Semana do Natal tem inflação e emprego aqui

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[23/12/24]

… Às pressas, o Congresso dos EUA conseguiu fechar um acordo para evitar um shutdown nos EUA e rejeitou as exigências de Trump de um aumento no teto da dívida em 2025, confirmando os sinais mais otimistas que já circulavam na 6ªF, de que a paralisação seria evitada. Nesta semana mais curta, as bolsas americanas operam em horário reduzido amanhã, véspera de Natal, quando a B3 fecha. A agenda internacional é esvaziada, mas aqui vale o destaque para o IPCA-15 e o Caged de novembro, ambos na 6ªF. A promessa é de liquidez esvaziada nos negócios e de um ambiente bem mais tranquilo, após a surpresa com o desejo de Lula de pacificar a relação com a Faria Lima. O presidente da República deve fazer um balanço do seu governo em pronunciamento à Nação na noite de Natal (3ªF).

… Foi uma festa nos ativos domésticos na 6ªF, quando circularam os relatos na imprensa de que, em clima paz e amor, Lula teria acenado ao mercado durante o almoço de confraternização de final de ano com seus ministros.

… Na mudança bem-vinda de tom, o presidente disse entender o motivo de as taxas de juros estarem altas e também mencionou que o governo não pode gastar mais do que arrecada, segundo apuração de bastidores.

… Pouco menos de uma semana antes, Lula comprou briga com o mercado durante a entrevista ao Fantástico, em que atacou a “irresponsabilidade é de quem aumenta juros todo dia” e estressou ao dizer que “vamos cuidar disso”.

… Na tentativa de baixar a lebre de interferência do governo na gestão da política monetária no mandato de Galípolo, o presidente cedeu aos apelos da equipe econômica e gravou na 6ªF vídeo defendendo a autonomia do BC.

… Posando ao lado de Haddad e de Galípolo, Lula anunciou seu apoio incondicional ao novo presidente do BC, a quem considera um “presente para o Brasil”, e disse que ele terá carta branca para agir como achar necessário.

… O recado de autonomia total pegou muito bem para o mercado, que alimenta a esperança de o governo seguir com novas medidas fiscais no ano que vem para não sobrecarregar o trabalho da política monetária do novo BC.

… Em discurso nesta linha, Haddad indicou na 6ªF, em café da manhã com jornalistas, que o pacote de corte de gastos promulgado pelo Congresso é só a “primeira leva” de uma rodada prevista de medidas do ajuste fiscal.

… Minimizando a desidratação do pacote, disse que as alterações feitas pelos parlamentares terão impacto negativo de cerca de R$ 1 bi em dois anos. Horas depois, a Fazenda revisou este número para o dobro: R$ 2,1 bilhões.

… O novo cálculo indica que a previsão agora é de economia de R$ 69,8 bilhões em dois anos com o pacote de corte de gastos do governo após as modificações feitas pelo Congresso, contra a estimativa original de R$ 71,9 bilhões.

… Pelas contas, porém, de economistas e analistas ouvidos pelo Broadcast, as perdas com as alterações promovidas no texto pela Câmara e o Senado podem ser bem maiores do que R$ 2 bi: devem ficar entre R$ 8 bi e R$ 20 bi.

… Nas contas da XP, a economia com o pacote fiscal que saiu do Congresso caiu de R$ 52 bilhões para R$ 44 bilhões.

… A Tendências Consultoria, que projetava R$ 52,6 bilhões em dois anos, estimou que as mudanças nas emendas parlamentares, Fundeb, Fundo Constitucional do DF e no BPC contrataram perda entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões.

… A Warren prevê economia de R$ 19,2 bilhões e R$ 26,2 bilhões, respectivamente, em 2025 e 2026, o que totaliza 45,4 bilhões. Valores que, segundo a casa, não garantem o cumprimento das metas fiscais em ambos os anos.

… Diante da potência mais reduzida do pacote na economia de despesas, o mercado financeiro certamente não vai deixar de continuar cobrando o compromisso com a responsabilidade fiscal até o final do mandato de Lula.

… Tanto isso parece ser verdade que, apesar do alívio nos prêmios de risco com o discurso mais market friendly de Lula na 6ªF, a curva do DI segue precificando Selic terminal acima de 16% e o dólar resiste na faixa de R$ 6 (abaixo). 

A BARGANHA – O Senado aprovou na 6ªF o último projeto do pacote fiscal enviado pelo Executivo ao Parlamento, com a promessa de veto por Lula de um trecho que limitava o escopo do BPC a deficiências moderadas e graves.

… A aprovação das medidas de cortes de gastos nos últimos dias envolveu acordos de liberação de emendas, que colocaram Alagoas, Estado de Lira, como campeão, tendo recebido quase R$ 74 milhões em emendas de comissão.

… Apesar de o impasse com o STF ter esfriado, nos bastidores, a cúpula do Congresso manda o recado de que o governo precisa continuar garantindo a liberação das emendas, mesmo que isso signifique bater de frente com Dino.

… Segundo a Coluna do Estadão, o Congresso afirma ter uma “carta na manga” caso haja um novo ataque à liberação dos recursos. É uma PEC, de autoria de Altineu Côrtes (PL), que pode acabar com a governabilidade de Lula.

… O projeto transfere as verbas das emendas de comissão para as individuais, ou seja, torna todas as emendas impositivas (de pagamento obrigatório), em uma potencial bomba armada para o Palácio do Planalto.  

… Em conversas com aliados, Lira tem dito que seria uma medida extrema e politicamente insustentável a Lula. Para um integrante do Centrão, seria “o fim do governo”, porque o Executivo perderia qualquer margem de negociação.

…. Lideranças do Congresso avaliam que, se aumentar a insatisfação dos deputados e dos senadores com a decisão do STF sobre a execução das emendas de comissão, “ninguém segura” a PEC no plenário.

REFORMA MINISTERIAL – De olho nas alianças para disputar a reeleição em 2026, Lula mencionou no almoço com ministros na 6ªF que deve mexer no governo, mas não explicou quais mudanças pretende fazer e nem quando.

… Segundo O Globo, Lira tem dito a aliados que o presidente Lula precisa mudar o primeiro escalão. O presidente da Câmara reclama que o PT ocupa ministérios relevantes na Esplanada, mas possui apenas 12% dos votos do plenário.

… Em paralelo, o PSD, partido que possui três ministérios, não tem um nome indicado pela Casa em um ministério considerado “forte”. Lira reforça que uma reforma ministerial poderia facilitar a aprovação de projetos do governo.

… Os comentários se seguem às dificuldades encontradas pelo Executivo para passar o pacote fiscal.

… De saída do Senado (em fevereiro), Rodrigo Pacheco, que é do PSD, negou em entrevista coletiva na 6ªF que irá assumir um ministério no próximo ano no governo Lula, apesar de ter tido o nome ventilado nos últimos meses.

… Na pasta de Comunicação, depois de Lula já ter reclamado publicamente da área, existe a expectativa de que o ministro Paulo Pimenta seja demitido. O mais cotado para seu lugar é o publicitário Sidônio Palmeira.

TESOURO – O estrategista de renda fixa Daniel Leal deixou a corretora BGC Liquidez para assumir a Subsecretaria da Dívida Pública do Tesouro. Ele substituirá Otávio Ladeira, que está de saída para assumir cargo na ONU.

