Petróleo afunda em semana do Fed e Copom
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[05/05/25]
… A possibilidade de um acordo entre EUA e China e a decisão da Opep+ de aumentar a produção em 411 mil bpd, que afunda os preços do petróleo, trazem alívio ao cenário global de fundo na semana em que o Fomc e o Copom decidem sobre juros. Em NY, é unânime a expectativa de manutenção das taxas dos Fed Funds entre 4,25% e 4,5%, nesta superquarta, transferindo o suspense para a entrevista de Powell. Aqui, o BC volta a subir a Selic, em ajuste de menor magnitude já contratado. A dose do aumento não é consenso, embora a maioria acredite em meio ponto, com a taxa básica elevada a 14,75%. Outra dúvida é se o Copom vai sinalizar, ou não, o encerramento do ciclo de aperto. Na B3, ganha ritmo a temporada de balanços do 1Tri, com destaque esta semana para Itaú, Bradesco e Ambev.
… Em reunião antecipada para sábado, estava marcada para hoje, a Opep e aliados concordaram com um outro aumento significativo na produção, em meio a preocupações com o excesso da oferta e a demanda enfraquecida pela guerra comercial de Trump.
… Nos primeiros negócios, o petróleo de referência global Brent afundava perto de 4%, a US$ 58, enquanto o WTI se aproximava de US$ 56 e os futuros da bolsas de NY caíam acentuadamente.
… O aumento da produção em mais de 400.000 barris por dia surpreendeu o mercado pela magnitude, com o cartel triplicando o volume planejado para maio. Além disso, a Arábia Saudita alertou que novos aumentos de proporção semelhante podem ocorrer.
… Líderes do grupo, que tem à frente a Arábia Saudita e a Rússia, buscam punir os membros superprodutores, incluindo Cazaquistão, em uma mudança de estratégia que vem revertendo as restrições à produção e já havia provocado a queda dos preços.
… A nova política da Opep+ tornou o petróleo uma das commodities com pior desempenho em 2025.
… Na Bloomberg, Ajay Parmar, diretor de análise de petróleo da ICIS, disse que o aumento “simplesmente não pode ser absorvido”, que o crescimento da demanda está fraco, principalmente com a recente imposição de tarifas, tornando inevitável os preços mais baixos.
… Após a decisão da Opep+, o Morgan Stanley reduziu as previsões de preço para o barril do Brent para US$ 62,50 no 3Tri e no 4Tri/2025, US$ 5 abaixo da projeção anterior. “A oferta adicional aumenta o excedente de mercado que já modelamos”, disseram analistas.
… Trump, que tem viagem marcada ao Oriente Médio ainda este mês, pediu à Opep+ que aumente a produção e ajude a reduzir os preços da energia, enquanto a Arábia Saudita conta com o apoio de Washington para negociar um pacto nuclear com o Irã.
… A queda nos custos de energia, se sustentada, pode ser bem recebida pelos banqueiros centrais, incluindo o Fed, já que o petróleo mais barato reduzirá os preços do diesel e da gasolina, podendo compensar parte do impacto inflacionário esperado das tarifas.
… Neste domingo, em entrevista à NBC News, Trump voltou a pressionar para uma queda dos juros, mas descartou a intenção de demitir Powell. “Não, não, não. Por que eu faria isso? Eu terei a oportunidade de substituir essa pessoa em um curto período de tempo.”
… O presidente não perdeu a chance de dizer que Powell é um “completo teimoso” e só não reduz os juros porque “não é meu fã”.
… Sobre a China, Trump disse que está disposto a reduzir as tarifas “em algum momento”, porque as alíquotas estão tão altas que os dois países praticamente pararam de fazer negócios. Trump impôs tarifas de até 145% sobre a China e a Xi retaliou com tarifas de 125%.
… Na 6ªF, a China disse que avalia negociar a proposta dos EUA, mas exige “respeito e sinceridade”.
… Outra exigência de Pequim é que os Estados Unidos retirem as tarifas “unilaterais” implementadas, o que parece ser mais difícil, já que Trump não quer admitir que deu o primeiro passo ou foi quem cedeu na guerra comercial travada com os chineses.
… Ainda na entrevista, Trump reconheceu que foi “muito duro com a China”, mas disse que Pequim agora quer chegar a um acordo. “Eles querem muito fechar um acordo. Vamos ver como tudo isso vai acabar, mas tem que ser um acordo justo.”
… A Casa Branca está negociando acordos comerciais com mais de 15 países e afirma que o primeiro desses acordos deve sair em breve.
… A boa vontade em relação a um acordo com a China e a ajuda da Opep podem levar Powell a um discurso mais flexível, embora, na 6ªF, os dados ainda fortes do payroll (abaixo) tenham afastado as chances de uma queda do juro ser antecipada para junho.
… Powell havia telegrafado que o Fed agiria mais cedo se houvesse uma deterioração rápida do emprego, o que ainda não aconteceu.
… Aqui, o BC enfrenta o desafio da desancoragem das expectativas de inflação, da inflação vigente acima da meta e de um mercado de trabalho aquecido, em meio a medidas fiscais expansionistas do governo Lula, que ameaçam o esforço da política monetária.
… Alguns diretores do Copom sinalizaram a perspectiva do fim das altas da Selic, mas Gabriel Galípolo manteve o tom duro em sua última fala, afirmando que a expectativa de inflação no horizonte relevante (3Tri/26) ainda está bem longe do centro da meta.
