Escalada tarifária de Trump renova tensão

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[03/02/25]

… As tarifas de 25% impostas pelos EUA ao México e Canadá, e de 10% à China –oficializadas no sábado– afundavam os futuros das bolsas de NY e disparavam o petróleo no pregão asiático. Depois de um início de governo mais amigável, Trump está vindo com tudo. Já ameaçou taxar também os produtos importados da União Europeia, “em breve”. A crise ganha dimensão na semana de agenda movimentada, com a volta dos mercados chineses do feriado do Ano Novo Lunar (na 4ªF), o payroll de janeiro (6ªF) e os balanços de mais duas magníficas: Alphabet e Amazon. Aqui, Petrobras divulga hoje à noite o relatório de produção e vendas do 4Tri. A temporada de resultados começa com os grandes bancos: Santander e Itaú (4ªF) e Bradesco (6ªF). Além disso, a ata do Copom (amanhã) reserva bastante expectativa.

… O BC optou por não se comprometer com um novo guidance e deixou maio em aberto, ganhando liberdade para operar as incertezas da conjuntura externa e do cenário doméstico, com a inflação desancorada, o esfriamento da atividade e as desconfianças fiscais.

… Lá fora, a guerra comercial armada por Trump pede cautela e já leva a contra-ataques, potencializando os riscos.

… As tarifas ao Canadá, México e China entrarão em vigor a partir de amanhã (3ªF).

… O governo de Trudeau já revidou no próprio sábado, impondo também 25% sobre produtos americanos. De um total de US$ 155 bilhões, US$ 30 bilhões entrarão em vigor amanhã (3ªF) e US$ 125 bilhões em 21 dias.

… Em conversa com repórteres na noite deste domingo, Trump alertou que, se o Canadá retaliar, Washington pode colocar novas tarifas sobre o país. Ele vai conversar hoje de manhã com o primeiro-ministro canadense.

… Em entrevista à ABC News neste domingo, a embaixadora do Canadá nos EUA, Kirsten Hillman, disse que o governo ainda tem esperança de que as tarifas americanas contra o país não entrem em vigor amanhã.

… “Estamos prontos para continuar conversando com o governo Trump sobre isso”, declarou, assegurando que o governo canadense não está interessado em uma escalada na política protecionista contra os EUA.

… Segundo ela, os canadenses estão “perplexos e chocados” com as tarifas impostas pelos EUA.

… Trump também informou que vai se reunir hoje com o governo do México, que havia prometido para esta 2ªF as primeiras medidas contra as tarifas, enquanto a China anunciou que processará os EUA na OMC.

… A UE também não deve escapar das garras de Trump, que ameaça com “algo substancial em breve”. A Comissão Europeia promete dar o troco e responder “firmemente a tarifas injustas ou arbitrárias”.

… Trump ainda prometeu taxar chips e disse que as tarifas sobre o petróleo, gás, aço, alumínio e cobre deverão ser aplicadas até dia 18.

… Diante da artilharia de Trump, o Goldman Sachs enviou relatório para clientes neste domingo em que reconheceu que “o panorama é incerto”, mas avaliou que provavelmente as tarifas impostas serão temporárias.

… Reportagem da Reuters aponta para o risco de um novo abalo no humor do mercado hoje, diante dos riscos que as investidas de Trump representam para as pressões inflacionárias e menor crescimento econômico global.

… No câmbio, o dólar subia ante rivais, com o índice DXY em alta de 1,21%, acima de 109 pontos, e frente às moedas dos emergentes, com destaque para a desvalorização do dólar canadense e do peso mexicano, os primeiros atingidos pelas tarifas.

MAIS AGENDA – A troca de chumbo de Trump eleva as incertezas sobre os próximos passos do Copom, que já contratou nova alta de 1pp da Selic em março, mas ainda tem bastante tempo para decidir o que fazer até maio.

… Parte do mercado passou a especular com a chance de o ciclo de aperto terminar ainda neste primeiro semestre, porque o BC citou a desaceleração da atividade e não se comprometeu com novo guidance, apesar da inflação alta. 

… O investidor vai tentar ler na ata se o BC foi mesmo dovish no comunicado ou só mais cuidadoso nas palavras. Além disso, o mercado ficará de olho em Galípolo, que deve palestrar na 5ªF em evento do BIS na Cidade do México.

… No calendário dos indicadores domésticos, destaque para a produção industrial de dezembro (4ªF), neste momento em que uma série de dados já aponta para uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia.

… Do lado da inflação, saem os resultados fechados de janeiro do IGP-DI (6ªF), IPC-Fipe (3ªF) e IPC-S, hoje (8h), quando deve aliviar para 0,06% (mediana de pesquisa Broadcast), contra alta de 0,31% em dezembro.

… Na última 6ªF, diante da volta da cobrança do ICMS pelos Estados, a Petrobras confirmou um reajuste de 6,3% no preço do diesel. Economistas projetam impacto praticamente nulo sobre o IPCA deste ano (+0,01 pp).

… Porém o impacto indireto sobre alimentos, transportes e energia pode provocar o espalhamento da inflação.

… Os dados fechados da balança comercial de janeiro estão programados para 6ªF. Hoje é dia de Focus (8h25). 

EM BRASÍLIA – Lula recebe hoje, às 10h, os presidentes eleitos da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. A nova cúpula do Congresso indica que pretende seguir um caminho conciliatório.

… Analistas ouvidos pelo Broadcast apostam que o comando de Motta, que assumiu falando em responsabilidade fiscal e defendendo as emendas, tende a ser mais favorável à agenda de Lula e de Haddad.

… O deputado possui boa relação política com Padilha, responsável pela articulação do governo no Congresso.

… “Mas não será um mar de rosas. Lula tem que manter o esquema das emendas parlamentares funcionando”, como resumiu o cientista político e professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV, Eduardo Grin.

… Lula parabenizou Motta e Alcolumbre e falou em ampliar a parceria “exitosa” entre Executivo e Legislativo.

… Hoje à tarde (14h), o presidente e Haddad participam da sessão solene de abertura do Ano Judiciário, no STF. Na sequência (16h), o ministro da Fazenda vai à sessão conjunta do Congresso que inaugura o ano legislativo.

… Em meio à crise de popularidade do governo, sai hoje nova pesquisa presidencial Genial/Quaest.

… Segundo Lauro Jardim (O Globo), o presidente Lula continua muito competitivo, mesmo com a piora na avaliação do governo, depois que a reprovação ultrapassou a aprovação no levantamento anterior.

… A pesquisa de hoje testará pela 1ª vez Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro como opções da direita.

FISCAL SEMPRE EM ALERTA – Reportagem do Estadão de domingo aponta que os gastos não incluídos no Orçamento/25 pelo governo podem diminuir ou até mesmo anular os efeitos do pacote fiscal aprovado.

… O Orçamento, enviado em agosto do ano passado pelo Poder Executivo, ainda não foi aprovado pelo Legislativo, porque a crise das emendas atrasou a votação, que só deve ser retomada após o carnaval.

