Morning Call

Após Fed, BCE eleva juro da zona do euro

Atualizado 27/07/2023 às 02:41:07

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[27/7/2023]

… Depois do Fed, hoje é a vez de o BCE subir o juro da zona do euro em 25pb (para 4,25%), segundo expectativa consensual e, do mesmo modo, em meio a um cenário de incertezas que não deve permitir um forward guidance explícito, também evitado por Powell. A decisão será anunciada às 9h15, seguida de coletiva de Lagarde (9h45). Minutos antes (9h30), os EUA divulgam o PIB do 2Tri, que deve desacelerar para 1,8% (2%/1Tri), enquanto NY repercute a possibilidade de ter se encerrado o ciclo de aperto monetário e o salto de quase 7% das ações da Meta no after hours. Aqui, o investidor de Petrobras avalia o relatório de vendas e produção do segundo trimestre, divulgado ontem à noite, à espera dos resultados de Vale, que sai após o fechamento.

… Dados demonstrando o enfraquecimento da atividade econômica na zona do euro e a forte desaceleração da inflação em junho justificariam posição mais dovish do BCE e a mesma aposta de que uma pausa em setembro seria possível.

… A ideia seria dar tempo para os efeitos do aperto acumulado, que ainda não surgiram integralmente na economia europeia, na mesma linha do que defendeu Powell ao sinalizar que a alta de ontem do juro americano pode ter sido a última.

… Declarações mais recentes de membros do conselho do BCE apontam para uma suavização na condução da política monetária, como as falas de Joachim Nagel e Klaas Knot, que já condicionaram altas depois de julho aos próximos indicadores.

… Será importante observar a eventual mudança de tom de Lagarde, que, em seu último comentário sobre essa questão, afirmou que “ainda havia muito a fazer”, embora tenha reconhecido uma melhora no comportamento da inflação.

… Nesta 4ªF, Powell garantiu picos de entusiasmo ao afirmar que uma pausa em setembro “é uma possibilidade, assim como um aumento”. O presidente do Fed disse que, “em meio a uma série de incertezas”, não poderia dar um guidance mais efetivo.

… Mas alguns aspectos destacados por ele tiveram um viés claramente dovish, como a confiança de que as condições de crédito mais apertadas para as famílias e as empresas ainda terão impacto na atividade, nas contratações e na inflação.

… Dessa forma, a pausa em setembro estaria praticamente contratada, se tudo sair como se espera e os indicadores permitirem.

… Ao confirmar que o Fed levará em conta o aperto cumulativo e os atrasos com os quais a política monetária afeta a economia, Powell deixa claro que ajustes adicionais não estão nos planos e só deverão acontecer se forem necessários.

… Ou, como disse o comunicado, “se surgirem riscos que impeçam o alcance da meta de inflação (2%), o Comitê pode ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado”. Aparentemente, o Fed aposta que o que já fez é o suficiente.

… Para o analista Edward Moya, da Oanda, a pressão do câmbio foi causada após o Fed sinalizar “que será paciente com futuros aumentos de juros, o que sugere que, se eles entregarem mais um aumento, provavelmente será em novembro”.

… Na ferramenta do CME, quase 80% das apostas são de manutenção do juro entre 5,25% e 5,5% no Fomc de 20 de setembro.

… Com o Fed roubando a cena, a decisão da Fitch de elevar o rating soberano do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável, acabou ficando em segundo plano, mas teve efeito positivo, sobretudo, no câmbio.

… Na curva do DI, a notícia elevou para 75% as chances de um corte de 50pb da taxa Selic, no Copom da próxima semana (2/8). Goldman Sachs é um dos que já “cogita” a mudança na projeção de 25pb para meio ponto.

… Já o dólar ampliou a queda com o Fed, fechando abaixo de R$ 4,73, em nova mínima do ano (leia abaixo).

UPGRADE – Segundo a agência Fitch, a mudança da nota do Brasil “reflete o desempenho macroeconômico e fiscal do País acima do esperado, em meio a choques sucessivos nos últimos anos, política proativas e reformas”.

… Haddad comemorou a “primeira das grandes agências” que muda a nota de crédito do Brasil, mais uma vez, compartilhando os avanços da política econômica com o “grande apoio do Congresso, nas pessoas de Lira e de Pacheco”.

… O presidente da Câmara retribuiu em um tuíte, afirmando que o upgrade é importante conquista para a economia do País. “A nova avaliação se deve à política econômica do governo, que tem recebido todo o apoio institucional da Câmara.”

… Em entrevista ao Broadcast, o diretor da Fitch Ratings de ratings soberanos para as Américas, Todd Martinez, disse no início da noite que não significa que o Brasil está “necessariamente em uma trajetória para recuperar o grau de investimento”.