REAJUSTE DOS SERVIDORES – O governo deve formalizar entre o Natal e Ano Novo os acordos salariais negociados. Segundo o Broadcast, é quase certo que as alterações serão publicadas por meio de MP, vigorando imediatamente.

… As medidas a serem publicadas formalizarão os acordos negociados com o Ministério da Gestão e trarão proposta de reajuste para cargos em comissão e funções gratificadas que varia entre 9% e 30%, em duas parcelas (2025/2026).

MAIS AGENDA – O câmbio tem para conferir hoje, às 8h30, os dados em c/c de novembro. O mercado prevê déficit de US$ 3,45 bi das transações correntes (mediana do Broadcast), após saldo negativo de US$ 5,880 bi em outubro.

… As estimativas, todas de déficit, variam de US$ 8,368 bilhões a US$ 1,50 bilhão.

… Para o Investimento Direto no País (IDP), a mediana indica entrada líquida de US$ 6,0 bilhões em novembro, contra saldo positivo de US$ 5,717 bi no mês anterior. As expectativas vão de US$ 4,30 bilhões a US$ 8,30 bilhões.

… Pouco antes (8h), sai a prévia do IPC-S. Mas o dia forte da semana mais curta é a 6ªF, quando o IPCA-15 deve desacelerar de 0,62% em novembro para 0,45% em dezembro, diante da continuidade da bandeira verde da Aneel.

… No mesmo dia, saem os dados de emprego da Pnad e do Caged. A tendência é de alguma diminuição no ritmo de criação das vagas de trabalho com carteira assinada, para 125 mil em novembro, contra 132.714 em outubro.

… Ainda para a 6ªF são esperados o resultado das contas do Governo Central em novembro e o IGP-M de dezembro.

… Sob pressão da piora nas projeções de inflação pelo Copom, o Santander puxou a estimativa de Selic terminal na 6ªF de 13% para 15,50% e elevou as apostas para o IPCA, de 4,8% para 4,9% em 2024, e de 4,3% para 5,5% em 2025.

… O banco também revisou a previsão para o PIB de 2024 de 3% para 3,5% e manteve em 1,8% no ano que vem.

LÁ FORA – Antes do Natal, ainda saem hoje nos EUA a atividade nacional de novembro medida pelo Fed de Chicago (10h30) e a confiança do consumidor em dezembro calculada pelo Conference Board (meio-dia).

… Amanhã, no pregão reduzido, as bolsas em NY têm o fechamento antecipado para as 15h e os Treasuries, 16h.

… Na sessão da última 6ªF, o PCE de novembro, indicador de inflação preferido do Fed, esfriou para o ritmo mais lento desde maio, mas o mercado segue precificando menos de dois cortes de 25pb até o fim do ano que vem.

… Ainda na agenda internacional, o BC da Turquia divulga decisão de política monetária na 5ªF.

DESCOMPRESSÃO – Comparado às sessões anteriores, quando o dólar chegou a bater em R$ 6,30, os ativos domésticos tiveram uma 6ªF de céu de brigadeiro.

… O BC executou mais uma pesada intervenção no câmbio, de US$ 7 bilhões, que ajudou a baixar o dólar, mas refresco mesmo veio com o vídeo em que Lula garantiu que não vai intervir no BC.

… Divulgada no meio da tarde no X, a fala de Lula derrubou ainda mais o dólar, derreteu os juros e elevou o Ibov.

… A aprovação pelo Senado das medidas de contenção de gastos do governo, mesmo desidratadas, e o recuo do dólar lá fora, capitaneado por um PCE abaixo do esperado nos EUA, contribuíram para a recuperação do real.

… Depois de fazer mínima em R$ 6,0458, o dólar à vista fechou em baixa de 0,84%, a R$ 6,0721. Mas na semana, a moeda subiu 0,68%, mesmo com os bilhões injetados pelo BC.

… Desde que a autarquia começou a intervir no mercado, na segunda semana de dezembro, os leilões de dólares do BC somaram US$ 27,77 bilhões vendidos (US$ 16,77 bilhões à vista e US$ 11 bilhões com data de recompra).

… É a maior intervenção da história do regime de câmbio flutuante. O recorde anterior era de US$ 23,354 bilhões, em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.

… As taxas dos DIs chegaram a subir mais de 30 pb na 6ªF, em meio aos receios de que o País entre em um quadro de dominância fiscal. Mas despencaram à tarde, depois do vídeo de Lula.

… O DI para janeiro de 2026 recuou a 14,945% (de 15,100% no fechamento anterior); Jan/27, a 15,105% (de 15,405%); Jan/29, a 14,680% (de 15,050%); Jan/31, a 14,350% (de 14,730%); e Jan/33, a 14,130% (de 14,500%).

… Apesar do alívio nos prêmios de risco, a curva seguiu precificando Selic terminal acima de 16%.

FOI NO EMBALO – Em dia de exercício de opções, o Ibovespa conseguiu recuperar os 122 mil pontos, avanço de 0,75% (122.102,15 pontos). Na semana, contudo, houve perda de 2,01%.

… Os papéis ligados ao ciclo econômico lideraram as altas: Vamos avançou 6,61% (R$ 5,00), Assaí subiu 6,07% (R$ 5,77) e Raízen, +6,02% (R$ 2,29).

… Bancos tiveram ganhos consistentes. Santander registrou +2,32%, a R$ 24,29, na máxima do dia; Bradesco ON,  +2,28% (R$ 10,78); Bradesco PN, +2,26% (R$ 11,76); Itaú, +1,16% (R$ 31,50); e Banco do Brasil, +0,80% (R$ 24,08).

… Descolada da queda do minério de ferro (-0,77% em Dalian), Vale avançou 1,58%, a R$ 54,62, na máxima.

… Petrobras ON caiu 0,72% (R$ 39,72) e Petrobras PN cedeu 0,83% (R$ 36,85), contra a estabilidade do Brent/fev (+0,08%), a US$ 72,94 por barril, diante de duas forças opostas: alívio global no dólar e incertezas sobre a demanda.

… No ranking negativo do Ibovespa, os destaques foram Automob (-10,64%; R$ 0,42), Caixa Seguridade (-3,81%; R$ 15,13) e Braskem (-3,18%; R$ 12,19).

REFRESCO – O PCE um pouco mais baixo que o esperado acalmou os ânimos em Wall Street na 6ªF, abrindo espaço para as bolsas recuperarem parte da forte baixa provocada pelo gráfico de pontos do Fed.

… Além disso, a busca de uma saída no orçamento do governo para evitar um shutdown ajudou a melhorar o astral.

… O PCE desacelerou para 0,1% em novembro, ante projeção de 0,2%, que também foi a leitura de outubro. Na comparação anual, acelerou de 2,3% para 2,4%, mas ficou abaixo dos 2,5% esperados.

… O núcleo do PCE também subiu apenas 0,1%, recuando de 0,3% em outubro e ante expectativa de 0,2%. Na comparação anual, avançou 2,8%, igual a outubro, mas abaixo dos 2,9% esperados.

… Dados de renda e despesas dos americanos vieram mais amenos. Renda pessoal subiu 0,3% em novembro, de 0,7% em outubro e abaixo do 0,4% esperado.

… Gastos com consumo cresceram 0,4%, de 0,3% em outubro, mas abaixo da expectativa de 0,5%.

