Juros futuros recuam diante de sinais de fraqueza da economia global e desaceleração do emprego no Brasil
Os juros futuros caíram nesta quarta-feira diante dos sinais de fraqueza da economia global, especialmente no miolo e na ponta longa da curva, uma vez que os vencimentos curtos seguem “travados” pela expectativa de nova alta da Selic no Copom de maio.
A inesperada retração do PIB dos EUA no 1º trimestre e dados mais fracos de atividade (PMI) industrial na China se juntaram aos sinais de arrefecimento do mercado de trabalho no Brasil, com o aumento da taxa de desemprego.
A queda das taxas se acentuou especialmente à tarde, após a divulgação do Caged, que trouxe o menor ritmo de criação de vagas para um mês de março desde o início da pandemia, em 2020.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,675% (de 14,690% no fechamento anterior); Jan/27 a 13,910% (13,945%); Jan/29 a 13,535% (13,640%); Jan/31 a 13,780% (13,910%); e Jan/33 a 13,850% (14,000%).
(Téo Takar)
Ibovespa encerra sequência de altas, mas mantém os 135 mil pontos; NY apaga perdas com otimismo sobre tarifas
[30/4/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
O Ibovespa passou por pequena correção nesta véspera de feriado e encerrou a sequência de sete altas, fechando em leve baixa de 0,02%, aos 135.066,97 pontos. O volume somou R$ 28,1 bilhões. No mês de abril, o índice acumulou ganho de 3,69%.
A cautela dos investidores ocorre em meio a temores de recessão global após o PIB americano e dados da produção industrial da China terem vindo fracos.
O desempenho negativo de ações ligadas a commodities, impactadas pela queda do petróleo e do minério de ferro, contribuiu para o resultado. Petrobras ON registrou -1,54% (R$ 32,05), Petrobras PN, -1,87% (R$ 29,99) e Vale, -1,82% (R$ 52,86).
O dólar à vista terminou a sequência de oito sessões em baixa diante do real, acompanhando a reversão de humor dos investidores lá fora, e fechou em alta de 0,82%, a R$ 5,6766. No acumulado de abril, porém, a moeda acumulou baixa de 0,50%.
Em NY, as bolsas fecharam majoritariamente em ligeira alta, se recuperando depois de caírem no início do dia, pressionadas por dados econômicos mais fracos que o esperado. Porém, os índices encerraram o dia longe das mínimas, se recuperando e apagando as perdas depois que o presidente Donald Trump informou ter recebido um telefonema do premiê canadense Mark Carney dizendo que queria negociar as tarifas.
Redes sociais chinesas também noticiaram que os EUA haviam retomado as conversas com a China sobre tarifas, o que trouxe um alento a Wall Street.
Dow Jones subiu 0,34% (40.668,87). S&P avançou 0,15% (5.569,02). Já Nasdaq perdeu 0,09% (17.446,34). Os retornos dos Treasuries também ficaram sem direção única.
Dólar se recupera no dia após oito sessões em baixa, mas acumula perda de 0,5% em abril
O dólar encerrou nesta quarta-feira uma sequência de oito sessões em baixa diante do real, acompanhando a reversão de humor dos investidores lá fora, após dados fracos das economias americana e chinesa.
A inesperada contração do PIB dos EUA no 1º trimestre e dados de atividade (PMI) industrial na China em território de contração econômica acenderam o alerta sobre uma possível desaceleração global mais forte, o que afetou os preços das commodities e, por tabela, as moedas de países produtores, como o real brasileiro.
Além disso, houve um ajuste técnico após tantas quedas seguidas, com a divisa brasileira voltando a se acomodar acima do piso psicológico dos R$ 5,65.
O dólar à vista fechou em alta de 0,82%, a R$ 5,6766, após oscilar entre R$ 5,6058 e R$ 5,6875. No acumulado de abril, porém, a moeda acumulou baixa de 0,50%.
A taxa Ptax fechou a R$ 5,6608, em alta de 0,25% no dia e queda de 1,42% no mês. Às 17h10, o dólar futuro para junho subia 1,09%, a R$ 5,7185.
Lá fora, o índice DXY avançava 0,42%, para 99,658 pontos. O euro caía 0,54%, para US$ 1,1321. E a libra perdia 0,61%, a US$ 1,3323.
(Téo Takar)