MAIS AGENDA – A semana começa os índices do gerente de compras (PMIs) de Serviços e Compostos de abril. Hoje, nos EUA (10h45) e na China (22h45). Amanhã: Reino Unido, Zona do Euro, Alemanha, Japão e Brasil. Ainda nos EUA, sai hoje o ISM de Serviços (11h).
… Amanhã (3ªF), sai a balança comercial dos EUA em março, com interesse especial nas importações, que derrubaram o PIB no 1Tri.
… Na 4ªF, antes do Fed e do Copom, saem no Brasil os dados da produção industrial de março e a balança comercial de abril.
… Na 5ªF, é a vez do BoE da Inglaterra decidir sobre a taxa de juros, com a expectativa de corte pelo mercado. No Brasil, serão divulgados o IGP-DI de abril, o IPP de março e dados de produção e vendas de veículos da Anfavea de abril.
… Já na 6ªF, a China divulga os dados do comércio exterior no primeiro minuto do dia e da inflação no final da noite, enquanto aqui sairá o IPCA de abril. Nos EUA, seis Fed boys têm falas públicas agendadas, dois dias após a decisão do Fomc.
… Ainda hoje, o IPC-Fipe de abril (5h) e a pesquisa Focus (8h25), com as atualizações de IPCA, PIB, Selic e câmbio, abrem a agenda do dia.
HADDAD – O ministro da Fazenda cumpre agenda no exterior, em viagem aos EUA e ao México, reunindo-se com representantes do setor de tecnologia para apresentar a política brasileira de data centers. A volta ao Brasil está prevista para 5ªF, dia 8.
… Neste domingo, Haddad reuniu-se com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, mas a Fazenda não deu detalhes dos temas tratados.
… O ministro está na Califórnia, onde deverá visitar empresas de tecnologia nos próximos dias, entre elas, Google, Nvidia e Amazon. Uma das prioridades do governo federal para este ano é a implantação de uma política de atração de datacenters para o Brasil.
BRASÍLIA – Comissão especial sobre a isenção do IR será instalada esta semana, quando o relator Arthur Lira deve apresentar o calendário de trabalhos. O presidente da Câmara, Hugo Motta, no entanto, avalia que o projeto só deve ser votado no segundo semestre.
… A possibilidade de instalação de CPI na Câmara para investigar o escândalo de corrupção no INSS está na pauta política, assim como as negociações do PL da Anistia e o julgamento de mais um núcleo de envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro, no STF.
… No Senado, a CCJ deve realizar amanhã (3ªF) uma audiência pública sobre o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária do consumo, que trata das competências e da estrutura organizacional do Comitê Gestor do IBS.
… Também na 3ªF, a CAE do Senado vota o projeto de lei complementar que limita o comprometimento dos municípios com o pagamento de encargos da dívida com a União a 30% da sua receita anual, incluindo os repasses do governo federal ao município.
LULA VIAJA – O presidente viaja para a Rússia na 5ªF, onde tem compromissos até sábado, a poucas semanas da cúpula do BRICS. No fim de semana, Lula segue para a China, onde participará do IV Fórum China-CELAC na semana que vem.
BALANÇOS DA SEMANA – Estão previstos para hoje os resultados de TIM, CCR. Aura Minerals, Tegma, Hidrovias do Brasil, Pão de Açúcar, Pague Menos, Grupo Mateus, Profarma e, em Nova York, Ford Motor e Tyson Foods.
… Na 3ªF: Embraer, Raia Drogasil, Vibra, Odontoprev, Vamos, Vulcabras, Blau Farmacêutica, JSL, e, em NY, AMD e Super Micro Computers.
… Na 4ªF: Rede D’Or, Klabin, Ultrapar, Carrefour, Banco Inter, Engie Brasil, Auren, Fras-Le, Vivara, Dexco, Eletromídia, Guararapes, C&A, Mills, Minerva, Lavvi, Valid, Iochpe-Maxion, Espaço Laser, Desktop, Grupo Multi, CSU, Estapar, Quero-quero, Aeris e Walt Disney (NY).
… Itaú e Ambev vêm na 5ªF, junto com CSN Mineração, B3, Suzano, Localiza, Rumo, Copel, Energisa, Totvs, Hapvida, Renner, Cemig, Smartfit, Assaí, CSN, GPS, Alupar, Sanepar, Unipar, Três Tentos, Fleury, Magazine Luiza, Azzas, Grendene, Alpargatas, Cogna…
… E ainda na 5ªF: Intelbras, Simpar, Ecorodovias, Petrorecôncavo, JHSF, MRV, Randon, CBA, Plano&Plano, LWSA, Petz, Tenda, Mater Dei, BR Partners, Camil, Ânima, Wiz, Zamp, Mitre Realty, HBR, IMC, Lopes Brasil e, lá fora, Levetch e Mercado Livre.
… Na 6ªF, fechando a semana, Banco ABC Brasil, Banco Pan e Braskem.
FERIADOS – Hoje, 2ªF, estão fechados os mercados no Japão (Dia das Crianças), China (Dia do Trabalho) e no Reino Unido (bancário).
SO FAR, SO GOOD – O relatório do payroll bombou contra as previsões, na 6ªF, com a criação de 177 mil vagas em abril superando o teto esperado (175 mil). A taxa de desemprego nos EUA ficou em 4,2%, no consenso do mercado.