LÁ FORA – O BC inglês (BoE) divulga decisão de política monetária na 5ªF. No mesmo dia, o México decide juro.

… Nos EUA, além dos balanços de Alphabet (3ªF) e Amazon (5ªF), o emprego disputa atenção na agenda. Antes do payroll de janeiro (6ªF), saem o relatório Jolts (3ªF) e pesquisa ADP do setor privado (4ªF).

… Hoje, saem o PMI industrial medido pela S&P Global (11h45) e ISM (12h) em janeiro, além dos investimentos em construção em dezembro (12h). O Tesouro divulga às 17h as estimativas trimestrais de empréstimo federal.

… Entre os Fed boys, Raphael Bostic (14h30) e Alberto Musalem (20h30) participam de eventos nesta 2ªF.

… A Opep se reúne hoje para revisar as restrições de fornecimento.

… Ainda nesta 2ªF, o PMI industrial será divulgado na zona do euro (6h), Alemanha (5h55) e Reino Unido (6h30). O CPI da zona do euro sai às 7h.

CHINA HOJE – O PMI/S&P Global industrial caiu a 50,1 em janeiro (final), de 50,5 em dezembro. Amanhã (3ªF) à noite, sai o PMI/S&P Global composto de janeiro. No sábado, tem inflação na China.

JAPÃO HOJE – O PMI industrial recuou a 48,7 em janeiro, contra 49,6 em dezembro. Foi o sétimo mês consecutivo de queda na atividade do setor e o ritmo de contração mais intenso desde março do ano passado.

NÃO SE ABALOU – O dólar chegou à décima queda seguida na 6ªF, na onda do carry trade, atraente para o investidor gringo, e na contramão da moeda no exterior, que subiu após o tarifaço de Trump.

… Na mínima do dia, o dólar por aqui desceu a R$ 5,81 (-0,70%).

… Houve certa volatilidade antes da formação da Ptax, mas a queda se manteve à tarde, com a moeda fechando em baixa de 0,28%, a R$ 5,8366. Na semana, caiu 1,39%; no mês, o recuo foi de 5,56%, o maior desde junho/23 (-5,59%).

… O otimismo de janeiro se estendeu aos juros, que caíram cerca de 100pb, e à bolsa, que teve o primeiro mês positivo após quatro no vermelho.

… Matéria da repórter Aline Bronzati/Broadcast, na 6ªF, mostrou que investidores estrangeiros começam a enxergar um ponto de entrada em determinados ativos brasileiros, apesar do fiscal.

… No momento, o interesse beneficia ativos menos arriscados, mas pode aumentar se houver medidas que contenham o crescimento da dívida e deem mais clareza sobre a trajetória fiscal, segundo banqueiros e executivos.

… Em novo sinal de desaquecimento da economia, a taxa de desemprego no 4Tri24 ficou acima (6,2%) do esperado (6,0%), a 1ª alta após oito quedas seguidas.

… Nos juros, a ponta curta reagiu ao estresse nos Treasuries depois de confirmadas as tarifas dos EUA sobre México, Canadá (25%) e China (10%) e ao reajuste de 6,3% no preço do diesel pela Petrobras.

… Os DIs médios e longos encontraram apoio na queda do dólar e caíram. Também foram amparados pelo déficit um pouco menor do setor público consolidado em 2024, de R$ 47,5 bilhões, contra expectativa de R$ 48,8 bilhões.

… O DI para janeiro de 2026 subiu a 14,940% (de 14,855% no fechamento anterior) e o Jan/27 avançou a 15,035% (14,980%). Já o Jan/29 caiu a 14,775% (14,865%); Jan/31, a 14,720% (14,870%); e Jan/33, a 14,670% (14,850%).

SEM ÍMPETO – Tudo ia bem no Ibov até o meio da tarde, quando Trump confirmou as tarifas sobre seus principais parceiros comerciais. O anúncio dragou as bolsas de NY e levou junto o índice brasileiro.

… Nem Petrobras, em alta após o reajuste do diesel, salvou o dia.

… O Ibov encerrou em baixa de 0,61%, aos 126.134,94 pontos e giro de R$ 21,6 bilhões. Mas na semana subiu 3,01% e, em janeiro, acumulou ganho de 4,86%, a primeira valorização mensal desde agosto passado.

… Petrobras ON subiu 0,68% (R$ 41,65) e PN teve alta de 0,80% (R$ 37,69), após aumentar em R$ 0,22 o litro (+6,3%) do diesel nas refinarias.

… O combustível estava sem reajuste havia 401 dias. Segundo o Citi, a defasagem ante o mercado internacional caiu de 11% para 4%. Nas contas do BTG, recuou de 10% para 3%.

… Ação da petroleira foi na contramão do Brent/abr, que recuou 0,28%, a US$ 75,67.

… Vale, por sua vez, afetada pela tarifa contra a China, cedeu 1,56%, a R$ 54,17.

… Bancos ficaram mistos. Itaú fechou na mínima, em R$ 33,81 (-0,65%). Bradesco PN caiu 0,41% (R$ 12,09) e Bradesco ON perdeu 0,27% (R$ 11,02). Santander ganhou 0,89% (R$ 25,96) e Banco do Brasil subiu 0,14% (R$ 27,68).

… No topo do ranking positivo, Totvs avançou 4,45% (R$ 34,06). Na outra ponta, Vibra Energia caiu 5,07% (R$ 16,86), após rebaixamento pelo Goldman Sachs, de compra para neutro.

COLOCOU NO PREÇO – A confirmação de que os EUA iriam impor tarifas de importação sobre México, Canadá e China no sábado acabou com a festa dos mercados em NY na 6ªF.

… Os ativos iniciaram o dia bem, mas o caráter imprevisível de uma eventual guerra comercial provocou fuga do risco na segunda metade do pregão.

… As bolsas caíram, o dólar e os juros dos Treasuries subiram, com a note de 10 anos firme acima dos 4,5%.

… No fechamento de NY, o Dow Jones caiu 0,75%, aos 44.544,66 pontos; o S&P 500 cedeu 0,50% (6.040,53) e o Nasdaq perdeu 0,28% (19.627,44). Na semana, o Dow subiu 0,27%, o S&P 500 baixou 1,00% e Nasdaq, -1,64%.

… No mês, as bolsas subiram de forma expressiva, puxada por dados que reforçam a solidez da economia americana e um início de governo Trump menos turbulento que o esperado (agora desandou).

… O Dow subiu 4,70%, o S&P 500, +2,70% e o Nasdaq, +1,64%.

… Na 6ªF, as declarações de Trump acabaram deixando em segundo plano os dados que mostraram aceleração menor que a esperada no custo de mão de obra e a inflação em linha com o previsto nos EUA, embora mais alta.

… O PCE, o índice preferido do Fed, acelerou para 0,3% em dezembro, de 0,1% em novembro, mas ficou dentro do esperado. O mesmo na comparação anual. Subiu de 2,4% para 2,6%, dentro do previsto.