… Com Jerome Powell focado no progresso da inflação, os dados moderados do PCE de novembro deram a dirigentes do Fed e investidores sinais de que a economia está esfriando, apesar de seguir robusta.

… Austan Goolsbee, presidente do Fed/Chicago, disse em entrevista à CNBC que os dados do PCE foram animadores.

… “Estamos no caminho para chegar à meta de 2%. Estou esperançoso de que dois meses de números ruins (set e out) foram mais um solavanco que uma mudança de curso”, disse o dirigente.

… John Williams, do Fed/NY, foi na mesma linha. “Os números são encorajadores. Ainda não atingimos nossa meta de 2%, mas, definitivamente, vemos progresso em direção a ela. Vamos garantir que chegaremos lá”, disse.

… Já Mary Daly, do Fed/San Francisco, disse não estar confortável com a inflação e que, embora não veja risco de alta de juros no momento, não se pode descartar essa possibilidade.

… Num comunicado, Beth Hammack (Cleveland), única dissidente do último Fomc, argumentou que preferia manter os juros até ter mais evidências de que a inflação caminha para 2%.

… Os índices de ações, que iniciaram o dia em queda com a possibilidade de shutdown, aceleraram a alta.

… No fechamento, o Dow Jones avançou 1,18%, aos 42.840,26 pontos. S&P 500 ganhou 1,09% (5.930,85) e o Nasdaq subiu 1,03% (19.572,60 pontos). Na semana, porém, registraram perdas de, respectivamente, 2,26%, 1,98% e 1,78%.

… O sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan melhorou pelo 5º mês consecutivo. O índice subiu a 74 em dezembro, de 71,8 em novembro, um pouco abaixo dos 74,3 esperados.

… A pesquisa mostrou ainda que as expectativas de inflação em 12 meses subiram de 2,6% para 2,8% no período. Mas para o horizonte de cinco anos caíram de 3,2% para 3,0%.

… Entre os retornos dos Treasuries, o da note de 2 anos recuou a 4,314%, de 4,322% na sessão anterior, e o da note de 10 anos, a 4,528% (de 4,570%). O do T-bond de 30 anos caiu a 4,720% (de 4,736%).

… Na mesma toada dos juros, o dólar perdeu terreno entre seus principais pares. O índice DXY recuou 0,72%, a 107,621 pontos. O euro avançou 0,65%, a US$ 1,0440, a libra, +0,62%, a US$ 1,2585, e o iene, +0,63% (156,414/US$).

EM TEMPO… PETROBRAS recebeu demanda societária solicitando afastamento de Raoni Iago Pinheiro Santos e suspensão de sua remuneração no Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde até julgamento de ação popular.

TELEFÔNICA aprovou cancelamento de 21.944.664 ações ON, sem valor nominal e mantidas em tesouraria, equivalente a 1,33% do capital social; ações canceladas foram adquiridas no contexto do programa de recompra…

… Com o cancelamento, o capital social da empresa passou a ser dividido em 1.630.643.696 ações ON, escriturais e sem valor nominal.

OI recebeu proposta vinculante da Mileto para aquisição de ativos da operação de TV por assinatura da empresa…

… A proposta engloba a base de assinantes de TV e equipamentos terminais associados, bem como demais ativos, direitos e obrigações relacionados à operação.

MULTIPLAN concluiu a venda do terreno de 23.834 m² adjacente ao RibeirãoShopping, por R$ 48,4 milhões. O local abrigará um projeto multiuso a ser desenvolvido por um empreendedor.

DIRECIONAL aprovou a distribuição de dividendos intermediários no montante de R$ 220.042.564,74, o equivalente a R$ 1,27 por ação; data de pagamento não foi informada; ex em 6/1/25.

CURY aprovou a 6ª emissão de debêntures simples, em até quatro séries, no valor de R$ 500 milhões. Serão emitidos 500 mil títulos pelo valor unitário de R$ 1 mil, com vencimento em cerca de cinco anos.

DASA concluiu o processo de venda de suas atividades de corretagem e consultoria de seguros para o Grupo Case Benefícios e Seguros. O montante total da transação é de R$ 255 milhões.

EUROFARMA. AGE aprovou a distribuição de JCP no montante de R$ 180,3 milhões, referente ao período de 1º de janeiro a 20 de dezembro de 2024. Ex em 31 de dezembro.

LIGHT. Em vias de concluir o seu plano de recuperação judicial, a companhia fez a entrega no Brasil e a emissão no exterior dos títulos e debêntures a seus credores quirografários…

… Medida permitirá aos credores voltarem a negociar seus papéis nos próximos dias, e a expectativa é que isso ocorra a partir de hoje.  

ISA ENERGIA (ex-ISA Cteep) iniciou operação comercial da segunda fase de Minuano, projeto que pertence à Evrecy, subsidiária integral do grupo, com antecipação de quatro meses em relação ao prazo estabelecido pela Aneel…

… Empreendimento contribui, segundo a empresa, com o escoamento de energia na região Sul do País e aumenta a qualidade no atendimento à Região Serrana do Rio Grande do Sul.

ENERGISA registrou queda no consumo de energia elétrica nas áreas de concessão no mês de novembro, alcançando 3.643 gigawatts-hora (GWh); volume representa redução de 0,5% em relação ao mesmo mês de 2023.

RAÍZEN e suas subsidiárias concluíram a alienação de projetos de geração distribuída, bem como a redução de participação na operação de Mobilidade no Paraguai…

… No primeiro caso, Raízen vendeu à Brasol até 31 projetos de usinas de geração solar distribuída que pertencem à empresa e suas subsidiárias, com capacidade nominal instalada agregada de até 128 MWp…

… Companhia informou que, mesmo após a operação, irá seguir atendendo seus clientes, sendo a contraparte adquirente da energia gerada dos ativos alienados aos compradores.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

Pacote fiscal está na reta final, mas BC volta ao câmbio

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[20/12/24]

… A China manteve os juros na noite de ontem. Nos EUA, ainda sem um plano contra o shutdown hoje, à meia-noite, os futuros em NY caíram forte durante a madrugada. Na agenda dos indicadores, o PCE de novembro (10h30) deve confirmar a pausa do Fed em janeiro. Aqui, Brasília está quase liquidando as votações do pacote fiscal. A única pendência é a votação hoje pelo Senado (10h) do PL de mudanças no BPC e limite ao salário mínimo. Só não dá para garantir festa nos mercados com a tramitação a todo o vapor, já que a desidratação das medidas reduziu a potência do ajuste pretendido. Diante das ondas de pressão no dólar, que ontem cravou pico de R$ 6,30 (antes de aliviar), o BC continua gastando bala no câmbio. Vai entrar hoje com mais US$ 3 bilhões em leilão à vista (9h15) e US$ 4 bilhões em linha, divididos em duas operações (10h20 e 10h40). Com estas atuações adicionais, o BC promete fazer a maior intervenção da história do regime de câmbio flutuante, em um total de US$ 27,760 bilhões em dezembro.

… O recorde até agora, de US$ 23,354 bilhões, pertence a março de 2020, quando a pandemia de covid estourava.

… No acumulado do mês, até ontem, o BC já despejou US$ 13,760 bilhões no spot, consumindo 3,5% das reservas cambiais, segundo anotou o Broadcast. Só nesta 5ªF, foram injetados US$ 8 bilhões para conter o rali do dólar.