… Reconheceu, no entanto, que a agenda do governo Lula está focada em melhorar pontos críticos que podem levar o País a uma nova melhora na nota, citando as reformas, os progressos fiscais e maior crescimento econômico como principais motores.

… Com o upgrade, o Brasil subiu um degrau, mas continua dois níveis distante do grau de investimento, perdido em 2015.

… Martinez ainda elogiou o BC na condução da política monetária, a despeito das pressões políticas, e recomendou ao Copom que opte por um ciclo de corte “parcimonioso” do juro a partir de agosto. “Cortes agressivos seriam um problema.”           

… Já para Samar Maziad (Moody’s), um crescimento robusto e sustentável da economia nos próximos anos e a redução da relação dívida/PIB são fatores essenciais para que o Brasil volte a ter o grau de investimento pelas agências de classificação de risco.

… A Moody´s atribui a nota Ba2 para o Brasil desde meados de 2016, também dois degraus abaixo do grau de investimento.

POCHMANN – Vai mesmo ser o presidente do IBGE; a informação foi confirmada pelo ministro da Secom, Paulo Pimenta, que não vê “controvérsias” no governo em torno do nome do economista. Ainda não há data para a posse.

… Nos últimos dias, surgiram notícias de suposta resistência de Simone Tebet ao nome de ao IBGE.

… Em entrevista gravada nesta 4ªF à GloboNews, horas antes de a indicação de Pochmann ter sido confirmada pelo Planalto, a ministra do Planejamento disse que não havia conversado com Lula sobre a escolha para o IBGE.

… Já Haddad disse que ele e Pochmann não terão “a menor dificuldade” de trabalhar juntos.

… Marcio Pochmann é quadro do PT, professor da Unicamp, de linha heterodoxa, é próximo do presidente Lula e sua indicação ao IBGE repercutiu muito mal no mercado e entre os liberais, que temem pela credibilidade dos dados do IBGE. 

GRIPE AVIÁRIA – Um novo foco da doença em ave silvestre foi confirmado pelo Ministério da Agricultura no Brasil, ontem à noite, elevando o número total para 67 casos da doença, além de 12 investigações em andamento em SC, MG e RR.

… As notificações em aves silvestres e de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal.

MAIS AGENDA – O mercado projeta déficit primário de R$ 45,30 bilhões para o Governo Central em junho (14h30), na mediana das apostas de pesquisa Broadcast, após o resultado negativo de R$ 45,014 bilhões em maio.

… O dado será comentado em coletiva de imprensa pelo secretário do Tesouro, Rogério Ceron, às 15h.

… Para o Caged (14h), a mediana indica criação líquida de 162 mil postos formais de trabalho, depois do saldo positivo de 155.270 vagas em maio. Às 8h30, o BC solta os dados de crédito e endividamento das famílias em junho.

… Haddad reúne-se com Lula no Alvorada, às 9h, e na sequência tem reunião com Simone Tebet, às 10h30.

MAIS BALANÇOS – O lucro líquido da Vale deve ficar em US$ 2,12 bilhões no 2Tri, queda de 48% no intervalo anual, mas alta de 15,7% contra o 1Tri, segundo o Broadcast. A estimativa para o Ebitda é de US$ 4,19 bilhões.

… Também depois do fechamento, saem Multiplan e Hypera. Já antes da abertura, atenção para a Gol.

NOS EUA – Intel (após o fechamento) e Mastercard e McDonald´s (antes da abertura) publicam seus resultados.

… Entre os indicadores, às 9h30, saem o auxílio-desemprego, com previsão de alta de 8 mil pedidos, para 236 mil, e as encomendas de bens duráveis em junho. Às 11h, é a vez das vendas pendentes de imóveis em junho.

… Às 13h, o Fed realiza reunião para avaliar propostas de novas regras para os bancos americanos. Será discutido um pacote para aumentar as exigências de requerimento de capital para as grandes instituições financeiras dos EUA.

AFTER MARKET – A Meta deu show no pregão noturno (+6,94%), com lucro líquido 16% maior, de US$ 7,788 bilhões no 2Tri, ou de US$ 2,98 por ação diluída. O resultado superou as expectativas dos analistas, de US$ 2,91 por papel.

JÁ DEU – O dólar está achando que o Fed já liquidou o ciclo de aperto monetário. Ou não teria caído. O câmbio foi para o risco, apesar dos sinais sempre trocados de Powell, que tem que fazer o hedge, caso tudo dê errado.

… Coincidindo com a entrevista coletiva do presidente do Fed, a moeda americana foi acelerando a queda lá fora e aqui também, onde caiu 0,46% e veio abaixo de R$ 4,73, estabelecendo a nova mínima do ano, a R$ 4,7282.