… O núcleo do índice também não trouxe surpresas. Avançou a 0,2%, de 0,1% em novembro, e no confrontou anual repetiu a taxa de 2,8%.

… Os gastos com consumo subiram 0,7% no mês, acima da previsão de 0,5% e da taxa de 0,4% em novembro. A renda pessoal cresceu 0,4%, dentro do esperado, e acima do 0,3% de um mês antes.

… De uma forma geral, os que reforçaram a postura do Fed de não ter pressa em cortar o juro.

… Na esteira das políticas protecionistas de Trump, que podem estimular a inflação, o juro da note de 10 anos subiu a 4,551% (de 4,515%) e o do T-Bond de 30 anos foi a 4,803% (de 4,761%). O da note de 2 anos ficou estável (4,203%).

… O índice DXY subiu 0,53%, a 108,356.  O euro caiu 0,26%, a US$ 1,0383. A libra cedeu 0,18%, a US$ 1,2410. O iene recuou 0,63%, a 155,202/US$, devolvendo o ganho da véspera.

… Apesar do aumento da aversão ao risco, o peso mexicano teve leve apreciação, enquanto o dólar canadense apresentou um pequeno recuo.

EM TEMPO… PETROBRAS recebeu R$ 1,025 bi da Prio por pagamento contingente (“earnout”) do preço do petróleo de 2024; pagamento corresponde à última parcela recebida pela venda de Albacora Leste.

JBS. Itaú BBA projetou Ebitda ajustado de R$ 9,7 bilhões no 4TRI da companhia, o que posicionará a empresa no topo do seu guidance para 2024.

NATURA informou que seu acionista fundador, Guilherme Peirão Leal, reduziu sua participação na empresa de 7,166% para 4,166%…

… A redução, quando efetivada, será por meio da doação de ações ON a seus filhos, com reserva do usufruto vitalício da integralidade dos respectivos direitos políticos e econômicos; cada um dos donatários passa a deter 1%…

… Leal tem ainda o usufruto político e econômico de 6,54% das ações cuja propriedade é de seus filhos Felipe e Ricardo, totalizando uma fatia de 13,1%.

EZTEC acertou capitalização de R$ 130 milhões em troca de 47% da Adolpho Lindenberg.

TENDA. JPMorgan atingiu participação de 5,03% das ações ON.

ALLOS fará resgate antecipado de debêntures da 5ª emissão no dia 14/2.

CAIXA SEGURIDADE. Oferta de ações deve ser lançada este mês, de acordo com fontes do Broadcast. A ideia é levar a operação a mercado após a publicação do balanço da companhia, prevista para a segunda semana de fevereiro.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

Saem as primeiras tarifas de Trump

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[31/01/25]

… A imposição de tarifas de 25% sobre o petróleo do Canadá e México, já a partir deste sábado, foi confirmada na reta final do pregão por Trump, com impacto imediato nos negócios, sobretudo no câmbio. O dólar, que vinha em queda em NY, virou para alta, enquanto os juros dos Treasuries reduziram as perdas. Aqui, o dólar futuro, que ainda operava, ganhou força e subiu 0,38%. Trump não só confirmou as ameaças, como citou a China, dizendo que está se preparando para aplicar tarifas ao país asiático – preocupação em dobro para os emergentes. Assim, os mercados abrem hoje repercutindo a notícia, além da agenda importante, com o PCE de dezembro nos EUA e, aqui, os números fiscais consolidados de 2024 (8h30), após o superávit do Governo Central acima do esperado ter ajudado a derrubar os juros futuros abaixo dos 15%.

… Os dados surpreenderam positivamente (abaixo), reforçando a reação ao Copom, numa estreia muito bem-sucedida de Galípolo.

… As taxas dos contratos de curto prazo na BM&F chegaram a cair 50 pontos-base, sustentadas pela leitura de parte do mercado que o Copom foi “dovish”, quando o que o Copom fez foi ter um pouquinho mais de cuidado na redação do comunicado.

… É verdade que o Copom não alardeou a nova rodada de deterioração das expectativas inflacionárias, mas essa preocupação estava lá. Era para ter alardeado? Assim como não poderia se comprometer com maio. Se há incertezas, não pode haver guidance.

… Se nem o Fed sabe se vai conseguir continuar cortando os juros, porque primeiro precisa entender as políticas de Trump, por que o BC teria que ter uma bola de cristal? E não é papel do BC se mostrar apavorado e induzir o mercado à volatilidade.

… Essa estratégia também faz parte da administração de expectativas.

… Imagine você qual seria a reação dos agentes se o BC vislumbrasse um cenário sem saída, contratando desde já uma mão pesada para maio? Para quanto teriam puxado a Selic terminal? O fato é que o Copom conseguiu baixar a bola do mercado.

… Não foi leniente, não foi omisso, confirmou o guidance, não só na reunião desta semana como também para março, e vai esperar para ver. Tem muito chão até maio. O que o mercado tem que ter certeza é que, se chegar lá e a coisa não melhorar, o BC agirá. 

NA MOSCA – As contas do governo central serviram ontem como um importante driver de otimismo aos negócios, na medida em que o Brasil conseguiu cumprir o arcabouço fiscal, respeitando o intervalo da meta, de até -0,25%.

… Tirando da conta as despesas com a ajuda emergencial ao Rio Grande do Sul, o déficit de R$ 11 bi correspondeu a 0,09% do PIB. Já considerando o valor desembolsado após as enchentes, o déficit foi de R$ 43 bi (0,36% do PIB). 

… Foi o melhor resultado anual desde 2022 e superou a mediana das previsões dos economistas, de -R$ 45,7 bi.

… Para o resultado de hoje do setor público consolidado em dezembro, a mediana da pesquisa Broadcast indica um superávit primário de R$ 14,5 bilhões, revertendo o déficit de R$ 6,620 bilhões em novembro.

… O intervalo inteiro das apostas é positivo e vai de R$ 5,0 bilhões até R$ 26,7 bilhões.

… No acumulado do ano, o déficit primário deve ficar em R$ 48,80 bi. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que a dívida bruta do governo geral deve fechar 2024 em torno de 77% do PIB, “um pouco menos ou pouco mais”.

… Apesar da melhor percepção fiscal, a Previdência segue como foco de maior preocupação. Os dados divulgados ontem revelam que o governo gastou quase R$ 30 bi a mais com a Previdência em 2024 do que estava prevendo.

… Na previsão da lei orçamentária do ano passado, o governo estimava que as despesas com benefícios previdenciários ficariam em R$ 908,7 bilhões. O gasto nominal realizado, contudo, foi de R$ 938,544 bilhões.

… Economistas acusam a equipe econômica de vir subestimando os riscos. Ceron disse que o Planejamento está debruçado para reestimar os gastos previdenciários de 2025 para que não seja novamente pego de surpresa.

… As pressões na Previdência têm obrigado o governo a bloquear gastos discricionários para honrar a meta fiscal.