… Esta foi a maior intervenção diária de todos os tempos para a modalidade do segmento à vista e foi mais do que o dobro do recorde anterior, de US$ 3,465 bilhões, que havia sido estabelecido em 9 de março de 2020.  

… RCN disse em coletiva que o BC tem mapeado dia a dia o fluxo de saída de dólares, que está “acima da média”.

… Boa parte da pressão, como se sabe, é sazonal, diante das remessas ao exterior típicas desta época de fim de ano. Mas parte dos agentes acusa também fuga de risco, com a porta de saída do câmbio pequena para tanta debandada.

… Sem querer polemizar com o mercado financeiro, Galípolo disse ontem, em coletiva, que não compactua com a ideia (defendida um dia antes por Haddad) de que o real esteja sendo alvo de uma ataque especulativo coordenado.

… “Eu acho que não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, vamos dizer assim, como se fosse uma coisa só, que está coordenada, andando em um único sentido” [de apreciação do dólar e queda do real], disse.

… “Para existir um mercado, precisa alguém comprando e alguém vendendo. Toda vez que um ativo se mobiliza em alguma direção, você tem vencedores e perdedores. A ideia de ataque especulativo não representa bem.”

… Os comentários ajudaram a relaxar a tensão no câmbio, junto com a “atuação-monstro” do BC e as sinalizações de Lira de que o pacote fiscal andaria na Câmara, com o governo finalmente tendo conquistado os votos necessários.

LIBEROU – Depois de passar aperto na noite de 4ªF, quando constatou que não tinha adesão suficiente para aprovar a PEC fiscal, o governo teria oferecido R$ 5 mi em emendas por parlamentar na Saúde, em relatos ao Estadão.

… Comprou a vitória: o governo conseguiu 18 votos do PL de Bolsonaro e a PEC passou com folga. Teve 344 e 348 votos favoráveis no 1º e 2º turnos, respectivamente, dos 308 votos exigidos para aprovar emenda à Constituição.

… O placar foi assegurado, apesar de fogo amigo: três deputados do PT votaram contra a proposta: Rui Falcão (PT-SP), Marcon (PT-RS) e Natália Bonevides (PT-RN). Além disso, todos os integrantes do PSOL foram contrários.

… À noite, a toque de caixa, também o Senado aprovou a PEC em dois turnos, na forma já desidratada pela Câmara.

… A medida contra os supersalários na administração pública saiu enfraquecida do Congresso, em derrota para Haddad. Fracassou a tentativa de impor um dispositivo para extinguir brechas que permitem os altos salários.

DOUROU A PÍLULA – A Fazenda estima que os três projetos incluídos no pacote fiscal vão gerar economia de R$ 70 bilhões em dois anos, mas especialistas em contas públicas contestam o cálculo e preveem de R$ 40 bi a R$ 50 bi.

… As contas ainda terão de ser refeitas após as modificações no Congresso, que já desidratou 19 trechos do pacote.

… “Quando anunciamos [o pacote], havia previsão de economia de R$ 71,9 bilhões em dois anos. Vamos ficar em torno de R$ 70 bilhões. O pacote não desidratou”, disse ao Broadcast o número dois de Haddad, Dario Durigan.

… Sobre o BPC, item que demandou mais negociação na Câmara, Durigan afirmou que está mantida a previsão de economia anual de R$ 2 bilhões. Primeiro porque, segundo ele, essa estimativa era “super conservadora”.

… Em segundo lugar, porque uma das definições mais importantes para combater a judicialização na concessão do benefício está integrada no texto: para receber o benefício, o grau de deficiência deve ser moderado ou grave.  

… No caso do Fundeb, ficou estabelecido que, em 2025, até 10% – e não 20% como proposto – de complementação da União ao fundo poderá ser empregado em manutenção de matrículas em escolas públicas de tempo integral.

… Mesmo assim, o governo mantém a projeção de economia de quase R$ 5 bilhões no próximo ano.

… Durigan reconheceu que o governo perdeu na discussão sobre o ajuste no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que em dois anos geraria economia de R$ 2,3 bilhões à União.

… Além disso, a equipe não conseguiu garantir desde já o R$ 1 bilhão projetado com as mudanças nas regras da previdência militar, que ainda serão votadas, mas não neste ano.

… Mas estes pouco mais de R$ 3 bilhões que não puderam ser colocados na conta do governo serão praticamente compensados com uma economia maior a partir da nova regra do salário mínimo, argumenta Durigan.

PLOA FICA PARA 2025 – O relator da Lei Orçamentária Anual do ano que vem, senador Angelo Coronel, anunciou que ficará para depois do recesso (fevereiro) a apreciação do seu parecer na CMO e plenário do Congresso…

… No Valor, a manobra pode estar associada à barganha que sempre precede uma reforma ministerial. Coronel quer esperar o quadro ficar mais claro para fechar os acordos de destinação de recursos às áreas e programas.

… Haveria o risco de um partido indicar verbas para um ministério que controla hoje e perder a pasta na reforma.

… Coronel negou que o adiamento da votação da LOA possa ocorrer por causa da possível reforma ministerial, mas disse que vê dificuldades para aprovação este ano e pediu mais tempo para amadurecer o debate.

… Seu partido (PSD) é cotado para ganhar mais espaço em fevereiro, com a ida de Pacheco a um cargo no governo.

… O relator também quer esperar a troca do comando no Senado, onde os presidentes têm muita influência sobre a indicação do uso das emendas de comissão.

… As peças do xadrez da reforma ministerial se movimentam com mais intensidade neste fim de ano de votações importantes para o governo no Congresso.

… A articulação de Lira nas votações do pacote fiscal rendeu elogios da base aliada e cacifou o parlamentar para eventualmente ocupar um ministério a partir de fevereiro, quando deixa a Câmara, segundo apurou o Valor.

… Enquanto isso, o governo quase sofre a primeira baixa ministerial. O chefe da Defesa, José Múcio Monteiro, disse ao presidente Lula que deseja sair do governo “para cuidar dos netos”, segundo a repórter Vera Rosa, do Estadão.

… Múcio já teria manifestado mais uma vez sua intenção de deixar o cargo e voltou a falar do assunto agora que se agita a reforma ministerial.

… Ele tem sido pressionado de um lado pelo PT – que o vê como porta-voz das Forças Armadas – e, de outro, pela própria caserna, que cobra mais recursos.

… Lula teria pedido ao ministro para “segurar a onda”. Entre os cotados para substituí-lo estão Alckmin e Pacheco. Mas nenhum dos dois quer a pasta, segundo os bastidores apurados pelo Estadão.

MAIS RECEITA – Câmara aprovou PL que alonga o prazo para instituições financeiras deduzirem perdas de inadimplência da base de cálculo do IRPJ e CSLL. A medida deve arrecadar R$ 16,8 bi em 2025. O texto vai ao Senado.

MAIS AGENDA – Haddad tem café da manhã com jornalistas que cobrem a Fazenda, às 10h. Lira também reúne setoristas, às 9h. Na despedida do BC, Campos Neto faz live às 15h. Galípolo assume como interino a partir de hoje.

… De volta a Brasília após dez dias, o presidente Lula faz confraternização com ministros, às 12h30.

LÁ FORA – A Universidade de Michigan divulga o sentimento do consumidor, que deve subir a 74 na leitura final de dezembro, de 71,8 em novembro. Também informa as expectativas de inflação dos americanos para 1 e 5 anos.