… Embora mais fraco do que no mês anterior, o número não ficou tão longe das vagas abertas em março (185 mil).
… A surpresa positiva com o indicador forte provocou ajustes nas apostas para o Fed, lançando especulações de juros elevados por mais tempo, com o primeiro corte projetado majoritariamente só para a reunião de julho.
… Esta precificação, que antes do payroll era de 44%, subiu a 56%. A chance de manutenção está em menos de 20%.
… Já para o encontro de junho, a maioria espera agora que o juro fique estável (65,8% x 41,8% antes) e foram esvaziadas as estimativas de que o Fed alivie a política monetária no mês que vem (esta chance caiu de 55% para 33%).
… Se de um lado o payroll abalou a expectativa de relaxamento antecipado do juro, de outro, foi muito positiva a percepção de que os EUA não estão à beira do precipício de uma recessão, apesar da guerra comercial de Trump.
… A potencial chance de o Fed adiar um corte para o 3Tri puxou os rendimentos dos Treasuries. O yield da Note de 2 anos, que reflete a política monetária, subiu para 3,834%, de 3,709% do pregão anterior, e o retorno de 10 anos foi de 4,221% para 4,311%.
… Simultaneamente aos sinais de que a economia americana não está entrando em colapso, as notícias de que a China está disposta a negociar com Washington sobre a política protecionista injetaram otimismo em Wall Street.
… Pela primeira vez em quase 20 anos, o S&P 500 completou um rali de nove altas consecutivas. No intervalo de um mês, desde que Trump anunciou as tarifas recíprocas, as bolsas americanas vêm protagonizando uma rápida recuperação.
… Na 6ªF, o S&P 500 avançou 1,47%, a 5.686,61 pontos; o Dow Jones subiu 1,38%, a 41.316,75 pontos; e o Nasdaq ganhou 1,50%, a 17.977,72. Meta (+4,34%) continuou repercutindo os bons resultados trimestrais da companhia.
… O alívio do resultado do payroll, combinado aos possíveis progressos sobre as tarifas, levou os investidores a desarmarem posições defensivas no câmbio, derrubando o índice DXY do dólar (-0,21%) para 100,030 pontos.
… Subiram o iene (a 145/US$), o euro (+0,13%, a US$ 1,1308), a libra esterlina (US$ 1,3281) e, aqui, o real, com o dólar em baixa de 0,38%, negociado no mercado à vista a R$ 5,6549 no fechamento. Fica a expectativa de furar R$ 5,60, se a sorte continuar virando em NY.
… Com os EUA aparentemente mais longe do perigo de uma recessão, o Copom pode ganhar de última hora um argumento forte para ser mais conservador (como Galípolo andou sinalizando) e subir a Selic em mais 0,50pp na 4ªF. As apostas em 0,25pp perderam força.
… Os contratos futuros dos juros subiram em toda a curva do DI na 6ªF, com o Jan/26, a 14,670% (contra 14,662% no pregão anterior); o Jan/27, a 13,950% (13,877%); Jan/29, a 13,585% (13,510%); e Jan/31, a 13,800% (13,770%).
… Sem conseguir acompanhar o entusiasmo das bolsas em NY, o Ibovespa fechou estável (+0,05%, aos 135.133,88 pontos), com volume financeiro de R$ 24,2 bilhões. Mas não está longe de renovar o seu topo histórico (137.343 pontos).
… Vale operou fraca (ON, -0,11%, a R$ 52,80) e ainda os bancos ficaram no vermelho: Santander (-2,24%; R$ 28,86), Bradesco PN (-2,11%; R$ 13,44); Bradesco ON (-1,55%; R$ 12,04); Itaú (-0,25%; R$ 35,47); e BB (-0,10%; R$ 28,90).
… Já Petrobras exibiu fôlego (ON registrou +2,0%, a R$ 32,69; e PN, +2,73%, a R$ 30,81), contrariando a queda do petróleo Brent, que caiu 1,35% (a US$ 61,29 por barril), antecipando o novo aumento da produção confirmado pela Opep+.
EM TEMPO… M. DIAS BRANCO teve lucro líquido de R$ 69,4 milhões no 1TRI25, queda de 55,2% s/ 1TRI24; Ebitda recuou 42%, para R$ 160,9 milhões; receita líquida subiu 3,2%, para R$ 2,208 bilhões.
BUFFET. Megainvestidor anunciou no sábado a sua aposentadoria, aos 94 anos, que deve acontecer no final deste ano…
… Diante de milhares de investidores da Berkshire Hathaway, Warren Buffet indicou o vice-presidente, Greg Abel, como seu sucessor.
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China abre diálogo e payroll ajusta Fed
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[02/05/25]
… Depois de os lucros sólidos de Microsoft e Meta impulsionarem as bolsas em NY, nesta 5ªF, os balanços de Apple e Amazon frustraram os investidores, com quedas das ações no after hours. Mas notícias oficiais de progressos nas negociações comerciais entre os EUA e a China, reveladas ontem à noite, podem animar a abertura dos negócios. Na agenda do dia, o payroll (9h30) é o grande destaque para calibrar as expectativas ao Fed. Confirmados os dados mais fracos do mercado de trabalho, já apontados pelos relatórios Jolts e ADP desta semana, e ontem pela alta dos pedidos de auxílio-desemprego, deve reforçar as apostas em cortes mais profundos do juro americano. A deterioração do emprego, combinada com a desaceleração da atividade, pode levar Powell a agir mais cedo, especialmente se Washington e Pequim não resolverem as suas diferenças.
