom de dezembro e janeiro

Houve ajuste também nas projeções para a taxa Selic terminal, que foi para dois dígitos no final de 2024, a 10,50%. Já uma nova pesquisa com economistas após o RTI mostrou que, de 57 casas, apenas cinco esperam que o BC aumente a dose de queda.

Em entrevista para comentar o Relatório de Inflação, Campos Neto admitiu que a barra para acelerar o ritmo de cortes da Selic está “ligeiramente mais alta” – uma declaração que impediu o DI jan/2025 de cair. Segundo ele, há “grande incerteza no cenário externo”. Mas pontuou que ainda “é cedo para falar em movimento de corte menor da Selic”. RCN disse que “precisamos monitorar o externo nas próximas semanas até o próximo Copom”.

O presidente do Banco Central evitou comentar as dificuldades fiscais para o cumprimento das metas, dizendo que, “quando as medidas de arrecadação forem aprovadas no Congresso, a tendência é o fiscal melhorar”. Ele também não quis falar da proposta da Fazenda para os precatórios. “Decisão se é despesa primária ou não cabe ao STF.” Hoje, Campos Neto dará palestra (9h) em evento da 1618 Investimentos.

AS MEDIDAS – Após reunião com Lira, Haddad disse que a expectativa é de votação de três projetos da pauta econômica na próxima semana: o Desenrola (2ªF), Marco de Garantias e taxação de offshore e fundos exclusivos. Os dois últimos, segundo ele, serão tratados pelo mesmo relator e o governo espera essa definição para ajustar o texto.

VEIO PIOR – O déficit do Governo Central em agosto (R$ 26,350 bilhões) veio levemente abaixo do esperado pelo mercado (R$ 26,045 bilhões), acumulando no ano até agosto um saldo negativo de R$ 104,590 bilhões. Foi o quarto pior resultado da série histórica, com queda de 5,8% das receitas no acumulado até agosto.

MAIS AGENDA – Mais dados fiscais serão conhecidos nesta 6ªF, com o resultado do setor público consolidado, que o BC divulgará às 8h30. As estimativas apontam para um déficit de R$ 26,5 bilhões na mediana. Às 9h, sai a Pnad da taxa de desemprego do trimestre móvel até agosto, que deve cair a 7,8%, de 7,9% (jul).

LULA – Presidente será submetido hoje à cirurgia para a colocação de duas próteses na cabeça do fêmur e na bacia, desgastados pela artrose. O procedimento ocorrerá no Hospital Sírio Libanês de Brasília, com equipe de médicos de São Paulo.

LÁ FORA – Além do PCE, sai a leitura final do índice de sentimento do consumidor medido em setembro pela Univ. Michigan (11h). Saem ainda os estoques no atacado em agosto (9h30), o PMI medido pelo ISM Chicago (10h45) e os dados da Baker Hughes (14h). Na Europa, Lagarde (BCE) fala sobre energia em conferência (4h40). Entre os indicadores, saem a inflação ao consumidor de setembro na zona do euro (6h) e PIB/2Tri no Reino Unido (3h). A Colômbia decide juro (15h). Na China, os PMIs industrial e de serviços de agosto serão divulgados à noite (22h30).

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