… Os dados da Baker Hughes sobre o número de poços e plataformas em operação nos EUA sai às 15h. Dois BCs decidem juros hoje: o da Rússia (7h30) e o da Colômbia (15h).

CHINA HOJE – O PBoC manteve inalteradas suas principais taxas de juros, pelo segundo mês consecutivo. A taxa de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano ficou em 3,1%. A LPR de 5 anos seguiu em 3,6%.

ÁGUA A QUEM TEM SEDE – Contra a gravidade da crise, o BC e o Tesouro atuaram ontem, mais uma vez, em parceria, com leilões coordenados no mercado financeiro para tentar estancar a turbulência nos negócios.

… Mas não foi nada fácil vencer a “zona de arrebentação”. Pela manhã, o Tesouro anunciou leilões de compra e venda de NTN-B e o BC entrou no câmbio com o leilão à vista que já estava programado, de US$ 3 bilhões.

… Mesmo assim, o mercado foi para cima: puxou o dólar até R$ 6,30 na máxima intraday (+0,55%), apressando o BC a entrar com uma oferta extraordinária mais volumosa, de US$ 5 bilhões. Só assim conseguiu baixar a bola.

… Depois da atuação recorde empreendida pelo BC no câmbio, o dólar à vista finalmente se dobrou aos esforços, virou para queda, entrou num canal de alívio consistente e, no fechamento, derretia 2,27%, para R$ 6,1237.

… Também a curva do DI primeiro foi às alturas, com diversos contratos testando marcas acima de 16%, diante do atraso na tramitação do pacote fiscal na Câmara e as evidências de desidratação do texto pelos deputados.

… Foi só depois que o dólar começou a desarmar a pressão, que também os juros futuros se encorajaram a queimar prêmio de risco. Dose extra de alívio veio com o comentário de Lira de que resolveria ontem mesmo o pacote fiscal.

… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 caiu para 15,100% (de 15,385% no fechamento anterior); Jan/27, a 15,405% (de 15,840%); Jan/29, a 15,050% (de 15,540%); Jan/31, a 14,730% (15,210%); e Jan/33, 14,500% (14,940%).

… Também pegaram bem as declarações de Galípolo de que o cenário teria que mudar muito para o Copom entregar algo diferente de mais duas altas de 1pp no juro. O futuro presidente do BC disse ser “bem apegado ao guidance”.

… Segundo ele, “a barra é alta para qualquer tipo de mudança” [na orientação já encomendada para a Selic].

… Ainda esvaziou o temor de interferência política no Copom, ao dizer que Lula “nem do ponto de vista legal jamais chegou perto de discutir o que o Banco Central vai fazer em qualquer tipo de reunião de política monetária”.

CALL EM XEQUE – A garantia de Galípolo de que a Selic só deverá subir 2pp, para 14,25%, continua sendo confrontada por parte do mercado, especialmente depois de o RTI ter confirmado o teor hawkish da ata do Copom.

… Segundo o Itaú, o RTI reforça o cenário de juro terminal de 15%, com chance de até mais. “Caso o movimento recente da taxa de câmbio não seja revertido, enxergamos riscos assimétricos para cima”, segundo o banco.

… Para a XP Investimentos, a alta das projeções de inflação em todo o horizonte de apostas apresentado pelo RTI sugere elevação adicional da Selic para além das duas próximas reuniões de política monetária (janeiro e março).

… Depois do RTI, a mediana do mercado em pesquisa Broadcast para a Selic no fim/2025 subiu de 14,75% para 15%.

… No RTI, a estimativa para o IPCA em 12 meses à frente está acima do teto da meta até o 3Tri do ano que vem. Ainda segundo o documento, a chance de estouro da meta em 2025 praticamente dobrou, de 28% para 50%.

… O documento trouxe revisão para cima das projeções para a taxa de câmbio (R$ 5,60 para R$ 5,95), hiato do produto do 3Tri (0,5% para 0,7%) e PIB deste ano (3,2% para 3,5%) e do ano que vem (2,0% para 2,1%).

… A estimativa para o dólar é considerada defasada, depois de já ter quase rompido a barreira de R$ 6,30 ontem.

CAI MUITO, SOBE POUCO – Econômico na alta, o Ibovespa subiu só 0,34% ontem, depois de ter recuado mais de 3% na véspera. Mas o fôlego moderado foi suficiente para recobrar a marca dos 121 mil pontos (121.187,91).

… É pouco, mas é alguma coisa. Hoje, tem game de opções na bolsa, um dia após as ações das blue chips das commodities terem exibido performances negativas e terem limitado o Ibovespa a um “voo de galinha”.

… Petrobras ON caiu 0,92% (R$ 40,01) e PN cedeu 0,40% (R$ 37,16), em linha com a queda de 0,69% do Brent/fev, a US$ 72,88 por barril, pressionado pela alta do dólar pós-Fed.

… Embora a escalada da moeda americana pressione os preços dos combustíveis, a estatal deve esperar para definir reajustes, segundo apuração da Folha.

… A maior pressão é sobre o diesel, cujo valor nas refinarias da Petrobras está defasado em R$ 0,53 o litro, a maior diferença desde o início de julho.

…. Procurada pelo jornal, a Petrobras disse que não antecipa decisões sobre manutenção ou reajuste de preços.

… Ainda no Ibov, Vale caiu 1,90%, a R$ 53,77, na esteira da forte queda do minério de ferro em Dalian (-2,63%). Outras metálicas também sentiram a pressão: CSN (-2,53%; R$ 9,25) e CSN Mineração (-1,87%; R$ 5,25).

… Depois da queda forte na véspera, os bancos ficaram no azul. Santander (+0,76%; R$ 23,74), Banco do Brasil (+0,63%; R$ 23,89), Bradesco ON (+0,57%; R$ 10,54), Bradesco PN (+0,09%; R$ 11,50), e Itaú (+0,55%; R$ 31,14).

… Automob voltou a liderar a lista positiva, após a realização de lucros da sessão anterior, com +34,29%, a R$ 0,47.

… O alívio nos DIs beneficiou as cíclicas: Localiza, +8,75% (R$ 32,55); Carrefour, +8,20% (R$ 6,07); Hapvida, +8,02% (R$ 2,29); Magazine Luiza, +6,10% (R$ 7,13); Cogna, +6,06% (R$ 1,05); e Assaí, +5,84% (R$ 5,44).

… Em janeiro, abre-se a primeira janela de emissões de dívida no exterior, geralmente o melhor período do ano. Mesmo com a piora do câmbio, o Itaú BBA prevê até sete emissões de empresas brasileira no mês que vem.

… Ao Broadcast, o Itaú BBA acredita que o estrangeiro ainda dá o benefício da dúvida para o Brasil, em especial a empresas com um perfil de crédito mais forte. Mas isso pode mudar com uma piora adicional do câmbio e dos juros.

#FAIL – As bolsas até tentaram uma recuperação ontem em NY, depois do mergulho pós-Fed de 4ªF, mas os dados econômicos em sintonia com a cautela do Fed mantiveram os investidores com o pé atrás.

… Na terceira e última leitura, o PIB dos EUA no 3º trimestre foi revisado de alta anualizada de 2,8% – que também era a expectativa – para 3,1%. No 2º trimestre, o crescimento foi de 3%.

… Outro dado forte foi a queda – de 242 mil para 220 mil – nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, mostrando que o mercado de trabalho segue firme e forte.