… O Ministério do Comércio da China afirmou em comunicado em seu site que está avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas cobrou que os americanos “mostrem sinceridade”.
… E avisou que os EUA devem se preparar para corrigir práticas “equivocadas” e cancelar tarifas unilaterais.
… Declarações do presidente Trump sobre as tarifas no feriado foram consideradas alentadoras, à medida que ele confirmou negociações comerciais da Casa Branca com “cerca de 200 países”, lideradas pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.
… Bessent afirmou que está “confiante de que Pequim deseja chegar a um acordo” e o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hasset, que está “esperançoso” com o progresso comercial, citando “discussões vagas” entre EUA e a China.
… Em entrevista ao Financial Times, o presidente do Goldman Sachs, John Waldron, disse que os primeiros acordos comerciais do governo Trump podem determinar a visão dos investidores sobre as tarifas da Casa Branca. “Podem servir de modelo.”
… Aqui, além da esperança de que os EUA e a China se entendam, o mercado volta do feriado repercutindo a queda dos ADRs brasileiros (exceção de Petrobras) e na expectativa pelo Copom, que subirá mais a Selic na próxima 4ªF.
… Enquanto investidores em NY resgatam as apostas numa queda de 100pbs do juro neste ano, na B3 crescem as chances de o BC decidir um ajuste menor da taxa básica, de 25pbs em vez de 0,50pbs, diante da valorização do câmbio e, agora, do esfriamento do emprego.
… O último balanço do Caged, na 4ªF, derrubou a criação de vagas em março para 71,5 mil, após o salto de 437 mil de fevereiro, retirando uma pressão inflacionária importante do cenário, que se soma à desaceleração da atividade sob o impacto dos juros elevados.
… Nos EUA, Powell já associou uma deterioração do mercado de trabalho a chances maiores de queda dos juros, e apesar do consenso de estabilidade na reunião da semana que vem, na superquarta, o Fed pode adotar uma mensagem de maior flexibilidade.
… Em paralelo, os riscos da política tarifária de Trump foram refletidos na retração de 0,3% do PIB/1Tri, contra expectativa de alta de 0,1%, acentuando o receio de uma recessão da economia, que tenderia a antecipar para junho o primeiro corte do juro.
… Em linha com o PIB, o PMI industrial do ISM, nesta 5ªF, recuou de 49,0 em março para 48,7 em abril, mas investidores receberam com certo alívio o resultado, já que esperavam uma queda maior, para 48,0. Ainda assim, o ISM atingiu o menor nível desde maio/2020.
… Já os pedidos de seguro-desemprego nos EUA dispararam para 241.000 na semana encerrada em 26/04, o maior nível desde fevereiro.
… Para o payroll, as estimativas apontam para a criação de 130 mil empregos em abril e manutenção da taxa de desemprego em 4,2%.
… A despeito do caos tarifário, o noticiário das agências internacionais destacava que as ações americanas já recuperaram quase 90% das perdas desde o Liberation Day, em 2 de abril, quando Trump virou o mundo de cabeça para baixo.
… Nesta 5ªF, o Dow Jones subiu 0,21% (40.752,96 pontos); S&P 500, +0,63% (5.604,14); e Nasdaq, +1,52% (17.710,74) – embalados pelas altas de Microsoft (+7,63%) e Meta (+4,23%), que divulgaram balanços na véspera prometendo continuar investindo pesado em IA.
… A Microsoft aumentou seu lucro em 17,7% no 3Tri fiscal, para US$ 25,8 bilhões, e a Meta, em 35%, para US$ 16,64 bilhões.
… Após o pregão, Amazon (-2,61%) e Apple (-3,75%) decepcionaram no after hours.
… A Amazon reportou lucro de US$ 17,1 bi no 1Tri (+64,4%), com lucro/ação (US$ 1,59) superando o consenso (US$ 1,37). Mas projetou US$ 15,3 bi em lucro operacional para o 2Tri, abaixo dos US$ 17,6 bi esperados.
… Também a Apple registrou lucro líquido (US$ 24,8 bilhões) 4,8% superior ao reportado no mesmo período do ano passado, no segundo trimestre fiscal encerrado em março. O lucro por ação subiu de US$ 1,53 para US$ 1,65 (acima da projeção de US$ 1,62).
… As vendas do iPhone somaram US$ 46,84 bilhões, alta modesta (1,9%), considerando a antecipação de compras para escapar da tarifa.
… Nos Treasuries, os juros caíram no ambiente mais leve do dia, com a Note-2 anos projetando 3,698% na altura do fechamento das bolsas em NY, abaixo da taxa básica dos Fed Funds (no intervalo entre 4,25% e 4,5%), o que levou a comentários de Bessent.
… Em entrevista à Fox News, ele disse que o mercado estava “telegrafando” a queda dos juros para o Fed. “Estamos vendo que a taxa de dois anos está abaixo da taxa dos Fed Funds. É um sinal de que o mercado acha que o Fed deveria cortar.”