… Desde a manhã, o real já vinha se apreciando, tendo como impulso inicial a surpresa com a elevação do rating do Brasil. O CDS de 5 anos do Brasil, medida de risco do País, caiu a 167 pontos, nível mais baixo em quase dois anos.

… No mercado futuro, o contrato de dólar para agosto fechou em baixa de 0,26%, cotado a R$ 4,7425. O câmbio ignorou ontem os dados semanais do BC sobre o fluxo, que ficou negativo em US$ 836 milhões na semana passada.

… Houve saída de US$ 465 milhões pela conta comercial e fuga de US$ 371 milhões pela conta financeira. No acumulado do mês até o dia 21, o fluxo total é positivo em US$ 2,158 bilhões. No ano, soma US$ 18,056 bilhões.

… Se o Fed não tomar nenhum susto no caminho e mantiver o juro, isso deve se traduzir em menor pressão para o dólar, aliviando o balanço de riscos do Copom, o que explica o avanço nas apostas mais ousadas (-0,5 pp) da Selic.

… Apesar disso, longe de uma festa, a curva do DI reagiu com certa apatia às boas notícias do dia (Fed e Fitch), com queda modesta na ponta longa e no “miolo” e viés de alta nos contratos longos no pregão movimentado desta 4ªF.

… No fechamento, o contrato de DI para jan/24 caiu a 12,615% (de 12,634%); jan/25, a 10,605% (de 10,635%); e jan/26 ficou praticamente estável, em 10,075% (de 10,073%), enquanto o jan/27 foi a 10,155% (de 10,143%).

… O jan/29 subiu a 10,560% (de 10,527%) e o jan/31, a 10,790% (de 10,753%), ambos na máxima do dia.

DEVAGAR E SEMPRE – Apesar do viés dovish do Fed e da melhora do rating do Brasil, não foi muito o que subiu o Ibovespa ontem (+0,45%). Mas só de ter ido melhor do que NY e rumo aos 123 mil pontos, já foi alguma coisa.

… O índice à vista completou cinco pregões seguidos em alta e fechou aos 122.746,72 pontos, melhor marca em quase dois anos, desde agosto de 2021. Ainda em ritmo de férias, o giro financeiro não chegou a R$ 22 bilhões.

… Agosto vem aí e, junto com a virada de mês, vem a esperança de que a bolsa possa recuperar o volume de negócios e testar de forma mais consistente novos níveis de resistência, em movimento que indique tendência.

… Ao contrário das duas últimas sessões, ontem, a maioria dos bancos interrompeu a reação negativa à ameaça de fim do JCP e, desta vez, foram as blue chips das commodities que impediram o Ibov de andar mais rápido.

… Petrobras PN exibiu alta superior a um dígito no melhor momento do dia, mas esgotou o fôlego para o fechamento (estável, a R$ 31,00), enquanto a ação ON caiu 0,43%, a R$ 34,46, de olho na queda do petróleo.

… A queda menor do que a esperada nos estoques da commodity nos EUA levou o Brent para setembro a cair 0,86%, a US$ 82,92. O barril fechou no horário em que Powell começava a sua entrevista coletiva sobre o juro.

… Além de ter seguido o petróleo, as ações da Petrobras também devolveram os ganhos ontem, à medida que bateu a cautela com o que traria o relatório de produção e vendas do 2Tri, depois do fechamento dos negócios.

… Na véspera de seu balanço, Vale (ON, -0,35%, a R$ 71,76) não conseguiu colar na alta firme de 1,76% do minério.

… Exceção aos ganhos vistos no setor financeiro, Santander reagiu em queda moderada de 0,34% ao balanço do 2Tri abaixo do esperado. Já Bradesco PN subiu 1,03% (R$ 16,71); BB ON, +0,85% (R$ 47,72); e Itaú, +0,56% (R$ 28,76).

… Méliuz voltou a se destacar positivamente e liderou o ranking de altas do Ibovespa, com salto de 8,91%, a R$ 8,92.

… Analistas apontam que os indicadores econômicos convergem de forma favorável para a companhia, com expectativa de redução do juro e da inflação e alta do PIB, o que projeta maior poder de compra da população.

… As posições seguintes na lista das melhores valorizações do Ibovespa foram ocupadas por Carrefour (ON, +8,09%, a R$ 12,43) e Telefônica Brasil (ON ganhou 5,12%, a R$ 43,50), com os balanços trimestrais que agradaram.

PODE, MAS NÃO DEVE – Até a próxima reunião do Fed, em setembro, daqui a oito semanas, serão divulgados mais dois payrolls e dois relatórios de inflação. Os indicadores podem até projetar nova alta do juro, mas é improvável.