COMPRA BRIGA – Na entrevista gravada ontem pela manhã à RedeTV e transmitida no fim da noite pela emissora, Haddad afirmou que as críticas do mercado ao resultado das contas públicas têm “componente ideológico”.

… O ministro da Fazenda citou que os déficits fiscais dos governos Temer e Bolsonaro foram “muito maiores”, mas que se passa a “falsa ideia” de que agora é que as contas estão descontroladas. “É uma falsificação da realidade.”

… Em sua avaliação, o governo Lula 3 está endereçando “exitosamente” o tema da reponsabilidade fiscal.

… Haddad disse que revisar gastos é atividade rotineira na Fazenda e no Planejamento e que a equipe econômica tem trabalhado continuamente em medidas que serão levadas ao presidente da República, mas não citou quais.

… Ele não respondeu se pretende acabar com grandes renúncias, como o Simples Nacional e a Zona Franca.

… Sobre a crise dos alimentos, reiterou que os preços vão se acomodar, com dólar mais baixo e aumento da safra. Diante da redução esperada nas pressões inflacionárias, manteve a previsão de que o PIB vai crescer 2,5% este ano.

… Ao comentar a articulação política do governo em relação à agenda econômica no Congresso, Haddad garantiu ter uma “relação excelente” com Hugo Motta e Alcolumbre, que devem assumir a Câmara e Senado nos próximos dias.  

… Quanto à corrida presidencial em 2026, disse que não trabalha com a perspectiva de uma disputa sem Lula.

PLUS A MAIS – Ontem, além do déficit fiscal perto de zero, também o que ajudou a derreter os prêmios na curva do DI foram os dados fracos do Caged em dezembro, que sinalizaram desaceleração da atividade econômica.

… Houve fechamento líquido de 535.547 empregos formais no mês do Natal, pior que o piso estimado (-487.116).

… Hoje, no entanto, a Pnad (9h) deve vir bem, com a taxa de desemprego encerrando 2024 em 6%, menor valor da série histórica. As projeções no mercado para a pesquisa do IBGE sobre a mão de obra variam de 5,9% a 6,2%.

… O Caged ruim se somou ontem a outros indicadores recentes que mostram uma economia menos aquecida.

… Esta semana, o Copom colocou uma “eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada” como risco de baixa para a inflação. Todo mundo quer ver mais detalhes na ata da próxima 3ªF.

… Apesar de parte do mercado estar se antecipando a especular com o final do ciclo de aperto da Selic mais cedo que se imaginava, em pesquisa Broadcast, a mediana para a Selic em maio, que é a incógnita, continua em 14,75%.

LULA AJUDOU – Em nova estratégia de comunicação, em meio ao desgaste de popularidade, o presidente deu ontem uma entrevista coletiva de pouco mais de 1h aos jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

… Falou bem de Haddad, de Galípolo e da Petrobras. O mercado gostou. Após ter protagonizado inúmeras trocas de farpas com RCN por causa da Selic, Lula saiu em defesa da política monetária no day after da nova alta de 1pp.

… Explicou que o novo presidente do BC não poderia dar “um cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra” e que a necessidade de subida de juros pelo outro presidente [RCN] “já estava praticamente demarcada”.

… Em aval à autonomia do BC, disse que Galípolo “fez aquilo que entendeu que deveria”, mas que tem 100% de certeza que o BC vai criar as condições para entregar ao povo juro menor, “no tempo em que a política permitir”.

… Saiu também em defesa total de Haddad na conversa com a imprensa. Lula disse ter dado risada quando soube das críticas do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ao ministro da Fazenda, chamado de “fraco” na 4ªF.

… Lula enumerou todas as ações de Haddad e disse que Kassab foi injusto e deveria pedir desculpas.

… Comentários do presidente reforçando a independência da Petrobras também jogaram a favor nos negócios. Na coletiva, Lula afirmou que “não autorizou” aumento do diesel, porque “quem autoriza é a Petrobras”.

… Na mesma linha, Alexandre Silveira (MME) disse à Folha que o governo não fará “peripécia” para baixar os  combustíveis, referindo-se a alterações em impostos. “Não tem hipótese de baixar Cide, PIS e Cofins. Chance zero.”

… O ministro afirmou que o governo federal “deixará o mercado se resolver”. Ele citou um provável aumento de R$ 0,20 ou R$ 0,21 no preço do diesel e disse que a estatal fará “o que tem que ser feito de maneira correta”.

… Paralelamente ao debate sobre o reajuste dos combustível, amanhã, de qualquer forma, o preço da gasolina vai subir R$ 0,10 por litro e o diesel deve aumentar R$ 0,06 por litro nas bombas devido à elevação do ICMS.

FAMA DE MAU – Em postagem ontem à noite, Trump engrossou com os Brics, ameaçando aplicar tarifa de 100% se o bloco insistir nos planos de criar uma moeda própria para substituir o dólar no comércio exterior.

… O republicano disse que exigirá compromisso desses países “aparentemente hostis”. Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul “que procurem outra nação otária e digam adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA.”

AFTER HOURS – Após o susto com a queda de 11% nas vendas de iPhone na China no 4Tri, Apple subiu 3,03% no pregão estendido, focando no guidance de aumento de receita no trimestre que acaba em março.

… A empresa mais valiosa do mundo teve lucro líquido de US$ 36,3 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, 7% mais que mesmo período do ano anterior, de expectativa de US$ 35,6 bilhões.

… O lucro por ação, de US$ 2,40, superou os US$ 2,35 esperados.

… O mercado também gostou os resultados da Intel (+3,65%). Apesar do prejuízo líquido de US$ 126 milhões, a perda diluída por ação ficou em US$ 0,03, melhor do que a queda esperada de US$ 0,09 esperado.

MAIS AGENDA – Após o Fed segurar o juro, seu índice preferido de inflação, o PCE (10h30), deve mostrar aceleração em dezembro, para 0,3%, de 0,1% (novembro). Na comparação anual, deve subir de 2,4% para 2,6%.

… O núcleo deve dobrar para 0,2%, mas no ano deve permanecer em 2,8%.

… Ainda hoje, o ISM/Chicago informa o PMI de janeiro (11h45). Às 10h30, o Depto do Trabalho divulga o Índice de Custo de Emprego do 4Tri, que deve subir 1%, de 0,8% no 3Tri, e Michelle Bowman (Fed) fala em evento.

… A Baker Hughes informa o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA (15h), mesmo horário em que o BC da Colômbia decide juros.

… Na Europa, a Alemanha divulga o CPI preliminar de janeiro, que deve desacelerar de 0,5% (dez) para 0,2%.

… Por aqui, a Aneel define bandeira tarifária de fevereiro.

O IMPÉRIO CONTRA-ATACA – Na reta final dos pregões aqui em NY, a sinalização de Trump de que as tarifas contra o Canadá, México e China podem ser para valer assustaram e provocaram reação imediata nos mercados.

… Na curva do DI, os vencimentos longos se afastaram das mínimas, acompanhando a desaceleração das baixas das taxas dos Treasuries. No câmbio, o contrato do dólar futuro para fevereiro subiu 0,38%, cotado a R$ 5,8780.