… Na Bloomberg, o ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers observou que a precificação do mercado de títulos não equivale a um julgamento sobre o que o Fed deve fazer com as taxas e defendeu que o juro seja mantido na 4ªF que vem.
… Essa é a opinião de consenso dos Fed boys, que sugerem uma abordagem cautelosa para a redução das taxas, visto que a inflação ainda está acima da meta de 2%, especialmente porque as tarifas ameaçam impulsionar novos aumentos de preços.
… O que está em jogo é se o Fed antecipará ou não para junho o primeiro corte de 25pbs, que está projetado para julho.
… No câmbio, o índice DXY, que mede a força do dólar ante seis moedas fortes, subiu 0,78%, de volta para cima dos 100 pontos (100,194), com a queda do iene a 145,63/US$, após o BoJ ter mantido o juro em 0,5% pela segunda reunião seguida, nesta 5ªF.
… Como reflexo das incertezas da política tarifária promovida pelo governo americano, o BC japonês reduziu pela metade a sua projeção de crescimento econômico para este ano fiscal, para 0,5%.
… O investidor leu a mensagem como sinalização de esvaziamento das apostas em um aperto monetário. O BoJ admitiu ainda que o timing de convergência da inflação para a meta de 2% está “ligeiramente atrasado”.
OURO – Com a China fechada no feriado do Dia do Trabalho, os contratos futuros de ouro tiveram perdas fortes (-2,92%), negociados na Comex a US$ 3.222,20/onça-troy. A melhora no sentimento global de risco contribuiu para a correção da commodity.
… A expectativa é de que o ouro registre fraqueza adicional nesta 6ªF com o feriado chinês se estendendo até o fim da semana.
PETRÓLEO – Os contratos futuros registraram fortes altas nesta 5ªF, com o Brent/julho fechando a US$ 62,13 (+1,75%) na Ice londrina e o tipo WTI/junho a US$ 59,24 na Nymex, com os traders corrigindo parte das quedas recentes, antes da reunião da Opep na 2ªF.
… O mercado reagiu a ameaças de Trump de impor sanções a qualquer país que comprar petróleo do Irã. O presidente escreveu em sua rede social após o adiamento de uma reunião marcada para esse fim de semana entre os dois países sobre o programa nuclear.
… “Todas as compras de petróleo iraniano ou de produtos petroquímicos devem parar AGORA! Qualquer país ou qualquer empresa que comprar qualquer quantidade desses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os Estados Unidos.”
… Pouco antes, o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Albusaidi, disse que a nova rodada de negociações entre autoridades dos EUA e do Irã seria adiada devido a “razões logísticas” e que “novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas”.
… Um porta-voz do enviado de Trump, no entanto, disse que os EUA nunca anunciaram que uma reunião seria realizada neste sábado.
ADR DE PETROBRAS – O recibo negociado em NY colou na alta do petróleo e foi destaque neste feriado, enquanto o EWZ, principal ETF brasileiro, fechou em queda de 0,55%, a US$ 26,89, apesar da alta firme das bolsas americanas.
… O ADR da Petrobras PN subiu 0,85% (US$ 10,65) e o ADR de Petrobras ON, +0,49% (US$ 11,35), enquanto o ADR da Vale encerrou o dia em queda de 0,70% (US$ 9,24). Também os bancos registraram perdas: Bradesco, -1,63% (US$ 2,42), e Itaú, -0,32% (US$ 6,29).
MAIS AGENDA – Nos EUA, além do payroll, saem as encomendas à indústria em abril. A leitura final de abril do PMI/S&P Global industrial é destaque na Alemanha (4h55) e zona do euro (5h), onde sai ainda o CPI de abril.
… Exxon Mobil e Chevron soltam balanços antes da abertura. Aqui, tem M. Dias Branco após o fechamento.
EM TEMPO… GOL deu mais um passo para concluir seu processo de recuperação judicial nos EUA, ao fechar acordo com grupo de detentores de notas sênior garantidas com vencimento em 2026…
… Os credores se comprometeram a subscrever US$ 125 milhões em novas notas que fazem parte do financiamento de saída previsto no plano, estimado em até US$ 1,9 bilhão…
… Com o novo compromisso, a Gol diz já ter assegurado ao menos US$ 1,375 bi em aportes para sair do Chapter 11.
VALE. O conselho de administração aprovou a nomeação do advogado Sami Arap como novo vice-presidente executivo jurídico da companhia para substituir Alexandre D´Ambrosio…
… A saída de D’Ambrosio era especulada há meses, em meio às mudanças no comitê-executivo da mineradora promovidas pelo novo diretor-presidente, Gustavo Pimenta.
PETROBRAS. Justiça pediu à companhia parecer jurídico de 2014 que baseou pagamento de reajustes retroativos de 2004 a 2006 para aposentados da Petros (O Globo)…
… Valor total é de cerca de R$ 2,9 bilhões, de acordo com valores corrigidos; decisão integra ação popular movida por 181 beneficiários do fundo de pensão na Justiça Federal de São Paulo em 2019.
PRIO comprou da Equinor participação de 60% no campo de Peregrino por US$ 3,5 bilhões.
ELETROBRAS. AGU enviou ao STF para homologação o acordo firmado com a companhia que permitiu, entre outros pontos, direcionar três assentos no Conselho de Administração da empresa para representantes do governo.
