Juros futuros caem com risk-on

De ponta a ponta, a curva do DI devolveu prêmio nesta 2ªF, especialmente no trecho mais longo. O movimento foi contagiado pelo otimismo no ambiente de negócios com o anúncio de novos estímulos econômicos pela China.

Além disso, os juros futuros acompanharam a leve queda dos yields dos Treasuries, à medida que cresce a percepção de que o Fed não subirá o juro em setembro. Por aqui, o corte mais agressivo de meio ponto na Selic no início do ciclo de queda corre forte no páreo das apostas.

Às vésperas da decisão do Copom, na Focus, a projeção para IPCA em 2023 voltou a recuar, de 4,90% para 4,84%, cada vez mais perto do teto da meta deste ano (4,75%). Para 2024, foco da política monetária, a projeção baixou de forma marginal, de 3,90% para 3,89%, ainda longe do target de 3%.

No fechamento, o contrato de DI para jan/24 caía a 12,585% (de 12,611%); jan/25, a 10,615 (de 10,640%); jan/26, a 10,060% (de 10,118%); jan/27, a 10,130% (de 10,207%); jan/29, a 10,500% (de 10,604%); e jan/31, a 10,750% (de 10,850%). (Mariana Ciscato)

Carrefour tem maior valorização da sessão; Hypera lidera perdas

A convicção de que o Copom abrirá o ciclo de cortes da Selic na 4ªF e a queda dos juros futuros, com a melhora das estimativas de inflação, beneficiaram os ativos domésticos, em especial varejistas, nesta última sessão de julho. A maior alta do Ibovespa foi de #CRFB3, com +8,29% (R$ 13,72). Em seguida, #DXCO3 valorizou 6,76%, a R$ 8,37.

Outro destaque foi #BRFS3, subindo 6,20%, a R$ 9,76, movimento influenciado pela queda dos preços dos grãos em Chicago, o que melhora a dinâmica de custos do setor e abre espaço para que as empresas recuperem margens.

O avanço das commodities diante dos estímulos econômicos anunciados pela China impulsionou as blue chips. Em destaque entre os maiores ganhos do índice, #PETR3 registrou +5,26% (R$ 34,81) e #PETR4, +4,54% (R$ 31,11), também refletindo a boa recepção do mercado à nova política de dividendos da estatal. Já #VALE3 ganhou 2,26%, a R$ 69,16.

Os principais bancos também fecharam no azul, em especial #BBAS3, com +1,92%, a R$ 48,19. #BBDC4 teve alta de 0,91% (R$ 16,66), #BBDC3 teve elevação de 0,68% (R$ 14,85) e #ITUB4 subiu 0,35% (R$ 28,64). A exceção foi #SANB11, que caiu 0,80%, a R$ 28,56.

As maiores perdas do pregão foram de #HYPE3 (-1,68%; R$ 43,26), #CVCB3 (-1,65%; R$ 2,98) e #RDOR3 (-1,10%; R$ 36,00). (Igor Giannasi)

NY tem alta contida, mas fecha mês com ganhos firmes; Ibov se apoia em Petro e Vale

As bolsas em NY fecharam com alta contida, em dia de agenda esvaziada, com o mercado à espera de dados como o payroll (6ªF). O Dow Jones subiu 0,28%, aos 35.559.53 pontos. O S&P 500 avançou 0,15%, aos 4.588,96 pontos. O Nasdaq ganhou 0,21%, aos 14.346,02 pontos. Apesar das valorizações discretas desta 2ªF, julho teve ganhos firmes para os índices, de 3,35%, 3,12% e 4,05%, respectivamente.

Os retornos dos Treasuries ficaram sem direção única hoje. O juro do T-bond de 30 anos subiu a 4,0129%, de 4,0119% na 6ªF. O da T-note de 2 anos caiu a 4,857% de 4,874%, o da T-note de 5 anos subiu a 4,1844%, de 4,1704%, e o da T-note de 10 anos avançou a 3,9588%, de 3,9516%.

Já o mercado doméstico se descolou de Wall Street, impulsionado pelo desempenho da Petrobras, diante da nova política de dividendos da estatal, e da Vale, apoiado nas novas medidas de estímulo econômico do governo chinês. O Ibovespa fechou com alta de 1,46%, aos 121.942,98 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,7 bilhões. No mês, o índice subiu 3,27%. No ano, o avanço está em 11,13%. (Igor Giannasi, segue)