… O mal-estar de última hora veio na direção contrária do otimismo ao longo do dia, que garantiu a nona alta consecutiva do real e induziu todas as taxas dos juros futuros a rodarem abaixo dos 15% no pós-Copom.

… Traders leram o comunicado do BC como dovish e o investidor ainda viu com bons olhos os esforços de Lula para proteger Galípolo das críticas da ala radical do PT à alta da Selic em sua estreia no comando da política monetária.

… O fato de o Copom ter deixado em aberto os passos para maio deixou a impressão em parte do mercado de que o BC pode desacelerar o ritmo de aperto, o que provocou uma correção das apostas para a Selic nos DIs curtos.

… Para completar o cenário positivo, a percepção de risco fiscal melhorou com o déficit fiscal muito próximo de zero e ainda os números mais fracos do mercado de trabalho (Caged) ajudaram a queimar prêmios de risco na curva.

… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,855% (de 15,180% no pregão anterior); Jan/27 caía a 14,980% (de 15,375%); Jan/29, a 14,865% (de 15,115%); Jan/31, 14,870% (15,060%); e Jan/33, a 14,850% (14,980%).

… No câmbio à vista, que já estava fechado quando Trump atacou, ainda não foi ontem que o dólar parou de cair.

… A moeda americana chegou a operar em alta durante quase todo o pregão, sinalizando que poderia realizar os lucros. Mas, a poucos minutos do fechamento, inverteu o sinal e emplacou queda de 0,23%, negociada a R$ 5,8528.

… No Broadcast, o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, disse que as especulações criadas pelo Copom sem guidance para maio pressionaram o dólar logo cedo, mas que o carry trade continua vantajoso.

… “Há espaço para o dólar furar o piso técnico de R$ 5,80. É muito caro ficar comprado em dólar com os juros altos. É preciso um fluxo de notícias negativas para fazer valer a pena comprar dólares”, afirmou o especialista.

… Como se viu no final da tarde de ontem, o que pode botar muita coisa a perder nos mercados emergentes é Trump, que já faz valer o seu estilo durão. Hoje, a volatilidade ainda pode ser redobrada pela disputa da ptax.

ABRIU O APETITE – O Ibovespa deu um sprint de quase 3,5 mil pontos ontem, fechou colado nos 127 mil pontos (126.912) e o que é melhor: com giro bom, de R$ 25,6 bilhões, para dar consistência ao fluxo comprador.

… O alívio dos juros futuros, a meta fiscal cumprida e as falas responsáveis de Lula sobre a Petrobras e o Copom fizeram a festa no índice à vista da bolsa doméstica, com alta generalizada entre as ações e força entre as blue chips.

… O Ibov se encaminha para a primeira alta mensal desde agosto, quando subiu 6,54% e anotou sua última máxima histórica, aos 137 mil pontos. Com ganho de 5,51% até ontem, este pode ser o melhor janeiro desde 2022 (+6,98%).

… Peso-pesado, Vale recuperou R$ 10 bilhões em valor de mercado, com alta de 4,22%, a R$ 55,03. O papel girou mais de R$ 2 bilhões, com quase 55,6 mil negócios, o maior volume da B3.

… A alta na ação da mineradora se ampliou após Lula ter dito que “foi boa” a reunião com o CEO da Vale, Gustavo Pimenta. Um novo encontro será realizado para discutir obstáculos setoriais enfrentados pela companhia.

… Petrobras pegou o embalo positivo e subiu bem mais que o petróleo no dia. O papel ON registrou +1,97% (R$ 41,37) e o PN, +1,33% (R$ 37,39). Lá fora, o Brent/abril registrou valorização moderada de 0,37%, a US$ 75,80/barril.

… Deixando a polêmica de lado, as declarações de Lula em defesa da independência da Petrobras pegaram bem.

… Os bancos foram alvo de interesse gringo e também ganharam força com a notícia (Broadcast) de que governo estuda prazo máximo de 5 anos para operações de crédito com garantia do FGTS. A imposição é vista como positiva.

… Bradesco puxou os ganhos: PN (+5,47%; R$ 12,14) e ON (+4,44%; R$ 11,05). Às vésperas de seus balanços (dia 5) Santander subiu 3,83% (R$ 25,73) e Itaú avançou 2,44% (R$ 34,03). BB teve alta de 0,73%, a R$ 27,64.

… A queda dos juros futuros beneficiou Magazine Luiza, com +12,59% (R$ 7,42); Yduqs, +9,86% (R$ 10,36); e CVC, +8,33% (R$ 1,95), na liderança das altas.

… Apenas quatro papéis fecharam no vermelho: Petz (-2,21%; R$ 4,86), Braskem (-1,27%; R$ 14,03), BB Seguridade (-0,44%; R$ 38,59) e BRF (-0,14%; R$ 22,00).

EFEITO TRUMP – Nos pós-Fed e com alguns bons balanços, as bolsas de NY fecharam em alta moderada. O otimismo com a Tesla ajudou a compensar a decepção com a Microsoft.

… Declarações de Trump quase colocaram os ganhos a perder. Perto do fechamento, os índices cederam momentaneamente depois de Trump confirmar as tarifas de 25% sobre México e Canadá a partir de amanhã.

… O câmbio sentiu mais o baque e o dólar subiu, enquanto os juros dos Treasuries diminuíram a queda.

… No fechamento, o Dow Jones escapou em alta de 0,38%, aos 44.882,13 pontos. S&P500 avançou 0,53% (6.071,17) e o Nasdaq ganhou 0,25% (19.681,75).

… Tesla (+2,87%) ajudou a puxar o Nasdaq e o S&P 500 depois que Musk prometeu lançar modelos de carros mais baratos até o fim do primeiro semestre e começar a testar um serviço autônomo de transporte, em junho.

… Meta (+1,55%) e IBM (+12,96%) foram bem depois de os balanços superarem as expectativas de Wall Street. Microsoft caiu 6,18% com previsões de crescimento do negócio de computação em nuvem que decepcionaram.

… Investidores também tomaram nota dos comentários dos CEOs de Meta e Microsoft defendendo seus pesados investimentos em IA depois do advento da DeepSeek.

… O mercado acompanhou o resultado preliminar do PIB do 4Tri24 dos EUA, que veio abaixo do esperado, em 2,3% anualizado, de expectativa de 2,6% – mas não mexeu com os negócios. No 3Tri, o crescimento foi de 3,1%.

… Analistas consideraram o ritmo sólido, já que o período foi marcado pela greve da Boeing e pela queda de investimentos em estoques. O consumo das famílias, que puxa o PIB, deu um salto de 4,2%.

… Em outro dado do dia, a queda inesperada – de 223 mil para 207 mil – dos pedidos de auxílio-desemprego continuou a sinalizar um mercado de trabalho forte.

… O dólar vinha numa toada mais suave ante seus pares, mas firmou alta depois de Trump confirmar as tarifas contra México e Canadá. O índice DXY subiu 0,12%, a 108,00 pontos.