… Quando Powell condiciona o próximo passo aos dados, o que se lê é que o Fed já quer parar, mas prefere não fechar a porta de uma vez por todas para uma alta adicional só para não correr o risco de ser pego atrás da curva.

… Mas o recado está dado. O BC americano dá todas as pistas de que já fez demais e que, se a economia dos EUA não pregar nenhum susto nos próximos meses, pode dispensar a necessidade de o aperto monetário ir mais longe.

… A sensação de que o ciclo acabou derrubou ontem o DXY (-0,46%) abaixo dos 101 pontos (100,887), com o dólar perdendo terreno contra as moedas europeias, apesar da chance de que o BCE venha com sinalização dovish hoje.

… O euro registrou valorização de 0,32%, para US$ 1,1092, e a libra esterlina subiu 0,33%, a US$ 1,2942. Mais sensíveis às decisões de política monetária, os juros da Note de dois anos caíram para 4,828%, de 4,869% na véspera.

… As bolsas em NY renovaram máximas na reação imediata a Powell, mas o S&P 500 zerou os ganhos até o fechamento (-0,02%, a 4.566,76 pontos), e o Nasdaq virou para queda de 0,12%, aos 14.127,28 pontos.

… Parece ter rolado alguma frustração por Powell não ter dito com todas as letras que o juro não vai subir mais. Porém, qualquer um na pele dele provavelmente teria feito a mesma coisa. Seria muita exposição ficar a descoberto.

… Só o DJ bancou os ganhos (+0,23%; 35.520,12 pts) e conquistou a 13ª alta consecutiva, na mais longa sequência desde 1987. Se subir hoje de novo, emplacará o maior período de avanços ininterruptos em mais de 125 anos.

EM TEMPO… Produção de óleo e gás da PETROBRAS caiu 0,5% no 2TRI na comparação anual, para 2,603 mi boe/d; produção comercial de óleo e gás caiu 0,9% no período, para 2,312 mi boe/d…

… Produção de petróleo recuou 0,6% no trimestre ante mesmo período de 2022, para 2,102 mi bpd…

… A venda de derivados pela estatal no Brasil subiu 0,3% no 2Tri, para 1,723 milhão de barris por dia (bpd), e avançou 1,6% em relação ao trimestre anterior.

BRASKEM teve queda de 10% nas vendas de resinas no 2TRI, na comparação anual, somando 789 mil toneladas; exportações de resinas somaram 230 mil toneladas, queda de 26% em relação ao mesmo período de 2022…

… Vendas de etanol verde ficaram em 28 mil toneladas, recuo de 38% ante o mesmo trimestre do ano passado…

… Governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), pediu ao TCU suspensão da venda da petroquímica…

… Ele ainda criticou o acordo firmado entre a prefeitura de Maceió e a Braskem, que prevê R$ 1,7 bilhão destinado ao amparo às vítimas do afundamento dos bairros e execução de obras estruturantes na cidade…

… Para Dantas, a decisão firmada entre as partes “faz o causador do desastre lucrar, e a vítima, pagar o preço”.

… A Braskem informou que se compromete a não edificar áreas desocupadas em Alagoas após o afundamento do solo provocado por atividades de mineração da empresa em 2018.

VALE afirmou que segue em discussão com investidores sobre um acordo estratégico para investimentos em seu negócio de metais para transição energética.

GRUPO PÃO DE AÇÚCAR registrou prejuízo líquido aos controladores de R$ 425 milhões no 2TRI, piora de 146% ante o mesmo trimestre de 2022; Ebitda ajustado somou R$ 257 milhões, alta de 7,4% na comparação anual.

ASSAÍ teve lucro líquido de R$ 156 milhões no 2TRI23, queda de 51% sobre o 2TRI22; Ebitda ajustado ficou em R$ 1,1 bilhão no 2TRI23, alta de 13,8% sobre o 2TRI22.

JBS. A processadora norte-americana de frango Pilgrim´s Pride, controlada pelo frigorífico brasileiro, teve lucro líquido de US$ 60,46 milhões, ou US$ 0,25 por ação no 2TRI, queda de 83,3% ante igual período do ano passado.

RAÍZEN aprovou a distribuição de dividendos no total de R$ 250 milhões, o equivalente a R$ 0,0242 por ação, com pagamento em 4/8; ex a partir de hoje.

EDP BRASIL registrou prejuízo líquido de R$ 222,7 milhões no 2TRI, ante lucro de R$ 381,1 milhões no mesmo período de 2022; Ebitda somou R$ 1,030 bilhão, queda de 8,4% na comparação anual.

NEOENERGIA. Coelba aprovou 16ª emissão de debêntures, no valor de R$ 1,2 bilhão.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

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