… No mercado imobiliário, uma boa notícia: a venda de moradias usadas subiu 4,8% em novembro ante outubro, ante expectativa de alta de 2,5%.

… Com a economia indo bem, no FedWatch, do CME, as apostas agora são de apenas um corte de 25pb em 2025, em maio, em vez dos dois cortes previstos pelo Fed. Na semana passada, a ferramenta mostrava expectativa de três.

… Sem gatilhos positivos, as bolsas ficaram no zero a zero. O Dow Jones ao menos conseguiu interromper a sequência de 10 baixas seguidas: +0,04%, aos 42.342,24 pontos.

… O S&P 500 ficou perto da estabilidade (-0,09%), aos 5.867,08 pontos; o Nasdaq caiu 0,10%, a 19.372,77 pontos.

… Os juros dos Treasuries longos reagiram em alta ao PIB, com o da note-10 anos subindo a 4,568% (de 4,514% na sessão anterior) e o do T-bond de 30 anos, a 4,746% (de 4,687%). Já o retorno da note-2 caiu a 4,313% (de 4,354%).

… Com a manutenção dos juros pelo BoE e BoJ, o dólar seguiu em alta ante a libra (-0,60%, a US$ 1,2507) e o iene, que levou um tombo de 1,74%, a 157,401/US$. O euro ficou estável (+0,03%), a US$ 1,0372.

… Contra uma cesta de seis moedas, o dólar (DXY) subiu 0,35%, para 108,408 pontos.

… No Reino Unido, o BoE fez uma ‘manutenção dovish’ do juro, numa decisão dividida, com seis votos pela continuidade em 4,75% e três por um corte de 25pb.

… Para a Capital Economics, a decisão reforça a visão de que o BoE cortará juros em ritmo mais forte que o esperado pelo mercado ao longo de 2025. A TD Securities prevê cortes em todas as reuniões entre fevereiro e agosto.

… Já para o BoJ, a expectativa é de que, após ter mantido o juro em 0,25% pela terceira reunião consecutiva, eleve a taxa em janeiro, na visão da Capital Economics e do Société Générale.

… Embora os dados dos últimos meses justificassem uma alta nesta reunião, o BC japonês preferiu esperar por uma nova rodada de números, disse a Capital.

EM TEMPO… BRADESCO aprovou pagamento de R$ 2,975 bilhões em JCP, ex em 02/01/25. Valor líquido será de R$ 0,2271 por ação ordinária e R$ 0,2498 por ação preferencial.

PETROBRAS estrutura parceria com CSN e CSN Inova Soluções para negócio em planta de hidrogênio de baixo carbono no Paraná…

… Empresa iniciou operação da unidade de abatimento de emissões atmosféricas (SNOX) da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada em Ipojuca (PE).

BRAVA ENERGIA fechou contrato de 3 anos com a Comgás para fornecimento de gás natural a partir jan/25…

… O negócio prevê o fornecimento de volumes entre 150 mil e 450 mil m³/dia de gás do Recôncavo Baiano, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.

LOJAS RENNER aprovou a distribuição de R$ 179,4 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,1706, com pagamento a partir de 8/1/25; ex em 27/12/24.

ASSAÍ. Conselho aprovou deslistagem de papéis (American Depositary Shares – ADS) na bolsa de NY. Cada ADS representa 5 ações ordinárias, negociadas na Nyse por meio de ADRs.

ELETROBRAS aprovou pagamento de R$ 2,201 bilhões em dividendos intercalares; ex em 30/12. Valor será de R$ 2,430 por PNA, R$ 1,823 por PNB e R$ 0,8629 por ação ordinária e golden share.

VAMOS. Moody´s atribuiu pela 1ª vez rating AA+.br, com perspectiva estável. Rating reflete “forte posição competitiva da empresa, líder do setor com 70% de participação de mercado em tamanho de frota”.

CYRELA aprovou programa de recompra de até 9 milhões de ações em circulação. Também vai cancelar 9 milhões de ações ordinárias, atualmente mantidas em tesouraria. Capital social se mantém em R$ 3,6 bilhões.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

Pacote desidratado fica para hoje na Câmara

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[19/12/24]

… O BoJ decidiu esperar um pouco mais para apertar o juro e manteve a taxa inalterada em 0,25% durante a madrugada. Também hoje, às 9h, o BoE inglês deve optar por manutenção (4,75%), ainda que deva indicar retomada do ciclo de cortes no ano que vem. As decisões de política monetária vêm no day after do Fed. Hoje tem PIB/3Tri nos EUA (10h30), depois de Powell ter esfriado as chances de nova queda do juro em janeiro e elevado a 90% as apostas em uma pausa em janeiro, ajudando o dólar a explodir por aqui. Após um dia de ausência no câmbio, o BC ataca novamente com mais um leilão à vista hoje (9h15), de até US$ 3 bilhões. O RTI será divulgado às 8h e comentado às 11h em coletiva de imprensa por Galípolo e Campos Neto, que antes participam de café da manhã com jornalistas (10h). Na Câmara, sem votos do governo para a PEC do ajuste fiscal, Lira chamou nova sessão para hoje (10h).

… O pacote fiscal vai sendo desidratado. Os deputados mudaram as regras sobre as emendas parlamentares e, no parecer da PEC a ser votada hoje, foram afrouxadas as exigências para o BPC e os limites para supersalários.

… Segundo o Valor, as mudanças promovidas pelo relator, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), no benefício para os idosos e pessoas de baixa renda com deficiência diminuirão o impacto da proposta em R$ 12 bilhões até 2030.

… O relator decidiu excluir as regras que restringiam o acúmulo de benefícios, ampliavam o conceito de família para o cálculo da renda e dificultavam a concessão do benefício a quem tem a posse ou propriedade de bens.

… A mudança no critério de definição de deficiência também foi derrubada no parecer, mas o relator inseriu dois artigos que condicionam o pagamento do benefício à avaliação que ateste deficiência de grau moderado ou grave.

… Em outro ponto, o relatório rejeitou a mudança proposta pelo governo de corrigir os recursos do Fundo Constitucional do DF pelo IPCA e não mais pela variação da receita, em vitória à bancada do Distrito Federal.

… A mudança no cálculo de reajuste do salário mínimo pelo governo foi mantida pelo relator em seu parecer.

… Em relação ao Fundeb, o relator, deputado Moses Rodrigues (União-CE), retirou do texto a autorização para que a União, a partir de 2026, abata do Fundo de Educação Básica a despesa com educação em tempo integral.

… O relator também reduziu dos 20% desejados pelo governo para 10% o percentual da complementação da União ao Fundeb que poderá ser usado em ações para criar e manter matrículas em tempo integral na educação básica.

… O governo sofreu revés na tentativa de extinguir brechas que permitem supersalários na administração pública. O relator alterou o texto para prever a regulamentação por meio de lei ordinária, o que facilita flexibilizações.

… Mais cedo, nesta 4ªF, a Câmara acabou com a cobrança do novo DPVAT e, em nova desidratação ao pacote de Haddad, determinou que o bloqueio das emendas deve valer apenas para aquelas de pagamento não obrigatório.

… Já as emendas impositivas, que são individuais ou de bancada estadual, só poderão ser contingenciadas (e não bloqueadas) pelo projeto aprovado pelos deputados, o que diminuirá o alcance das medidas fiscais.