EQUATORIAL aprovou a distribuição de R$ 876,32 milhões em proventos, o equivalente a R$ 0,1685 por ação ON a título de JCP e R$ 0,5315 por ação ON em dividendos; pagamento será efetuado até o fim do ano; ex em 2/5.
BRB. Ministério Público do DF pediu que Justiça impeça banco estatal de comprar fatia do Banco Master. (Folha)
AZZAS. FMR LLC atingiu participação acionária de 5,14% na companhia, passando a deter 10.618.659 de ações ON; corretora não constava no formulário de referência mais recente da empresa, datado de 25/4.
TESLA. A presidente do conselho de administração, Robyn Denholm, desmentiu reportagem do WSJ que informou que a empresa tem planos de procurar um substituto para Elon Musk como CEO da montadora de carros elétricos.
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AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.
Véspera de feriado tem agenda pesada
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[30/04/25]
… Revelando os primeiros danos da guerra comercial à China, o PMI industrial oficial sofreu em abril a pior contração da atividade desde dez/23. Hoje, nos EUA, a agenda pesada prevê mais um indicador do emprego, a pesquisa ADP, além da preliminar do PIB/1Tri, inflação do PCE e balanços de Microsoft e Meta. Apple e Amazon saem amanhã, quando os mercados aqui fecham no feriado de 1º de Maio, mas NY funciona normalmente. Também no Brasil, o calendário econômico é intenso, nesta 4ªF, com a taxa de desemprego do IBGE e números do Caged de março, que podem influenciar as expectativas para o Copom, e ainda o resultado fiscal de março. No noticiário corporativo, repercute o relatório de produção e vendas da Petrobras, divulgado ontem, após o fechamento. Entre os balanços, são destaques: Weg e Santander, antes da abertura, enquanto Galípolo abre evento do BC (9h15) e Trump volta a criticar Powell: “Ele não está fazendo um bom trabalho”.
… Em discurso para marcar os 100 dias de seu governo, no estado de Michigan, o presidente dos EUA teve o cuidado de dizer que quer ser “respeitoso” com Powell, mas que tem mais conhecimento do que ele, “sei mais sobre juros do que eles”.
… Trump citou uma série de produtos que tiveram queda de preços, como energia, ovos, taxas de hipotecas imobiliárias e medicamentos.
… Já o mercado considerou os números mais fracos do emprego do relatório Jolts, ontem, e a queda da confiança do consumidor em abril para apostar que o Fomc acabará deixando de lado a cautela para antecipar os cortes de juros para junho (leia abaixo).
… Os indicadores de hoje podem reforçar essa expectativa se também a pesquisa ADP trouxer a criação de menos vagas no setor privado, assim como o payroll de março, na 6ªF, se confirmar uma deterioração do mercado de trabalho americano.
… Nas últimas falas, Powell foi claro ao afirmar que o Fed pode reduzir os juros se o impacto das tarifas sobre o emprego for significativo.
… Outros dados que poderão influenciar hoje as expectativas em NY são o PIB/1Tri, com projeções de forte recuo, e a inflação do PCE, que também deve desacelerar. Surpresas nesses números, por outro lado, adiariam os cortes de juros para o segundo semestre.
… A pesquisa ADP de emprego no setor privado em abril está prevista para as 9h15 e a primeira prévia do PIB/1Tri, às 9h30, com consenso de leve expansão de 0,4%, após a economia dos EUA ter registrado crescimento de 2,4% no 4Tri/2024.
… A expectativa para o núcleo do PCE de março (11h), medida predileta de inflação do Fed, é de desaceleração para 0,1% em março, após alta de 0,4% em fevereiro. Na base anual, o consenso é de desaceleração para 2,2%, contra 2,5% até o mês anterior.
… Aqui, também os dados do emprego são importantes para as expectativas ao Copom e as apostas para a Selic.
… Às 9h, o IBGE divulgará a Pnad Contínua de março, cujo consenso aponta para uma alta da taxa de desemprego a 7%, contra 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Às 14h30, sai o Caged de março, que deve criar 201 mil vagas, após 432 mil em fevereiro.
… Na agenda fiscal, o resultado consolidado do setor público em março abre o dia (8h30). Em fevereiro, o déficit foi de R$ 18,973 bilhões.
MAIS AGENDA – Ainda às 8h30, o BC divulga as operações de crédito e os dados da dívida pública em março, que atingiu 76,2% do PIB em fevereiro. Às 14h30, o Banco Central informa os dados semanais do fluxo cambial.
… Na Zona do Euro, também é dia de PIB/1Tri e da preliminar da inflação de abril do CPI na Alemanha (9h).
… Nos EUA, às 10h45, o Fed de Chicago divulga o índice ISM de atividade do setor industrial em abril e, às 11h30, os estoques de petróleo do DoE nos Estados Unidos, que aumentaram em 244 mil barris na semana até 18/04.
BALANÇOS – Os resultados de Microsoft e Meta saem após o fechamento. Aqui, Santander e Weg vêm antes da abertura.
… Amanhã, com os mercados fechados no Brasil e em algumas praças da Europa e na China, serão divulgados em Wall Street os balanços de mais duas big techs: Apple e Amazon, enquanto o BoJ decide sobre juros. Na China, o feriado se estende até 6ªF.
ÁSIA HOJE – Na China, o PMI Industrial do NBS (oficial) caiu a 49,0 em abril, abaixo do consenso (49,5) e de março (50,5), interrompendo dois meses de expansão da atividade. E o PMI do Caixin caiu para 50,4, mais que o consenso (49,8) e após 50,8 em março.
