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BDM Express: Agenda fraca desloca expectativas para a semana que vem

Atualizado 21/07/2023 às 06:01:46

O Ibov promete volatilidade redobrada por conta do game das opções, que pode inflar o volume de negócios. Mas fora isso, é tão fraca a agenda, aqui e lá fora, que dificilmente virá daí o gatilho para os mercados operarem nesta 6ªF. Os investidores já estão na contagem regressiva para a semana que vem, que promete ser muito quente, com reunião do Fed e do BCE, além de PIB e PCE nos EUA, enquanto aqui a temporada dos balanços vai pegar força, com Vale entre os destaques na próxima 5ªF.

Hoje, o Ministério do Planejamento divulga o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas (13h30), que será comentado em entrevista coletiva às 14h. Ainda nesta 6ªF, segundo Simone Tebet, os ministérios receberão as estimativas orçamentárias para o próximo ano e terão cerca de duas semanas para responder ao Planejamento sobre a distribuição dos recursos. O projeto de lei do orçamento de 2024 precisa ser entregue ao Congresso até 31 de agosto.

Para garantir receitas extras, a equipe econômica tem pressa. Ainda que o governo só deva apresentar no fim do ano o pacote da reforma do IR, deve antecipar projetos “avulsos” para taxar contribuintes de maior renda. O Palácio do Planalto avalia enviar ao Congresso no mês que vem uma proposta para tributar os fundos offshore, além dos fundos exclusivos dos chamados “super-ricos”.

Segundo cálculos preliminares da Fazenda, a medida provisória para taxar os fundos offshore tem potencial para arrecadar R$ 3,59 bilhões, no próximo ano, e R$ 6,75 bilhões, em 2025.

Haddad rejeitou ontem a avaliação de que a reforma tributária e as mudanças previstas no IR (ainda não formalizadas) tenham por objetivo aumentar a arrecadação para auxiliar no ajuste fiscal. O ministro disse que tanto a reforma do consumo quanto a da renda estão sendo elaboradas buscando a neutralidade, sem intenção de aumento de carga tributária.

Haddad afirmou que a discussão da reforma do Imposto de Renda ainda não será aberta agora e terá que ser amadurecida para não correr o risco de desviar o foco do andamento da reforma tributária no Senado. O ministro confirmou que a MP que regulamenta as apostas esportivas vai sair do papel, mas minimizou o impacto na arrecadação. “Estimamos algo na casa de R$ 2 bilhões por ano, muito aquém do que se imaginava.”

Ainda durante o lançamento ontem de um pacote de microrreformas financeiras, Haddad cobrou publicamente do BC um “retorno” pelos esforços do governo com o novo regime fiscal e a reforma tributária. Pediu a queda da Selic como compensação. “Os juros vão ter que ser endereçados em algum momento. O País não aguenta mais. Temos margem de gordura de 10% de juro real que não existe em lugar nenhum do mundo.”

MAIS AGENDA – Haddad está em SP e se reúne esta manhã (10h30) com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e à tarde (15h), com presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. O Tesouro divulga, às 10h, o relatório mensal da dívida de junho, com entrevista coletiva às 10h30.

LÁ FORA — Saem as vendas no varejo do Reino Unido em junho (3h), além dos dados da Baker Hughes de poços de petróleo em operação nos EUA (14h). Antes da abertura, Amex solta balanço. O BC russo decide juro às 7h30.

PETRÓLEO – Os preços da commodity subiam perto de 0,80% no início da madrugada no Brasil. Os EUA enviaram navios de guerra para o Golfo Pérsico, após investidas do Irã contra navios petroleiros na região.

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