… O euro caiu 0,26%, a US$ 1,0410, também influenciado pelo corte de 25pb no juro pelo BCE, como esperado. Christine Lagarde reiterou que a direção do juro é clara, mas que as decisões sempre vão depender dos dados.

… Para o Commerzbank, o BCE deve realizar mais três cortes de juros de 25 pb até o meio do ano. O próximo deve ocorrer em março, quando o BC europeu publicará suas projeções atualizadas para inflação e PIB.

… A libra ficou perto da estabilidade (-0,09%), a US$ 1,2433. Na expectativa de mais aumento de juros pelo BoJ, o iene continuou a subir: +0,61%, a 154,238/US$.

… Nos Treasuries, o juro da note de 2 anos recuou a 4,206%, de 4,2135%, na sessão anterior. O da note de 10 anos cedeu a 4,523% (de 4,540%) e o do T-Bond de 30 anos caiu a 4,771% (4,777%).

EM TEMPO… BRASKEMdecidiu descontinuar novos investimentos na Oxygea, veículo voltado à transformação digital com startups no mercado. Decisão está alinhada à estratégia de reavaliação de ativos e investimentos.

TOTVS informou que segue avaliando se apresentará proposta vinculante para a aquisição da Linx. Segundo o Broadcast, a israelense Nayax desistiu do negócio. Agora restam a Totvs e a Constelattion…

… A expectativa é que a Stone receba propostas vinculantes em fevereiro e que a operação seja fechada ainda neste primeiro semestre.

NEOENERGIA. Total de energia injetada aumentou 2,1% no 4Tri24 ante o 4Tri23, totalizando 22.635 GWh. No acumulado do ano, o crescimento foi de 5,8%, atingindo 87.218 GWh, segundo prévias operacionais…

… A energia distribuída avançou 2,0% no trimestre, para 19.353 GWh, e 6,1% no ano, somando 75.683 Gwh.

HERINGER elegeu Fausto Pereira Goveia para os cargos de diretor Financeiro e de RI, em substituição a Gustavo Bastide Horbach, diretor presidente, que estava interinamente na posição desde 31 de dezembro de 2024.

SAFRA. David e Joseph adquiriram a participação da irmã Esther no Grupo Safra. A aquisição será feita com recursos próprios dos acionistas remanescentes e ainda aguarda aprovação dos reguladores.

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Copom mantém dúvida sobre Selic terminal

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[30/01/25]

… Às 10h15, o BCE deve cortar o juro da zona do euro hoje de 3% para 2,75%, segundo estimativas de consenso, aproveitando o bom comportamento da inflação para socorrer o fraco desempenho da economia do bloco. A decisão será seguida de entrevista de Lagarde (10h45) e ocorre um dia após o Fed manter estável sua taxa e o Copom, em decisão unânime, subir a Selic para 13,25%. O novo BC, comandado por Galípolo, manteve o guidance de nova alta de 100pbs para março, mas deixou maio em aberto e dependente do que vier. Ainda em NY, repercute a fala de Powell, que admitiu incertezas elevadas com as políticas de Trump, dizendo que o Fomc está em modo espera para entender e agir depois. Na agenda, tem Caged, IGP-M e contas do Governo Central aqui e, nos EUA, o PIB/4Tri. Wall Street reage aos balanços da Meta, Microsoft e Tesla.

… A empresa de Zuckerberg se deu bem no after hours, com alta de 2,29%, após superar em muito as apostas para o 4Tri. O lucro por ação saltou 50% em termos anuais, para US$ 8,02, contra o consenso de US$ 6,76.

… A receita de US$ 48,4 bilhões registrou um aumento de 21%, acima da projeção dos analistas de US$ 47,0 bi.

… Tesla deslanchou 4,14% com a receita de US$ 25,7 bilhões vindo 2% superior na comparação anualizada.

… Só Microsoft não foi bem (-4,63%) entre as magníficas, abalada pelo aumento de gastos com inteligência artificial, que pega especialmente mal agora que a chinesa DeepSeek promete fazer mais por menos.

… Hoje, depois do fechamento, saem Apple e Intel. Antes da abertura do mercado, tem Mastercard.

… Além do noticiário corporativo, os mercados também devem se orientar pelos sinais de Powell sobre a condução dos juros nos EUA. O presidente do Fed disse que não tem pressa de entender os impactos das políticas de Donald Trump.

… “Não sabemos o que vai acontecer com tarifas, imigração, políticas fiscal e regulatória. Estamos apenas começando a ver [sinais], e eu acho que precisamos deixar essas políticas serem articuladas antes de uma avaliação plausível de suas implicações para a economia.”

… Na entrevista após o Fomc, que manteve os juros inalterados entre 4,25% e 4,50%, Powell disse que o Fed vai observar cuidadosamente as futuras políticas, mas que “não teremos pressa em entender [os seus efeitos] para definir a nossa resposta”.

… Prometeu, no entanto, que o Fed não ficará atrás. “Estamos em modo espera para ver o que acontece com a economia para agir.”

… Isso significa que Trump continua no foco, não só dos investidores, mas também do Federal Reserve e do mundo todo.

… Na noite de ontem, horas após o Fed, Trump voltou ao ataque: acusou Powell de “atrapalhar a luta contra a pior inflação da história” e qualificou de “péssimo” o trabalho do BC americano na regulamentação bancária.

DOVISH COM D MAIÚSCULO NÃO FOI – Aqui, repercute o Copom.

… Se o mercado tinha algum receio de que o BC poderia relaxar sua política monetária, já pode sossegar. Embora alguns economistas do mercado ainda tenham achado a mensagem mais para “dovish”, a prova dos nove virá na curva de juros.

… O texto do comunicado veio duro como tinha de ser, citando o ambiente externo desafiador, o dinamismo da atividade econômica e do mercado de trabalho, o câmbio depreciado e a elevação da inflação nas divulgações recentes.

… Manteve ainda o alerta sobre a política fiscal, admitindo impacto relevante sobre os preços dos ativos e as expectativas dos agentes.

… Mais do que isso, o Copom alinhou-se ao salto das projeções do último Focus e subiu sua estimativa para a inflação deste ano de 4,5% para 5,2% – apenas um pouco abaixo do que o mercado espera (5,5%) – muito acima da meta.  

… Para o 3Tri de 2026, que passa a ser o horizonte relevante da política monetária, a projeção do BC é de 4%.

… Como riscos para a inflação, que mantém assimetria altista, o BC citou a desancoragem das expectativas por período mais prolongado; maior resiliência na inflação de serviços e uma taxa de câmbio “persistentemente” mais depreciada.

… Esse cenário, concluiu o Copom, exige uma política monetária mais contracionista, que justificou a alta da Selic para 13,25% agora e a contratação de um aumento da mesma magnitude na reunião de março, de 100pbs, para 14,25%.