… No Japão, a produção industrial registrou queda de 1,1% em março, pior que o consenso (-0,4%), recuando fortemente sobre o crescimento de 2,3% em fevereiro. Também as vendas no varejo recuaram 1,2%, contra +0,4% do mês anterior.
PETROBRAS – Fechou o primeiro trimestre com produção total de 2,771 milhões de barris diários de óleo equivalente, queda de 0,20% na comparação com o 1Tri/2024 e alta de 5,4% sobre o 4Tri/2024, segundo relatório de produção divulgado ontem à noite.
… Segundo a Petrobras, a alta no 1Tri se deve ao menor volume de perdas por paradas para manutenções, à melhor eficiência operacional na Bacia de Santos, entrada em produção do FPSO no campo de Búzios e do FPSO no campo de Mero.
… Esses fatores compensaram parcialmente o declínio natural de produção no trimestre, com 11 novos poços produtores em operação.
… A produção de óleo e gás foi de 2,416 milhões de boe/d no 1Tri (-0,5% na base anual), a produção de petróleo, de 2,214 milhões de bpd (-1%) e a produção de gás natural totalizou 526 mil boed (+3,7% na margem e na base anual).
QUANTO PIOR, MELHOR – O espanto dos mercados com Trump é tanto, que sobra ao investidor se agarrar à esperança de que o Fed tome uma atitude para evitar que a economia norte-americana caia em uma recessão.
… Neste contexto, indicadores fracos divulgados ontem nos EUA acabaram sendo lidos pela ótica positiva, de que Powell pode acabar se dobrando às pressões para antecipar um corte do juro e evitar um choque recessivo.
… Às vésperas do payroll, o relatório Jolts de empregos mostrou queda nas vagas, de 7,6 milhões em fevereiro para 7,2 milhões em março. Ainda a confiança do Conference Board caiu de 93,9 em março para 86,0 em abril.
… Em NY, o mercado passou a precificar um corte acumulado de 1,25 ponto percentual pelo Fed nos próximos 12 meses, o que derrubou o rendimento da T-Note de 2 anos ontem para o seu menor nível em seis meses.
… O yield recuou a 3,664%, de 3,701% na sessão anterior. A taxa do bônus de 10 anos caiu para 4,173%, de 4,211%.
… A torcida para que o Fed relaxe a política monetária o quanto antes também ajustou as bolsas em NY, que refletiram os sinais de recuo de Trump em relação à guerra tarifária, enquanto a China continua jogando duro.
… O presidente americano assinou uma ordem executiva concedendo alívio parcial nas tarifas para as montadoras que fabricam veículos nos EUA, o que foi comemorado pelas ações da Ford (+1,35%) e da Stellantis (+2,51%).
… As montadoras receberão um reembolso de até 15% das tarifas pagas sobre peças importadas para veículos montados nos EUA, enquanto os carros com 85% de suas peças fabricadas no país não estarão sujeitos à sobretaxa.
… Foi positiva também a indicação de Trump nesta 3ªF de que o governo de Washington estaria fechando acordos comerciais com a Índia e que ainda as negociações estariam avançadas com o Japão e a Coreia do Sul.
… O Dow Jones subiu 0,74%, a 40.527,62 pontos, o S&P 500 avançou 0,58%, para 5.560,83 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,54%, a 17.461,31 pontos, no otimismo que teve como “plus a mais” a expectativa de corte de juros.
… A sinalização de progressos nas negociações comerciais de Trump permitiu leve alta ao índice DXY (+0,22%, aos 99,228 pontos), embora o papel dominante do dólar no comércio e nas finanças internacionais continue em xeque.
… O euro recuou 0,33%, para US$ 1,1383, e a libra esterlina perdeu 0,25%, negociada no fechamento a US$ 1,3406.
… Já o real conseguiu emplacar a sua oitava alta seguida, influenciado pelo fluxo gringo positivo tanto para a bolsa como para a renda fixa, especialmente após a sinalização de Galípolo de que o ciclo de aperto da Selic não acabou.
… O dólar à vista, que antes do feriado da Páscoa operava na faixa de R$ 5,80, vem caindo todo santo dia desde lá. Voltou ontem para R$ 5,6306 (-0,31%) e chega ao último pregão do mês com queda acumulada de 1,31% em abril.
… Hoje, o câmbio doméstico poderá sofrer a influência extra da disputa especulativa em torno da ptax.
MUITA CALMA NESTA HORA – Pelo segundo dia seguido, com Galípolo, os investidores corrigiram as apostas para o Copom da semana que vem e a chance de vir um aperto de 0,50pp, ao invés de 0,25pp, voltou a ser majoritária.
… O presidente do BC disse que a comunicação da reunião de política monetária de março (alta da Selic menor do que 1pp) segue valendo e repetiu que o nível do juro seguirá restritivo o tempo suficiente para levar inflação à meta.
… Atentos à mensagem, os juros curtos registraram viés de alta, o miolo da curva fechou estável e a ponta longa exibiu queda modesta, influenciada pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries e pelo dólar mais barato aqui.
… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,690% (de 14,675% no pregão anterior); Jan/27 estava em 13,945% (de 13,905%); Jan/29, 13,640% (de 13,640%); Jan/31, 13,910% (de 13,930%); e Jan/33, 14,000% (14,030%).
