Ásia cai majoritariamente com acordo comercial ainda no radar de investidores

As bolsas de valores da Ásia ficaram majoritariamente no negativo, com exceção de Hong Kong e Taiwan, que conseguiram encerrar no azul. Investidores mantém o tema das tarifas comerciais dos EUA no radar à medida que se aproxima o 9/7, data em que Trump promete implementar as novas taxas. Ontem, o presidente dos EUA ameaçou o Japão com tarifas de até 35%, alimentando temores do pior cenário entre os agentes de mercado. O Nikkei 225 terminou o dia em queda de -0,58%. Na China, a bolsa de Xangai fechou em leve queda de -0,09%, mas Shenzhen perdeu mais terminando o dia com queda de -0,61%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng ficou positivo em +0,62% e, na Coreia do Sul, o Kospi encerrou com queda de -0,47%. Em Taiwan, o índice Taiex fechou em leve alta de +0,11%.

Diário Econômico PicPay

No Diário de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, destaca a alta do dólar, que subiu 0,50% e fechou a R$ 5,46, pressionado pela disputa jurídica sobre o IOF e o risco fiscal. O Ibovespa avançou 0,50%, aos 139 mil pontos, sustentado por Vale, Petrobras e setor financeiro. Lá fora, o dólar perdeu força globalmente, o petróleo subiu e os juros dos Treasuries avançaram após aprovação do orçamento de Trump no Senado. Hoje, atenção aos dados de emprego nos EUA e à produção industrial no Brasil.

Vai rolar: Produção industrial aqui e emprego da ADP nos EUA

[02/07/25] Mais um dado do emprego nos EUA será divulgado hoje: a pesquisa ADP com as vagas no setor privado (9h15), em meio às expectativas pelo payroll (amanhã), que pode ajustar as apostas ao juro. Nesta 3ªF, números fortes do relatório Jolts e do PMI industrial esvaziaram qualquer reação a Powell, que admitiu em Sintra uma ação do Fed “em algum momento”. Os indicadores positivos e a aprovação do pacote fiscal de Trump puxaram as taxas dos Treasuries.

Aqui, a produção industrial (9h) é destaque da agenda, com previsão de queda de 0,5%, enquanto a decisão do governo de recorrer ao STF para manter o aumento do IOF teve pouca influência nos ativos, apesar de render grande espaço no noticiário político.

O mercado monitora o embate sem saber no que vai dar. A única certeza é que antecipou a campanha eleitoral de 2026. (Rosa Riscala)

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