… Ainda na contramão das diretrizes do pacote fiscal, o Congresso aprovou a LDO, rejeitando a chance de corte nas emendas, aumentando o reajuste do fundo partidário e autorizando gastos de estatais fora do arcabouço.

… Além disso, a lei, que servirá de base para o Orçamento do ano que vem, afrouxou o cumprimento da meta fiscal.

… A LDO foi aprovada sem o dispositivo que obrigaria o governo a mirar somente no centro da meta fiscal até outubro de 2025 e não no piso inferior da banda, que permite um ajuste mais leve nas contas públicas.

… Se aprovado hoje pela Câmara, o pacote seguirá talvez nesta 5ªF mesmo ao Senado. Pacheco confirmou para hoje sessão semipresencial para votar as medidas fiscais e cancelou sessão conjunta do Congresso que votaria a LOA/25.

… O planejamento inicial era concluir a votação do pacote de fiscal na Câmara ontem para que o Senado pudesse analisar as propostas até amanhã, mas o atraso coloca em xeque a chance de aprovar os textos ainda este ano.

… O presidente do Senado informou que, se a votação dos projetos de contenção de gastos se estender até amanhã, não descarta convocar sessão no sábado para concluir a votação do Orçamento de 2025, também de forma remota.

… Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), a expectativa é de que o Senado não faça alterações nos textos aprovados na Câmara para que sigam para sanção presidencial ainda neste ano.

… Randolfe deverá ser o relator de um dos três textos do pacote e Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, deverá assumir a relatoria da PEC fiscal. O terceiro texto será entregue a outro governista.

… Diante da trajetória de descontrole da dívida pública, os mercados continuam em crise de nervos (abaixo).

… “Não se fala abertamente, mas o debate que nós, gestores, estamos tendo é de que a escalada da tensão fiscal já coloca na mesa a discussão sobre dólar a R$ 7 ou R$ 8 e juros a 20%, disse uma fonte ao Broadcast.

LULA – O presidente fará um novo exame de tomografia hoje para avaliar a sua recuperação depois dos dois procedimentos cirúrgicos aos quais foi submetido na semana passada para tratar um sangramento intracraniano.

… A assessoria presidencial ainda não confirmou o horário do procedimento, mas deve ocorrer pela manhã.

… O retorno do presidente a Brasília dependerá do resultado do exame. Uma reunião ministerial está marcada para  amanhã e a presença de Lula é aguardada. Para se preservar, ele não deve ir hoje, em SP, ao Natal dos Catadores.

MAIS AGENDA – O mercado espera no RTI mais detalhes sobre alguns pontos abordados pela ata do Copom.

… Entre eles, está a estimativa do hiato do produto, reavaliado como “mais positivo”, as projeções de inflação para 2026 e a revisão da estimativa para o juro neutro do BC, que passou de 4,75% para 5%.

… O Tesouro divulga hoje as condições para o leilão de compra e venda de títulos públicos.

LÁ FORA – A previsão é de que o PIB/3Tri dos EUA registre leve alta para 2,9%, contra 2,8% no trimestre anterior. Mas o indicador perde boa parte da importância, depois de Powell já ter indicado possível pausa no corte dos juros.

… O dado sai às 10h30, mesmo horário do auxílio-desemprego, que deve ter queda de 12 mil pedidos, para 230 mil. Ao meio-dia, as vendas de moradias usadas têm previsão de alta de 2,5% em novembro.

… O México decide juro às 16h. A China define às 22h15 as taxas de referência de longo prazo (LPRs) de 1 e 5 anos.

A FEBRE NÃO BAIXA – De um lado, Haddad diz que o Brasil está sofrendo ataque especulativo e o guru Mohamed El-Erian acredita que o rali do dólar é uma reação exagerada clássica de economias emergentes, que se retroalimenta.

… De outro, os mercados domésticos continuam botando para quebrar, com uma marca inédita por dia do dólar e sem que a mudança de estratégia do Tesouro nos leilões de títulos consiga dar uma porta de saída para o pânico.

… Os leilões de NTN-F, ontem, foram considerados um fracasso, com recompra de apenas 400 mil títulos, contra oferta de até 4 milhões, enquanto no leilão de venda de 1,2 milhão todas as propostas foram rejeitadas.

… Reportagem de Renata Pedini e Denise Abarca (AE) com profissionais de mercado aponta que o remédio do Tesouro foi pouco eficaz para os sintomas dos negócios e não atacou a doença: dívida pública sem controle.

… Para piorar as coisas nesta 4ªF, a sinalização hawkish do Fed acentuou a queda do real, induzindo o dólar a quebrar novo recorde, a R$ 6,2657, com salto de 2,78%, na maior valorização em um dia em mais de dois anos.

… O BC não apareceu ontem no câmbio, deixando o caminho ainda mais livre para a moeda americana correr solta.

… Paralelamente à escalada do dólar para cima de R$ 6,25, o contrato futuro de juro para Jan/27 flertou com os 16% no pior momento do dia, dando a dimensão do quanto as apostas têm se afastado dos 14,25% contratados pelo BC.  

… Na curva do DI, este vencimento do DI fechou a 15,840% (contra 15,410% na véspera). O Jan/26 subiu a 15,385% (de 15,115%); Jan/29, a 15,540% (de 15,050%); Jan/31, a 15,210% (de 14,710%); e Jan/33, a 14,940% (de 14,450%).

… A onda de alta nas apostas para a Selic segue a todo o vapor. O ASA, que antes previa 14,25%, projeta agora juro terminal de 15,25%. A LCA revisou seu call de 14,25% para 15,50%. O Bradesco subiu de 12% para 14,75%.

NA PILHA – Não é bom que o Ibovespa esteja de volta à faixa dos 120 mil pontos (120.771,88) e é pior ainda que a queda acentuada de ontem (-3,15%) tenha acontecido sob volume financeiro muito forte, de R$ 83,0 bilhões.

… O vencimento de opções sobre o índice à vista ajudou a turbinar o giro. Ainda assim, ninguém se ilude que a liquidez elevada tenha respondido apenas a este fator técnico. A verdade é que muita gente entrou vendendo.

… À percepção fiscal negativa, somou-se a inclinação menos dovish do Fed para o ano que vem, com mais juro nos EUA se juntando a mais juro no Brasil, a receita com a fórmula perfeita para abalar a renda variável.

… O Itaú reduziu a recomendação de aporte na bolsa brasileira para o menor patamar já recomendado.

… Em sua carta mensal de investimentos, o banco baixou de 19% para 7% o percentual recomendado da carteira a ser alocado em ações brasileiras no caso de investidores agressivos. Para os moderados, caiu de 14% para 4,7%.

… Para conservadores, foi de 7% para 2,3%. A mudança se deve à piora especialmente nas expectativas de inflação futura. A única recomendação de compra neste momento é de ativos de renda fixa com juro real (acima da inflação).

… O Ibov registrou ontem apenas três ações em alta: Marfrig (+1,81%; R$ 16,29), MRV (+1,54%; R$ 5,26) e Santos Brasil (+0,54%; R$ 13,13).

… Automob, maior desvalorização do índice, desabou 30% (R$ 0,35), após subir 200% desde a estreia no Ibov. CVC (-17,11%, a R$ 1,55) e Azul (-11,58%, a R$ 3,59) completaram a trinca das maiores quedas.