… O investidor estrangeiro começa a se arriscar novamente nos emergentes. Pelo último informe, entraram R$ 883 milhões em k externo na B3 na 5ªF passada. No acumulado do mês, porém, a fuga ainda é pesada: R$ 4,9 bilhões.
… O Ibovespa está a pouco mais de dois mil pontos de seu recorde de todos os tempos e completou ontem sete pregões consecutivos sem cair, embora já tenha dado sinais de fadiga, tendo fechado praticamente estável.
… Terminou em +0,06%, aos 135.093 pontos, com volume financeiro de R$ 22,9 bilhões.
… As blue chips financeiras se destacaram em alta: Bradesco ON registrou +1,34% (R$ 12,10); Bradesco PN, +1,12% (R$ 13,50); Itaú, +0,80% (R$ 35,27); Santander, +0,57% (R$ 28,40); e Banco do Brasil ON, +0,53% (R$ 28,50).
… Petrobras ON subiu 0,28%, a R$ 32,55, e Petrobras PN ganhou 0,53%, a R$ 30,56, apesar da queda do petróleo.
… O Brent/julho caiu 2,33%, para US$ 63,28 o barril, com preocupações renovadas sobre a demanda global, diante da tensão comercial, e a expectativa de que a Opep+ suba a produção em mais de 400 mil bpd semana que vem.
… A commodity vai terminando abril com um tombo próximo de 15%, o pior recuo mensal em quatro anos.
… Vale cedeu 0,37% (R$ 53,84) ontem, enquanto o minério de ferro subiu de leve (-0,28%). A liderança do ranking positivo ficou com o GPA (+8,00%), a R$ 4,59, em meio às expectativas de mudança no Conselho de Administração.
EM TEMPO… JBS aprovou a distribuição de R$ 4,4 bilhões em dividendos adicionais, o equivalente a R$ 2 por ação, com pagamento em 14/5; ex a partir de hoje.
SABESP aprovou a distribuição de R$ 2,55 bilhões em proventos, sendo R$ 718,6 milhões em dividendos e R$ 1,83 bilhão em JCP; empresa não informou o valor correspondente por ação…
… Pagamento será efetuado em até 45 dias após AGOE realizada ontem.
EMBRAER aprovou a distribuição de R$ 51,4 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,0700 por ação, e de R$ 142,7 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,1946 por ação; pagamento será realizado em 23/5; ex em 14/5.
CARREFOUR aprovou a distribuição de R$ 1,67 milhão em dividendos complementares, o equivalente a R$ 0,0007 por ação, com pagamento a ser realizado durante o exercício social de 2025; ex em 1º/7…
… Acionistas aprovaram a incorporação da subsidiária integral Cotabest Informação e Tecnologia.
IGUATEMI registrou lucro líquido ajustado de R$ 113,9 milhões no 1TRI, alta anual de 5,1%; Ebitda ajustado somou R$ 244,3 milhões, crescimento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2024.
CPFL. Acionistas da CPFL Energia e da controlada CPFL Geração aprovaram cisão parcial da CPFL Geração, com a incorporação do acervo cindido pela CPFL Energia.
EDP. Diretoria colegiada da Aneel decidiu por unanimidade pela recomendação ao Ministério de Minas e Energia da prorrogação da concessão da EDP Espírito Santo por mais 30 anos.
NEOENERGIA registrou lucro líquido consolidado de R$ 1 bilhão no 1TRI, queda de 11% na comparação anual; Ebitda somou R$ 3,72 bilhões, alta de 6% em relação ao mesmo período de 2024.
ISA ENERGIA registrou lucro líquido regulatório de R$ 337,4 milhões no 1TRI, queda de 17,6% na comparação anual; Ebitda somou R$ 923,3 milhões, alta de 2,9% em relação ao mesmo período de 2024.
TAESA aprovou a distribuição de R$ 301,5 milhões em dividendos, com pagamento em duas parcelas; ex em 30/4…
… Primeira parcela, com valor de R$ 190,6 milhões, o equivalente a R$ 0,1844 por ação ON e R$ 0,5533 por unit, será paga em 28/5…
… Segunda parcela, com valor de R$ 110,8 milhões, o equivalente a R$ 0,1073 por ação ON e R$ 0,3219 por unit, será paga em 27/11.
MARCOPOLO registrou lucro líquido de R$ 241,8 milhões no 1TRI, queda de 21,9% na comparação anual; Ebitda somou R$ 262 milhões, recuo de 16,9% em relação ao mesmo período de 2024.
LOG CP registrou lucro líquido de R$ 86,4 milhões, avanço de 56,2% na comparação anual; Ebitda somou R$ 120,8 milhões, crescimento de 63,2% em relação ao mesmo período de 2024.
KEPLER WEBER registrou lucro líquido de R$ 25,6 milhões no 1TRI, queda anual de 51%; Ebitda somou R$ 52,9 milhões, recuo de 41,55 em relação ao mesmo período de 2024.
WEG aprovou aumento de capital em R$ 5 bilhões por meio da incorporação de parte do saldo da conta de reserva de lucros, sem aumento do número de ações…
… Com isso, capital social da empresa passou dos atuais R$ 7,5 bilhões para R$ 12,5 bilhões.
AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!
*com a colaboração da equipe do BDM Online
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