… Já para maio, era esperado que o BC não se comprometesse, conservando um grau de liberdade no cenário incerto, mas foi positivo ter reforçado que o tamanho total do ciclo será ditado pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

… O ponto de estranhamento no comunicado foi colocar uma eventual desaceleração da atividade econômica mais acentuada como fator baixista no balanço de riscos. Também faltou um comentário mais incisivo sobre a nova rodada de deterioração das expectativas.

RACHA NA FARIA LIMA – A interpretação entre os economistas sobre o comunicado não foi unânime.

… Drausio Giacomelli (Deutsche) viu teor conservador no comunicado e acredita que o Brasil se aproxima da dominância fiscal. Para Roberto Padovani (BV), o BC manteve postura austera, mesmo sob nova direção.

… Sérgio Goldenstein, da Warren, reconhece que os agentes esperavam um texto mais hawkish do que veio, mas ele não descarta Selic terminal acima de 14,75% por conta de riscos fiscais e cenário externo mais adverso.

… Também o Citi alerta que os gastos fiscais podem continuar impulsionando a inflação subjacente, o que pode gerar necessidade de Selic mais alta. O cenário-base do banco é que a taxa Selic atinja 15,50% em junho.

… Depois do comunicado, o Barclays manteve projeção de Selic terminal em 15,25%.

… Na ponta dovish, o Itaú cogita que o juro pode não subir tanto como o previsto. “Vemos 15,75%, mas o Copom pode encerrar o ciclo antes.” Ainda a XP coloca no radar a chance de reduzir o call de 15,50%.

… Na avaliação do Bradesco, a comunicação veio alinhada ao cenário do banco de juro terminal de 15,25%. É a mesma estimativa do BofA, que além do 1pp contratado para março, projeta duas altas de 50pb (maio e junho).

… Ex-diretor do BC, Fabio Kanczuk entende que o recado transmitido pelo Copom foi “mais dovish possível”.

… Mas ele não descarta que, se o mercado reagir mal, com inclinação da curva de juros e piora das projeções de inflação, o BC possa corrigir o tom e adotar uma abordagem diferente na ata da semana que vem (3ªF).

… No Santander, Marco Caruso leu o comunicado como dovish e acredita que o Copom de maio caminha para uma redução na intensidade de aperto monetário contra o ritmo atual, desacelerando a alta para 50 ou 75pb.

… Para a Capital Economics, a alta de 1pp do guidance março marcará o fim do ciclo de aperto da Selic.

E A GLEISI QUE CULPOU O RCN – Sem poder criticar Galípolo, a presidente do PT – que está sendo cogitada para ministra de Lula – disse que “a alta da Selic estava determinada e não restava muita alternativa ao novo presidente do Banco Central”.

AI, AI, AI – Nem bem uma crise se resolve e outra já está se armando, como essa agora de o governo estudar um teto da taxa de juros ao crédito consignado para os trabalhadores do setor privado. E foi Haddad quem admitiu que o debate existe.

… “Essa ação vai em direção contrária à ação do Copom, ao impulsionar o mercado de crédito e contribuir para o menor desaquecimento da demanda agregada”, avaliou o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, ao Broadcast.

… A preocupação não é pequena quando se toma o volume potencial apontado pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney. Segundo ele, o crédito consignado “pode sair de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões, R$ 130 bilhões”.

… A notícia contribuiu para puxar os juros futuros de curto prazo perto do fechamento (leia abaixo).

SEM REAJUSTE? – Em meio a especulações sobre aumento nos preços dos combustíveis, a diretoria da Petrobras apresentou ao Conselho de Administração um balanço do cumprimento de sua política de preços no último trimestre de 2024, segundo apurou a Folha.

… A diretoria defendeu que, mesmo com defasagens em relação aos preços internacionais, a política foi cumprida ao garantir a venda de combustíveis acima do preço de custo e abaixo dos preços dos concorrentes, banda estabelecida na gestão Jean Paul Prates.

… Após o encontro, segundo o jornal, os conselheiros ligados ao governo entenderam que o cenário melhorou desde o início do ano, com as quedas do dólar e das cotações do petróleo, reduzindo a pressão por reajustes dos combustíveis nesse momento.

… Ainda há, no entanto, expectativa de aumento para o diesel, que não tem reajuste há um ano e está com defasagem estimada de 17%.

… O aumento do diesel (e não da gasolina) teria sido comunicado a Lula pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na reunião que tiveram no início da semana, em Brasília.

… De qualquer forma, o preço da gasolina vai subir R$ 0,10 por litro (e o diesel deve aumentar R$ 0,06 por litro nas bombas) neste sábado (01º/2) devido ao aumento do ICMS, que ocorrerá em todo o País. Na média nacional, a alta deste ano será de 1,3%.

… O impacto no IPCA de fevereiro será de 0,08 pp, conforme estimou o economista da FGV, André Braz.

MAIS AGENDA – Hoje, o IGP-M (8h30) deve aliviar para 0,21%, contra alta de 0,94% em dezembro. O Caged (10h) tem previsão de fechamento de 405.524 vagas de empregos formais em dezembro (mediana Broadcast).

… Às 14h30, saem as contas do Governo Central. O mercado projeta superávit primário de R$ 20,30 bilhões (mediana) em dezembro. As projeções são todas de saldo positivo, de R$ 6,84 bilhões a R$ 24,40 bilhões.

… Para o acumulado do ano passado, a estimativa intermediária do mercado (-R$ 45,7 bilhões) prevê uma melhora no déficit em comparação com o resultado de 2023, que foi de saldo negativo de R$ 230,5 bilhões.

… Haddad já antecipou déficit de 0,1% em 2024, dentro da meta (zero), com intervalo de tolerância de 0,25% do PIB para cima ou para baixo. Hoje, o ministro concede entrevista à Rede TV. A gravação vai ao ar às 23h45.

LÁ FORA – A leitura do PIB/4Tri dos EUA (10h30) deve desacelerar para 2,5%, contra 3,1% em comparação ao trimestre anterior, enquanto Trump promete reviver os “anos dourados” da economia americana.

… Ainda nos EUA, saem o auxílio-desemprego (10h30) e as vendas pendentes de imóveis em dezembro (12h).

… Hoje também é dia de PIB na zona do euro (7h), Alemanha e Itália (6h). África do Sul decide juro às 10h.

FOGO AMIGO – Pouco antes de o mercado doméstico fechar, as taxas de curto prazo da curva do DI ensaiaram um pico de estresse com a história do teto da taxa de juros ao crédito consignado, que pega bem mal.

… O investidor não gosta nada de ver o governo sabotando toda a batalha do BC para conter a inflação.

… Em algum grau, a alta dos juros futuros por aqui também reproduziu o avanço dos Treasuries com o entendimento, depois suavizado por Powell, de que o Fed estaria mais preocupado com os preços nos EUA.  

… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 15,180% (de 15,135% no fechamento anterior); Jan/27, 15,375% (de 15,310%); Jan/29, 15,115% (de 15,065%); Jan/31, 15,060% (15,020%); e Jan/33, 14,980% (14,940%).