… Santander, com -4,27%, a R$ 23,56, teve a maior perda entre os principais bancos. Bradesco PN registrou -4,17% (R$ 11,49); Bradesco ON, -4,12% (R$ 10,48); Itaú, -2,85% (R$ 30,97); e Banco do Brasil ON, -2,78% (R$ 23,74).

… Entre as blue chips de commodities, Vale não encontrou suporte no minério de ferro (-2,63% em Dalian) e perdeu 2,32% (R$ 54,81).

… Petrobras ON caiu 2,23% (R$ 40,38) e PN recuou 2,58% (R$ 37,31), na mínima do dia, na contramão da alta de 0,27% (US$ 73,39/barril) do Brent/fev, em meio à queda nos estoques dos EUA.

… Com a disparada do dólar nas últimas semanas, a defasagem no preço dos combustíveis aumentou em relação ao mercado internacional, principalmente o diesel, o que abre uma janela para reajuste pela Petrobras.

… A defasagem do diesel atingiu 14% nas refinarias da estatal ontem e 13% na média nacional, segundo a Abicom.

… Para equiparar os preços ao Golfo do México, referência dos importadores brasileiros, o litro do diesel teria que aumentar em R$ 0,49. A Petrobras não reajusta o preço do diesel há 358 dias.

… A gasolina está há menos tempo sem reajuste (163 dias) e, por isso, tem defasagem menor, de 7% nas refinarias da Petrobras e 6% na média nacional. Para equiparar os preços, a Petrobras teria que elevar o litro em R$ 0,20.

SUSTO HAWKISH – Investidores já esperavam que o Fed realizaria um ‘corte hawkish’ de juros ontem. Ou seja, imaginavam que o BC americano sinalizaria cautela maior nos próximos meses, ainda mais com Trump à vista.

… Mas na hora do vamos ver, o gráfico de pontos assustou. Mostrou que a maioria (10) dos membros do Fomc prevê só mais dois cortes de 25pb nos juros em 2025. Em setembro, antes de Trump vencer, a expectativa era de quatro.

… “Powell creditou essa mudança mais às preocupações com a inflação do que à economia robusta, então o gráfico foi hawkish pelo pior motivo”, disse Scott Ladner (Horizon Investments) à Reuters.

… No FedWatch, do CME, as apostas para manutenção do juro em janeiro subiram a quase 90%.

… Depois da decisão, de novo dividida, Powell botou mais lenha na fogueira. Disse que a inflação tem tido desempenho pior que o esperado. “Realmente, queremos ver mais progresso antes de cortar juro em 2025”.

… Ainda afirmou que não pode descartar uma alta de juros em 2025, embora este não seja o cenário base do Fed.

… As estimativas para o núcleo do PCE subiram de 2,6% para 2,8% em 2024; de 2,2% para 2,5% em 2025; e de 2% para 2,2% em 2026. O Fed só espera inflação na meta de 2% em 2027.

… O Fed ainda espera menos desemprego e mais PIB, cenário que chancela menos cortes. O BC reduziu a expectativa de desemprego em 2024 (de 4,4% para 4,2%) e 2025 (4,3% para 4,2%).

… Aumentou o PIB 2024 (de 2% para 2,5%) e de 2025 (2% para 2,1%).

… O que se viu em Wall Street foi uma fuga em massa do risco. O S&P 500 perdeu os 6 mil pontos, com queda de 2,95% (5.872,16), a pior desde agosto.

… Em queda pela 10ª sessão consecutiva, o Dow Jones (-2,58%, a 42.326,87 pontos) fechou a pior sequência desde as 11 baixas seguidas registradas em 1974. O Nasdaq perdeu 3,56% (19.392,69 pontos).

… Os juros subiram. O da note de 2 anos, mais sensível à política monetária, avançou 10pb, a 4,355%, de 4,257% na véspera. O da note de 10 anos atingiu 4,506% (de 4,400%), maior desde maio.

… Um Fed menos disposto a cortar juro disparou o dólar. O índice DXY subiu 1%, a 108,027 pontos, com destaque para o euro, que derreteu 1,14% e ficou mais próximo da paridade, em US$ 1,0368.

… A libra recuou 0,95%, a US$ 1,2583, a despeito da expectativa de manutenção do juro pelo BoE hoje, e o iene cedeu 0,84%, a 154,745/US$.

… Tanto o Reino Unido (de 2,3% para 2,6%) quanto a zona do euro (de 2% para 2,2%) registraram aceleração no CPI de novembro ante nov/23.

… Philip Lane, o economista-chefe do BCE, considerou o dado da zona do euro consistente com o retorno da inflação à meta de 2%.

EM TEMPO…PETRORECONCAVO comprou parte dos ativos da Brava Energia na Bacia Potiguar (RN), por US$ 65 mi…

… Foi assinado acordo de parceria vinculante para a aquisição de 50% da infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural na região.

CARREFOUR concluiu a venda de 15 imóveis para FII da Guardian Gestora, no valor de R$ 725 milhões…

… A empresa aprovou pagamento de R$ 200 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,0948 por ação, com pagamento em 8/1/25; ex em 24/12.

IGUATEMI assinou memorando para 2ª maior aquisição de shoppings da história, com fatias do Pátio Paulista e Higienópolis, em São Paulo, por R$ 2,58 bilhões, pertencentes à Brookfield no Brasil.

LOCALIZA aprovou a 41ª emissão de debêntures no valor de R$ 700 milhões. Prazo de vencimento será até 15 de dezembro de 2031.

CCR aprovou o 3º programa de recompra de até 3,5 milhões de ações. Total corresponde a 0,1733% do total de ações. Prazo máximo de aquisição é de 18 meses.

MRV. Subsidiária Resia iniciou plano de desinvestimento e desalavancagem com venda do terreno Marvida, com valor geral de venda (VGV) de US$ 7,5 milhões.

TELEFÔNICA BRASIL aprovou redução de capital e restituição de R$ 2 bilhões. A redução será concretizada por meio de devolução do valor aos acionistas, equivalente a R$ 1,2265 por ação ordinária.

WEG informou que investirá 28 milhões de euros em nova fábrica de redutores na região de Esmirna, na Turquia. Unidade tem conclusão prevista para 2027.

VIBRA ENERGIA. Conselho aprovou a reeleição de Ernesto Peres Pousada para o cargo de presidente, com prazo de gestão de dois anos…

… Empresa aprovou pagamento de parcela de JCP no valor de R$ 0,2619/ação; ex dia 26. Fará ainda a 9ª emissão de debêntures simples, em série única, no valor de R$ 1 bi, com prazo de vencimento de 98 meses.

CPFL ENERGIA projeta investimentos de R$ 29,8 bilhões até 2029. O maior desembolso irá para distribuição, com R$ 24,734 bilhões. O segundo maior investimento será em transmissão (R$ 3,673 bilhões).

EQUATORIAL fará o resgate antecipado facultativo total das debêntures da 1ª série da 5ª emissão, em 23/12. Valor estimado do resgate é de R$ 1,711 bilhão.

TAESA fará a 17ª emissão de debêntures, no valor de R$ 650 milhões.

NEOENERGIA COELBA aprovou a distribuição de R$ 94,7 milhões em JCP; ex em 26/12.

BANCO PAN distribuirá R$ 302 milhões em JCP, a R$ 0,2414 por ação; ex em 26/12.

ESPAÇOLASER aprovou a criação de programa para recompra de até 5 milhões de ações, equivalente a 2,6% dos papéis em circulação.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

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