[16/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

O mercado doméstico de ações voltou do feriado ainda embalado pelos dados mais fracos de inflação ao consumidor (CPI) e no atacado (PPI) nos Estados Unidos, divulgados na terça-feira e ontem, que reforçam o cenário de fim do ciclo de aperto monetário pelo Fed, o banco central americano. O Ibovespa renovou a máxima do ano, mas apesar do maior apetite dos investidores pelo risco, o dólar fechou em leve alta frente ao real.

O otimismo na bolsa não se refletiu no câmbio devido ao risco fiscal. Embora o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte, tenha afirmado hoje que o governo decidiu manter a meta de déficit zero em 2024, o que representa uma vitória para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na briga com a ala política do governo, a notícia não eliminou totalmente a preocupação com as contas públicas.

Na avaliação de especialistas, o problema da meta fiscal apenas foi adiado para o começo do ano que vem. Como o governo já sinalizou que não pretende abrir mão de despesas, a manutenção ou não da meta dependerá da aprovação, pelo Congresso, da agenda de novas fontes de receitas para o ano que vem.

No exterior, a quinta-feira teve clima de ressaca nas bolsas, com os índices operando perto da estabilidade após duas sessões seguidas de ganhos. Hoje, dados mais fracos do mercado de trabalho e de produção industrial indicaram que a economia americana está em processo de desaceleração. Por outro lado, o mercado mostrou alívio com a aprovação de um orçamento temporário pelo Congresso americano para evitar a paralisação das atividades do governo federal por falta de recursos.

Na B3, o Ibovespa fechou em alta de 1,20%, aos 124.639,24 pontos, atingindo o maior nível em mais de dois anos. O volume financeiro alcançou R$ 53 bilhões, inflado pelo exercício de opções sobre o índice.

Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,13%, aos 34.945,47 pontos. O S&P 500 avançou 0,12%, aos 4.508,24 pontos. E o Nasdaq subiu 0,07%, aos 14.113,67 pontos. (Téo Takar)