… O esclarecimento de Powell de que a falta de referência no comunicado ao progresso da inflação não se tratava de nenhuma indireta acabou por desacelerar o dólar lá fora e zerou a alta da cotação por aqui.

… A moeda americana fechou cotada a R$ 5,8662 (-0,06%). Já faz oito pregões consecutivos que não sobe e vai terminando o mês com alívio acumulado de 5%, tirando vantagem da atratividade do carry trade do momento.

CADA UM COM SEUS PROBLEMAS – Por justificativas diferentes, faltou fôlego às blue chips da bolsa doméstica, que roubaram a força do Ibov, em queda moderada de 0,50%, a 123.432,12 pontos, com giro de nem R$ 15 bi.

… Na reta final do pregão, as ações dos bancos registraram piora simultânea às declarações de Haddad de que o governo estuda o teto de juros no novo desenho do crédito consignado para trabalhadores do setor privado.

… Os papéis caíram em bloco: Bradesco PN registrou -1,03% (R$ 11,51); Santander, -0,76% (R$ 24,78), na mínima do dia; Bradesco ON, -0,56% (R$ 10,58); Banco do Brasil, -0,33% (R$ 27,44); e Itaú, -0,24% (R$ 33,22).

… Petrobras registrou dose dupla de cautela: com a queda do petróleo e os receios de que a estatal possa estar segurando os preços dos combustíveis para aliviar a barra do governo no combate às pressões inflacionárias.

… Para o BofA, o reajuste dos combustíveis traria alívio à preocupação sobre governança corporativa e impacto negativo no fluxo de caixa livre gerado pela defasagem em relação ao preço de paridade de importação (PPI).

… A empresa informou que vai divulgar seu relatório de produção e vendas do 4TRI na próxima 2ªF, após o fechamento. Petrobras ON recuou 1,00%, a R$ 40,57, e PN registrou desvalorização de 0,62%, a R$ 36,90.

… Lá fora, o contrato do Brent para abril caiu 1,15%, a US$ 75,61 por barril, inibido pelo aumento dos estoques comerciais dos EUA, que vieram mais do que no triplo do esperado, após nove semanas consecutivas de queda.

… No caso da Vale, o otimismo foi se esgotando ao longo do dia. O papel chegou a subir mais de 1%, na reação positiva ao relatório de produção e vendas do 4Tri. Mas reduziu os ganhos a 0,28% no fechamento, a R$ 52,80.

… A perda de ânimo foi atribuída à incerteza do Fed, que ainda tem que observar se Trump vai aprontar.

… As maiores altas do dia foram Petz (+2,90%; R$ 4,97), RD Saúde (+2,14%; R$ 21,45) e Rumo (+1,88%; R$ 17,91). No negativo, Localiza (-3,79%; R$ 30,18), Automob (-3,23%; R$ 0,30) e Braskem (-2,67%; R$ 14,21).

NÃO É BEM ASSIM – As bolsas em NY já não iam bem quando saiu o comunicado da decisão do Fed sem o trecho em que o Fomc mencionava o progresso da inflação em direção à meta de 2%.

… Em teoria, estaria aí um sinal de maior preocupação com o aumento de preços.

… A mudança no texto ampliou o recuo dos índices, elevou o dólar e os juros dos Treasuries. Mas na entrevista dada logo após o Fed pausar o ciclo de queda de juros, como esperado, Jerome Powell conteve os ânimos.

… Esclareceu que a ideia era apenas encurtar a frase, sem querer enviar qualquer tipo de sinalização. Acrescentou que os dois últimos dados de inflação foram bons e não vê pressão inflacionária no mercado de trabalho.

… Na ferramenta do CME, o mercado continua a precificar junho como mês mais provável para o primeiro corte de juros do ano, com 70,8% das apostas. A chance de um recuo total de 50pb no ciclo deste ano é majoritária (33,4%).

… As bolsas saíram das mínimas depois de Powell, mas continuaram no vermelho, pressionadas pelas techs e por declarações do bilionário Howard Lutnick, indicado para secretário do Comércio dos EUA.

… Em audiência no Senado, ele saiu criticando a China, defendeu a imposição de tarifas a outros países, além dos já anunciados, e disse que a medida pode ter efeito inflacionário. Tentou se corrigir depois, mas o estrago estava feito.

… O Dow Jones caiu 0,31%, aos 44.713,52 pontos. S&P500 recuou 0,47% (6.039,31) e o Nasdaq perdeu 0,51% (19.632,32).

… Nvidia (-4,03%) voltou a cair com a notícia de que o governo Trump estaria estudando restrições adicionais à venda de chips da empresa para a China após o advento da DeepSeek.

… Na mesma toada das ações, o mercado de Treasuries reagiu às declarações de Lutnick, depois ao comunicado do Fed e declarações de Powell, com as taxas terminando o dia como começara, em alta.

… O juro da note de 2 anos subiu a 4,223%, de 4,202% na sessão anterior, e o da note de 10 anos avançou a 4,547% (de 4,534%). O do T-bond de 30 anos foi a 4,787% (de 4,782%).

… O dólar subiu, com o índice DXY voltando aos 108 pontos (+0,12%). O euro caiu 0,27%, a US$ 1,0409, na véspera da decisão do BCE. A libra ficou estável (-0,03%), em US$ 1,2440 e o iene subiu 0,24%, a 155,180/US$.

… Ontem, dois BCs cortaram os juros. O da Suécia fez uma redução de 25 pb, a 2,25% ao ano. O do Canadá também baixou o juro em 25pb para 3%, mas alertou que a política tarifária de Trump pode ter impacto inflacionário.

EM TEMPO… PETROBRAS informou que as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural somaram 11,4 bi boe em 2024. Do total, 85% são de óleo condensado e 15% de gás natural…

… Em outro comunicado, a empresa informou que a 13ª Vara Cível Federal de São Paulo indeferiu uma demanda societária, solicitando o afastamento de Arthur Cerqueira Valério no Comitê de Pessoas…

… O TCU anulou pontos de acórdão de 2023 sobre a política de preços da Petrobras entre 2002 e 2019. A empresa alegou que havia contradição no acórdão.

AZUL teve seu rating rebaixado de ‘CC’ e ‘brCC’, escala global e nacional, para SD (default seletivo) pela S&P Global.

TELEFÔNICA aprovou convocação de AGE em 13/3 para deliberar sobre proposta de grupamento da totalidade de ações ON, na proporção de 40 para 1, e subsequente desdobramento, de 1 para 80, sem alteração do capital social.

… EVEN e MELNICK firmaram parceria para projeto imobiliário na cidade de São Paulo com VGV de R$ 700 milhões. A participação da Melnick é de 25%.

ECORODOVIAS firmou com o governo de MG o segundo termo aditivo ao contrato de concessão da BR-135, a fim de autorizar o reequilíbrio econômico-financeiro do projeto.

OPENAI. O SoftBank mantém conversas para investir entre US$ 15 bilhões e U$ 25 bilhões na companhia, em um acordo que tornaria o grupo japonês o maior financiador da empresa criadora do ChatGPT, segundo o FT.

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